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História A base de mentiras - Sua volta



Notas do Autor


Olá pessoal! Como estão?!

Acabei de voltar de uma festa e estou com muito sono, prometo responder todos os comentários do capítulo anterior amanhã ^-^

Boa leitura!

Capítulo 241 - Sua volta


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Sua volta

Nagisa

 

- Quando você acha que elas vão voltar? – Pergunto, mexendo o suco com a colher, para espalhar o açúcar. – A Kamiko e a Kimi?

- Seria bom se nunca mais.

- Karma! A Kamiko é sua amiga! – O repreendo, mas apenas em nome da Kamiko, por mim a Kimi poderia mo... Esqueci-me que ela já está morta. – Se eu quero matar uma viva quando não gosto dela, o que faço com uma morta?

- Exorcismo? – Ele sugere, se o padre não fosse me considerar maluco, até que seria uma boa ideia. – Se bem que, se você quer matar o vivo, a lógica é viver a morta.

- Pode ser. – Penso em voz alta, imaginando a possibilidade. – Ela poderia voltar a viver, e viver bem longe da gente.

- O que é pior... A Kimi morta assassina ou a Kimi viva assassina?

- Ela morta. – Respondo imediatamente, sem nem precisar pensar. – Eu não posso machucar uma morta, já uma viva...

- Tenho pena da menina que me convidar pro baile de fim de ano da escola. – Ele comente, sorrindo. – Seu ciúme é muito fofinho.

- Você vai ver quem é fofinho se alguma sirigaita se aproximar de você. – Ameaço, apontado o garfo na sua direção. – Principalmente se tentarem roubar o meu par.

- Entendi... Então, o que eu devo fazer se algum garoto ou garota se aproximar de você?

- Não precisa se preocupar, você é o único maluco que vê algo em mim. – O tranquilizo, eu não sou o popular da turma ou o mais bonito como o Karma, sou o esquisito que mais parece uma menina, ninguém se interessaria por mim.

- Eu não sou maluco. – Ele nega, levantando meu rosto. – Os outros que são malucos por não se apaixonarem perdidamente por você.

Dou um pequeno sorriso, que logo precisa ser desfeito por conta do beijo que me dá. Ficaria para sempre assim, com nossos lábios grudados e línguas entrelaçadas, mas o ar ou a realidade sempre nos interrompem, dessa vez foi a realidade.

- Eu já tentei remédio e banho frio. – O Aoi diz, entrando na sala em um momento péssimo. – O que mais serve para abaixar febre?

- Beber água fria, ficar no ar-condicionado, não se cobrir... – O Karma recita, não sabia nem da metade. – Só sei essas.

- Está com febre? – Pergunto, mas meu primo nega, deixando-me sem entender.

- É a Gina que está com febre.

- Quanto? – O Karma interroga, mostrando um interesse muito repentino. Calma Nagisa, um relacionamento é formado por confiança, eu tenho que confiar no Karma. E a Gina é minha prima, seria uma boa confiar nela também, porém ainda não atingi esse nível de bondade. Eu posso confiar no Karma, mas na Gina já é impossível.

- Trinta e nove da última vez, mas é capaz de ter aumentado. – Ele responde, fazendo o Karma dar um salto da mesa. Autocontrole Nagisa, eu deveria estar feliz por ele se preocupar com as pessoas da minha família, e não estar sendo consumido pelo ciúme por algo que eu inventei.

- Leva ela lá pro meu quarto, vou ligar o ar. – Meu ruivo manda, saindo da sala e, simplesmente, esquecendo que eu existo. Largo o café da manhã e vou atrás dele, me agarrando fortemente na razão.

- Por que trazê-la para cá? – Questiono, entrando no nosso quarto, aqui voltou a ser o nosso quarto.

- O quarto dela não tem ar-condicionado.

- E como você sabe? – Interrogo e, acidentalmente, não disfarço meu tom de voz.

- Eu entrei no quarto dela e reparei. – Ele diz, como se fosse a coisa mais óbvia e simples do mundo. Mas não foi isso que entendi, estou entendendo outra coisa.

- E foi lá pra que?

- Nagisa, eu nunca tive um caso com a sua prima, não tenho um caso com ela e jamais terei. – Ele fala, vindo até mim e segurando meus ombros, chacoalhando-me de leve. – É você que eu amo, não ela, não a Kimi ou qualquer outra pessoa. Eu te amo Nagisa, e eu nunca te trairia.

- Eu não consigo evitar... – Murmuro, realmente envergonhado com minhas palavras, não queria ser assim. – A Gina parece as modelos da revista, e ela não é feita de photoshop, é real. Todos os garotos se apaixonam por ela, parece até algum tipo de magia do amor... E eu fico inseguro perto dela.

- Você é apaixonado por ela?

- Não.

- E o seu primo?

- Também não. – Nego novamente, sem entender onde quer chegar.

- Se vocês dois não são apaixonados por ela, por que eu também não posso? – Ele retruca, me oferecendo um bom argumento, acabou de me provar que nem todos se apaixonam por ela, e o Karma pode ser a exceção.

