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História A base de mentiras - Eu vou te proteger



Notas do Autor


Olá galeraaaaa! Como vão?!

Segunda as aulas começam T-T

Boa leitura!

Capítulo 388 - Eu vou te proteger


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Eu vou te proteger

Shiro

 

Mesmo não me sentindo muito bem, acabei chamando essa garota que acabei de conhecer para um passeio, para fugir de perto do meu pai e do Takeshi. Ambos foram contra minha saída, porém eu não queria ficar naquela casa e eles não tinham como me prender lá.

- Podemos ir ali? Eu estou cansada de ficar andando. – Ela pede, conversamos bem pouco durante o caminho, tem um clima muito estranho entre nós dois. Bem, não é todo dia que uma menina com 15 anos aparece do nada e diz ser sua irmã.

- Claro. – Concordo, sentar e tomar alguma coisa não seria uma má ideia, além de ser uma boa oportunidade para conversarmos. Apesar de tudo, eu quero conversar com ela, quero saber algo sobre essa menina que é minha irmã.

Entro antes dela e seguro a porta, ela passa por mim e se senta numa mesa vazia, perto da janela. Sento do outro lado da mesa, de frente para ela.

- Como você sabia que eu moro naquela casa? – Interrogo, é estranho uma irmã que você nunca viu na vida aparecer do nada.

- Nossa mãe me contou. – Ela responde, até onde sei dos meus pais biológicos, muita pouca coisa, eles chegaram a visitar e até mesmo frequentar a casa dos meus pais. Mesmo tendo se passado anos, nós nunca nos mudamos, e a mãe da Susu deveria lembrar do endereço.

- E por que veio me procurar? – Pergunto, somos completos desconhecidos e, se eu tivesse descoberto a existência dela antes dela descobrir a minha, eu não teria ido atrás dela. – Somos adolescentes, quase adultos... O que te levou a vir atrás de mim?

- Eu... O que me levou a vir atrás de você... Foi... É... – Ela se enrola, mas não é isso que me deixa confuso, é sua expressão que me causa mais confusão. Ela parece desconfortável e não me encara, como se tivesse algo errado. – Licença, eu preciso ir ao banheiro.

Ela se levanta e some a passos rápidos da minha visão, alguma coisa aconteceu, algo que eu não sei o que foi. Enquanto espero por sua volta e penso sobre o motivo dela ter saído correndo, um garçom aparece e pergunta o que vou querer. Faço um pedido por nós dois e continuo esperando, daqui há pouco os pedidos chegam e ela ainda não voltou do banheiro.

Olho ao redor, sem saber ao certo porque estou fazendo isso, talvez eu tenha a esperança de encontrar a Gina. Acontece que ela não voltou pra casa, a Gina passou a noite fora, e eu estou preocupado com isso. Tenho medo dela ter dormido na rua, isso se ela dormiu. Ou então dela ter extrapolado os limites.

- Porra cara, é sério que tu espantou a mina?

Diante de um palavreado tão chulo, não pude deixar de me focar na conversa de três rapazes. Consigo ouvi-los bem porque eles estão pertos, na mesa bem na frente da minha, logo atrás da cadeira vazia dela. Um está de costas para mim, o outro está de lado e o último está de frente.

- Não tenho culpa se ela saiu correndo igual uma gatinha assustada. – Um deles diz, acho que é o que está de costas para mim, já que os lábios dos outros dois não se mexeram.

- Eu também queria apertar a bunda daquela gostosa seu idiota. – O que está de lado para mim afirma, empurrando o que está de costas para mim, quase o derrubando da cadeira. Observo a distância entre a cadeira onde a Susu estava sentada e os dois garotos que falaram por último, é uma distância pequena, o suficiente para esticarem a mão e encostarem nela.

Então esse é o motivo dela ter saído tão apressada e, até agora, não ter voltado. Esses babacas estavam apertando a bunda da minha irmã, ainda bem que não tem nenhuma faca nessa mesa, nem garfo. Não sou louco de partir pra cima deles desarmado, em um local público e ainda me sentindo mal, mas, se eu tivesse uma faca, a situação iria mudar.

Levanto da mesa, por mais que eu realmente queira esganá-los, não é pra isso que eu levanto. Passo pela mesa deles e vou até o banheiro feminino, mas eu não posso entrar por razões óbvias, é um banheiro feminino. Dou três batidas na porta do banheiro, para chamar a atenção de quem estiver lá dentro, e então começo a falar.

