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História A base de mentiras - Surpresa



Notas do Autor


OLÁ GALERINHA DO SPIRIIIIT! Como vocês estão?
Então meninas, estamos aqui para mais um capítulo dessa fic!!! *Foca no capítulo*
Como vocês podem ver, o capítulo tá bem legal :)


Alguém me ajuda... Virei blogueirinha de moda DSKKWKEKFEK

Capítulo 84 - Surpresa


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Surpresa

Karma

 

O dia está muito monótono, por isso fico aliviado quando a campainha toca. Corro até ela e a abro, encontrando quem eu menos esperava.

- Yuzo? Yukio? Yusuke? O que vocês estão fazendo aqui? – Pergunto, encarando os trigêmeos que estão parados na minha porta, suas caras não são boas.

- A data do casamento mudou, será nesse domingo. – Conta o Yuzo, que tirou a tintura loira do cabelo e voltou a ser moreno, nenhum deles faz menção de entrar.

- A Kayano sumiu, você viu ela? – Questiona o Yukio, me deixando preocupado. A Kayano, muitas vezes, é impulsa, tenho medo de imaginar o que ela pode ter feito quando descobriu do adiantamento do casamento.

- Não sei onde ela está. – Respondo, com sinceridade, mas, se eu soubesse sua localização, é lógico que eu não contaria para ele, felizmente eles confiam em mim.

- Eles estão nos deixando malucos! – Exclama o Yusuke, não é comum ele deixar suas emoções à mostra na fala, dos três sempre o vi como o mais frio e calculista. Os três abrem um espaço, me assusto ao ver que o Ryo e a Hana estavam atrás deles o tempo inteiro. – Vamos deixar eles aqui, mais tarde a gente busca eles.

- Como vocês conseguiram...? – Falo, ainda impressionado que eles tenham conseguido trazer os gêmeos para cá.

- Simples, nós só pedimos para sair com eles. – Diz o esverdeado, dando de ombros e empurrando os gêmeos para dentro do apartamento. – Estamos indo.

Eles somem na escada, demoro para fechar a porta e focar minha atenção nos gêmeos. Quando vejo, eles já estão sentado no sofá, mexendo no controle da TV para tentar ligá-la.

- AKIKO! – Grito para a minha irmã, que se recusa a sair do quarto. Os gêmeos se assustam com o meu grito, desacostumei à tê-los aqui em casa. Ela não me responde, odeio ser ignorado, principalmente quando se trata das minhas irmãs. Tenho uma ideia maravilhosa para fazer a Akiko abrir a porta, talvez também seja um pouco engraçada.

- Que tal a gente fazer uma brincadeira com a mãe de vocês? – Sugiro pros gêmeos, que logo concordam, até mesmo o Ryo. – Sabe a sua música favorita Hana? Do filme Frozen?

- A música Você quer brincar na neve? – Ela pergunta, concordo. Não sei se o Ryo gosta dessa música, mas, tenho certeza, ele sabe a letra.

- Vocês dois vão encenar essa cena do filme, o que acharam da ideia? – Pergunto, quando vejo os dois já estão em frente a porta trancada do quarto da Aki. Eu não gosto de Frozen, acho as músicas irritantes, mas vai ser fofo assistir eles cantando. Os dois batem na porta, não obtendo nenhuma resposta da Akiko. Eles se entreolham e começam a cantar, alto o suficiente para ela ouvir de dentro do quarto. Quando eles chegam na parte de “Eu quero só te ver!” a Aki abre a porta.

- Isso não pode ser real. – Ela sussurra, olhando estática para os gêmeos. Minha irmã só volta ao normal quando eles a abraçam, a Aki tira eles do chão e beija tanto as suas bochechas que eu fico com medo delas furarem.

- Eu quero tomar sorvete! – Exclama a Hana, se sacudindo no colo da Aki. O Ryo não fala nada, como de costume, mas concorda com a irmã.

- Hoje vocês podem fazer qualquer coisa! – Fala a Aki, saindo do quarto com os dois e, sem usar palavras, ela diz que nosso desentendimento acabou.

 

# Quebra de tempo #

 

Nós quatro tomamos sorvete no sofá, eu tentei ligar para a Kayano, mas sempre recebia a mensagem de que o celular estava desligado ou fora da área de cobertura. Essa tarde está maravilhosa, mas não sei até quando vou fingir que está tudo normal, porque não está, não sabemos o que aconteceu com eles nos últimos dias. O Ryo, pelo que eu analisei, continua o mesmo, talvez ele esteja só um pouco mais falante. A Hana não está igual, ela parece pensativa, o que nunca foi um traço característico dela.

- Mãe. – Chama a Hana, terminando de tomar o sorvete, ela conseguiu sujar até o nariz com sorvete. – Quantos irmãos eu tenho?

A pergunta me deixa confuso, ninguém pergunta uma coisa dessas aleatoriamente. A Akiko parece tão confusa quanto eu, mas responde a pergunta da ruivinha.

