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História A base de mentiras - Flashback - Parte dois



Notas do Autor


Oii genteeee! Como vão?
Estamos aqui com mais um cap!

Capítulo 54 - Flashback - Parte dois


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Flashback - Parte dois

Karma

 

Flashback on:

 

Entro escondido pela janela do orfanato, sem me importar em fazer barulho ou não. Caio em cima da Miko, já que sua cama é bem embaixo da janela.

- Karma? – Ela pergunta, colocando a vela, que ela usa para iluminar a sua cama, no meu rosto.

- Cuidado! Assim vai me queimar. – Digo, recuando para longe da vela. Uma coisa que escondo de todos, até mesmo da Miko, é que eu tenho extremo pavor de fogo. 

- Desculpe, é que você me assustou. – Ela conta, colocando a vela no seu devido lugar. Só então lembro do que vim fazer aqui.

- Arrume suas coisas imediatamente, você precisa fugir. – Falo, saindo da cama, me abaixo para pegar uma mala que ela esconde debaixo da cama.

- O que aconteceu? – Ela me pergunta, jogando as cobertas para longe e se levantando, deixando sua camisola vermelha à mostra.

- Os assassinos do pai da Kayano. Eles estão vindo atrás de você. – Explico, colocando a mochila dela sobre a cama, a Miko abre a mesma, enquanto eu pego uma roupa para ela se trocar.

- Vá se trocar, eu guardo todas as suas coisas. – Digo, tacando a roupa na sua direção. Ela a agarra com facilidade, já que eu e a Kayano demos para ela o mesmo treinamento que recebemos, apesar disso me surpreendi com a facilidade e destreza com que ela luta. A Kamiko vai pro banheiro, enquanto eu jogo de qualquer jeito suas roupas, apenas tomando cuidado na hora de guardar seu celular, cinco facas extremamente afiadas, três armas, dois soco ingleses e, não me pergunte com o que a Kay tinha na cabeça quando deu isso para ela, cinco granadas. Termino de fechar a mala, no mesmo momento que a Kamiko aparece, vestindo uma blusa preta e uma calça preta, os dois bem justos, e com o cabelo rosa preso num rabo de cavalo apertado.

- Pra onde nós vamos? – Ela me pergunta, pegando a sua mala.

- Nós não vamos para lugar nenhum, só você que vai. – Falo, enquanto pulo pela janela, caindo do lado de fora do orfanato. A Kamiko joga a mala, depois ela também pula pela janela.

- Pra onde você está me levando? – Ela pergunta, enquanto corremos pela rua, que está deserta devido a hora, exceto pelos carros que passam.

- Pro aeroporto. – Respondo, mas me arrependo quando escuto os passos da Miko se silenciarem. Paro de andar e me viro para encará-la, que simplesmente parou no meio da rua.

- Eu não vou embora! Não sozinha! – Ela reclama, como não temos tempo apenas agarro seu braço e começo a arrastá-la pela rua, o que não da muito certo. Largo ela e tento chamar um táxi, mas parece que nenhum deles está afim de parar para uma criança de treze anos.

- Nenhum táxi vai parar para a gente. – Diz a Miko, como se duvidasse de mim.

- O próximo táxi que passar vai parar para a gente. – Falo, fazendo a Kamiko soltar um “dúvido” entre risadinhas. Coloco um sorriso presunçoso e presto atenção na rua, esperando um táxi surgir. Não demora a surgir, ao longe consigo avistá-lo. Olho por sobre o ombro, encarando a Miko, que também se encontra com um sorriso presunçoso, não acredito que ela pense que está certa. O táxi está a poucos metros de nós, espero se aproximar um pouco mais então eu, literalmente, pulo na frente dele. O táxi freia bruscamente, não me acertando por centímetros.

- Entre no táxi. – Falo para a Miko, ainda na frente do táxi. Ela, que parece um pouco atordoada, corre para dentro do táxi, entro logo em seguida.

