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História A base de mentiras - Me deixe vê-la!



Notas do Autor


Oi genteeee! Como estão?!
Não vai ter notas finais, porque eu acabei me empolgando enquanto via um seriado e esquecido de pedir as notas finais para a co-autora, mas prometo atualizar assim que ela me mandar!

Capítulo 143 - Me deixe vê-la!


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Me deixe vê-la!

Nagisa

 

Consigo ouvir seus passos, que ficam cada vez mais próximos de mim. Não olho para trás, se fizer isso vou acabar parando de correr.

- NAGISA! – Ele me chama novamente, mas eu não vou parar. Viro em uma esquina, não tenho a mínima ideia de onde estou ou para onde estou indo. Passo ao lado de uma porta, que não parece ser de prédio. Entro sem pensar duas vezes, tropeçando na entrada que é um pouco mais alta que a calçada da rua.

Fecho a porta, em seguida fico encostado nela, esperando ouvir alguma coisa. Escuto o Karma passar correndo, sem nem parar nessa porta. Suspiro de alívio, só então presto atenção no local em que me encontro.

- Seja bem-vinda! – Exclama uma garota, ocupando todo o meu campo de visão. – Em que posso ajudá-la?

- É... – Encaro-a, sem saber o que responder. – Que lugar é esse?

- É uma livraria. – Ela conta, dando alguns passos para trás, permitindo que eu enxergue o ambiente. Aqui é pouco iluminado, além de não ser muito grande. As paredes são escuras e estão repletas de livros. – Vejo que não tem nenhuma ideia de livro. Permita-me lhe dar algumas sugestões?

- C-Claro. – Respondo, devido ao entusiasmo no rosto da garota, ela deve ter a minha idade. A menina agarra meu pulso e arrasta-me pela loja, até uma estante no fundo da loja.

- Esse é o meu preferido. – Ela afirma, depositando um pequeno livro nas minhas mãos. Apesar de ser pequeno de comprimento, o livro é grande de grossura, também é pesado. Olho para a capa, que está bastante empoeirada. Assopro, assim consigo ler o título.

- D-Desculpe perguntar, m-mas que tipo de l-livros se vende a-aqui? – Gaguejo, tremendo um pouco depois de ler o título, esse não é um livro normal.

- Vendemos livros de ocultismo. – Ela conta, com a maior calma do mundo. – Ou magia negra, como alguns chamam. Essa livraria já está há gerações na minha família, desde que a magia negra era proibida. Então, por causa disso, preferimos chamar de ocultismo.

- Q-Que interessante! – Exclamo, tentando manter a voz firme. – E-Eu preciso i-ir!

Tento devolver o livro, mas, quando faço isso, ela começa a rir.

- Você está tremendo toda! – Ela exclama, chorando de tanto rir. – Não acredito que tem gente que acredita nessas baboseiras!

- Espera... Você não acredita?! – Interrogo, antes, enquanto ela falava, podia jurar que compartilhava da crença da sua família.

- Eu acreditava. – Ela conta, tirando o livro de minhas mãos. – Até um dia que roubei esse livro e testei um dos feitiços, mas nada aconteceu.

- Eu acredito. – Afirmo, me surpreendendo. Acho que, depois de conhecer uma deusa, eu não duvido de nada, nem de magia negra.

- Já que acredita... – Ela diz, estende o livro para mim. – Pode ficar com o livro.

- E-Eu não quero! – Digo, tentando não ser grosseiro. O fato deu acreditar em magia negra é o que torna o livro ainda mais assustador. – Não quero me envolver com magia negra.

- Meu avô diz que a magia desses livros depende de quem usa. – Ela fala, ainda com o livro estendido. – Pessoas ruins evocarão magia negra, e as boas evocarão magia de luz.

- Por que você está tão determinada a me convencer a levar esse livro? – Interrogo, se eu fosse pagar pelo livro, eu até entenderia sua persistência.

- Eu tive um pequeno acidente com ele. – Ela confessa, de maneira relutante. – Acidentalmente, derrube café nas últimas cinco páginas. Meu avô vai me matar se descobrir.