- Me larga! – Ela exclama, assim que os dois entram no quarto, com meu primo carregando-a no colo. – Eu só quero ficar em paz!

- Sempre tão agradecida – Resmungo, nem sei porque o Aoi está ajudando-a, sem dúvidas ele é o melhor de nós três.

- Eu não pedi ajuda. – Ela rebate, quando ele a coloca na cama, a Gina está parecendo um embrulho falante.

- Você não pode ficar coberta. – O Karma afirma, tentando tirar o cobertor dela, mas ela segura-o com força, transformando em um cabo de guerra. – Solta isso Gina! Você está ardendo em febre! Ficar coberta só piorará a situação!

- EU ESTOU COM FRIO! DEIXA EU FICAR COM O COBERTOR! – Ela grita, conseguindo arrancar o tecido das mãos do ruivo, visto a sua determinação.

- Não é melhor levarmos ela pro hospital? – Sugiro, brincarmos de sermos médicos não vai resolver o problema dela, precisamos levá-la em um especialista para saber o que está causando a febre.

- Sem hospitais. – Ela nega, se encolhendo na cama sob a camada de cobertores. – Eu odeio hospitais.

- Está sentindo mais alguma coisa? – Pergunto, pois sei que não vale a pena discutir com a Gina, sempre perderei.

- Não. – Ela diz, balançando negativamente a cabeça, ao mesmo tempo que solta um baixo grunhido, o que prova que minha prima está mentindo. – Estou bem.

- Está sentindo dor. – Meu ruivo diz, com uma expressão preocupada. – Onde?

- Sempre acontece e passa rápido, não é nada demais. – A Gina Afirma, mas, dessa vez, não parece que irá passar rápido.

- Você sabe que não pode ignorar dores. – O Karma alerta, falando quase que por código, mas deve ser apenas impressão. – Vou te levar agora pro hospital.

- Você vai me deixar lá e eu vou sair, é perda de tempo.

- Droga Gina! – Ele quase grita, acredito que se exaltando demais. – Pense nos bebês! Eles podem estar em risco!

Por incrível que pareça, não demoro a processar o que saiu da boca do meu namorado. Sinceramente, não sei dizer quem fica mais pálido com as palavras do Karma, se sou eu ou a Gina.

- Karma e Gina... – Chamo-os calmamente, perigosamente calmo. – Que bebês?

- Não é o que está pensando, eu te juro. – Ele responde, só então parecendo se dar conta do que disse. – Não é Gina?

- Não era para ter aberto a boca! – Ela eleva o tom de voz, o branco de seu rosto passando para vermelho. – Não era para ninguém ficar sabendo!

- Você está realmente grávida?! – Meu primo indaga, entendendo apenas agora, mas eu já entendi logo de cara.

- Estou... – A branquela sussurra em resposta, mudando radicalmente entre os extremos, seu transtorno deve ser pior que o meu. – É, eu estou grávida... De gêmeos...

- Estranho, por que na nossa família não tem caso de gêmeos. – Digo, encarando o Karma, com os meus braços cruzados. – Provavelmente, o pai tem gêmeos na família, não é Karma?

- Espera, está achando que o pai dos meus filhos é o Karma? – Ela interroga, sem me dar chance de responder antes de começar a gargalhar, revezando sua expressão entre graça e dor. – Essa desconfiança que você tem comigo é impressionante! Eu sei que sou bonita, mas ainda não cheguei ao nível de conseguir seduzir um cara apaixonado, muito menos um homossexual... Acredite, eu já tentei, não dá certo.

- Você tentou seduzir o meu namorado? – Questiono de forma indignada, isso é menos pior que ele ser pai do filho dela, mas ainda não está bom o suficiente.

- Não, eu tentei seduzir um amigo que era, na verdade é, apaixonado pelo amigo de infância. Ele não cedeu, ou isso significa que ele é muito apaixonado ou não sente atração por garota nenhuma, nem por mim.

- Se está falando a verdade... Quem é o pai? – Pressiono, ainda em dúvida. – Esses gêmeos saíram de algum lugar.

- Nagisa... Acho que você se esqueceu dos meus irmãos... – O Aoi se pronuncia baixinho, como se estivesse com medo de se meter na conversa. – Eles são trigêmeos, então é sim possível que ela tenha gêmeos. 

- É... É mesmo... – Concordo, desfazendo minha pose autoritária, tinha me esquecido desse detalhe. – Mas, então, quem é o pai? E por que o Karma sabia?

- Ele descobriu quando me levou no hospital, o médico contou. – Ela revela, limpando a barra do meu namorado. – Quanto ao pai... Eu não sei quem é.

- É o que?! – Exclamo, sem entender porque ainda me espanto, não deveria. – Além de estar grávida, nem ao menos sabe quem é o pai?! Você tem algum juízo?!

- Falou o garoto que teve uma filha aos doze anos. – Ela zomba, querendo me desmoralizar. – Pior, estuprando a mãe da menina. Ao menos, eu não machuquei ninguém para ter meus filhos.

- Pode até ser, mas aposto que mentiu, enganou e manipulou. – Acuso, ligando os pontos de uma possibilidade, alguém que possa ser o pai. – É o Hibiki?