- Que ideia foi essa seu moleque?! Podem sair os dois do meu táxi! – O motorista exclama, tiro 3 notas de 100 do meu bolso e entrego para  ele, fazendo o motorista arregalar os olhos.

- Nós leve pro aeroporto mais próximo. – Digo, dessa vez o motorista não questiona, simplesmente arranca com o táxi.

- Não vamos conseguir um avião tão em cima da hora. – A Miko diz, olhando para a paisagem.

- Quando chegarmos lá eu penso no que faremos. – Respondo, sentindo o peso da responsabilidade de tirar a Kamiko do país.

- Por que a Kayano não veio com você? – A Miko me pergunta, focando seus olhos vermelhos no meu rosto.

- Não podíamos deixar a Aki sozinha, então a Kay se ofereceu para ficar com ela no hospital. – Conto, percebendo que está começando a chover.

- Ela decidiu os nomes? – A Miko questiona, dou um pequeno sorriso.

- Sim, vão se chamar Ryo e Hana. – Falo, vendo os olhos da Kamiko marejarem, sabia que isso aconteceria.

- Fala para a Akiko que eu agradeço a homenagem, nunca vou me esquecer disso. – Agradece a Miko, me abraçando. Ficamos assim durante bastante tempo, por alguns longos minutos eram apenas eu e ela, juntamente com o barulho da chuva que, agora, cai forte. Nós nos soltamos, bem a tempo de ver uma van preta ultrapassar o sinal vermelho, fazendo com que os dois carros se choquem no cruzamento. O táxi capota, devido a alta velocidade da van, fazendo, tanto eu quanto a Miko, girarmos dentro do táxi, já que estamos sem cinto. Consigo, não sei como, agarrar a mão da Miko. Ficamos assim até o carro parar de girar, fazendo com que fiquemos imóvel.

- Você está bem? – Pergunto, bastante sonso, mas estou consciente.

- A-Acho que sim. – Ela responde, gaguejando um pouco. Rastejamos para fora do táxi, que está de cabeça para baixo e todo destruído. Assim que saímos apoiamos as costas no táxi, nos escondendo de quem quer que estivesse dirigindo aquela van.

- Você acha que foi proposital? – A Kamiko diz, noto que, assim como eu, seu corpo está cheio de arranhões, nada muito grave, a roupa está rasgada e suja de sangue. Concordo com a cabeça, pegando a mala dela e abrindo a mesma, tirando de lá as três armas.

- Toma. – Digo, entregando duas armas para ela e ficando apenas com uma, já que a mira da Miko é perfeita, até mesmo na mais completa escuridão ela consegue acertar um alvo.

- Um. – A Miko começa a contar, me fazendo segurar a arma com mais força. – Dois. – Nós dois ficamos de cócoras, preparados para levantar. – Já.

Em sincronia perfeita nós dois nos levantamos, atirando em cinco homens que estão perto do táxi. Matamos os cinco, já que estamos acostumados a mirar no coração e na cabeça, mas a maioria dos tiros que disparo tem como alvo a cabeça, que provoca uma morte rápida.

- O que vamos fazer? – Me pergunta a Miko, abaixando as duas armas, faço o mesmo. Observo a van preta, que está a pouco metros de nós dois, e parece em ótimo estado.

- Vamos roubar a van. – Respondo, correndo na direção da mesma. Estou prestes a abrir a porta, mas sou puxado para trás.

- Pode ter alguém aí dentro. – A Miko sussurra, apontando para a van preta.

- É com isso que estou contando. – Falo, dando um sorriso um pouco psicopata. – Deixe, pelo menos, um vivo, precisamos de alguém para pilotar a van.

