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História A base de mentiras - Rainha



Notas do Autor


Olá gente!!!! Como estão?

Eu descobri que é um inferno ficar sem óculos... Mas por sorte ele ficou pronto a tempo de postar o capítulo :3

Bom capítulo :D

Capítulo 171 - Rainha


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Rainha

Nagisa

 

- Karma... Eu ainda preciso te contar uma coisa. – Digo, eu quase me esqueci do pedido de casamento, e tudo que ele acarreta para mim.

- Você precisa descansar. – Ele afirma, me deitando na cama. – Qualquer coisa pode ser dita amanhã.

- Você vai dormir aqui? – Pergunto, observando-o se deitar ao meu lado, não sei bem porque fiquei tão surpreso.

- Lógico que vou. – Ele responde, ficando o mais próximo possível de mim. – Queria que eu dormisse onde?

- Fico feliz de você estar aqui. – Conto, abraçando-o. – Tudo fica melhor com você por perto.

 

Kamiko

 

Olho o céu parcialmente iluminado da varanda, analisando-o em busca do causador do som que eu ouvi.

- Você está maluca. – Afirmo, levantando-me da cadeira. Eu fui a única que acordou com o barulho de um helicóptero, provavelmente foi só um sonho.

Volto para meu quarto, porém, no meio do caminho, escuto outro som. Paro e espero, o toque da campainha se repete.

- Por favor. Por favor. Por favor... – Imploro ao universo, mudando meu rumo. – Não é quem estou pensando. Não é quem estou pensando. Não é quem estou pensando.

Destranco a porta e, quando vejo a pessoa do outro lado, bato a porta na cara dele.

- Abre a porta! – Ele exclama do outro lado, isso não está acontecendo.

- Vai embora. – Mando, controlando meu tom de voz, a última coisa que preciso é acordar alguém.

- Eu não vim do fim do mundo para você me manter trancado do lado de fora. – Ele conta, com a voz mais elevada. Se eu não abrir essa porta, ele vai começar a gritar e, com certeza, acordará alguém.

Abro a porta e o encaro, logo descendo meu olhar para a arma na sua mão.

- Bom... Pelo menos você não mentiu... – Comento, saindo do apartamento e fechando a porta atrás de mim. Tiro a arma das suas mãos e avalio-a, é ainda mais bonita ao vivo.

- Eu não minto. – Ele afirma, dando o seu meio sorriso.

- Até parece. – Falo, rindo rapidamente. – Agora tchau, já pode voltar para casa.

- Para que a pressa? – Ele indaga, de maneira bem cínica. – Me convide para entrar, tomar alguma coisa e conhecer os seus amigos.

- Nem morta. – Respondo, apontando a arma para ele, mostrando que falo sério.

- Eu estava com saudades suas. – Ele conta, sendo extremamente sincero, o que me surpreende. – Devia fazer mais de um ano que nós não nos víamos!

- Está maluco?! – Interrogo, abaixando a arma. – Nós nos vimos esse ano!

 

Raiden

 

- Aquela festa não conta. – Retruco, foram sete dias desperdiçados. – Você ficou trancada no quarto, durante todos os sete dias de festa! Parecia até que estava se escondendo!

- Você podia ter ido no meu quarto quando quisesse. – Ela diz, reviro o olho.

- Eu te conheço. – Afirmo, não vou mais deixar de lado essa história. – Sempre que eu te chamava para ir lá para casa, você falava que não podia voltar pro Japão.

- E daí?

- E daí que tem alguma história por trás. – Respondo, não sou tão cego a ponto de não perceber que tem algo de muito estranho no passado dela. – Aposto que, por algum motivo, você estava se escondendo naquela festa. Isso significa que você tem um problema com alguém daquela família, e eu chuto que é com o Kaede ou com a filha dele.

- Está imaginando coisa onde não existe. – Retruca a Miko, não me encarando, confirmando minhas suspeitas. – Agora, por favor, volte para casa.

- Por que eu voltaria? – Murmuro, eu queria muito ter um motivo para voltar, mas eu não tenho.

- Por causa da sua irmã... – Ela diz, mas eu e ela não somos tão próximos. – Então... Você pode voltar...

- Viu? Não tem por quem eu voltar. – Aponto o óbvio, mal considero aquele lugar como um lar de verdade.

- Seu maluco! – Ela exclama do nada, batendo com o cabo da arma na minha barriga, me curvo mais pelo susto do que pela dor. – Você deixou ela sozinha?!

- Ela quem? – Devolvo a pergunta, recuperando o ar, que foi totalmente embora.

- Ela! – Repete a Miko, acho que ela pensa que sou adivinho. – A menina em coma!

