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História A base de mentiras - Sozinho



Notas do Autor


Oiiiii pessoal! Como vão?!

Não tenho nada de interessante pra falar...

Boa leitura!

Capítulo 217 - Sozinho


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Sozinho

Nagisa

 

- LEMBREI! – Grito, dando um salto do sofá, finalmente lembrei-me da combinação. – Lembrei do número dela!

Vou apertar o primeiro botão, mas algo muito estranho acontece, minha mão não responde ao comando. Tento novamente, porém ela não se move nem um milímetro. Engulo o pânico e ostento uma falsa calma, só não sei quem estou tentando enganar.

Por um instante, solto o telefone, deixando esse assunto de lado por um momento. A mão direita, que estava segurando o telefone, eu consigo mover normalmente, enquanto a esquerda é o completo oposto.

- Qual o problema? – O Karma me surpreende com a pergunta, pensei que estivesse disfarçando bem, não dei nenhum indicio do meu pânico.

- Minha mão. – Respondo, tocando nela com minha mão funcional. – Eu... Eu não consigo mexê-la.

Deixo meu nervosismo transparecer em cada palavra, não adianta mais fingir se o Karma já percebeu. Ele se levanta do sofá e fica na minha frente, mais precisamente, de frente para a minha mão imóvel. O ruivo se ajoelha, ficando um pouco mais baixo que eu.

- Posso? – Ele pede, apontando para a minha mão. Mesmo sem saber o que pretende fazer, eu acabo permitindo. – Hoje está frio, e frio pode causar má circulação sanguínea em pessoa debilitadas ou frágeis.

- Desde quando é médico?

- Eu sei algumas coisas. – Ele responde, segurando minha mão entre as suas. – E má circulação pode causar dificuldades na movimentação das mãos ou dos pés.

- Então doutor Karma, como se resolve? – Provoco, não entendo como ele, sabendo sobre tudo isso, me levou pro hospital por conta de um simples desmaio.

- Bem, a forma mais simples que eu conheço é massagem. – Ele diz, começando a massagear a minha mão. Confesso que não esperava que fosse tão bom, mas o Karma é tão habilidoso com as mãos que acaba arrancando de mim uns suspiros.

Dentre esses suspiros, acabo fazendo algo que me deixa mais vermelho que seu cabelo, eu acabo produzindo um som parecido com o ronronado de um gato.  Me engano dizendo em silêncio que o Karma não ouviu, mas minhas esperanças vão por água abaixo quando ele para de massagear minha mão e me encara.

- Vai me dizer que você não é um humano e sim um gatinho? – Ele devolve minha provocação, fazendo minha vermelhidão se intensificar, caso isso seja possível.

- Co-Continua. – Gaguejo, estendendo minha mão novamente, só então percebo que já consigo movimentar ela.

- Trabalho concluído. – Ele comenta, prestes a se levantar. Porém, por impulso, apoio minhas duas pernas sobre um de seus ombros, forçando-o a continuar ajoelhado. – Nagisa, pode tirar seus pés do meu ombro?

- Não. – A negação sai dos meus lábios de forma impulsiva, assim como minha ação anterior. – Eu não irei tirar.

Nossos olhares quase na mesma altura é uma situação inusitada, só consigo sentir uma coisa ao olhá-lo de cima para baixo e, pior, ajoelhado na minha frente, sinto um poder que nunca senti antes. A vergonha se foi completamente, substituída por essa gostosa sensação de autoridade.

Tenho o Karma, literalmente, aos meus pés, a mercê da minha vontade. Mesmo quando estávamos juntos, sempre foi o oposto, era ele que me tinha, nunca me senti por cima da situação.

Sempre fui submisso, me submetia a tudo e todos. Primeiro foi com minha mãe, em seguida veio a opinião alheia, amigos próximos, namorado e, o pior de todos, minha própria mente.

Suporto o olhar intenso dele sem desviar os olhos, coisa que faria no passado. Com meus próprios pés, tiro os sapatos, ficando descalço. Desço um de meus pés para a sua mão, enquanto o outro continua em seu ombro, impedindo-o de levantar.

- Massageie. – Mando, mas o Karma não se move. – Está olhando o que?! Comece a trabalhar!

