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História A base de mentiras - Parentesco



Notas do Autor


Oii pessoal ^-^
Tudo bem com vocês?
Hoje estamos aqui... *Procurando sinônimos de capítulo* Com esse conteúdo (wtf?) :')

Capítulo 134 - Parentesco


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Parentesco

Karma

 

Acaricio o cabelo da Nagisa, ela acabou pegando no sono com a cabeça apoiada no meu ombro. Não quero perturbá-la, mas, na posição em que ela está, vai acabar ficando com dor no pescoço.

- Nagisa. – Chamo, sacudindo-a levemente. Seus olhos se abrem de súbito e ela se senta ereta, depois de uma rápida inspeção pela recepção do hospital é que ela relaxa e me encara. – Você está dormindo sentada. Siga o conselho que você deu pro Hibiki e pra Miko e vai pro apartamento, eu fico aqui esperando notícias.

- Eu não vou sair daqui sem saber deles. – Ela afirma, abraçando meu braço e pousando sua cabeça, novamente, no meu ombro. – Também não vou te deixar sozinho.

- Então vamos conversar. – Peço, até agora nós não havíamos trocado nenhuma palavra, apenas pequenas caricias.

- Não tenho muita coisa para falar. – A Nagisa diz, tirando a cabeça do meu ombro. – A única novidade foi o fato da lâmpada, que estava bem em cima da minha cabeça, ter caído e por pouco não me acertou.

- Quando isso aconteceu?! – Exclamo, meu coração acelera só de imaginá-la, novamente, internada.

- Aconteceu enquanto você estava com a Gina. – Responde a Nagi, parecendo lembrar de algo. – O que você e ela ficaram conversando durante tanto tempo?

- Isso na sua voz é ciúmes? – Provoco-a, sabendo que poderia não acabar bem, mas não posso perder uma chance dessas.

- Só tem ciúmes quem não se garante com o namorado. – Ela retruca, sem perder a pose. – E esse não é o meu caso.

 

Nagisa

 

Eu ia beijá-lo, mas o barulho de uma porta batendo me detém. Viro a cabeça e me surpreendo quando vejo a Gina, ela também parece surpresa em nos ver.

- Vocês ainda estão aqui?! – Ela exclama, se sentando do meu lado. A Gina veste a mesma roupa com que entrou no hospital, deduzo que ela estava de saída.

- Você recebeu alta para ir embora? – O Karma pergunta, estou prestes a brigar com ele, afinal não ia tolerar que duvidassem da minha prima, porém percebo que a Gina não concordou.

- Eu estou bem! – Ela se defende, diante do meu olhar reprovador.

- Isso quem tem que dizer é o médico, não você. – Afirmo, levantando da cadeira, se foi tão fácil para ela sair, não deve ser difícil entrarmos e encontrarmos o Aoi com os irmãos.

- Pretende ir atrás dos quatro? – Indaga o Karma, praticamente lendo a minha mente. Reclino meu corpo para baixo e lhe dou um rápido beijo, essa é a minha maneira de dar uma resposta positiva.

- Vamos. – Chamo-os, passando pelas portas duplas. Entro em um corredor deserto, está tão vazio que até lembra as cenas de filmes de terror. Os nossos passos ecoam pelo corredor, comprovando que está tudo vazio. Precisamos achar a ala infantil, é lá que eles devem estar.

 

# Quebra de tempo #

 

Chegamos na parte infantil, que não está vazia. É como se nós entrássemos em outro hospital, essa parte é completamente diferente da outra. Aqui tem vários funcionários e uma espécie de sala de espera, mas eu não saí de uma sala de espera para ficar em outra.

Ignoro completamente a secretária, que pede que não passemos pela porta de vidro.

- Onde será que eles estão? – Interroga o Karma, assim que entramos em outro corredor. Caminho devagar e olhando para todos os lados, a procura de um rosto conhecido.

- Com licença. – Fala a Gina, parando uma enfermeira. – Pode nos informar em que quarto estão os irmãos Kouno?

- É o quinto da esquerda. – Ela logo responde, voltando para o seu trabalho. A Gina sorri vitoriosa, não entendo como não tinha pensado em fazer isso. Acelero o passo e abro a porta indicada. Paro logo na entrada, impedindo que os outros consigam ver o que vejo.

Esse quarto é maior que os outros, já que tem três camas nele. Os trigêmeos dormem nas camas, enquanto o Aoi está ajoelhado ao lado da cama da Avaron, que é a do meio. Não consigo ver seu rosto, mas seus soluços e tremedeiras são o suficiente para me fazer entender que eu não vou receber boas notícias.

Dou um passo silencioso para dentro, para não chamar sua atenção. Ele nem mesmo nota quando o Karma e a Gina entram, o Aoi só fica ajoelhado no chão, agarrado a mão da Avaron.

- O médico disse que eles não passam dessa semana. – Conta o Aoi, entre seus soluços. Ele levanta a cabeça e olha para nós, seus olhos estão inchados e vermelhos, ele já deve estar chorando a horas.