- Ela... – Falo, compreendendo o porquê da Kamiko não falar nenhum nome. – Claro que não deixei ela sozinha.

- Se você está aqui, ela está sozinha. – Minha prima afirma, sem saber do que está falando.

- Ela está a algumas quadras daqui. – Conto, apontando a direção de onde vim. – Está no helicóptero, com o piloto, o co-piloto, dois assassinos para proteção e o médico.

- Você fez uma garota em coma viajar durante horas em um helicóptero?! – Ela pergunta, dou um aceno positivo. – Meu Deus Raiden, presta atenção. Você só move uma pessoa em coma se for caso de vida ou morte.

- Era um caso de vida ou morte. – Digo, arqueando minha sobrancelha. – Por isso que eu nunca viajo sem ela.

- Você podia não ter vindo e ficado quietinho em casa com ela. – Retruca a Miko, ela, realmente, não me quer aqui.

- Na verdade, essa ideia não foi minha. – Relato, eu não tinha intenção nenhuma de vir até aqui quando pedi pelo seu endereço. – Minha madrasta que insistiu para eu vim ver como você estava.

- Ela se importando comigo?! – Exclama a Kamiko, também achei muito estranho. – Desde quando aquela mulher se importa comigo?!

- Eu acho que isso era só um plano da minha madrasta para deixá-la sozinha. – Falo minha opinião, por isso não podia vir sem ela. – Eu aceitei vir te ver, com a condição deu trazê-la junto.

- R-Raiden... – Ela gagueja, encarando-me com os dois olhos arregalados. – Q-Quem fez os pre-preparativos do v-voo?

- Foi a minha madrasta. – Respondo, sem entender sua gagueira repentina.

- F-Foi ela que escolheu os assassinos?

Depois da sua pergunta, um longo silêncio se segue. Fico chocado ao me dar conta de que deixei-a sozinha com assassinos selecionados pela minha madrasta, eu estava muito distraído.

- Eles vão matá-la. – Sussurro, ainda sem acreditar no que deixei acontecer.

- Temos que ir até seu helicóptero! – Ela quase grita, também parecendo em pânico. – Temos que chegar lá antes que matem ela!

 

Nagasaki

 

Abro os olhos, sem conseguir enxergar quase nada. Sinto algo sobre o meu nariz, arranco seja lá o que for e taco no chão, fica mais fácil respirar.

- Ela acordou. – Afirma uma voz desconhecida, acho que está falando de mim.

- Como assim? Essa garota está em coma. – Outro diz, também não conheço, ou conheço e me esqueci. Eu já ouvi aquela palavra, o Nagisa que disse ela.

- Eu sei lá, só sei que ela está de olhos abertos e se mexeu. – A primeira voz responde, minha visão melhora um pouco, consigo enxergar um teto preto.

- Bom, nossas ordens não mudam. – Conta o que usou a mesma palavra do Nagisa, acho que não estou mais naquele mundo. – Vamos matá-la.

Ao ouvir a última parte, minha vontade é de começar a gritar, mas eu já aprendi que isso só piora minhas situações. Como primeiro passo, tento me sentar, o que não é difícil, exceto por alguns fios que puxam meu braço.

Faço o mesmo que fiz com o negócio sobre o meu nariz e os arranco, enquanto isso, minha visão melhora aos poucos. Já sentada, olho para todas as direções, fico paralisada com o que encontro no piso. Três pessoas estão caídas no chão, com suas cabeças viradas de forma estranha.

- Cento e oito. – Chamo baixinho, desejando que ela esteja aqui. Eu consigo sentir a presença dela, só que está muito fraca.

Paro de olhar para as três pessoas, eles estão parados demais, devem estar todos mortos.

Foco nas duas únicas pessoas vivas além de mim, que são dois homens armados, os mesmos que falaram sobre me matar.

- Vamos atirar logo nela. – Fala um deles, encostando a arma na minha testa, sobre a minha marca. – É a forma mais rápida de acabarmos com o serviço.

Mexo minhas pernas, esse pequeno movimento me causa uma dor gigantesca, tão grande que não me contenho e grito.

Nem o forte tapa que recebo ofusca a dor, porém me faz morder a língua com força, para impedir-me de gritar.

- Faria muito barulho. – Afirma um deles, o que me deu o tapa. – O pescoço dela deve ser mais fácil de quebrar que os dos outros... Se ela não gritar, vai ser uma forma silenciosa de matá-la.

- O que é aquilo na orelha dela? – Ele pergunta, apontando para mim. O que está mais perto vira meu rosto, deixando minha orelha na frente dos seus olhos.

- Caramba! – Exclama o homem, tocando na minha orelha. – Um negócio desses é caro! Podemos conseguir uma grana extra!