- Sim senhor. – Ele fala, dando um sorriso discreto que não me passa despercebido. – Quer mais alguma coisa?

- Muitas.

 

Naoto

 

Não falei tudo isso por causa desse garoto, minhas palavras foram dirigidas a ela, e somente a ela. Esse é um assunto que me machuca, mas preciso fazê-la entender que eu não tenho o mesmo sangue mau.

Podem ser minha família, mas não se parecem comigo. Apesar de tudo, sei que ainda sou um Arai, sei que faço parte de tudo que fazem com ela. Mas, como dizem, estou de mãos atadas. Assim como ela vive andando sobre a corda bamba, eu vivo com a corda no pescoço.

Sou grato, extremamente grato, por tudo que meus pais fizeram para mim. Sou grato por minha mãe ter me salvado pois, se não fosse ela, eu teria morrido.  Sou grato por terem me dado um teto, roupa, comida e educação. Só que é apenas isso, o amor se foi há muito tempo, tanto o deles por mim quanto o meu por eles.

 

Flashback on:

 

- MO-MONIQUE! – Grito por ela do topo da escada, mas o grito sai tão esganiçado e falho que tento novamente. – MONIQUE!

Escuto passos apressados se aproximando, ao mesmo tempo que minha visão embaça por conta das lágrimas. Apoio minha mão trêmula sobre o corrimão, em seguida busco alguma dignidade dentro de mim, acabo encontrando um grito silencioso mandando-me não chorar.

- Meu pequeno. – Monique chama-me, levanto a cabeça para tentar vê-la, mas enxergo apenas uma silhueta difusa no final da escada. – Já soube?

- J-Já. – Soluço, tinha esperanças de que isso parasse de acontecer, nunca estive tão errado. – O-Onee-chan de-deixou u-um bi-bilhete.

- Pelo menos tiveram a decência de avisar. – Ela murmura, mas a casa está tão silenciosa sem eles que consigo ouvi-la. – Vem cá.

Ela abre os braços, convidando-me para um abraço que eu estou precisando. Desço varado as escadas, mal sentindo os degraus abaixo de meus pés, concentro-me apenas no conforto de seus braços que me esperam.

Quase nos derrubo no chão com a força do impacto, mas Monique é muito forte, consegue manter-se de pé. Só então derrubo minhas lágrimas presas, desistindo da minha dignidade em busca de algum alívio.

Monique começa a cantarolar baixinho uma canção de ninar, uma que minha mãe cantava para mim quando eu era muito pequeno, quando as coisas ainda eram simples. Na verdade, nem tenho lembranças da minha mãe cantando, as únicas memórias que possuo são da Monique cantando essa música para mim.

Não sei quantas vezes ela canta a música, apenas sei que começo a me acalmar um pouco. Amo muito minha mãe, mas não posso negar que a Monique desempenha o papel de mãe muito melhor.

- Está melhor? – Ela sussurra a pergunta, sem terminar com o nosso abraço. – Se eu soubesse que reagiria assim, teria te acordado quando saíram.

Ela sabe melhor que eu no que isso acarretaria, foi muito melhor eu estar dormindo. Eu choraria muito mais se os visse indo viajar e, provavelmente, ainda apanharia de mamãe ao tentar impedir. No final, eles iriam me deixar aqui do mesmo jeito, a única diferença é que eu estaria com alguma coisa quebrada.

- Tá doendo. – Conto, me desdobrando em lágrimas. – Tá doendo muito.

- O que está doendo?

- Meu coração. – Respondo, afundando meu rosto nela. – Meu coração está doendo muito.

Essa é a primeira vez que a sensação de abandono bateu tão forte, meu coração está doendo de uma maneira que nunca doeu. Eles foram embora, saíram em outra viagem de família e esqueceram que eu existo, deixando-me aqui. 

- Não liga pra eles não. – Ela pede, beijando o topo da minha cabeça. – Vamos nos divertir igual as outras vezes, só eu e você.

Concordo, querendo muito acreditar nisso. Não duvido da capacidade de Monique de me alegrar, mas essa vez é diferente, é a primeira vez que choro por conta disso.