Ela concorda com a cabeça e, silenciosamente, abrimos a porta traseira da van, não encontrando ninguém. Andamos até uma pequena porta que, acredito eu, deve levar para a parte da frente. Abro essa porta, mas quem entra primeiro é a Miko, porque ela está com duas armas. No instante que entro um tiro é disparado, o som veio da arma da Kamiko. Vejo que um homem, que está sentado na cadeira do passageiro, se encontra com um tiro na testa. Volto meu olhar para o motorista, e último homem vivo, que o pai da Kayano mandou. A Miko se encontra com as duas armas apontadas para a cabeça do desconhecido, mas, para dar mais ênfase no que vou falar, também aponto a minha arma para a sua cabeça.

- Se quer continuar vivo é melhor nos levar para o aeroporto mais próximo. – Digo, o homem apenas assente, com os olhos arregalados. Abaixo a minha arma, abro a porta do passageiro e taco o corpo para fora da van, ocupando o lugar que ele estava.

- Se sente lá atrás e coloque o cinto, não quero que aconteça outro acidente. – Falo, voltando a apontar a minha arma para o sujeito. A Miko vai para a parte traseira, me deixando com a responsabilidade de impedir que esse cara tente algo.

- Pode começar a dirigir.

 

# Quebra de tempo #

 

Ele para a van na frente do aeroporto, o que me impede de matá-lo com um tiro. A Miko entra na parte da frente, com uma de suas facas em mãos. Antes que eu sequer possa piscar ela corta sua garganta, não deixando um ruído sequer escapar da boca do infeliz.

- Vamos nos apressar, não vai demorar para encontrarem o corpo. – Ela responde, voltando para a traseira. Sigo ela, guardamos as armas e saímos com a mochila, fechando as portas da van. Entramos no grande aeroporto, atraindo olhares de todos ao redor, nossa aparência deve estar horrível. Nós sentamos em duas cadeiras que encontramos vagas, temos que decidir o que faremos a partir de agora.

- Karma, não podemos comprar passagem. Não temos tempo, eu não tenho passaporte e a minha mala nunca passaria pelo raio-x. – Diz a Miko, apoiando a sua cabeça no meu ombro. Olho para a pista de decolagem, que é visível através de uma grande janela de vidro. Uma ideia me passa pela cabeça, olho para o teto, a procura de câmeras de segurança, encontro várias.

- Miko, preciso de algo que consiga cobrir os nossos rostos, mas não pode ser nada suspeito. – Sussurro para ela, que tira a cabeça do meu ombro e coloca a mala no seu colo, abrindo ela e tirando dois casacos com capuz. Nos levantamos dos assentos e vestimos os casacos.

- Qual a sua ideia? – Ela me pergunta, tiro a mochila das suas mãos, abrindo a mesma e tirando de lá uma arma.

- Você é maluco? Vâo ver a ar... – A miko começa, mas é interrompida pelo grito estridente de uma mulher, que chama a atenção de todos para nós dois. Ignoro os gritos e ando até a grande janela de vidro, levanto e atiro diversas vezes no vidro, até conseguir quebrá-lo. Me viro para ver a Miko, mas o que vejo são vários policiais muito próximos.

- CORRE! – Grito pra Miko, passando correndo pelo buraco no vidro. Corro para onde guardam os jatos particulares. A Miko me alcança, nós corremos lado a lado, com os policiais não muito atrás.

- Droga! Não vamos conseguir despistá-los! – Reclama a Kamiko, me fazendo tomar uma rápida decisão.

- É por sua conta. – Digo, jogando a arma para ela, já que não podemos pegar as outras duas na mochila. A Miko se vira, correndo de costas, e atira em três policiais, matando dois e derrubando um. Ela taca a arma no chão, as balas devem ter acabado. Miko se vira, voltando a correr de forma normal.

- Não era para matá-los! Você deveria só derrubá-los. – Falo para ela, que me encara com uma raiva contida.

- Eles estão nos perseguindo, derrubá-los não adiantaria. – Ela dispara, nós dois paramos de falar. De repente escuto um barulho de tiro, que não foi disparado por nós. Olho por cima do ombro, vendo todos os policiais com armas apontadas para nós. Desviamos do caminho, correndo em direção à pista de aviões parados, um ótimo lugar para se proteger dos tiros. Paro de correr e apoio as costas num avião, recuperando o fôlego.  A Kamiko se senta no chão e abre a mala.

