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História A base de mentiras - Izanami



Notas do Autor


Olá pessoinhas!!! Como vão?!
Só para esclarecer um fato: Não é tia de verdade, é só um apelido fofo (sei que não faz muito sentido agora, mas vai fazer)
Boa leitura :3

Capítulo 164 - Izanami


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Izanami

Izanami

 

- Me diz que isso é brincadeira.

Me viro e vejo a Eyo, que está parada na entrada do nosso quarto.

- Eyo... – Suspiro, já prevendo o que ela vai dizer.

- Sem essa Iza. – Ela me corta, entrando no quarto. – Por que Iza?! Por que?!

- Eu prometi e pretendo cumprir minha promessa. – Afirmo, encarando-a nos olhos. Antes que ela diga algo, resolvo completar. – Eu não quebro minhas promessas.

- Uma promessa feita para pessoas mortas. – Desdenha a Eyo, se apoiando na parede. – Essa promessa não vale de nada! Estão todos mortos!

- Nem todos... – Murmuro, olhando para a cômoda, onde tem um porta-retratos que eu ainda não guardei. É uma foto minha com o Karma, tirada no sótão da casa dele.

- É tudo por causa dele! – Ela exclama, andando até a cômoda e pegando a foto. – Ele é mais importante que todos nós?! É mais importante que sua família?!

- Não compare ele com vocês... – Peço, pois eles estão em pé de igualdade.

- VOCÊ VAI NOS DEIXAR. – Ela grita, tacando o porta-retratos no chão, quebrando-o. Fico estática quando ela vem na minha direção e agarra o meu colar, a Eyo o puxa com tanta força que o fecho se rompe. – E TUDO POR CAUSA DESSE GAROTO! ELE ESTÁ NO SEU PASSADO! NÓS SOMOS O SEU PRESENTE!

Tento pegar meu colar de volta, só que ela o mantem longe do meu alcance. Sou tomada pelo pânico enquanto vejo o meio círculo preto balançando na sua mão, eu nunca tirei aquele cordão do meu pescoço.

- Eyo, me devolve o colar. – Peço, sentindo uma repentina falta de ar. Apoio minha mão na cabeceira da cama, vendo o mundo girar. – ME DÁ ESSE COLAR.

A porta do quarto é aberta, não consigo identificar quem entra.

- Entrega logo o colar dela! – Manda uma voz masculina, só que eu não consigo reconhecer. – Eyo! Ela está tendo um ataque de pânico!

Meu coração está batendo muito rápido, como se eu tivesse acabado de correr por toda a extensão do internato. Eu conheço essa sensação, porém isso não torna mais fácil controlá-la.

Algo toca na minha mão, abaixo o rosto e consigo discernir o meio círculo na minha mão. Respiro fundo e fecho minha mão ao redor do cordão, conseguindo me controlar um pouco, mas não completamente.

- Iza, você está melhor? – Pergunta outra voz, dessa vez eu consigo reconhecer. – Quer ir pro ginásio treinar a pontaria?

- Não precisa. – Falo, com um pouco de dificuldade.  – Eu tenho que terminar de arrumar a mala.

- Arrumar mala? Para que? – Interroga o Eki, que foi o que tinha falado primeiro.

- Ela vai embora. – Conta a Eyo, usando um tom muito frio, o que não é seu costume. – A Iza quer ir atrás daquele idiota.

- Olha como fala dele. – Alerto, não vou continuar deixando-a falar mal do Karma. – Posso cortar sua garganta por isso.

- Você não faria isso. Eu sou sua melhor amiga. – Ela retruca e, em um piscar de olhos, estou com a ponta da minha adaga pressionada contra o seu pescoço.

- Antes de qualquer coisa... – Digo, sentindo a tensão do ambiente. – Eu devo proteger o Karma, não importa o que eu precise fazer.

- O que ele fez para merecer a sua vida?! – Ela indaga, assim que lágrimas silenciosas começam a rolar pelo seu rosto. – V-Você mo-morreria de bom grado p-por ele... Consigo ver n-nos seus olhos...

Abaixo a adaga, chocada por ela saber disso.

- Morrer?! Eyo, do que você está falando?! – Exclama um de nossos amigos, revezando seu olhar entre nós duas.

- Você é uma assassina de sacrifício. – Ela sussurra, soluçando. – Você deveria ter contado... N-Não podia t-ter escondido.