- Vem tomar café da manhã. – Ela fala gentilmente, mas acabarei caindo se me soltar dela, minhas pernas nunca estiveram tão trêmulas. – Quer que eu te carregue?

Assinto novamente, passando meus braços por seu pescoço, para não cair. Monique me pega no colo como se eu fosse uma criancinha, porém já estou acostumado com isso, gosto quando ela me pega no colo.

Ela me deixa sobre as banquetas que tem na cozinha, na frente de uma bancada. A cozinha está lotada de pessoas, mas todas elas somem ao mando de Monique, que é uma espécie de governanta.

Como o nome já sugere, Monique não é japonesa, ela me contou que nasceu na França. Nascida e criada lá, ela era professora de japonês, por isso consegue falar tão bem a minha língua. Nunca perguntei como veio parar aqui, como acabou virando uma escrava da minha família.

- Leite, chá ou café? – Ela pergunta, tentando levantar meu astral com bebida, quase sempre funciona. – Loirinho, está me escondendo alguma coisa?

Nego apressadamente, me arrependo logo em seguida, é claro que Monique percebeu que estou mentindo. Ela me conhece melhor que ninguém, tanto que põe uma xícara de café na minha frente, mesmo sem eu ter respondido.

- Pode mentir pros seus pais, mas não para mim.

- Eu ouvi uma conversa deles. – Revelo, segurando a xícara, para esconder o tremor de minhas mãos. – E-Eu sei que é e-errado, mas e-eles es-estavam fa-falando de mi-mim.

- Espero que bem. – Ela brinca, só que, dessa vez, eu não rio, a Monique não tem noção do que ouvi. Ainda não acredito no que meus pais falaram, parece-me muito surreal. – O que você ouviu?

- Meu pai queria que eu voltasse pro orfanato. – Conto, apenas a palavra me trás arrepios, já li livros suficientes para saber que não é um lugar bom. – E-Eu não que-quero ir pra lá.

- Já pensou que isso pode ser... Bom? – Ela sugere, parando tudo que estava fazendo e me encarando. – Assim, você ganharia uma família normal e que te amaria do jeitinho que você merece.

- Sabe quais são as chances deu ser adotado?! – Exclamo, não sou bobo, não vou sustentar falsas esperanças. – Eu já tenho nove anos, sou muito velho na opinião da maioria dos adultos. Sou um garoto, e a maioria dos casais procura adotar uma menina. Vai ficar marcado no meu histórico que minha família adotiva me devolveu, então os outros ficarão com medo de me adotar, pois não saberão dos motivos deu ter sido devolvido.

- Como sabe de tanta coisa?!

- Porque eu pesquiso. – Respondo, meu corpo treme levemente. – Eu nunca seria adotado, cresceria sem família e seria expulso de lá quando fosse maior de idade. Provavelmente, ficaria traumatizado e desenvolveria algum problema psicológico.

- Calma Naoto! – A Monique quase grita, segurando-me pelos ombros, pois comecei a tremer incontrolavelmente enquanto falava. – Isso não vai acontecer, entendeu?! Você é um garoto lindo e especial, todos os pais que te vissem iriam querer te adotar.

- E-Eu não vo-vou para um or-orfanato. – Gaguejo, devido ao meu medo disso acontecer de verdade, esqueci-me de contar que eu não irei para um orfanato. – Mi-Minha mãe não que-quer que e-eu vá.

- Sério? – Monique questiona de forma incrédula, soltando meus ombros. – Isso é maravilhoso pequeno, significa que você e eu continuaremos juntos. Para você, deve ser melhor ainda, porque isso significa que ela sente algo por você.

- Ela quer me transformar em um escravo.

- O QUE?! – Monique, literalmente, berra, derrubando outra xícara, uma que estava na sua mão. Olho pros caquinhos no chão, era do conjunto favorito da minha mãe, estamos muito ferrados. – O-O que você di-disse?

- Minha mãe quer que eu vire um escravo. – Repito, com meus olhos fixos na xícara despedaçada. – E meu pai concordou, disse que é uma forma deu pagar pelos gastos que tiveram comigo. Minha mãe vai me matar quando perceber que está faltando uma xícara?