- Não adianta usarmos nossas armas, eles são muitos. Temos que voltar a correr. – Digo, me preparando para voltar com a corrida. Encaro a Miko, que me ignora completamente e continua mexendo na mala. Ela tira de lá uma das granadas, não acredito que ela vai realmente fazer isso. Ela se levanta, andando até o fim do avião. Pego as outras duas armas, pronto para dar cobertura para ela. Me impressiono com o número de policiais, estão vindo de todos os lados. Noto que alguns não usam uniformes, o que significam que devem ser outros assassinos enviados para capturar a Miko.

- Taque a granada no local onde tem mais homens sem uniforme. – Falo para a Kamiko, enquanto atiro em alguns policiais que tentam atirar em nós, a maioria dos tiros passa muito perto. A Miko retira o pino, em seguida tacando a granada com o seu máximo de força, mirando no grupo mais perto de nós. A explosão mata aquele grupo na hora e, devido a força da explosão, vários policiais caem no chão, isso inclui eu e a Miko.

- VAMOS LOGO! – Grito, sem nem perceber, minha adrenalina está no pico. Nos levantamos e pegamos a mochila, voltamos a correr em direção aos jatos.

 

# Quebra de tempo #

 

Nós ainda estamos sendo perseguidos de perto, e eu já acabei com as balas da segunda arma. Por sorte chegamos na parte dos jatos e, por uma coincidência incrível, tinha um prestes a decolar. Eu e a Miko paramos, puxo ela para perto de mim e seguro os seus ombros, deixando nossos rostos bem colados.

- Escute bem. – Falo, chacoalhando um pouco os seus ombros. – Você vai entrar naquele jato, matar todos, com exceção do piloto, e vai sair desse país. Só volte quando eu tiver me vingado.

- Isso é loucura! Eu não vou ficar tanto tempo longe! Para onde vou? Eu não tenho ninguém além de vocês! – Ela choraminga, deixando parte do meu coração partido.

- É único jeito de te salvar, agora vai! Eu vou te dar cobertura! – Digo, pegando uma das facas e duas granadas, começo a andar na direção oposta a do jato, tenho que ganhar tempo para ela.

- ADEUS KARMA! – Ela grita, apenas por sua voz sei que ela deve estar chorando. Não respondo em voz alta, mas mentalmente eu desejo “boa sorte” para ela, espero que, um dia, nós nos encontremos novamente. Chego incrivelmente perto dos policiais e taco as duas granadas, matando praticamente todos que nos perseguiam. Os que continuam vivos, a maioria está muito machucada, eu mato com a faca da Miko, cortando, uma por uma, a garganta de todos, o que me deixa todo sujo de sangue. Me viro ao escutar o som de decolagem, olho para cima e vejo o jato que eu indiquei para a Kamiko, nós conseguimos.

 

Flashback off:


Notas Finais


Kayano: *Falando alguma coisa muito importante e chata*

Karma e Nagi: *Dormindo juntinhos*

Akiko: *Tirando foto do Karma e do Nagi dormindo*

Miko: *Quase dormindo*

Kayano: ... E é por isso que devemos...

Aki, Nagi, Karma e Miko: *Dormindo*

Kayano: EI, ISSO É IMPORTANTE!

Nagi: *Abraçando o Karma por causa do susto*

Karma: Calma Nagi, foi só a Kayano.

Nagisa: *Abraçando mais forte ainda*

Karma: Viu Kayano! Agora você assustou ela!

Kayano: A culpa é de vocês que não prestam atenção!

Karma: Ofendeu agora ;-;

Nagi: *Dorme e fica kawaii de novo*

Karma: Nunca consigo resistir a minha pequena >~<

Co-autora: E foi isso genteeee!
Se gostou favorite e comente!
Se não souber o que comentar, comente dormir.
Nós ficamos por aquiii
Kissus!


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