- O que eles têm? – Questiono, sentindo meu coração se apertar, isso não pode ser verdade.

- Tuberculose em nível avançado. – Ele responde, voltando a olhar para a irmã adormecida. O Aoi acaricia a pálida mão dela, que nem mesmo se mexe com o toque.

- Mas existe cura para tuberculose! – Exclama o Karma, fazendo-me olhar para ele. Pode ser só impressão minha, mas, quando a luz atinge seus olhos, aparecem algumas lágrimas presas em seus olhos dourados.

- Meus irmãos tem um problema no funcionamento da medula óssea. – Ele conta, sem tentar esconder suas lágrimas. – Eles não produzem leucócitos, que são as células do sistema imunológico. Eles tentaram tratar da tuberculose, mas os medicamentos não funcionaram porque o corpo deles não reage.

- Tem que ter alguma coisa que os médicos possam fazer! – Rebato, com a medicina tão avançada é impossível que não exista uma saída.

- Eles só têm uma chance. Um transplante de medula óssea poderia salvá-los. – Diz o Aoi, deitando a cabeça sobre a mão da Avaron. Seu choro se intensifica. – E eu sou compatível.

- Se é compatível, por que está chorando? – Indago, sem entender. Ele deveria estar feliz, pois no seu corpo está a chance de salvar seus irmãos.

- Porque eu só posso doar para um, só posso salvar a vida de um deles! – Ele soluça, o Aoi parece destruído. – Eu tenho que decidir qual que irei salvar e quais que deixarei morrer!

Nenhum irmão deveria ser forçado a isso, a vida é realmente cruel.

- Eles não podem receber uma doação? – Pergunta o Karma, trazendo uma esperança a situação.

- A lista de espera é de, no mínimo, um ano. - Responde o Aoi, provando que está tudo acabado, dois de seus irmãos não sairão vivos daqui.

- Eu posso fazer o teste de compatibilidade.

Viro-me na mesma hora para encarar a minha prima, confesso que não esperava que ela tomasse uma atitude dessas.

- Para começar, vocês teriam que ter o mesmo tipo sanguíneo. – Ele fala, sem esperanças, também acho difícil a Gina ser compatível. – Se vocês não tiverem o mesmo tipo sanguíneo, nem vai precisar fazer o teste.

- Sou A negativo. – Expõe a Gina, fazendo o Aoi encará-la na mesma hora.

- Eles também são A negativo. – Ele conta e, rapidamente, consigo ver um fio de esperança em seus olhos.

- Também sou A negativo. – Digo, não fará mal eu fazer o teste para saber se sou compatível.

- Agora temos uma pequena chance de conseguir salvar todos os seus irmãos. – Afirma minha prima, com o maior sorriso que já vi ela dar.

 

# Quebra de tempo #

 

- Trago boas notícias! – Exclama o médico, realmente animado com os resultados. Aperto a mão da Gina e espero, um de nós é compatível.

- Quem é compatível? – Interroga o Karma, que também parece estar uma pilha de nervosos, todos nós estamos ansiosos.

- Os dois resultados deram positivo. – Ele responde, fazendo-me afrouxar o aperto na mão dela, isso é inacreditável. O Aoi se levanta do chão, contendo a mesma expressão que eu.

- Comigo, temos três doadores?! – O Aoi questiona, recebendo um sorriso do médico e um leve aceno de cabeça. – Nós podemos salvar os meus irmãos?! Todos eles?!

Em seguida sinto braços me envolvendo, ou melhor, envolvendo eu e a Gina.

- Obrigado. – Afirma o Aoi, abraçando-nos com força. – Eu nunca vou poder recompensar o que vocês vão fazer por eles.

- Não precisa nos agradecer. – Conta a Gina, soltando se do abraço. Ela recua alguns passos para trás, quase alcançando a saída. Solto o Aoi e noto que ela parece estranha, a começar pelo seu enorme sorriso e por suas lágrimas. – Essa é a melhor notícia que eu já ouvi em toda a minha vida.

Dito isso, ela sai correndo do quarto, deixando eu, o Karma e o Aoi confusos, sem entender o que acabou de acontecer.

- Ninguém vai atrás dela? – Indaga o Aoi, limpando suas lágrimas.

- Não, algo me diz que ela está precisando ficar sozinha.

 

Gina

 

Paro de correr e me recosto na parede. Toco em meu rosto, sinto as lágrimas caindo por ele.

- Por que eu estou chorando? – Pergunto para mim mesma, enquanto sinto uma felicidade imensa, o que não combina com minhas lágrimas. Fecho os olhos e respiro fundo, nesse momento entendo o motivo de estar chorando, são lágrimas de alegria.

Volto a andar, até que encontro uma janela. Paro nela e apoio as duas mãos no vidro, em seguida olho para o céu escuro, repleto de estrelas.