- Tudo bem, eu levo o livro. – Afirmo, pegando o livro estendido. Ela me dá um sorriso como agradecimento, me dirijo até a porta, com o livro nas mãos. Ando pelas ruas, tentando achar o caminho de volta. Acabo parando em uma praça, sento-me em uma mesa de pedra, para descansar os pés.

Coloco o livro na minha frente, em cima da mesa de pedra. Fico observando-o, julgando se devo ou não lê-lo. O tédio vence, eu preciso fazer algo, e ler é uma boa distração.

- Não vai acontecer nada se eu só ler. – Digo em voz alta, para me convencer disso. Abro o livro, caindo em um sumário. Aqui tem diversos feitiços, vou lendo os nomes um a um.

- Contatar espíritos. – Sussurro o último nome da página, prestes a ir para a seguinte. Detenho-me por um segundo, lembrando de algo que já ouvi falar. Algumas pessoas dizem que, quando alguém está em coma, seu espirito não fica no corpo, ele fica vagando.

- Será... ? – Indago, sem querer criar esperanças, mas desejando que eu consiga falar com ela. Vejo o número da página e vou para ela, encontrando instruções de tudo que preciso e como fazer.

- Eu preciso de algo que remeta a pessoa que quero contatar. – Penso em voz alta, ficando frustrado. – Eu não tenho nada da Nagasaki.

Pego o livro e o fecho, desistindo dessa ideia maluca. Preciso me localizar e achar um jeito de voltar.

 

# Quebra de tempo #

 

- Acho que estou perdido. – Afirmo, parando de andar. Viro a cabeça, tomo um susto quando meu olhar se encontra com o de uma boneca. Viro o corpo, para observar a vitrine ao meu lado, cheia de bonecas. Elas são muito bonitas, são bem realistas.

- São bonecas de porcelanas. – Falo, e não consigo evitar de lembrar da Nagasaki. Lembro do livro de magia negra, eu posso usar uma boneca de porcelana no feitiço.

Chego perto da porta da loja e elas abrem automaticamente. Entro, só pelo interior da loja já posso imaginar que essas bonecas custam os olhos da cara.

- Vocês fazem boneca por encomenda? – Interrogo ao balconista, que não parece muito disposto a me responder.

- Sim, mas essas são mais caras. – Ele responde, depois de me avaliar de cima a baixo, provavelmente pensando se tenho dinheiro para pagar.

- Eu quero uma com pele branca, cabelo curto e olhos e cabelos azuis... – Paro, não sei como descrever o azul dela. – Azuis como o mar de noite.

- Vai pagar agora ou quando a boneca ficar pronta? – Ele pergunta, vou ter que pagar depois, porque não trouxe nenhum dinheiro comigo.

- Quando a boneca ficar pronta. – Respondo, lembrando de pedir outra coisa. – Vocês podem entrar na minha casa?

- Qual o endereço?

Dou o endereço para ele, que anota no computador.

- O pedido ficará pronto... – Ele estreita os olhos, tentando enxergar. – Daqui há quatro horas.

- Nossa! Que rápido! – Deixo o comentário espantar, pensei que fosse demorar mais. Saio da loja, agora preciso achar o apartamento e encomendar o resto dos materiais. Hoje vou descobrir se magia negra existe.

 

Kin

 

- Afrodite! – Exclama a Artêmis, invadindo o meu quarto.

- O que foi? – Pergunto, não é normal ela me fazer visitas.

- Um dos cavalos da Nix veio até mim. – Ela conta, dando uma pausa para respirar. – Ela precisa de nós duas. Tem alguma coisa acontecendo.

Levanto e pego minha bolsa. Enfio correndo algumas pedras dentro da minha bolsa e também guardo o espelho, dependendo do problema, isso pode ser útil.

- Vamos. – Afirmo, agarrando a mão da Artêmis e correndo com ela pelos corredores, sem me preocupar com quem nos visse.

 

# Quebra de tempo #

 

Saltamos do cavalo em frente a casa dela, assim que meus pés tocam no chão, percebo tem algo muito errado.

