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História A base de mentiras - Kamiko



Notas do Autor


Oii genteeeee! Como estão?
Animados para mais um cap? Espero que sim ^-^
Vamos pro capítulo!

Capítulo 52 - Kamiko


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Kamiko

Nagisa

 

Acordo sem abrir os olhos, a primeira coisa que noto é uma gritaria.

- ELA JÁ ESTÁ INSCONCIENTE HÁ UMA SEMANA! – Uma voz de homem grita, completamente alterada. Escuto o som de choro, mas não identifico de quem.

- N-Não po-sso fazer n-nada. – Gagueja uma voz feminina, mantendo um tom de voz normal.

- COMO NÃO PODE FAZER NADA? VOCÊ É A MÉDICA! FAÇA ALGO! – A voz exclama exasperada, só então percebo de quem é. Minhas pálpebras se abrem num salto, deixando a mostra o quarto do hospital. A luz branca me machuca os olhos, mas ignoro. Observo a cena a minha frente, identificando que o choro vêm da minha melhor amiga, que encara o chão. Encaro fixamente ela, até que, de repente, ela levanta a cabeça, fazendo os nossos olhares se cruzarem.

- Nagisa? – Ela pergunta, com a voz trêmula. Os outros dois presentes na sala me olham, devem ter escutado a Kayano me chamar. Em poucos instantes o homem que estava gritando vêm pro meu lado, segurando na minha mão.

- Nagisa? Por favor, diga que se lembra de mim. – Me pede, com seus olhos dourados brilhando, ele está a beira das lágrimas.

- Claro que eu me lembro de você, Karma. – Respondo, abrindo um enorme sorriso na minha face antes sem expressão. Todos no quarto parecem surpresos com minha resposta, mas logo se recuperam do choque. Antes que perceba sou levantado da cama e girado no ar, pelo mesmo par de braços que me abraçou durante várias noites. Gargalho enquanto ele me gira, feliz por tudo ter dado certo.

- Isso parece um sonho. – Ele fala, assim que me põe novamente na cama. Minhas gargalhadas viram apenas um sorriso doce.

- Posso te garantir que é verdade. – Afirmo, fazendo com que ele começasse a chorar, mas não de triste, dessa vez são lágrimas de alegria. Ele pega novamente a minha mão e começa a beijá-la, depois foi subindo os beijos pelo meu braço, me deixando cada vez mais corado. Ele beija o meu pescoço, fazendo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.

- Karma.... Tem gente vendo. – Digo, empurrando levemente ele. Karma para de me beijar, me deixando aliviado e triste ao mesmo tempo. Nós dois nos viramos para a Okuda e a Kayano, que estavam assistindo aquela cena em silêncio.

- Vou fazer umas perguntas, responda todas elas com sinceridade. – Pede a Okuda, concordo com a cabeça. Então ela começa a fazer uma bateria de perguntas.

 

# Quebra de tempo #

 

- Isso é incrível! – Exclama a Okuda, com seus olhos arregalados e um sorriso gigantesco no rosto. – Aparentemente, você não ficou com nenhuma sequela!

- Mas, e as memórias que ela perdeu antes da cirurgia? – Karma pergunta de trás de mim, já que ele está fazendo uma massagem, muito boa por sinal, no meu ombro.

- Acredito que ela jamais recuperará essas. – Conta a Okuda, me deixando frustrado, queria poder me lembrar de quem fez isso comigo.

- Quando vamos poder sair desse hospital? - A Kay pergunta, se sentando ao lado do Karma na cama.

- Eu vou fazer uns exames agora nela, se os resultados não apresentarem mais deterioração, meu tio não terá motivos para manter com a quarentena.

- Vamos fazer logo os exames, eu só quero ir embora. – Falo, me levantando da cama.

 

# Quebra de tempo #

 

Depois de trocar de roupa, tirando a do hospital e colocando a que eu estava usando antes de vir para cá, eu, a Kay e o Karma vamos para o elevador, já que a quarentena acabou, e eu fui liberado. Cada passo que dou sou acompanhado de perto pelos dois, que vão ficar na minha cola durante um bom tempo.

