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História A base de mentiras - Encontro de dois mundos



Notas do Autor


Hi pessoal! Como vão?

Quero deixar uma coisa bem claro sobre os pontos de vista desse capítulo e do próximo:

Nagisa - Quando aparecer assim, é o do nosso mundo

Shiota - Quando aparecer assim, é o do outro mundo

Nagasaki - Quando aparecer assim, é a do nosso mundo

Naomi - Quando aparecer assim, é a do outro mundo

Por coincidencia, como ontem a fanfic completou um ano, esse capítulo terá um aniversário.

Antes que comecem a ler, mais um aviso: Apesar do mundo real e do paralelo terem diferenças, ainda assim possuem semelhanças.
O flashback desse capítulo mostrará o caráter de um personagem dessa fanfic, e não é o personagem que você está pensando.

Bom, é melhor eu parar de explicar as coisas e deixar você ler o capítulo!

Capítulo 184 - Encontro de dois mundos


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Encontro de dois mundos

Nagisa

 

- Você sabe que, depois disso, a Akiko nunca mais vai falar com você, não sabe? – Ele pergunta, voltando para a sala, depois de ter acalmado a Aki.

- Eu sei.  – Confirmo, observando-o andar pela sala e se sentar ao meu lado.

- Eu juro que não vou julgar ninguém até ouvir todos os lados dessa história. – Ele diz, mas isso não adianta de nada, já que só se existe um lado para ouvir.

- Não adianta perguntar nada para mim. – Esclareço, me sinto péssimo pelo que posso ter feito. O lado bom da minha memória apagada é que, ao menos, não preciso reviver essa lembrança. – Não consigo me lembrar de nada, a única que pode explicar alguma coisa é a Kamiko.

- Ela se trancou no quarto. – O Karma lamenta, não posso culpá-la por ter feito isso, acho que a pressionei demais. – Por isso, eu perguntei para a minha irmã tudo que aconteceu aqui...

- Nós dois já sabemos da verdade, mas estamos tentando negar. – Afirmo, cansado dessa enrolação dele, não quero mais mentiras no nosso relacionamento. – Eu estuprei a sua melhor amiga e tenho uma filha com ela. Não tem outro lado, não existe um porquê ou um motivo, é isso e ponto final.

- Você não precisa se crucificar, a Miko não confirmou nad...

- E nem vai. – O interrompo, duvido que ela diga com todas as letras o que já sei. – Pergunte para a Akiko se ela consegue falar, com facilidade, que foi estuprada. A Kamiko não vai falar, porque palavras trazem lembranças, e eu duvido que ela queira relembrar esse dia.

- Certo. Ela não vai admitir isso, mas a filha...

- Também não vai falar nada. – Conto, acho compreensível sua recusa em responder, mesmo eu tendo o direito de saber. – Pai é quem cria, e quem criou a menina foi ela, a Kamiko jamais irá confirmar se sou ou não o pai da filha dela. Mas, se seguir a lógica, eu sou o pai.

- Se você não se lembra de nada, por que tem tanta certeza? – Ele indaga, é incrível como o Karma está com mais dificuldade de aceitar do que eu mesmo, não pensei que fosse me apoiar tanto.

- Porque a Kamiko é lésbica e é apaixonada pela Kayano. – Respondo, e não são só esses fatores. – E a menina tem um olho igual ao meu, a cor é idêntica.

- Só acredito vendo uma foto. – Ele diz, e eu não estou mais aguentando.

- Sei que quer ficar do meu lado, sei que acha que sou incapaz de fazer algo do tipo. – Falo, sem conseguir encará-lo. – Mas eu fiz e, se você continuar negando, sua reação vai ser muito pior quando a ficha cair.

Levanto do sofá e deixo o Karma lá, eu preciso de um tempo sozinho, apenas eu comigo mesmo. Volto para o quarto e me jogo na cama, com minha mente a mil.

Apesar de todas as perguntas, lentamente começo a adormecer.

 

Sonho on:

 

Desperto no campo dos meus sonhos, onde a única coisa que consigo ver é a vasta grama verde. Do nada, aparece uma árvore, mais precisamente uma macieira.

Apesar da lembrança que a árvore me trás, escalo-a e sento-me em um dos seus galhos. Não como nenhuma maçã, fico apenas observando as grandes e belas folhas verdes, quase saídas de um conto de fadas.

Nessa distração, quase não percebo quando algo estranho começa a acontecer. As folhas, antes verdes, começam a escurecer e cair. Coisa semelhante começa a acontecer com as maçãs maduras, o vermelho e o brilho somem, elas começam a apodrecer e cair.