- Então tenho outra boa notícia para dar. – Conta o primeiro, lançando um sorriso na minha direção, que me faz encolher. – Tem outro idêntico na orelha esquerda.

Minha cabeça é puxada por ele, para que ele enxergasse a minha outra orelha. Meu pescoço estala com a força que ele usou, mas nada que provocasse uma dor tão forte quanto a da minha perna.

E, quando ele tenta tirar esse negócio caro da minha orelha, uma lembrança me vem a mente.

- Por favor... – Imploro e, movida pelo medo, seguro no seu braço. – N-Não tira i-isso. Fa-falaram que e-eu n-não po-podia t-tirar.

Ele nem mesmo me responde, apenas tira algo prateado da minha orelha, em seguida tira da outra também. Do nada, tudo fica em silêncio, nem o barulho do vento eu consigo ouvir. Os lábios dos dois homens se mexem, mas eu não consigo ouvir o que falam, não estou ouvindo nada.

 

Gina

 

Descemos no aeroporto, que está lotado, nunca vi um lugar tão cheio. Eu e o grupo tentamos andar juntos, só que é uma tarefa impossível. Aproveito brechas e vou andando com a Cho, até que tenho a sensação de algo se enroscando nos meus pés.

Paro de andar e olho para baixo, encontro uma cobra com tantas cores que até fico tonta.

- Vossa alteza? – Ela indaga, pelo visto o assunto é comigo. Olho para a Cho, ela está distraída ouvindo música, duvido que conseguirá me ouvir.

- Eu mesma. – Confirmo, sem reconhecê-la, é a cobra mais colorida que já vi, com certeza me lembraria dela.

- Preciso da sua ajuda. – Ela conta, o que não é incomum.

- Deixa eu adivinhar. – Peço, já entediada com o assunto, nesse momento eu tenho coisas muito mais importantes para fazer. – Seu dono está gravemente ferido por conta do terremoto e você quer ajuda. Se for isso, saiba que vamos ajudar o máximo de pessoas possível, mas você terá que esperar.

- Você não entende. Ela não tem tempo. – Diz a cobra, quer dizer que é dona, não dono. – É uma garotinha!

Droga, parece que dizer que é uma criança é a palavra chave para conseguir minha ajuda, mas eu tenho que me manter firme.

- Tudo tem seu tempo. – Garanto, não é que eu esteja negando ajuda, mas a quantidade de pessoas machucadas deve ser grande, não posso sair priorizando qualquer um.

- Por favor! Ela está em coma! – Ela exclama, me deixando confusa.

- Se ela está em coma, ela está em um hospital. Se está em um hospital, vai ser bem cuidada. – Afirmo, é impossível uma cobra diagnosticar um coma, ela deve ter ouvido algum médico ou parente da menina falando isso.

O silêncio que se segue é estranho e desconfortável. A cobra não fala mais nada, mas ela também não larga a minha perna.

- Tem mais alguma coisa para falar? – Interrogo, sentindo um clima estranho, como se ela quisesse falar algo. A cobra abre a boca e a fecha novamente, mostrando que está indecisa sobre algo, só não sei o que. – Fala logo. Você já tem meu não, o máximo que vai conseguir é um sim.

- Eu não tenho a confirmação, mas eu tenho certeza... – Ela pronuncia, se demorando demais nas palavras, travando no final. – Ela é a rainha.

Nem sei como faço isso, mas eu acabo engasgando depois de ouvir o que ela disse.

- O QUE?! – Grito, tentando controlar a crise de tosse. Definitivamente, eu nunca imaginei que encontraria a rainha na mesma cidade em que está o rei.

- Agora, você pode ajudá-la?


Notas Finais


Karma: Nagisa, vem aqui ver isso!

Nagisa: O que foi Karma?

Karma: O que você acha? Ficou bom? :D

Nagisa: Por que você está vestindo uma fantasia de Peppa pig?

Karma: Não gostou?

Nagisa: Se pintasse o cabelo de rosa iria combinar mais

Karma: Aonde eu compro tinta rosa?

Nagisa: Pra que?

Karma: Pra pintar cabelo ué

Nagisa: Se você pintar o cabelo, eu não falo com você

Karma: Por que? ;-;

Nagisa: Seu cabelo vermelho é lindo, não precisa mudar de cor

Karma: Mas se ele fosse rosa combinaria mais

Nagisa: Chega Karma! Uma semana sem televisão para parar de ser idiota... O que eu acho difícil de acontecer

Karma: Nossa Nagisa ;-;

Nagisa: Agora tira essa fantasia ridícula e vai fazer algo útil!

Karma: Certo ;-;

Co-autora: E foi isso genteee!
A palavra de hoje é "Pimais"
Kissus


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