- Você enlouqueceu?! – Rebate o Eki, sacudindo meu braço. – Iza, diga que ela está louca. Diga que isso não é verdade.

- Há quanto tempo você sabe? – Pergunto, quando recupero minha voz, eu não queria que eles descobrissem.

- Há pouco tempo. – Ela responde, limpando suas lágrimas, que não param de cair. – Eu fiquei presa na sala de reuniões. Eu estava lá, escondida, quando você implorou ao conselho de assassinos para te deixarem ir. Eu vi quando você revelou que era uma assassina de sacrifício.

- Seus pais te obrigaram a fazer isso? – Indaga o Ari, parecendo em pânico.

- Meus pais não me obrigaram a fazer nada. – Nego, um pouco ofendida por ele acreditar que meus pais me obrigariam a fazer tal coisa. – Eles eram assassinos, mas não queriam que eu trilhasse o mesmo caminho, muito menos que eu me tornasse uma assassina de sacrifício... Essa decisão foi minha. E apenas minha.

- Eu só não entendo o motivo... – Murmura a Eyo, agarrando o meu pulso. – Sua vida nunca foi ruim, por que fazer isso?!

É uma história tão confusa... Até hoje eu não consigo entendê-la direito.

 

Flashback on:

 

- Oi tia! – Exclamo, vendo a tia Kasai do outro lado da porta.

- Oi Iza, seus pais estão? – Ela pergunta, fico um pouco decepcionada quando vejo que o Karma não está com ela, mas logo me ânimo.

- Estão sim, vou chamá-los. – Respondo, correndo para dentro de casa. – MÃE! PAI! A TIA KASAI ESTÁ AQUI!

 

# Quebra de tempo #

 

Fico sentada na escada, espiando a conversa deles. Daqui eu consigo ver e ouvir tudo, mas eles não conseguem me ver.

- É a terceira vez nesse mês que você vem aqui em casa... – Suspira mamãe, que está sentada ao lado do papai.

- É porque eu não sei o que fazer. – Conta a tia Kasai, que está sentada na poltrona que fica na frente do sofá. – Tem noção do que é estar no meu lugar?

- Mais ou menos... Nós também nos preocupamos muito com a Iza. – Meu pai diz, fazendo-me sentir importante.

- Eles são o bem mais precioso que eu tenho. – Conta a mãe do Karma, com a voz estranha, acho que ela está chorando. – N-Não posso deixar n-nada acontecer com e-eles...

- O que aconteceu dessa vez?

- Outro ultimato. – Ela soluça, estou ficando preocupada com a tia Kasai, eu nunca tinha visto um adulto chorando. – Vai ser a quinta tentativa, só nesse ano. M-me deram um mês... As outras tentativas... Droga, elas passaram muito perto!

- Sei que isso vai parecer horrível... – Fala minha mãe, pegando numa das mãos da tia Kasai, em um gesto de conforto. – Mas não acha que deve parar de brigar? Não acha que deve aceitar os termos? Kasai, você está sem saída.

- Você entregaria a Iza para pessoas que você sabe que irão matá-la?! – Exclama a mãe do Karma, me assustando. Agarro o colar que ele me deu, buscando conforto. – Você não faria isso. Então, não mande eu fazer isso com meus filhos.

- Nós não estamos mandando você fazer nada... – Afirma meu pai, falando devagar. – Só estamos te dando uma sugestão, uma que você deveria pensar com cuidado. Olha o quanto isso já te custou! Quantas pessoas você já não perdeu?! Realmente, vale a pena?

- Vale. – Ela responde, quase gritando. – Eles já tiraram tudo de mim... Mataram minha mãe, meu pai, meus irmãos, meu marido... Não vou deixar que eles matem meus filhos.

Cada palavra que escuto, me deixa ainda mais surpresa, eu não sabia de nada disso.

- Então não podemos fazer nada por você. – Afirma minha mãe, se levantando do sofá. – Não estamos mais na ativa.

- Eu sei. – Ela retruca, também se levantando. – E eu também sei que vocês têm contatos. Que conhecem assassinos.

- Continue. – Pede meu pai, que também se levanta.

- Quero um assassino de sacrifício para proteger meus filhos. – Conta a mãe do Karma, eu acho que não entendi direito... Eles não podem estar falando de assassinos.

