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História A base de mentiras - Sasaki



Notas do Autor


Olá pessoas desse mundo que talvez tenha esperança!
Sentiram minha falta? Óbvio que não :')
Eu não vou escrever "Bora pra capítulo" porque isso já está ficando muito chato :')
E afinal, É MAIS DE 300 FAVORITOS! 301, grande diferença rsrsrsrs
Nós vamos fazer um especial... Quando vai sair eu não sei, porque já era para ter saído a muuuuuuito tempo atrás '-'
Obrigado a todos que tiveram paciência para ler até aqui ^-^

Capítulo 130 - Sasaki


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Sasaki

Karma

 

Abro os olhos, acabei dormindo sem perceber. Procuro pelo celular, mas não encontro ele em lugar nenhum, nem no meu bolso nem ao meu lado.

- Você descobriu.

Levanto a cabeça e vejo a Gina, que está acordada e sentada no mesmo lugar de antes. Ela taca algo para mim, pego e vejo que é o celular.

- Aquilo era verdade? – Pergunto, não quero acreditar que tenha sido. Ela não me responde, apenas se levanta e anda até a entrada da caverna.

- Sim. – Ela sussurra, recostada na entrada da caverna, saio do chão e vou um pouco mais para perto dela. – Cada palavra, foi tudo verdade.

-Eu sinto m...

- Não termine a frase. – A Gina me corta, com as costas voltadas para mim. – Você não faz ideia de quantas vezes já ouvi isso, palavras vazias saindo da boca de pessoas que não compreendem o que eu passei.

- Não são vazias. – Defendo-me, porém ela não parece dar muita importância. – Não imagino o que você sinta, mas eu vi você ontem. O melhor que você pode fazer, por agora, é se cercar de pessoas que se importam com você. Vamos voltar.

- Eu te disse ontem que voltaria em três dias. – Ela fala novamente, com a cabeça abaixada. – Um dia já se passou, voltarei em dois dias.

- Entendo que você tenha fugido para chorar onde ninguém pudesse ver, mas agora você está bem! – Exclamo, tentando convencê-la a voltar.

- Bem? – Ela questiona, virando apenas sua cabeça, vejo uma lágrima escorrer pelo seu rosto. – E se eu disser que, nesse exato momento, estou tendo uma alucinação?

- Uma alucinação? – Repito sua fala, sem entender.

- Sim. – Ela confirma, fechando seus olhos. – No primeiro dia, sou atormentada pelas lembranças. Não consigo ficar perto de ninguém, não como ou bebo nada e, quando consigo dormir, acordo aos gritos, apavorada com as lembranças. No segundo dia, não suporto o toque de nenhum humano, tenho alucinações leves e não consigo comer ou beber. No terceiro dia, tenho alucinações graves e não consigo fazer nada, sou completamente engolida pelas lembranças e pelo medo.

- Como você sabe? Isso já aconteceu mais de uma vez? – Interrogo, obtenho um balanço positivo de sua cabeça. – Tem alguma relação com os três dias que você ficou desaparecida?

- Tem. – A Gina responde, abrindo os olhos novamente. – Eu e meu pai saímos para passear e, de uma hora para outra, eu não consegui encontrá-lo, me vi sozinha numa multidão de estranhos. Comecei a vagar sem rumo, tentando achar algum rosto conhecido. – Sua voz falha e ela parece forçar as palavras a saírem de sua boca. – Eu acabei encontrando um homem, que falou que ia me ajudar a achar meu pai. Eu fui com ele até seu carro, depois de muito tempo, chegamos em uma casa muito bonita. Ele entrou na garagem, estacionou o carro e...

- Não precisa contar. – Peço, não quero ouvi-la descrevendo isso.

- Eu só lembro com detalhes até aí. – Ela conta, limpando algumas lágrimas. – Depois vêm imagens desconexas. Eu fiquei presa em algum lugar, com amarras nos pulsos. Só me davam comida e água uma vez por dia e, depois que eu comia e bebia, me sentia estranha, não conseguia me mover, acho que colocavam alguma droga. Eu gritava até a minha garganta começar a doer, mas ninguém me ouvia.  

- Quando eu acordei no hospital, eu não lembrava nem do meu próprio nome, as únicas memórias que tinha eram daqueles três dias horríveis. Tive que reaprender tudo e, mesmo depois de muito tempo, eu ainda vivia sobre constante medo. – Ela se vira totalmente, deixando-nos cara a cara. – E então eu decidi que não queria, e não iria, ser aquela menina. A garota chorona que temia a própria sombra, a menina atormentada por suas próprias memórias.