- Eu já disse que não sei!

- Não é possível que você tenha ficado com tantos caras assim. – Falo, disposto a descobrir se minha prima está grávida do Hibiki, justamente o garoto que meu primo ama, então espero, sinceramente, que o filho não seja do Hibiki. – Quanto tempo de gravidez?

- Em torno de quatro ou cinco.  

- Semanas?

- Meses. – Ela completa, isso quer dizer que a Gina já está, praticamente, na metade do caminho. Cinco meses, em cinco meses eu não percebi nada.

- Certo. – Digo, tentando superar esse segundo choque. – No período de cinco meses atrás, com quem você ficou?

- Primeiro eu fiquei com o meu atual noivo. – Ela conta, até aí tudo bem, minha prima pode estar grávida do noivo, isso não é tão incomum assim. – Depois eu fiquei com meu i... Uma pessoa que vocês não conhecem. Aí eu fui pra sua casa e fiquei com o Hibiki... Acho que são só esses.

- Só. – Repito, dando de ombros, de forma irônica. – Em um mês, você ficou só com três caras, maior que a quantidade de pessoas com que eu já fiquei durante minha vida inteira. Tirando a Kamiko, o Aoi e o Hibiki, que eu não estou contando, eu só namorei com o Karma e com a Kayano.

- Espera, se formos contar com as garotas que eu fiquei cinco meses atrás, a conta aumenta... – Ela revela, na maior cara de pau. – Mas isso não importa, porque não posso engravidar de outra garota.

- Aoi, você sabe onde está o Hibiki?

- Ele saiu cedo. – Ele responde, aparentemente desconfortável com a conversa. – Por que?

- Porque ele tem o direito de saber que existe... 33,33% de chance dele ser um futuro pai de gêmeos.

- Não! Eu não quero que ele saiba! – Ela me interrompe, sentando rapidamente na cama, e esse movimento parece lhe causar muita dor.

- Pelo que eu conheço o Hibiki, eu acho que ele seria um ótimo pai. – Meu primo observa, um pouco cabisbaixo. – Você terá muita sorte se ele for o pai.

- Não quero que ele seja o pai...

- Quer que seja o seu noivo?

- Também não. – Ela nega, o que não faz muito sentido, o melhor seria o noivo. – Queria que fosse o garoto que vocês não conhecem.

Antes que eu possa perguntar quem é esse misterioso garoto, e o motivo dele ser tão especial ao ponto dela preferir ele como o pai, a campainha toca, e eu e o Karma saímos ao mesmo tempo para ir atender.

Andamos lado a lado até chegar a porta, onde, depois de um breve empurra-empurra, o ruivo deixou-me destrancar a mesma. No momento que abro a porta, me deparo com a loira que mais odeio nesse mundo, não queria que ela voltasse tão rápido.

- Bom dia! – Ela cumprimenta, sendo educada demais comigo. – Você é o dono deste apartamento?

- Dono? – Repito, sem entender o que deu nela. – Bateu a cabeça em algum lugar?

- Desculpe, nós nos conhecemos? Não consigo lembrar-me do seu rosto.

Como, definitivamente, não sei o que está acontecendo, abro totalmente a porta, permitindo uma visão ampla da sala e do Karma. Os olhos dela saem de mim e vasculham o cenário atrás de mim, até se fixarem em um ponto fixo.

- Ka-Karma?!

- Já voltou. – Ele responde, sem emoção alguma, acho que ainda não percebeu que tem algo errado. – Sozinha? Onde está a Tomiko?

- É mesmo... – Me pronuncio, sentindo a falta daquela marrenta. – Eu não a vi depois do casamento, isso significa que ela foi com você. Por que a Tomiko está invisível?

- Do que vocês estão fal...

- Mademoiselle, ela acordou. – Um garoto, ou melhor, um homem surge atrás dela. Quando a Kimi se vira para olhá-lo, consigo vê-lo por completo, e é então que vejo duas crianças em seus braços.

- Oi filha. – A Kimi diz, sorrindo para a menininha de olhos abertos, ela tem lindos olhos roxos. Mas, o que mais me chama atenção, não é o fato da Kimi chamá-la de filha nem os belos olhos da bebezinha, e sim a pequena porção de cabelo vermelho forte em sua cabeça. – Será que nós poderíamos... Entrar? Acho que tenho algumas explicações para dar, e vocês também.


Notas Finais


Trechos do próximo capítulo:

- Eu nunca perguntei... A Gina e o Nagisa se dão bem?
- Sim, muito bem. Parecem até irmãos.

- Shiro! O Nagisa é um garoto, você não pode chamá-lo de garotinha, muito menos bater nele!
- POR QUE VOCÊ NÃO CONTA O RESTO PRA ELA? CONTA PRA MINHA MÃE O QUE VOCÊ FALOU! É MUITO FÁCIL SE FAZER DE VÍTIMA E JOGAR A CULPA EM MIM, NÃO É GAROTINHA FALSA?!

A palavra de hoje é "Fezculita"
Kissus


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