- Por que você não está surtando? – Ela interroga, tirando minha atenção da xícara. – Você está calmo demais.

- Poderia ser pior. – Afirmo, tento dar um gole no café, mas desisto quando queimo a língua. Limpo as lágrimas e recomponho-me o melhor possível, está tudo bem. – Prefiro ficar aqui como escravo do que ir para um orfanato. Aqui eu tenho você e tenho minha família, mesmo que eles não gostem de mim.

- Naoto, você não tem noção do que está falando. – Ela adverte, porém eu tenho. – É muito diferente da sua realidade, ver e ler é diferente de viver na pele.

- Não se preocupe comigo Monique, eu sei como é. – Conto, sacudindo meus pés que não alcançam o chão. – Eu ganhei uma coleção de cicatrizes ao me passar por um escravo durante três dias.

- Você fez o que?! – Monique exclama, confesso que nunca a vi tão alterada, estou com medo que ela bata em mim igual minha mãe faz. – Deixa eu ver os machucados, agora.

Tiro a blusa, que estava cobrindo os machucados. Ela dá a volta por mim e para nas minhas costas, onde as cicatrizes de chicotadas ainda estão bem visíveis, pois não faz tanto tempo assim.

- Meu Deus do céu garoto, o que você estava pensando?! – Ela briga, tocando em um dos cortes, acabo contraindo-me devido a dor.

- Eu só queria saber como era. – Respondo, forçando minha voz a sair alta e firma, para mostrar que não me arrependo do que fiz. – Eu... Eu queria entender o que vocês passavam. Queria entender o que minha família faz, queria sofrer na pele tudo que vocês sofrem para poder entender.

- Se bote no lugar do outro. – Ela pronuncia, em um tom mais baixo. – Não era para você levar essa expressão ao pé da letra. Você tem noção do risco que correu?! Você poderia ser linchado caso descobrissem quem você é!

- É... Uma garota descobriu. – Revelo, fiquei tão assustado com a garota que voltei correndo para casa. – Ela ameaçou me matar caso eu aparecesse lá novamente.

- Que garota?

- Cento e oito. – Falo, além de assustado, também fiquei triste, achei que tinha feito uma amiga, até que ela descobriu a verdade. – Mas ela não deixa ninguém chamá-la de cento e oito, só de Tomiko, que é o verdadeiro nome dela.

- Como você encontrou com essa garota?

- Eu fui parar na enfermaria depois de ser chicoteado. – Começo a explicar, eu sou mesmo muito azarado, consegui ser chicoteado no meu primeiro dia fingindo ser um escravo. – Aí ela me ajudou.

- A que tentou te matar?

- Não, a amiga dela. – Respondo, logo percebo que Monique quer mais detalhes. – Ela se chama sessenta e três.

- Esse nome não me é estranho.

- Ela é... – Começo, mas as palavras entalam na minha garganta, apenas depois de várias tentativas que eu consigo falar. – Ela é a noiva do meu irmão.

- Por isso que eu reconheci o nome. – Ela pensa em voz alta, deve ter sido por isso mesmo.

- Não tinha ninguém além de nós dois lá. – Prossigo, mantendo seu rosto longe de minha mente, tem algo que a Monique não pode descobrir. – Quando anoiteceu, eu falei para ela ir dormir e me deixar sozinho, só que ela não quis, disse que ficaria ali até que eu melhorasse. Foi aí que apareceu a Tomiko, ela foi procurar a amiga.

- Entendi. – Ela concorda, impedindo-me de continuar. – Entendi o motivo de ter feito essa loucura.

- Eu já disse. – Afirmo, ficando nervoso. – Eu queria saber o que vocês passavam.

- Eu acredito. – Ela diz, dando um sorrisinho. – Realmente acredito que você quis entender o que passávamos, mas esse não foi o principal motivo.

- Tal-Talvez. – Gaguejo, o que já me denúncia. Deveria imaginar que a Monique acabaria descobrindo, e eu não sei o que ela irá pensar.

- Você queria ver uma menina. – Monique afirma, fazendo meu rosto mudar de branco para vermelho. – Provavelmente, a mesma garota para quem você escreve aqueles poemas de amor.