Fico alerta, notando que isso não é normal, alguém está influenciando o meu sonho. Mas só eu e a Nagasaki temos controle, e a Nagasaki não faria uma coisa dessas.

De repente, o galho que eu estou desaba, me fazendo cair no chão. O tronco, assim como toda a árvore, apodreceu. Agora, a bela macieira de antes está morta.

- Eu deveria te matar. – Afirma uma figura encapuzada, totalmente vestida de preto. – Eu te procurando e você descansando numa macieira!

Viro a cabeça de um lado para o outro, mas não tem ninguém além de nós dois por perto.

- Está falando comigo? – Pergunto, sendo cauteloso nas minhas palavras, não faço ideia de quem seja.

- Não, estou falando com Yoru e com Naito, está vendo eles aqui comigo?! – Ela exclama, parecendo irritada, já vi que o humor dela se assemelha ao da Tomiko. – Por sua culpa, eu não sei onde a Yoru e o Naito estão.

- Yoru e Naito? – Repito, esses nomes são bem estranhos, não consigo imaginar alguém com esses nomes.

- Está com problema de memória? – Ela é grossa, pela voz, cheguei a conclusão que é uma garota. – Eu mandei a Yoru e o Naito atrás de você, agora teremos que encontrá-los.

- Desculpa moça, mas acho que está me confundindo com alguém. – Conto, o que a faz abaixar o capuz, revelando seu rosto.

- Repete. – Ela manda, com o rosto descoberto e os braços cruzados. Preciso admitir, seu rosto me é muito familiar, extremamente familiar.

- Você teria uma irmã gêmea? – Questiono, lembrando que a Nagasaki me disse que tem uma irmã gêmea, e essa menina é incrivelmente parecida com ela, além de ter a mesma marca na testa. – Acho que conheço sua irmã gêmea.

- Já ouviu dizer que não se deve brincar com a morte? – Ela faz outra pergunta, não respondendo a minha. – Hoje, eu não estou para brincadeirinhas. Temos que achar minhas cobras e precisamos descobrir onde estamos, tudo isso antes do duelo. Olha Nagisa, essa é a primeira e última vez que eu faço esse tipo de coisa contigo.

- Posso saber, ao menos, quem é você? – Peço, sendo arrastado por ela, acho que essa garota é louca.

- Pelo amor de Nix! – Ela exclama, me largando. – Naomi, Deusa da Morte.

- Olha... – Começo, vendo que essa daí é outra louca. – A última vez que eu vi a Deusa da Morte, ela se chamava Nix e tinha o cabelo preto.

- Você faz questão que eu fale segunda, não faz?! – Ela interroga, parece que tudo que falo a deixa irritada. – Está bem Nagisa, eu conserto. Naomi, segunda Deusa da Morte.

Não me bastava apenas já ter encontrado a Afrodite e a Nix, eu precisava me encontrar com outra Deusa.

- Eu realmente não entendo o interesse que vocês, deusas, tem em mim, mas eu acredito que quem você está procurando não sou eu. – Afirmo, deve ser algum outro Nagisa que essa Deusa procura.

- Já entendi. – Ela diz, aparentando estar mais calma. – A Gina deve ter mexido com a sua cabeça, pensei que tinha deixado claro que não queria ela brincando com nossas mentes.

Quanto mais ela fala, mas confuso isso fica. Não pode ser a minha prima, porém está começando a ser coincidência demais.

- O que eu posso fazer para te convencer que não sou o Nagisa que procura? – Indago, deve ter algum jeito deu fazê-la entender.

- Qual o maior erro que você já cometeu comigo?

 

Naomi

 

- Não faço ideia. – Ele responde, claro que não sabe, o Nagisa nunca reparou como me machucou naquele dia.

- Você é ele. – Afirmo, acabando com a pequena duvida que tinha me surgido. – Posso ser incapaz de sentir qualquer coisa, mas ainda tenho a lembrança do que é sentir, ainda lembro de tudo que senti naquele dia.

- Do que está falando? – Ele pergunta, me fazendo sorrir, o Nagisa, realmente, não faz ideia.

- Do meu aniversário de 13 anos.

 

Flashback on:

 

- Terminei! – Exclamo, depois de finalizar a cobertura do bolo. – Mamãe, papai e Nagisa já devem estar chegando!

Pego o bolo e coloco na mesa da sala, que está toda iluminada por velas, acendi-as bem antes de escurecer. Coloco duas velinhas sobre o bolo e me sento em uma das cadeiras, sou tão baixinha que meus pés não tocam o chão.