- O que vamos fazer? – Pergunto, assim que saímos no primeiro andar do hospital.

- Nós vamos para casa. – Karma responde, eu fico dias preso num hospital e agora é bem provável que me deixem trancado dentro daquele apartamento. Tomo a dianteira do Karma e da Kayano, estou louco para me ver livre deste hospital. De repente alguém tromba comigo em alta velocidade, me derrubando no chão.

- Meu deus moça! Sinto muito por ela! – Exclama uma menina, me espanto ao reconhecer a voz.

- Akiko?! – Pergunto, juntamente com o Karma e a Kay. Ela se aproxima da gente, segurando o Ryo no colo, percebo que quem esbarrou em mim foi a Hana.

- Nagisa! – Ela exclama, colocando o Ryo no chão e se jogando em cima de mim, me dando um abraço bem apertado. Quando noto nós seis estamos nos abraçando no meio do chão do saguão do hospital.

- Gente, estou sendo esmagada. – Falo, começando a ficar com falta de ar. Um por um eles saem de cima de mim, me permitindo respirar novamente. Nós saímos do hospital e entramos no táxi. A Kay entrou no banco da frente, enquanto eu, a Akiko, o Karma, o Ryo e a Hana entramos no banco de trás.

- Quem pode ficar com a Hana? – Pergunta a Aki, colocando o Ryo no seu colo. Karma pega a garotinha ruiva e põe no seu colo, permitindo que, apesar de apertados, coubessem todos nós no táxi. A Kay deu o endereço do apartamento do Karma e o carro começou a andar.

- Aki, como você sabia que nós iriamos sair hoje do hospital? – O Karma pergunta, só então noto que não tinha sentido a Aki e os pequenos estarem no hospital.

- Quem disse que eu sabia? Quando a Kayano me ligou avisando que vocês estavam em quarentena eu vim correndo pro hospital, estava lá desde aquele dia. – Conta a Akiko, quando ela termina de falar o carro da uma freada brusca, quase que saio voando pela janela.

- Você ficou dias no hospital? – Meu ruivo pergunta, espantado, juntamente com a Kay que se virou para ver a Aki.

- Vocês queriam que eu ficasse eu casa sem nenhuma noticia sobre vocês? – Ela pergunta, calando todos no táxi.

 

# Quebra de tempo #

 

Entramos na portaria do prédio, mas o porteiro nos para.

- Chegou uma encomenda para você. – Conta o porteiro, entregando um pacote médio para o Karma. Ele pega o pacote, com tanto cuidado que, se não o conhecesse, diria que está com medo. Entramos no elevador e apertamos o último andar, chegando rapidamente no apartamento do ruivo. Assim que entramos a Aki e as crianças entram em algum quarto, já eu e os outros ficamos encarando o tal pacote.

- Ninguém vai abrir? – Pergunto, a única coisa que fizemos até agora foi encarar esse pacote.

- Não sabemos o que é. – Responde o Karma, me fazendo perder a paciência. Vou até a cozinha e reviro todos os armários, procurando alguma coisa que corte. Encontro uma tesoura, o que é perfeito. Volto para a sala e, antes que um dos dois possam me impedir, rasgo o lacre da caixa, abrindo a mesma.

- Problema resolvido. – Digo, largando a tesoura na mesa e indo me sentar no sofá. Eles encaram por mais um tempo a caixa, até que terminam de abri-la. Escuto um suspiro de alivio vindo deles, me deixando curioso quanto ao conteúdo do pacote.

- O que é? – Pergunto, vejo a Kayano esconder rapidamente algo atrás dela.

- Fecha os olhos. – Ela pede, me trazendo uma péssima recordação.

- Da última vez que você disse isso eu acabei com o cabelo verde. – Retruco, repudiando logo de cara a possibilidade.