- Poderia alguém avisar pra uma menina de cabelo rosa e olhos vermelhos, chamada Sato Susu, que o irmão dela trocou de mesa? Agradeço pela ajuda. – Digo e espero, mas ela não sai, por isso decido voltar para mesa, outra mesa, uma bem longe daqueles desgraçados.

Ela aparece pouco depois deu ter trocado de mesa, Susu se aproxima lentamente da mesa e se senta, novamente, a minha frente. Ela não diz nada, parece até que não aconteceu nada com ela.

- Por que mudou de mesa? – Ela indaga, afastando o silêncio desconfortável, mas não o desconforto.

- Porque aqueles caras estavam te assediando. – Respondo, se ela não sabia que eu sabia, agora ela sabe que eu descobri o que aqueles malditos estavam fazendo. – Isso é crime.

- Deixa pra lá... Não é a primeira vez que acontece... Nem vai ser a última. – Ela fala e, antes que eu pudesse dar uma contra resposta, o garçom aparece com o pedido que fiz. Ele coloca todas as coisas na minha frente, já que eu fiz todos os pedidos, e se vira para a Susu.

- O que a moça vai querer? – O garçom pergunta, com o lápis e o bloco em mãos. – Não gostaria de me dar seu número?

- Desculpa, eu... Eu não posso, já tenho namorado. – Ela responde, porém tenho certeza que é mentira, está óbvio pela expressão em seu rosto.

- E quem disse que ele precisa ficar sabendo? Além disso, aposto que consigo ser muito melhor que o seu namorado. – Ele afirma, chegando perigosamente perto dela, enquanto ela se afasta o máximo possível dele na cadeira.

- Ela disse não, então, se encostar nela, vamos resolver isso na polícia. – Falo, mas estou mentindo, eu não ia resolver nada na polícia, ia era dar um soco na cara desse aproveitador barato. E, depois deu dizer isso, o garçom vai embora. Encaro os sanduíches e a bebida, acho que perdi completamente minha fome.

- Obrigada.

- Não precisa agradecer, é o mínimo que qualquer um deveria fazer.

 

 

Hibiki

 

Percebo minha irmã saindo do cemitério, acompanhada da minha sobrinha. Vou até elas, para saber para onde minha irmã está indo, acelero o passo e paro na frente delas.

- Onde está indo? – Interrogo, o enterro já deve ter acabado oficialmente para ela estar indo embora, porém é estranho ela não esperar o resto do pessoal.

- Pro hospital, vou falar com o Nagisa. – Ela responde, carregando minha sobrinha no colo, eu poderia acompanhá-la para ajudar.

- Vou junto, deixa que eu carrego a Aki. – Ofereço, ela concorda e me passa a garotinha. Eu gosto do fato de ter uma sobrinha, há pouco tempo atrás pensei que toda minha família estava morta, agora eu reencontrei minha irmã e ganhei uma sobrinha.

- Algum motivo especial para ir? – Ela pergunta, sorrindo de uma forma que não entendo, como se estivesse insinuando algo nas entrelinhas.

- Não, só quero lhe acompanhar. – Afirmo, fazendo-a dar de ombros e desviar o olhar do meu. Aquela pulga atrás da minha orelha volta, eu preciso perguntar. – Posso te fazer uma pergunta?

- Você já fez, mas tudo bem, eu te deixo fazer outra.

- Onde você foi naquela noite? – Questiono, atraindo um olhar confuso dela, parece que terei que explicar. –Na noite em que apagaram a memória do Nagisa e do Aoi, você saiu naquela noite.

- Estava com cólica e não conseguia dormir, então resolvi dar uma volta. – Minha irmã conta e eu acho um pouco estranho, ela correu um risco desnecessário saindo de noite sozinha sem acordar ninguém. – E você? O que fazia acordado?

- Eu? Nada, só acordei e voltei a dormir. – Minto, mesmo ela sendo minha irmã, não quero contar isso para ninguém. Até agora não entendo porque fiz aquilo, foi mais forte do que eu.

- Por acaso, vocês estão indo pro hospital? – O moreno que tiramos da cadeia interroga, me encarando fixamente, tenho a impressão de que ele não gosta de mim.

- Sim Hoshi, nós estamos, vai me dizer que também quer se juntar a trupe?

- Exatamente, eu vou com vocês. – Ele concorda com a minha irmã, quase suspiro quando escuto que ele também vai, só eu, minha irmã e minha sobrinha estava bom, ele não precisava se meter. – Do que vocês estavam falando que se calaram quando eu cheguei?