- Aqui não tem terremotos. – Afirma minha irmã, lendo meus pensamentos. O som debaixo de meus pés treme, mas não o suficiente para nos derrubar. Entramos na casa, onde o tremor é mais intenso, só conheço uma coisa que poderia fazer isso.

- Vamos pro subsolo. – Mando, já correndo em direção ao único caminho que conheço nessa casa. – É lá que a Nix está.

 

# Quebra de tempo #

 

Acabamos de descer a escadaria e chegamos no andar subterrâneo, aqui os tremores estão muito mais intensos. Ando apoiada na parede, cada passo que eu dou, mais forte ficam os tremores.

- NIX! – Chamo por ela, enquanto contornamos um pequeno lago, como se fosse uma piscina. Meus olhos encontram os oito círculos desenhados no chão, todos eles feitos por nós três. Vejo-a ajoelhada ao lado de um dos desenhos, onde vejo uma enorme confusão de sombras.

- Eu não sei o que aconteceu. – Ela conta, sem sair da sua posição. – Os tremores começaram há pouco tempo. Vim ver o que era e vi esse daqui brilhando! Eu tentei conter, mas o selo não aguentou e se partiu!

- Precisamos selar de novo. – Afirmo, entendendo os tremores, eles estão ocorrendo porque estamos tentando conter isso. – Artêmis, tome o meu espelho!

Taco o espelho para ela, não preciso dar mais nenhuma instrução. Olho para os outros círculos, notando o selo deles. Quatro flechas, dois corações e uma lua com estrela.

- Foi o do Nagisa que rompeu. – Conta a Nix, antes que eu precise perguntar qual deles tinha sido. Vou pro lado da Artêmis, que tacou meu espelho dentro da água, para obter uma imagem ampliada.

- O que ele está fazendo?! – Indaga a Artêmis, porém não sei responder, eu acho que a Nix vai saber.

- Vai pro lago ver o que ele está fazendo, eu assumo o seu lugar. – Digo, indo para perto do círculo. Corro ao redor dele, mantendo uma distância segura. Abro a bolsa e pego uma pedra, preciso colocá-las em toda a extensão do círculo.

Corro para mais perto, para conseguir atravessar o bloqueio de sombras criado pela Nix. Passo por ele com facilidade, mas, quando chego ao interior, algo incrivelmente forte me empurra, utilizando tamanha força que aterrisso dentro do lago.

- O que foi isso?! – Exclamo, quando a Artêmis me puxa pelos braços para fora d’água. – Que droga foi aquela?!

- É forte. Muito forte. – Confirma a Nix, pude sentir isso na pele. – Eu não vou conter por muito mais tempo!

- Não dá mais para fortalecer o círculo antigo. – Afirmo, tomando o comando, já que a Nix precisa se concentrar eu não deixar isso se espalhar. – Vamos redesenhar o círculo.

- Isso não vai adiantar! – Responde a Nix, com um fiapo de voz. – Temos que descobrir o porquê disso estar tão agitado! Isso nunca aconteceu antes!

- Vou narrar o que estou vendo. – Fala a Artêmis, essa é uma boa ideia. – O Nagisa está em um quarto escuro, iluminado apenas por vela. Tem uma boneca de porcelana ao lado dele, junto com uma faca e um prato de barro.

- ELE ESTÁ FAZENDO MAGIA NEGRA! – Ela grita, tão alto e repentinamente que quase me faz cair no lago novamente. – Precisamos detê-lo! Se ele continuar com o feitiço, não vamos conseguir selar!

- Vou para a Terra. – Conto, alguém tem que ir lá para impedir o Nagisa de continuar com isso, senão acabaremos todas mortas.

- Se você abrir um portal, só irá piorar a situação. – Alerta a Artêmis, segurando o meu braço. – Se, por apenas um momento, isso fugir do nosso controle, vai acabar passando pelo seu portal.

- Por que você está fazendo magia negra? – Pergunto para a imagem, como se esperasse uma resposta. O Nagisa pega a boneca de porcelana, me fazendo entender o que ele quer. – Precisamos levá-lo até a Nagasaki.

- Eu já disse que eles não vão se encontrar. – Retruca a Nix, não é como se estivéssemos com opções de sobra.