- Prometo que ela não fará nada com você, só feche os olhos. – Dessa vez quem pede é Karma, me fazendo ficar mais desconfiado. Para meu azar o Karma faz cara de cachorrinho pidão, e eu não resisto a essa carinha! Fecho os olhos, logo sinto colocarem algo na minha cabeça. Depois de um tempo escuto eles se afastarem.

- Posso abrir os olhos? – Pergunto, ainda de olhos fechados.

- Ainda não, Kay pega um espelho. – Escuto o Karma mandar, em poucos segundos escuto os passos da Kayano correndo.

- Pronto, pode abrir. – Fala a Kay, abro os olhos, me deparando com meu próprio reflexo espelhado no espelho nas mãos da Kayano. Demoro um pouco para achar a diferença, mas acabo me tocando de que eu estou com cabelo, podia jurar que eram os meus.

- Isso é... Uma peruca? – Pergunto, espantado pela semelhança com o meu cabelo verdadeiro, até o tamanho está correto.

- É, tinha certeza que você surtaria se ficasse careca. – A Kay responde, colocando o espelho em cima da mesa. Vou pro seu lado e a abraço, me sentindo realmente grato por isso. A minha vida inteira, desde que eu era pequeno, eu quis cortar o meu cabelo, odiava que ele lembrasse o de uma garota, mas me ver sem cabelo me fez perceber que, apesar de ser obrigado a mantê-lo longo, eu até que gosto um pouco dele, é difícil me ver sem ele.

- Obrigada, de verdade .- Sussurro somente para a Kayano, que parece surpresa pelas minhas palavras.

 

Karma

 

Eu, a Kay e a Nagisa já estamos conversando há muito tempo, nem sei quantas horas se passaram. Fico passando a mão na sua peruca, apesar de não ser seu cabelo verdadeiro tem a mesma textura. De repente, tanto o meu celular quanto o da Kay apita, nós dois pegamos nosso celular. Vejo que tenho uma mensagem no WhatsApp, vinda de um  número desconhecido.

 

WhatsApp on:

 

Desconhecido: Vá para a sua casa.

 

WhatsApp off:

 

Olho para a Kayano, estranhando a mensagem.

- Quem era? – Pergunto para a Kay, que está encarando a tela do celular.

- Não faço a mínima ideia, foi um número desconhecido. – A Kay conta, me encarando e se remexendo no sofá.

- Qual foi a mensagem? – Pergunto, será que nós recebemos a mesma mensagem da mesma pessoa?

- Foram exatamente essas palavras: Vá para a casa do Karma. – Conta a Kayano, me deixando preocupado. Antes que eu fale algo a Akiko entra correndo na sala, com o celular em mãos.

- Você também recebeu uma mensagem de um desconhecido mandando você vir aqui para casa? – Pergunto, a Aki arregala os olhos e assente, isso é realmente estranho, e um pouco assustador.

- O que será que isso significa? – A Kayano pergunta, mas nenhum de nós diz nada.

 

# Quebra de tempo #
 

Depois daquelas mensagens nenhum de nós conseguiu relaxar, o clima está muito tenso. A Akiko trouxe os meus sobrinhos pra sala, junto com alguns brinquedos para eles brincarem juntos. Eu, a Nagi e a Kay colocamos num filme qualquer, mas nenhum de nós está realmente assistindo ao filme. A campainha toca, minha mão voa pro controle remoto, na mesma hora desligo a televisão. Sem nenhum comando a Aki sai da sala, juntamente com meus sobrinhos. Nós três encaramos a porta, em dúvida se devemos abrir ou não.

- Eu abro a porta? – Pergunto para as meninas, recebendo um não das duas. A campainha continua tocando, a pessoa não vai desistir tão fácil. De repente meu celular apita, mas dessa vez foi só o meu. Entro no WhatsApp, com as duas se debruçando em cima de mim para ver também.

 

WhatsApp on:

 

Desconhecido: Eu sei que você está em casa.

 

Você: Quem é você?

 

Desconhecido: Abre a porta para ver.