- Naomi. – Chama... Bem, ela não tem um nome definido, cada vez que morre uma amiga minha, eu troco seu nome. – Esqueci de lhe dar um recado dos seus pais.

- O que? – Pergunto, já até imaginando que recado será.

- Eles não vão poder vir pro seu aniversário. – Ela conta, acabando com parte da minha animação, mas eu já esperava por isso. Todo ano é a mesma coisa, eles sempre têm algo mais importante para fazer... E eu sempre crio esperanças de que, nesse ano, será diferente, mas nunca é. – E eles, novamente, esqueceram de arranjar algo para te dar.

- Sem problemas. – Minto, porém, se eu falar em voz alta, posso enganar meu próprio coração. – Só eu e o Nagisa vai ser melhor, assim eu posso tentar explicar... Talvez, eu consiga fazê-lo me perdoar.

- Tenho certeza que ele vai entender. – Ela me apoia, como sempre faz. Ás vezes, não sei se a nossa amizade é real, ou se ela faz tudo isso apenas porque é seu dever ser minha guardiã e professora. – Afinal, você não teve culpa, foi um acidente.

- É... Só um acidente. – Repito para mim mesma, mas uma morte nunca é um acidente, ainda mais nesse mundo onde vivemos. Eu queria saber controlar meus sentimentos tão bem quanto os outros, assim poderia me convencer de que não tive culpa alguma.

Vejo as outras três cadeiras vazias da mesa, duas delas continuarão sem ninguém, a menos que eu faça algo.

- Vou colocar bichinhos de pelúcia nas cadeiras vazias! – Exclamo, saindo da cadeira e correndo até o meu quarto. Pego o Kouji, o ursinho de pelúcia que era do Nagisa, e pego a Nagisa, minha corujinha roxa.

Coloco os dois nas cadeiras, deixando apenas uma vazia, a cadeira do meu irmão.

Olho ao redor, a sala está muito vazia e triste... Eu preciso mudar isso!

Volto pro quarto e pego todas as pelúcias que encontro, em seguida ajeito-as em todos os cantos da sala. Quando termino de arrumar todos eles, percebo que já está tarde, o Nagisa já deveria ter chegado.

- Ele deve chegar logo. – Sussurro para mim mesma, me sentando na cadeira novamente. Assim que meu irmão chegar, nós vamos fazer as pazes, cantar parabéns e comer bolo, como fazemos todos os anos.

 

# Quebra de tempo #

 

- Naomi, já está tarde. – Minha cobra alerta, me despertando do meu estado de sonolência. – Guarde o bolo e vá dormir.

- Não, eu tenho que esperar o Nagisa. – Afirmo, coçando os olhos. – Ele está chegando, já deve estar perto.

- Eu sinto muito Naomi, mas acho que ele não vem. – Ela conta, porém eu me recuso a acreditar, meu irmão nunca faltaria ao meu aniversário.

- O Nagisa sabe como nossos pais são, ele nunca deixaria eu passar meu aniversário sozinha. – Retruco, me agarrando nessa ínfima esperança.

- Você é teimosa. – Ela diz, saindo da sala, provavelmente está indo dormir no nosso quarto.

E as horas se passam, até que escuto o distante badalar dos sinos, indicando meia-noite. Meu aniversário vai acabar quando o sino der as doze badaladas, eu preciso cantar parabéns agora.

Pego o fósforo e acendo as duas velinhas, com a minha mão bastante trêmula.

- Parabéns para mim. – Começo a cantar, puxando o bolo para mais perto de mim. – Nessa data sofrida, poucos assassinatos, poucos anos de vida.

Eu ia assoprar as velas, mas, quando abaixo o rosto, duas lágrimas escorrem e caem sobre as velas, apagando-as. Depois dessas lágrimas, não consigo mais conter as outras, começo a chorar sem parar.

- E-Ele nu-nunca va-vai me per-perdoar. – Soluço, foi um acidente, eu nunca quis matar um amigo do Nagisa.

Um forte vento vem da janela aberta, apagando todas as velas acessas que iluminavam a sala. Levanto rápido, não enxergando quase nada, a única iluminação é a fraca luz da lua.

Entro em pânico, eu tenho pavor do escuro. Mas não é a escuridão em si, é o que vem com ela.

- Vamos brincar? – Chama uma sombra, ganhando forma na escuridão, me deixando congelada.

- M-Me deixa em paz. – Gaguejo, assustada com a figura. Elas começaram a aparecer há pouco tempo, sempre aparecem quando estou no escuro.