- O que você fez? – Pergunto, hesitante devido ao seu rosto, onde aparece um sorriso, algo que contradiz suas lágrimas.

- Eu enfrentei meu medo. – Ela responde, com a voz doce e inocente. – Eu tinha seis anos quando tomei essa atitude, que mudou a minha vida e a de meu irmão.

Fico mudo diante do seu relato, essa história está tomando um rumo estranho.

- Eu transei com o meu irmão, claro que foi com o consentimento dele. – Ela completa rapidamente, dando um verdadeiro nó no meu cérebro. – A primeira vez que fizemos isso não deu muito certo, teve um pequeno acidente. Na hora eu, momentaneamente, perdi o controle e enfiei minha unha no seu olho, deixando-o cego de um olho.

- Primeira vez?! – Exclamo, sei que existe relacionamentos entre irmãos, mas é um pouco chocante descobrir que uma pessoa que você conhece já teve um caso com o irmão.

- Eu não ia superar meu medo de uma só vez! – Ela rebate, confirmando que eles fizeram isso mais vezes. Preciso me apoiar na parede, isso está bizarro. – E não me olhe assim, eu não cometi incesto! O Shiro não é meu irmão de verdade! – Conta a Gina, acabando com parte de meu espanto. – Minha mãe, quando mais nova, precisava de dinheiro e se tornou a barriga de aluguel de um casal religioso. Quando meu irmão nasceu, com olhos vermelhos iguais ao meu, seu pais disseram que ele tinha sido amaldiçoado pelo diabo, já que, na família dos dois, não tinha ninguém com olhos vermelhos. Minha mãe acabou o criando e, depois, eu nasci. Mas o fato é que isso funcionou, eu deixei de sentir medo. Só tenho essa crise dos três dias uma vez por ano, é sempre quando chegam os dias em que fiquei presa.

- Por que está me contando isso?! – Exclamo, sem entender o motivo dela estar se abrindo comigo.

- Porque eu preciso distrair meus pensamentos. – Ela responde, apontando para o seu lado. – Nesse momento, bem ao meu lado, tem uma versão de mim mesma mais nova, uma alucinação. Também estou tentando ignorar meus pensamentos suicidas, que eu sempre tenho no segundo dia da crise. O outro motivo é que quero fazê-lo fugir, como deixei claro ontem, eu quero ficar sozinha.

 

Shiro

 

- ACORDA!

Caio da cama com o grito, quase que bato a cabeça na mesinha de cabeceira.

- Delicada como sempre. – Afirma o Takeshi, claramente sendo irônico, já sei quem deve ter gritado.

- CALA A SUA BOCA. – Ordena a Arisu, é impressionante como o temperamento dela e da minha irmã combinam.

- Vem cal...

- Chega! – Exclamo, sentando-me no chão. – Não estou com disposição para ouvir briga de casal logo de manhã.

- Não está se esquecendo de nada? – Ela pergunta, saindo da cama e ficando na minha frente, ao lado do Takeshi. Paro um momento e penso, mas não lembro de nada. – Que dia é hoje?

Arregalo os olhos e fico de pé, não acredito que esqueci.

- O mensageiro! – Exclamo, indo até a porta, sem nem trocar de roupa. – Ontem chegou um mensageiro!

- E você não viu qual era a mensagem? – Indaga o Takeshi, com seu tom de reprovação. – Eu não te ensinei que não se deve deixar um mensageiro esperando?!

- Ele chegou de madrugada. Eu estava cansado, ainda tinha muita coisa para fazer. – Respondo, dando um bocejo, se dormi três horas foi muito.

- Você é um incompetente. – Acusa a Arisu, ignoro seu comentário pois sei que ela ainda bem estressada ultimamente, ainda mais por estar sem nenhuma notícia da minha irmã.

- Ali está ele. – Conto, apontando para o mensageiro que está bem no nosso caminho, ainda bem que o encontrei rápido. – Vamos para o meu escritório, iremos ouvir a mensagem que você trouxe.

 

# Quebra de tempo #

 

- Tenho mensagens para três pessoas diferentes. – Explica o mensageiro, estou mais ansioso para saber quem mandou as mensagens. – Arisu, Takeshi e Shiro.

- Somos nós três. – Falo, isso está bem na cara de ser mensagem da minha irmã. – Quem enviou as mensagens?

- Não me foi informado. – Ele responde, confirmando que é minha irmã. Por segurança, nossas cartas são mandadas anonimamente. – A primeira mensagem diz que o remetente precisa da Arisu o mais rápido possível, mas só se tiver em condições. A mensagem também informa que a Aya morreu.