 

Desconhecido: Não precisa ter medo, eu não mordo!

 

WhatsApp off:

 

Me levanto do sofá, determinado a descobrir quem é a pessoa misteriosa do outro lado da porta, mas sou impedido por duas pessoas que entram no meu caminho.

- Você não vai abrir essa porta. – Ordena a Kay, parada na minha frente com os braços cruzados.

- Pode ter um psicopata atrás dessa porta. – Afirma a Nagi, que está ao lado da Kayano.

- Essa pessoa sabe o meu nome e o meu endereço, deve ser alguém conhecido. – Digo, já que essa é a explicação mais lógica que encontrei. Desvio delas e, antes que elas me impeçam, destranco a porta. Abro a mesma, dando de cara com uma garota alta, de olhos vermelhos sangue e cabelo rosa até a altura dos joelhos. Sua roupa lembra as roupas francesas de filmes, uma blusa listrada na cor branca e azul marinho, além de usar uma boina vermelha de lado.

- Sentiu a minha falta? – A menina pergunta, com o seu tradicional sorriso no rosto.

- Kamiko... – Digo, sem acreditar que ela está na minha frente. Ela solta a sua mala, que cai no chão, e se joga nos meus braços, retribuiu o abraço a tirando do chão, apesar de alta ela é muito leve.

- Achei que me daria uma bronca. – Ela afirma assim que a coloco de volta no chão, é impossível não sorrir com a presença dela.

- Você ainda vai ganhar uma, mas já que está aqui tem gente que também quer te ver. – Digo, abrindo totalmente a porta, possibilitando que a Kayano e a Nagisa vejam a Kamiko.

- KAMIKO! – A Kay grita, seu rosto demostrando surpresa. A Miko entra correndo e abraça a Kay da mesma forma que me abraçou.

 

Nagisa

 

Quando vejo ela fico estático, não acredito que ela está de volta. Recuo alguns passos, me afastando da Kay e da Kamiko. As duas se separam do abraço, que pareceu durar uma eternidade. Seu olhar parou em mim, ficando subitamente mais frio.

- Nagisa. – Ela diz, usando o mesmo tom de voz que usou com os outros, é impressionante como ela consegue mentir melhor que a Kayano. Fico calado, se eu abrir a boca vou perder o controle.

- AKIKO! TEM UMA PESSOA QUE QUER VER VOCÊS! – O Karma grita, e em pouco tempo a Akiko, o Ryo e a Hana entram na sala.

- O que f... – Ela para de falar quando vê a Kamiko, que abre um sorriso enorme para ela.

- Meu deus! Como você cresceu! – Exclama a Kamiko, indo até a Akiko.

- Você voltou! – Exclama a Aki, com seus olhos brilhando. O olhar da rosada desvia da Aki para as crianças, que estão meio escondidas atrás da Akiko.

- É o Ryo e a Hana? – Ela pergunta, me surpreendendo por também conhecer eles. A Akiko confirma, puxando os dois para a frente dela. – A última vez que os vi eles ainda eram bebês!

- Eles cresceram, você ficou três anos longe. – Diz Karma, se materializando do meu lado.

- Três anos que valeram a pena, afinal eu voltei para ficar.


Notas Finais


Karma: *Abraça Kamiko*

Nagisa: ;-;

Kayano: *Abraça Kamiko*

Akiko, Hana e Ryo: *Abraçam a Kamiko*

Nagisa: *Vai pro cantinho escuro do quarto e fica em posição fetal*

Karma: *Anda até Nagi e "a" abraça*

Nagisa: *-*

Karma: Vem Nagisinha, vou te dar bolo com sorvete.

Nagisa: YEYYYY!

Co-autora: E é assim que faz uma pessoa feliz, dando bolo com sorvete (melhor coisa).
Se gostaram comentem e favoritem, se não souber o que comentar, comente "Eu acho que a Kamiko é..." e digam o que acham que a Kamiko é ou vai ser :3
Nós ficamos por aqui e até a próximaaaaaaa!


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