- O Nagisa está fazendo isso para encontrá-la. – Afirmo, essa é a única explicação para a boneca de porcelana. – Se dermos o que ele quer, o Nagisa não terminará o feitiço.

- Eles não vão se encontrar. – Ela repete, virando a cabeça para me encarar. Esse momento é um suficiente para causar um furo na sua barreira já enfraquecida, um raio de escuridão passa por mim e pela Artêmis e bate na parede, sacudindo toda a casa.

- Eles já se conheceram, agora é tarde demais! – Exclamo, tentando por um mínimo de juízo nela. – Se você insistir em mantê-los separados, ele completará o feitiço e nós seremos mortas por traição. Além do Nagisa e dos outros serem executados sem piedade! É isso que você quer causar?!

 

Nagisa

 

Não sei o que está acontecendo, mas meus olhos ficam pesados do nada. Tento permanecer acordado, porém o sono me vence. Caio para trás, deitando no chão e apagando na mesma hora.

Sonho on:

 

Me vejo em um campo gramado, que me é familiar. Na imensa vastidão verde, avisto uma única árvore, não muito distante, onde uma menina parece descansar.

Meus olhos se arregalam quando reconheço-a, um enorme sorriso surge no meu rosto. Corro até lá, avisto a amiga e a cobra sentados na frente dela.

Ela canta baixinho, só escuto quando me aproximo, sua voz cantando é linda.

Começo a bater palmas, fazendo a menina e a cobra virarem na minha direção. A Nagasaki abre seus olhos, que estavam fechados enquanto cantava, seus olhos parecem um pouco enevoados.

- E-Eu não estava dormin... – Sua voz se perde na fala, assim como os seus olhos ganham mais foco. – Nagisa?

- Você canta muito bem. – Afirmo, me sentando na sua frente, ao lado da cobra. – Que música era aquela?

- É uma música minha. – Ela responde, sem olhar nos meus olhos. Entendo isso como se ela tivesse dito que fora ela quem compôs a música. – Me permite contar uma coisa?

Sua educação e polidez sempre me surpreendem, ela não faz nada sem saber se pode.

- Claro. – Confirmo na mesma hora, curioso para saber o que é.

- Eu não gosto de elogio. – Ela conta, puxando as pernas para junto ao corpo. – Poderia parar de me elogiar?

Seu pedido é um pouco inusitado, nunca conheci alguém que não gostasse de elogios. Na verdade, certos tipos de elogios eu também não gosto, como quando elogiam meu cabelo longo. Mas isso é diferente, eu só elogiei sua voz.

Abro a boca para perguntar o motivo disso, mas interrompo-me quando olho pro seu rosto. Ela parece estar lutando para manter os olhos abertos, sua cabeça meio que está caindo para o lado.

- Você está cansada. – Aponto o óbvio, ela tenta manter seus olhos firmes em mim, porém eles parecem focar e desfocar.

- Não, eu estou bem.

- Sessenta e três, não tente mentir, já disse que você é péssima nisso. – Afirma a amiga, rindo. Até que a garota tem razão, a Nagasaki não sabe mentir.

- Vai dormir. – Aconselho, fazendo aparecer uma bonita cama ao nosso lado, mas ela apenas nega.

- Não, eu só posso dormir quando anoitecer. – Ela conta, no mundo real já é de noite, mas, aqui, o sol ainda brilha forte. Manipulo o sonho e transformo o dia quente e brilhante em uma noite clara e fresca.

- Agora já é de noite. – Digo, sorrindo. Ela retribui, dando-me um pequeno sorriso, em seguida seu corpo, praticamente, cai na grama. A Nagasaki se vira e apoia a cabeça sobre os braços, ela deve estar muito cansada para não andar até a cama maravilhosa que eu criei.

Quando quis vê-la, meu plano não era ficar observando-a dormindo, mas não me incomodo em fazer isso. A Nagasaki, do nada, ergue a parte de cima do corpo.

- Que dia é hoje? – Ela indaga, olhando diretamente para mim. Paro para lembrar, acho que nós estamos na madrugada de domingo.