- Como assim a Aya morreu?! – Exclamo, levantando da cadeira. A Arisu está estática, assim como o Takeshi, ninguém esperava por isso.

- Sou só o mensageiro. – Ele diz, recuando um pouco da minha mesa. – Para o Takeshi, o remetente mandou informar que o Ren está morto.

- Ele também?! – Exclama o Takeshi, tão revoltado quanto eu. – O que foi isso?! Um massacre?!

- A última mensagem é para o Shiro. – Fala o mensageiro, aumentando o tom de voz para se fazer ser ouvido. – O remetente disse que, por seu descuido, o Ren está morto. Se você se atrever a mandar outro espião, a remetente matará sem se importar com quem seja.

- Só isso? – Indago, preciso forçar as palavras a saírem, estou tentando ao máximo esconder meu pânico.

- Tem uma mensagem particular, que só deve ser ouvida pelo senhor.

- Seja lá o que for, pode falar para eles, são de confiança. – Peço, não quero depois ficar ouvindo esses dois enchendo o meu saco para saber qual era a mensagem secreta.

- Deixaram bem claro que a mensagem só deve ser o...

- Isso é uma ordem. – Afirmo, apoiando minhas mãos na mesa e me debruçando sobre ela.

- O senhor vai ser tio.

Caio sentado na cadeira atrás de mim, só tenho uma reação quando o mensageiro sai.

- Vocês ouviram o que eu ouvi?! – Questiono, revezando minha visão entre os dois. – A Aya e o Ren estão mortos e minha irmã está grávida.

- Shiro... – Chama a Arisu, em um estranho sussurro. – Quando foi a última vez que vocês dormiram juntos?

- Céus... – É a minha vez de sussurrar, com meus olhos fixos na parede. – Eu posso ser o pai.

- Precisamos descobrir a localização dela. Temos que trazê-la para cá. – Afirma o Takeshi, mas estou muito surpreso para tomar qualquer decisão. – Shiro, onde ela está?

- E-Eu não sei! – Gaguejo, ficando verdadeiramente preocupado. – Ela nunca vem direto, sempre gosta de fazer algumas pausas durante a viagem, mas já era para ela ter chegado!

- Pensa Shiro! – O Takeshi quase grita, é raro ele perder a cabeça. – Não é só a vida dela que pode estar em risco, agora tem uma criança que pode ser seu filho!

- O Ren. – Penso em voz alta, levantando novamente. – O Ren está morto e ela sabe disso.

- Isso nós sabemos. – Resmunga a Arisu, é muito complicado lidar com esses dois sem minha irmã.

- Ela pensa que eu mandei ele para espionar ela. – Digo, ligando os pontos. – Mas eu mandei o Ren proteger o Nagisa.

- Proteger do que? – Indaga o Takeshi, a situação é pior do que eu pensava.

- Eu mandei o Takeshi para proteger o Nagisa dela. – Respondo, apertando a quina da mesa. – Isso significa que ela está com ele.

- E onde o Nagisa está?! – Ele exclama, fazendo meu aperto diminuir.

- Eu não tenho a mínima ideia. – Falo, sabendo que a situação é péssima. – O Ren não me mandou nenhuma mensagem, ele deve ter morrido antes de mandar um recado dizendo onde estava.

- Precisamos pensar. – A Arisu se pronuncia, acho que ela não percebeu que é isso que estou fazendo. – Alguém deve ter visto eles. Precisamos ir atrás de boatos, ou algo do tipo.

- Por que a Gina quer matar o Nagisa?! – Exclama o Takeshi, nem eu sei direito.

- Acho que ela o considera uma ponta solta, já que ele ouviu uma ligação nossa, e ela odeia pontas soltas. – Explico, sempre fui contra a ideia dela de querer matar nosso primo.

- Melhor matar do que correr o risco. – Ela defende minha prima, não fico surpreso com essa atitude.

- Não estamos discutindo se devemos ou não matar meu primo. - Afirmo, até porque nesse assunto eu não vou ceder, o Nagisa não tem nada a ver conosco. – Ouviram algum boato sobre a Gina ou sobre o Nagisa?

- Como é o Nagisa? -Questiona a Arisu, não parecendo muito interessada na resposta.

- Cabelo e olhos azuis claros, é magro e baixo e parece uma menina. – Respondo e noto que a Arisu e o Takeshi trocam olhares estranhos.

- Tem uma coisa que não te contamos. – Ele conta, indo para o lado da esposa.

- Nossos filhos... O Toshi e a Chiyo... – Ela parece estar hesitando em contar, não faço a mínima ideia do que seja. – Desconfiamos que eles sejam os novos escolhidos.