- Só o Ryo. – Ela responde, mas isso não satisfaz a Hana, que faz outra pergunta.

- Por que ele é meu irmão? – Ela questiona, o Ryo só escuta, dá para ver que sua atenção está totalmente voltada para a irmã.

- Porque vocês tem o mesmo pai e mãe e foram criados juntos. – A Aki diz, me pergunto de onde a Hana tirou essas perguntas, até agora estou perdido.

- Quantos tios eu tenho? – Ela torna a fazer mais perguntas, no rosto dos gêmeos vejo leves traços de confusão, só não sei porque.

- Dois. O tio Karma e a tia Kayano. – Fala a Akiko, parecendo estar no automático. Nessa altura das perguntas, a Aki não parece estar se importando tanta quanto na primeira pergunta, ela deve estar achando que é só curiosidade de criança.

- Porque eles são meus tios? – Interroga a pequena, mesmo que as perguntas não sejam dirigidas à mim, me sinto num interrogatório.

- Porque eles são irmãos da mamãe. -  A Aki dá essa resposta curta, sei que, se ela quisesse, conseguiria fazer uma redação com o porque deu e da Kayano sermos tios dos gêmeos.

- Os adultos são confusos. – Afirma o Ryo, brincando com a colher do sorvete.

- Por que vocês acham isso? – Pergunto, apesar da afirmação ter sido do Ryo, os gêmeos, mesmo que sendo muitos diferentes, tem uma opinião parecida sobre tudo.

- Como uma pergunta pode ter duas respostas diferentes? – Questiona a Hana, me dando uma pergunta como resposta. Agora a Akiko volta a prestar atenção nas perguntas da Hana, que não são só curiosidade.

- Depende da pergunta querida, de qual pergunta você está falando? – Fala minha irmã, ela consegue esconder totalmente a preocupação da voz.

- Das que a Hana fez, o papai deu respostas diferentes. – Explica o Ryo, ouvir o Ryo chamando aquele monstro de pai quase me faz vomitar, já a Akiko fica mais branca que a parede.

- Vocês não tem pai. – Afirma a Aki, ela nunca precisou tocar nesse assunto com os gêmeos, eles nunca perguntaram nada sobre o pai.

- Nós temos um pai! – Exclama o pequeno, estou mais do que curioso para saber o que aconteceu naquela mansão.

- Ele disse que a tia Kay é nossa irmã. – Conta a Hana, bem menos exaltada que o Ryo. Eu, que até agora só estava nauseado, fico pálido igual a Akiko, não temos como explicar isso para os gêmeos.

- Ele estava mentindo. – A Akiko se apressa em dizer, mas o Ryo logo parte na defesa do “pai”.

- Se ele tava mentindo, porque a tia Kay chama ele de pai? – Questiona o Ryo, o fato dele falar pouco o torna observador, o que é péssimo nesse momento para a Akiko e para mim.

- Ele não gosta de vocês. – Dispara a Aki, sem pensar nas consequências que poderia acarretar nos gêmeos. Os dois ficam em silencio, lentamente seus olhos começam a se encher de lágrimas. A Akiko me arrasta para fora da sala com ela, antes que os pequenos começassem a chorar.

- O que diabos aconteceu com os gêmeos naquela mansão? Por que eles gostaram tanto do... Pai? – Ela pergunta para mim, forçando a última palavra à sair da sua boca.

- Eu não sei, talvez eles tenham sido tratados bem lá. – Respondo, sem acreditar no que sai da minha boca, mas não tenho outra explicação. – Isso não faz nenhum sentido.

Minha irmã começa a morder o seu lábio debaixo, um costume que ela tem desde muito nova. Ela fica assim durante bastante tempo, mas, de repente, parece despertar dos seus pensamentos.

- Karma e se... Ele quiser... A guarda dos gêmeos? – Diz a Aki, olhando para mim. Descarto a ideia dela, mesmo que ele estivesse interessado, ele não teria como ter a guarda dos pequenos.

- Se acalma, ele não tem motivos para isso e, mesmo se ele quisesse, ele não tem direito sobre os gêmeos. – Tento tranquilizá-la, sabendo que seria em vão, a Aki não vai tirar essa ideia da cabeça tão cedo.

- Como ele não tem direito? Apesar de tudo, ele é o pai dos dois! – Ela exclama, ficando desesperada. Apoio minha mão no seu ombro e empurro-a para baixo, fazendo ela se sentar na sua cama.

- Na certidão de nascimento só tem o sobrenome Akabane então, legalmente, ele não é o pai dos gêmeos. – Explico para ela, que não devia saber disso.

- Mas e se ele pedir um exame de DNA? Aí ele vai comprovar que é o pai. – Ela fala, se levantando da cama, mas eu empurro ela de volta.