- Estávamos falando da noite em que apagaram a memória do Nagisa, comentando sobre as coisas que aconteceram, tipo você ter saído no meio da noite enquanto todos estavam dormindo. – Ela afirma, quando eu acordei, meio desnorteado por conta do pesadelo que tive, a única pessoa da qual dei falta foi minha irmã. Também, ela estava deitada do meu lado, não tinha como não ter dado pela falta dela. – Por que saiu no meio da noite?

- Faz essa pergunta pro seu irmão, ele não estava quando eu voltei... Como sabe que eu saí?

- Fui dar uma volta noturna e você não estava quando acordei, nem quando voltei. – Minha irmã responde pra ele, fazendo o clima ficar estranho, tenso, como se suspeitássemos uns dos outros. É uma acusação velada, sem palavras.           

- Só nós três saímos naquela noite? – Interrogo, pois não adianta mais fingir que eu não saí, esse garoto viu que eu não estava dormindo naquela noite.

- Sim, só nós.

- Está mentindo. – Minha irmã acusa repentinamente, dando um susto em nós dois. – Seus amigos também saíram naquela noite.

- Está falando da Gina e do irmão dela? – Pergunto, porém ela não tem a chance de me responder.

- Não meta o nome deles nessa história, nem o meu. Pelo que eu entendi até agora, eu estava preso quando isso aconteceu pela primeira vez, e eles dois tem problemas demais para lidar com acusações falsas. – Ele retruca, parecendo mais irritado por termos mencionado o nome deles do que seu próprio nome.  

 

Yuu

 

Entro em casa, após Jezebel ter me trazido de volta e me deixado bem na entrada da minha casa que, na verdade, é uma mansão. Eu deveria ter dado a sorte do Yukki de nascer numa família rica, assim eu e a Izumi não teríamos sido separados na infância, dinheiro sempre é o problema.

As luzes não estão apagadas, não sei que horas são, mas acho que já é tarde. Mal dou três passos sala adentro e me deparo com a Jazmin, ela está bloqueando minha passagem para a escada. Quase pergunto o que ela está fazendo acordada e de pé na sala uma hora dessas, mas Jazmin é mais rápida.                                                       

- Onde você estava?! Eu liguei pro seu celular e você não atendia! Você disse que não ia demorar! – Ela exclama, quase aos berros, com um semblante furioso, imagina como Jazmin ficaria se descobrisse que eu nem sequer levei o celular comigo. Se bem que não faria tanta diferença, aquele lugar não devia ter nem sinal de celular. – O QUE ACONTECEU COM OS SEUS PULSOS?!

Ela me assusta com esse grito repentino, tanto que demoro a raciocinar e erguer meu braço, encarando um dos meus pulsos. Minha pele está completamente manchada pelo sangue que jorra, sem parar, de um corte no meu pulso. O efeito do feitiço da Jezebel acabou, o corte reabriu, e reabriu no pior momento possível.

Desvio o olhar de meus pulsos e encaro-a, não é mais raiva que encontro no seu rosto, o grito também não parecia ser de raiva. Acho que ela está preocupada, afinal de contas, esse é o corpo do filho dela. É por isso que ela está preocupada, ela está preocupada com o Yukki.

O corte não reabriu agora, é impossível ter tanto sangue e minha visão estar tão embaçada se ele tivesse acabado de abrir. Estou tão acostumado a ignorar, ignorar dores, limitações e incômodos do corpo, que acabei nem percebendo o sangramento.

- HIROSHI! PEGA O CARRO! TEMOS QUE CORRER PRO HOSPITAL!


Notas Finais


Trechos do próximo capítulo:

- Eu nunca tinha visto essa garota antes. Tinham que ver o estado em que ele chegou ontem... E agora está aqui, conversando com uma garota? Tem alguma coisa esquisita nessa história.
- Por acaso está se sentindo ameaçado por uma garotinha Akabane?
- Minha preocupação não é ela, é o garoto que está com ela... A irmã dele não é garota com quem se brinque, talvez o irmão seja igual a ela.

- Pai, você acha que algum daqueles dois seria capaz de fazer algo contra o Ângelo?
- Não sei... Só sei que o irmão da Gina, ontem, bateu na filha.
- De jeito nenhum que o Ângelo vai chegar perto deles, e você também não!

A palavra de hoje é "Gacisarece"
Kissus!


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