- Eu sou compatível mãe. – Afirmo, sem tentar prender meu choro, nesse momento eu preciso chorar e sorrir. – Eu posso não ter te salvado, mas agora eu posso salvar outra pessoa. – Dou uma pausa e gargalho. – O destino é realmente engraçado, minha medula não era compatível com a da minha própria mãe, porém é compatível com a de uma criança com o mesmo problema que você tinha...

 

Aoi

 

Ainda não acredito que seja verdade, é um milagre os dois serem compatíveis. O único problema é que não acredito em milagres, deve existir alguma explicação para isso.

Olho para frente quando a porta é aberta, por ela entra a prima do Nagisa, que tinha saído correndo. Ela limpa algumas lágrimas do rosto, meus olhos se arregalam quando vejo sua mão. Saio do chão e vou até ela, assim que chego perto puxo sua mão, com um pouco de grosseria.

- Só quero ver um negócio. – Digo, apertando um pouco mais forte seu pulso, para manter sua mão no lugar. Antes que ela se solte, tenho a comprovação de que na sua mão tem um coração e, apesar de ser muito bem feito, não parece ser uma tatuagem.

- Nagisa, deixe-me ver seu pescoço. – Peço, criando uma teoria na minha cabeça. Ele hesita por um momento, mas acaba deixando. Vou para suas costas e tiro seu cabelo de trás, é difícil me concentrar enquanto o namorado dele parece prestes a me fuzilar. Passo meu dedo sobre a lua e a estrela que tinha visto antes, na minha primeira olhada desatenta, tinha pensado que era uma tatuagem. Eles não têm tatuagens, eles possuem marcas de nascença.

- Vocês se importam de fazer mais um exame? – Pergunto, afastando-me do Nagisa, o namorado dele logo assume o lugar em que eu estava antes.

- Que tipo de exame? – O Nagisa devolve a interrogação, espero que eles não se assustem com o que vou pedir.

- Um exame de DNA. – Respondo, fazendo os dois me encararem como se eu fosse maluco. – Vocês têm as mesmas marcas de nascença que minhas tias tinham e, além disso, temos o mesmo tipo sanguíneo e vocês são compatíveis com meus irmãos.

- Isso é uma coincidência, apenas isso. – Afirma a Gina, um pouco pálida. – Minha mãe só tinha uma irmã, que é a mãe da Nagisa.

- As mães de vocês são essas? – Indago, levando a mão ao bolso da minha calça. Pego as fotos dobrados e começo a repassá-las, até achar a foto das três irmãs juntas.

- É a minha mãe! - Exclamam os dois ao mesmo tempo, agarrando pontas opostas da foto. Não preciso mais de exame de DNA, já tenho certeza de que eles são os meus primos.

- Meus irmãos vão adorar saber que vocês, além de salvarem a vida deles, também são da nossa família.

 

Nagisa

 

Antes eu pensava não ter primos. Percebi que estava errado quando entrei em casa e encontrei a Gina. Depois eu soube que tinha dois primos, pois descobri que a Gina tem um irmão. Agora, descubro que minha mãe tinha outra irmã, e que essa nova tia teve quatro filhos, todos são meus primos.

Dou um puxão forte na foto e tiro-a das mãos da Gina e do Aoi. Olho para as três irmãs, a única que ainda está viva é a minha mãe. Deveria ser o contrário, minhas tias deveriam estar vivas e minha mãe morta, tenho certeza que minhas tias eram mães melhores e, uma delas, poderia ter me criado se minha mãe tivesse morrido.

- Por que nós nunca soubemos da existência da sua mãe? – Questiono, tirando os olhos da foto e encarando o Aoi.


Notas Finais


Karma: Nagi, eu comprei um piano :D

Nagisa: Aonde diabos você vai colocar esse piano?

Karma: ... Na sala... ?

Nagisa: Karma, você encheu a sua sala de amoeba pra fazer vídeo no YouTube...

Karma: ... Botei um piano em cima das amoebas e olha no que deu?

Nagisa: Botei uma amoeba no seu nariz e olha no que deu

Karma: Calma Nagi... Pra que agredir?

Nagisa: PORQUE VOCÊ ENCHEU MEU QUARTO DE AMOEBAS SÓ PARA FAZER UM VÍDEO "Enchi o quarto da minha namorada de amoebas e olha no que deu"

Karma: Nossa... Foi só uma brincadeira...

Nagisa: Karma, você escolhe, amoebas ou eu '-'

Karma: Ain... Escolha mais difícil da minha vida...

Nagisa: ISSO É SÉRIO KARMA?!

Karma: ...

Nagisa: KARMA!

Karma: Honey, vamos fazer um vídeo porno chamado "Usei amoeba como camisinha e olha no que deu"?

Nagisa: Não vou fazer isso Karma '-'

Karma: Poxa... Okay :´)

Co-autora: Se você gostou, favoriteee!
Se não sabe o que comentar, a palavra é "Cluzosplote"
Kissus


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