- É O QUE?! – Grito e acabo tombando junto com a cadeira. Quando o atordoamento passa, recoloco a cadeira no lugar e sento nela novamente.

- Isso mesmo, nossos filhos são os escolhidos. – O Takeshi repete, isso é inacreditável. – Como eles são os escolhidos, significa que os destinados já nasceram, os dois.

- Eu vi os seus filhos. – Falo, vendo que minha vida vai dar um nó agora. – O Toshi tem pele azul clara e olhos da mesma cor... Isso quer dizer...

- Sim. – Ela confirma, sem nem esperar eu concluir minha frase. – A possibilidade do primo de vocês dois ser um dos destinados é muito grande.

- Temos que achá-la! – Exclamo, não são só duas vidas em risco, são três. – A Gina já quer matar o Nagisa e, se descobrir que ele pode ser um dos destinados, ela vai matá-lo na mesma hora.

- Ela não pode fazer isso. – Afirma o Takeshi, até parece que ele não conhece minha irmã. – Se ela fizer isso, será um ato contra seu próprio povo, será visto como traição. A Gina pode começar uma rebelião se o matar.

- POR ISSO MESMO! – Berro, está tudo dando errado. – ELA NUNCA VAI ACEITAR TER MENOS PODER QUE UM HOMEM, NUNCA ACEITARÁ SER SUBMETIDA A OUTRO! ISSO VAI CONTRA OS PRINCIPIOS DELA, CONTRA SUA PRÓPRIA NATUREZA.

- SE ELA NÃO ACEITAR, ACABARÁ MORTA! – Ele também perde a cabeça e grita, assustando-me. – E, AINDA POR CIMA, ARRASTARÁ VOCÊ JUNTO!

- EU MORRERIA DE BOM GRADO POR ELA! – Rebato, dizendo a mais pura verdade.

- ENTÃO VOCÊ ACHA QUE ELA DEVE MATAR O PRIMO DE VOCÊS?!

- CLARO QUE NÃO! – Respondo, batendo com os punhos na mesa, tudo em cima dela treme. – EU NÃO QUERO QUE NINGUÉM MORRA! NEM ELA NEM O NAGISA!

- VOCÊS DOIS, SE ACALMEM! – Ordena a Arisu que, curiosamente, era a única que ainda mantinha a cabeça no lugar. – Primeiro temos que descobrir a localização deles, depois resolvemos o que iremos fazer.

- A única alternativa é alguém controlá-la. – Fala o Takeshi, se eu pudesse dava um soco nele.

- Ela não é um animal para ser controlada. – Ela retruca, qualquer um se apavoraria ao olhar para os seus olhos vermelhos. – Sua lealdade pode ser para com o Shiro, mas a minha é para com a Gina. Continue falando dela dessa forma e acabaremos virando dois conhecidos que têm filhos.

- Enquanto nada for confirmado, ela ainda é a autoridade máxima. – Prossigo, já mais calmo, afinal o Takeshi não irá mais falar mal da Gina, ainda mais com a ameaça da esposa se separar dele. – E, além disso, ela te considera um amigo. A Gina confia em você, então pare de falar mal dela pelas costas, porque minha irmã não merece isso.


Notas Finais


Nagisa: Olha Karma! A tromba do elefante é tão grande :D

Karma: Eu tenho uma coisa grande para você também :)

Nagisa: Depois você me mostra, agora vamos ver o resto dos animais do zoológico!

Karma: Você está parecendo uma criança de 5 anos rsrsrsrsrsrs

Nagisa: Me deixa ser feliz -3-

Karma: Estou deixando! E você fica muito fofinha quando está com raivinha :3

Nagisa: Não sou fofo!

Karma: É sim!

Nagisa: Talvez só um pouco...

Elefante: *Joga água pra cima com sua tromba* (gnt, o que eu estou escrevendo? Isso tá mito errado :´))

Nagisa: Olha Karma! Duvido você fazer isso

Karma: Claro que eu consigo :)

Nagisa: Consegue? Como?

Karma: Vamos para casa, mais especificamente para o meu quarto e eu te mostro as minhas habilidades ^-^

Nagisa: Não sabia que você conseguia imitar elefantes

Karma: Apenas aguarde :3

Co-autora: E foi issooo!

Se você ainda não favoritou, pare de fazer cu doce, porque quem faz isso é o Nagisa. É só apertar um botão e venha virar parte da nossa família... Precisamos de nomes para a nossa família, mas ainda vai ter um!
Aguardem *3*
Comentem um nome para a nossa família
Kissus


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