- Quem será o próximo que nós mataremos? – Indaga outra sombra, surgindo bem perto de mim, com brilhantes e assustadores olhos vermelhos. – Escolha uma pessoa.

- E-Eu não vou ma-matar ninguém. – Respondo, eles sempre começam me fazendo essas perguntas, e eu sempre dou as mesmas respostas.

- Parece que já matou. – Provoca outro, o que me faz olhar para baixo. Meus olhos se arregalam quando vejo manchas vermelhas no meu vestido, junto com uma faca na minha mão.

Largo a faca e caio no chão, tremendo de medo.

- DESAPAREÇAM! – Mando, tapando meus ouvidos com as mãos, só então sinto um líquido pegajoso nelas. Olho para a minha mão, ela também está encharcada de sangue.

- Você não pode fugir de nós. – Eles confirmam em coro, mudando de forma.

Corpos decompostos se arrastam na minha direção, mas o que me deixa congelada é que são pessoas que eu conheci, e outras que matei.

- SAIAM DA MINHA CABEÇA. – Berro, derrubando lágrimas de pavor. Fecho os olhos, só que as coisas só pioram. Além de agarrarem minhas pernas, começo a ouvir seus gritos dentro da minha cabeça, começo a ouvir os gritos dos mortos.

- Vamos arrastá-la para o inferno. – Conta um deles, nesse momento eu perco toda a minha sanidade e começo a gritar igual uma louca, mas é isso que sou desde que comecei a ver essas sombras apavorantes.

Grito para tentar não ouvir suas vozes, para escapar desse tormento. Mas eles só se calam quando escuto o barulho da porta, o que me faz criar coragem para abrir meus olhos e parar de gritar.

- Está bem?! – Alguém exclama, não sei dizer se é outra sombra ou alguém real, minha visão está completamente turva.

- L-Luz. – Peço, só ficarei bem quando as velas forem acessas novamente, a luz afasta os monstros de escuridão.

Consigo distinguir um ponto de luz, e logo outros começam a surgir. Aos poucos me acalmo, mas o tremor não passa.

- Cadê o Nagisa? - Pergunta o menino na minha frente, agora eu sei quem é.

- Raiden. – Digo, o abraçando, buscando algum tipo de conforto. – E-Ele não está a-aqui.

Apesar de ser três anos mais velho que meu irmão, os dois são bastante amigos, além de sermos vizinhos. É provável que ele tenha me ouvido gritar, e o Nagisa já deve ter contado para ele que a porta daqui de casa fica destrancada.

- E seus pais? Também não estão aqui? – Ele interroga, e eu confirmo. – Então, por que o bolo?

- É meu ani-aniversário. – Conto, posso afirmar que esse foi o pior aniversário da minha vida. Pelo menos, sei que não tem como piorar, então as coisas devem começar a melhorar.

- Parabéns. – Ele confirma, separando nós dois e me olhando de cima a baixo. – Há cada ano que passa, você fica ainda mais bonita.

- O-Obrigada. – Agradeço, por incrível que pareça, ele é o primeiro a me dar parabéns.

- Sabe se o Nagisa vai voltar logo?

- Provavelmente não. – Murmuro, tenho certeza que ele não vai aparecer. – Se voltar, será só de manhã.

- Passará a noite inteira sozinha? – Ele fala, e eu sou forçada a concordar novamente. – Quer que eu fique aqui?

- N-Não precisa. – Respondo, eu não sou mais nenhuma criança, e também já estou acostumada a ficar sozinha. – Contanto que as velas fiquem acessas, eu vou ficar bem, já passei várias noites sozinha.

- Eu faço questão de ficar. – Ele retruca e, sinceramente, eu não me importo com sua presença. Se ele quer ficar, eu não vejo problema.

- Se não quiser ficar aqui na sala, pode dormir no quarto do Nagisa ou dos meus pais. – Explico, talvez meus pais briguem comigo se descobrirem que deixei um amigo dormir na cama deles, mas eles não estão aqui e nem devem chegar pela manhã.

- E no seu quarto?

- Se você não se importar em dormir no ch... – Paro de falar, me dando conta do que perguntou. – Espera aí, o que disse?

Mais rápido do que meu cérebro consegue processar, o Raiden me taca contra a parede e me beija. Tento afastá-lo, mas não dá certo e ele me prende com ainda mais força, aprofundando o beijo.

- Pa-Para. – Peço, quando ele, finalmente, interrompe o beijo.

- Parar? Eu mal comecei. – Ele conta, lançando-me um sorriso sádico. – Você não sabe quanto tempo esperei por essa oportunidade.