- Hoje é domingo. – Respondo, se ela quiser saber o dia, aí eu não vou poder responder, pois já perdi a noção dos dias.

- Não posso dormir. – A Nagasaki afirma, com a voz pacifica. Ela se levanta e volta a ficar sentada, com as costas apoiada na árvore.

- É sério que você vai ficar sentada aí?! – Questiono, indignado com a atitude dela, não pensei que ela fosse o tipo de garota que gosta de passar a noite acordada e... Espera um segundo, tem alguma coisa errada. A Nagasaki está em coma, o que significa que está dormindo, então não tem sentido ela está com sono.

- Vou. – Ela confirma, vejo que a mesma está tentando não piscar. O fato da Nagasaki, talvez, ir dormir tarde todos os dias, acordar cedo por causa da escola e não dormir nos fins de semana... Isso explica o motivo do seu sono. Seu corpo está tão exausto que, mesmo dormindo, ela se sente cansada.

- Não comigo aqui. – Retruco, está me dando agonia ver o seu esforço em permanecer acordada. – Você está tombando de tanto sono!

- Não adianta nada você falar isso. – Avisa a sua amiga, saindo de onde está sentada e vindo pro meu lado. – A Nagasaki é obediente e teimosa, nada que você diga poderá convencê-la a ir dormir.

- Acho que os adjetivos obediente e teimosa não podem ser usados em uma mesma frase, para se referir a uma mesma garota. – Falo, afinal esses adjetivos são quase opostos.

- Vou ir caminhar. – Conta a Nagasaki, se levantando. Ela começa a andar, seus passos são tão vacilantes que ela parece estar bêbada. Vou pro seu lado apenas um segundo antes que ela tombe pro lado, perdendo o equilíbrio e caindo nos meus braços.

Pego-a no colo e levo-a até a cama, deito ela lá antes que possa reclamar.

- Tão macio... – Ela sussurra, abraçando um travesseiro. – As estrelas... Elas são tão bonitas!

Enquanto ela está distraída admirando as estrelas, puxo o cobertor e cubro-a até a cintura.

- Durma bem. – Digo, atraindo seu olhar, seus olhos permanecem abertos por apenas uma fresta.

- Desculpa. – Ela murmura, tão baixo que fico na dúvida se ela quer que eu escute. – Me desculpe por ter te contrariado, por não ter te obedecido, por ter sido respondona...

- Você não precisa se desculpar por nada. – Afirmo, sem compreender essa mania dela de pedir desculpas por tudo. – Você não fez nada de errado.

- Me desculpe por ter desconfiado de você. – Ela pede, com uma lágrima escorrendo pelo rosto. – Você não é igual a eles, sinto muito por ter pensado isso sobre você.

 

Afrodite

 

Observo o Nagisa botando a Nagasaki para dormir, não consigo impedir que uma lágrima escape de meus olhos.

- Afrodite. – Chama a Nix, trato de limpar a lágrima do rosto. – Precisamos que você coloque as pedras.

Viro-me para elas, observando o recém-círculo feito, a nova prisão daquilo.

- Se nós voltarmos a impedir o Nagisa de vê-la. – Começo a falar, posicionando as pedras nos locais indicados. – Ele recorrerá, novamente, a magia negra. Se quiser evitar que isso aconteça novamente, tem que permitir que eles se vejam.

- Eu vou permitir, mas, se eles descobrirem mais do que devem saber, eu arranjarei alguém para apagar a memória dos dois, fazendo com que eles nunca se lembrem um do outro. – Ameaça a Nix, lógico que ela não aceitaria facilmente, a vida inteira ela tentou evitar esse encontro.

- O que você ganhava mantendo-os afastados? – Interroga a Artêmis, ficando no mesmo lugar que eu estava antes.

- É mais fácil quebrar a alma deles se eles estiverem separados. – Ela conta, dando de ombros, como se não fosse nada demais. – Visto como os dois criaram uma espécie de amizade tão rapidamente, se eles tivessem se conhecido antes, a Nagasaki o usaria como um apoio. Iria ser mais difícil quebrar sua alma, pois ela se fortaleceria com a amizade deles.



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