- Se ele fizer isso, quando o teste der positivo, ele seria preso por tudo que fez com você. – Tranquilizo-a, mas isso não a impede de começar a chorar.

- Eu estou com medo Karma, não vou suportar perder outro filho. – Ela afirma, deitando na cama e escondendo o rosto no travesseiro. Observo ela, muito confuso. Sei que agora não é uma boa hora para eu fazer perguntas, mas sua frase não fez sentido.

- Como assim outro filho? – Pergunto, ela deve ter falado errado, acho que o que ela quis dizer foi que ela não suportaria ficar longe dos gêmeos de novo.

- Depois de ter os gêmeos, eu engravidei mais três vezes. – Ela responde, tirando o rosto do travesseiro. Eu apenas a encaro, mudo, a Aki nunca falou sobre isso comigo, sempre pensei que ela só teve o Ryo e a Hana.

- O que aconteceu com eles? – Questiono, mas, pela sua voz e o fato deu nunca ter suspeitado disso, indicam que é algo muito trágico.

- A primeira vez que eu fiquei grávida foi pouco depois de ter os gêmeos, você ainda morava lá em casa. Eu não sabia da gravidez, só fui descobrir quando tive um aborto espontâneo, ninguém sabe sobre isso. Eu devia estar, no máximo, com um mês para não ter notado. – Conta a Akiko, tentando controlar as lágrimas e os soluços, para eu entender melhor. – A segunda eu percebi, eu estava mais atenta aos detalhes do meu próprio corpo depois das duas primeiras. Você não morava mais na mansão, então achei melhor não contar para ninguém, senão iria acabar chegando nos seus ouvidos e você ficaria ainda mais preocupado. – Minha irmã explica, até agora ela deu motivos razoáveis para não ter contado na época, mas esses motivos não eram impedimentos para ela me contar depois que eu peguei a guarda dela e a trouxe pra morar comigo. – Quando eu estava no terceiro mês, pode não estar certo, minhas contas não eram exatas, eu levei uma surra e... Eu perdi esse bebê também.

Ela para de contar, por um momento penso que acabou, mas ela disse que foram três, e a Aki só falou de duas.

- E a última? – Pressiono, já imaginando que, assim como os outros, o bebê não deve ter chegado a nascer.

- O último foi pouco tempo antes deu vir morar com você, eu descobri no segundo mês de gravidez. – Ela volta a falar, abraçando o travesseiro contra o peito e, diferente das outras vezes, ela não olha nos meus olhos. – Quando chegou no quarto mês, a mãe da Kayano notou que eu estava grávida. Ela disse para eu não me preocupar, ela prometeu que não contaria para ninguém sobre isso e que me ajudaria a esconder. Um mês depois ela me levou para o hospital, onde a gente descobriu que era um menino. – A Akiko dá uma pausa, não conseguindo conter os soluços, que aumentaram muito desde que ela começou a falar dessa gravidez.

- Não precisa terminar, eu já sei o final. – Digo, quase levantando da cama, para cuidar dos gêmeos e deixá-la um pouco sozinha, mas minha irmã me impede.

- Não, eu vou terminar de contar. – Ela confirma, respirando fundo. – Eu estava no sétimo mês de gravidez, era complicado esconder a barriga. Então ele percebeu e... Me forçou a tomar remédios para perder o meu menino.

Fico espantado com o tempo que ela conseguiu manter a gravidez, e também fico com mais raiva ainda do pai da Kayano, não acredito que ele forçou minha irmãzinha à fazer isso. Abraço a Aki, é a única coisa que posso fazer por ela.

- Na época, eu estava pensando em contar para você e para a Kayano, mas não tinha achado a maneira certa. – Ela continua falando, desabafando o que ela escondeu de todos. – Ele ia se chamar Chion, em homenagem ao nosso pai, que eu nunca conheci.

- Eu te prometo Akiko, eu vou dar um jeito de trazer os gêmeos definitivamente para cá. – Digo e resolvo complementar. – Eu tenho um plano, mas preciso de um mês.

Quase rio da minha própria frase, tanto eu quanto a Akiko sabemos que eu não tenho plano algum. Eu tenho que bolar um plano, e eu só tenho um mês para fazer isso.


Notas Finais


Nagisa: *Lendo uma história para os gêmeos* E fim! O que acharam da história?

Hana: Eu adorei a história! Quando será que meu príncipe encantado vai chegar...?

Karma: Nagi, você acredita em príncipes encantados?

Nagisa: Claro que acredito! Afinal, o meu já está do meu lado *Cora*

Karma: AWWWNT Nagi!!! Eu sou o seu príncipe encantado?!

Nagisa: Claro que é! Quem mais seria? Você é a pessoa que eu mais amo!!!

Karma: *Abraça a Nagi e depois a beija*

Nagisa: K-Karma...

Co-autora: E foi isso galerinhaaaa!!!
Se não souber o que comentar, comente "Pimenta".
Kissus


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