Quando ele me taca no chão, noto a faca perto de mim. Ela não estava lá antes, parece até a faca que as sombras criaram, mas aquilo eram apenas alucinações.

- Melhor eu afastar isso. – Ele afirma, pegando a faca e a tacando longe, então não era apenas uma alucinação, tudo que eu vi era real.

Volto a escutar as vozes, mesmo com a luz. Elas revezam entre sussurrar e gritar, mas sempre dizem a mesma coisa: Mate-o. Juntamente com elas, consigo ouvir a pulsação de um coração, mas não é o meu. O meu coração está batendo rápido, e o que estou ouvindo bate devagar.

Não preciso de uma faca ou qualquer outra arma para matá-lo, as vozes sussurram isso, porém eu já sabia. Eu posso parar seu coração, basta eu fechar minhas mãos... Não, eu posso parar seu coração apenas piscando.

Recomeço a chorar, eu só quero sair de perto dele, só quero que me solte. Eu não quero matá-lo, não quero fazer valer meu título de filha da morte.

- ME SOLTA! – Berro, sem saber o que fazer, eu não gosto de nenhuma das opções que tenho.

- Está fazendo muito barulho. – Ele diz, prendendo meus braços sobre minha cabeça e, novamente, me beijando a força.

- P-Por favor. – Começo a implorar, quando ele desce para o meu pescoço, onde seus beijos se transformam em chupões. – Ra-Raiden, e-eu n-não quero i-isso, e-estou com me-medo.

- Você pode não querer, mas, para o seu azar, eu quero.

Ele não vai parar, percebo isso quando, apesar dos meus pedidos insistentes, o Raiden começa a tirar o meu vestido. Eu estou apavorada, preciso fazer alguma coisa.

Eu posso matá-lo, mas, se eu fizer isso, o Nagisa nunca me perdoará. Meu irmão não tem quase nenhum amigo, não posso ser a responsável pela morte de outro. E, mesmo que eu explique tudo o que aconteceu, o Nagisa ficaria arrasado, e eu não quero vê-lo triste.

Se eu não fizer nada, o Raiden tirará a minha virgindade, e eu não faço ideia do que vou sentir.

Por mais assustador que essa situação seja, meu irmão é muito mais importante do que a minha virgindade.

- Se contar disso para alguém, eu vou fazer você desejar a morte. – Ele avisa, e eu fecho os meus olhos para não ver nada, infelizmente fechar os olhos não me impede de sentir e ouvir.

 

Flashback off:

 

É eu, literalmente, levei esse segredo para o túmulo comigo.

Hoje em dia, percebo o quão idiota eu fui. A antiga Naomi poderia ter impedido aquilo, mas ela não fez, por medo de magoar uma pessoa que não estava nem aí para ela.

Dizem que quando se perde a alma, você se torna incapaz de ter sentimentos, mas isso é mentira. Eu consigo sentir, consigo sentir ódio do Nagisa, e é esse sentimento que me fará matá-lo.


Notas Finais


Ligação on:

Karma: Nagisa?

Nagisa: Fala logo Karma, estou prestes a entrar ao vivo.

Karma: Você pagou a conta de luz?

Nagisa: Eu sei lá '-'

Karma: Nossa energia foi cortada, junto com a água :')

Nagisa: Eu fico cinco dias fora e você não pode pagar as contas?

Karma: Sem você, eu não tinha ninguém para me lembrar

Nagisa: Agora você vai pagar as contas com multas, e eu não vou dar nem um centavo para ajudar -3-

Karma: Eu não me importaria em pagar, só que eu não sei onde estão as contas

Nagisa: Você perdeu as contas de água e luz?

Karma: A cobra comeu

Nagisa: Como a cobra comeu se ela está aqui comigo?

Karma: ...

Nagisa: Tchau Karma, eu vou entrar ao vivo agora. Você precisa aprender a se virar sozinho.

Karma: Poxa ;-;

Ligação off:

Karma: *Sai da casa da vizinha e vai pra sua*

Aoi: Que bom que chegou Karma, quase que você perdeu

Hibiki: Aceita um copo de água?

Karma: Como tem luz e água?

Aoi: O Hibiki comprou galões de água e eu fiz um gato, não poderíamos perder o desfile

Karma: Que desfile?

Hibiki: Hoje o Nagisa vai desfilar de biquíni

Karma: E vocês vão ver?

Aoi: Claro, não perderíamos por nada

Karma: *Pega uma tesoura e corta os fios do gato*

Autora: Espero que tenham gostado ^-^
A palavra de hoje é "Gintoplascio"
Kissus


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