- Como pretende pagar um desses?! – Exclama meu pai, que parece bem surpreso. – Você trabalha dia e noite para conseguir comprar o básico para sobreviver! Desde que seu marido morreu, você não tem dinheiro para nada! Muito menos para pagar um assassino de sacrifício!

- Dinheiro não é problema. – Ela afirma, a tia Kasai não está chorando mais. – Se necessário, eu até assalto um banco. Eu consigo arranjar dinheiro.

- Certo, podemos tentar arrumar alguém.

- Eu não quero “alguém”! – A mãe do Karma exclama, com a voz mais elevada. – Se eu estou com dificuldade para protegê-los, um assassino com menos habilidade que eu não irá conseguir. Eu quero um assassino que consiga se equiparar a mim.

- Ninguém pode ser comparado com você! – Mamãe rebate, com os olhos arregalados. – Você é a fênix! Ninguém nunca chegou nem aos seus pés!

- Eu não me importo. Se precisar, vocês podem ir até o fim do mundo!

 

Flashback off:

 

Um mês depois dessa conversa, tudo mudou... Eu e meus pais viajamos e, quando voltamos, descobrimos sobre o incêndio. O testamento da Kasai deixava tudo que ela tinha para meus pais, uma quantia que era exorbitantemente alta.

Então, pouco tempo depois, minha mãe sofreu um acidente de carro e morreu. Eu contei pro meu pai que já tinha descoberto tudo sobre eles serem assassinos, e que também sabia da promessa que eles tinham feito a mãe do Karma.

Para meu pai, prometi que, de algum jeito, me tornaria uma assassina tão boa quanto a Fênix. Prometi que encontraria meu melhor amigo e o protegeria com minha própria vida.

Meu pai me deixou nesse internato, que é um internato para a formação de assassinos. Ele fica escondido no topo de uma montanha e é uma instituição independente, o governo japonês nem sonha com a existência desse lugar.

Ainda está vivo na minha memória o momento em que meu pai deu um cheque para a diretora da escola e outro para mim. Poucos segundos depois, ele pegou sua faca e se matou.

- Eu amo a minha vida e amo todos vocês. – Esclareço, não é por nada disso que tomei essa decisão. – Porém, meus pais prometeram a mãe do meu melhor amigo que seus filhos ficariam seguros. O dinheiro que ela deixou pros meus pais foi o pagamento pelo assassino de sacrifício que eles nunca encontraram, porque nunca acharam alguém bom o suficiente.

- Por favor Iza... Não segue com essa ideia maluca...

- Um dia, todos nós vamos morrer. – Afirmo, essa é a única certeza que podemos ter na vida. – Que forma melhor de morrer do que protegendo seu melhor amigo? Fazendo o que mais ama? Trabalhando em nome da própria Fênix?!

- Então isso é um adeus. – Diz o Ari, também começando a chorar.

- Sim, isso é um adeus. – Confirmo, permitindo-me chorar, eu vou sentir falta deles.

- Talvez você tenha dado sorte. – Sugere minha amiga, me envolvendo em um abraço. – Talvez esse garoto tenha sido adotado por uma família de fazendeiros e tenha desaparecido do mapa. Se ele tiver uma vida pacifica, você não vai correr nenhum risco. Não precisará protegê-lo contra nada.

- Duvido que isso seja verdade... – Sussurro no ouvido dela, sentindo um aperto no peito. – Sempre sinto um mau pressentimento quando lembro dele... Como se tivesse algo muito errado...


Notas Finais


Padeiro: Olá jovem, o que lhe trás aqui?

Karma: Oh grande mestre, por favor, me ensine suas habilidades ù.ú

Padeiro: Habilidades não posso ensinar, meu jovem

Karma: Por favor, eu faço qualquer coisa!

Padeiro: Tudo bem jovem, eu vou te ensinar a técnica milenar do dragão cospe pão

Karma: E como se faz essa técnica mestre? *-*

Padeiro: É preciso muito treinamento e esforço jovem. Poucos conseguem. Você esta pronto para um treinamento intenso?

Karma: SIM SENSEI!

Padeiro: Ótimo! Pode começar limpando o chão :)

Karma: COMO QUISER SENSEI

Nagisa: Velhinho sabe das coisas ein...

Kayano (bitch): Eu preciso aprender essa técnica!

Nagisa: Como consegui amigos tão idiotas?

Co-autora: E é isso por hojeeeee!
Espero que tenham gostadooo!
A palavra de hoje é "Kopewt"
Kissus


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