- Co-Como você sa-sabe?! – Indago, nunca mostrei aquilo para ninguém, guardo-os apenas para mim. – Vo-Você leu?

- Você ficava horas sentado na beirada do chafariz, escrevendo em um caderno. – Ela diz, eu realmente faço isso. – Um dia, entrei no seu quarto e li o que você tanto escrevia ali.

- Não era para você ler. – Falo, mas não estou chateado, apenas envergonhado, ninguém deveria saber sobre os meus poemas.

- Achei que fosse uma garota da escola. – Ela me ignora completamente e continua falando, sei muito bem qual será sua próxima fala. – Mas, pelo visto, é uma escrava. Quem é ela?

- É... É...- Enrolo, sem saber como contar para ela. – É a noiva do meu irmão.

O sorriso no rosto de Monique some no mesmo instante, assim como meus olhos se enchem de lágrimas novamente, sei exatamente o que ela está pensando.

- Ser chicoteado não estava nos meus planos. – Conto, não quero que pense errado sobre mim. – Foi um acidente, não me machucaria propositalmente apenas para que ela cuidasse de mim.

- Não é isso. – Ela fala, suspirando. – Justamente ela?

- Eu não posso mandar no meu coração.

- Eu sei. – Ela concorda, se sentando na minha frente. – Eu não quero te iludir loirinho... Sabe que isso é impossível, não sabe?

- Sei.

- Então, me prometa duas coisas. – Ela pede, já concordo sem nem saber o que é. – Primeiro, você não vai aceitar virar um escravo.

- Mas eu não posso fazer nada.

- Você pode sim. – Monique retruca, fico sem ter a mínima ideia do que ela fala. – Converse com a Kohaku, ela é a queridinha da sua mãe. Por mais que não pareça, ela é o tipo de irmã que protege os mais novos, mas somente quando julga certo ou necessário. Se você contar isso para ela, talvez sua irmã consiga mudar a cabeça dos seus pais.

- Vou tentar. – Afirmo, porém não imagino a Kohaku assim, para mim ela é só uma garota arrogante, egoísta e cruel, também preciso admitir que ela é inteligente. – E a outra?

- Naoto, esqueça essa garota. – Ela me pede, quase numa súplica. – Você não quer arranjar briga com o seu irmão.

- Eu não consigo esquecê-la. – Revelo, isso me é impossível. – Eu já tentei Monique, simplesmente não dá. Eu estou apaixonado por ela.

 

Flashback off:


Notas Finais


Nagisa: Kaaaaaarma :3

Karma: Que foi?

Nagisa: Nossa, isso é jeito de me tratar? ;-;

Karma: Quando você vem com essa voz manhosa, é porque quer alguma coisa

Nagisa: Sabia que meu aniversário está chegando? :D

Karma: Viu, eu disse que você queria alguma coisa

Nagisa: Eu não mereço ganhar um presente no meu próprio aniversário? T-T

Karma: Não chora Nagi, é claro que você merece... Vai, me diz o que você quer de presente

Nagisa: Olha esse colar aqui, ele não é bonito?

Karma: Sim, muito bonito

Nagisa: Ele é feito de ouro branco, diamante e safira, uma verdadeira obra de arte!

Karma: Nagisa... Quanto custa isso?

Nagisa: Esse é o problema, eu não sei pronunciar o número... Mas aqui, esse é o valor por escrito :)

Karma: Desculpe Nagi, mas não vai dar pra comprar por causa de uma regra

Nagisa: Que regra?

Karma: Eu não compro nada que eu não consiga pronunciar o preço :')

Nagisa: Então, eu não quero esse colar, eu quero algo muito mais simples e que não vai custar quase nada :D

Karma: E o que é?

Nagisa: Uma festa do pijama, somente eu e os meus amigos

Karma: Eu estou incluído?

Nagisa: Não, porque você é meu marido

Karma: Sabe qual é minha resposta? Não -3-

Nagisa: POR QUEEEE? T-T

Karma: Isso parece mais despedida de solteiro do que festa do pijama

Autora: Espero que tenham gostado <3
A palavra de hoje é "Batileuno"
Kissus


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