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História A base de mentiras - Cartas



Notas do Autor


Oi pessoas do mundo, como estão? :3
Temos mais um capítulo como sempre e... É só isso mesmo :)

Capítulo 96 - Cartas


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Cartas

Karma

 

- Você está aqui, vivo e bem! – Exclama a Akiko, se jogando nos meus braços. O pessoal, menos a Nagisa, olham estranho para a cena. Me separo da Aki, para poder apresentá-la formalmente para todos.

- Essa é minha irmã mais nova, Akabane Akiko. – Falo, as únicas que ainda não a conheciam eram a Yuna e a Rio. – Esse é o Hibiki, o garoto do parque de diversões. A Nagisa, bom, você já conhece ela. E tem as irmãs, Manami Okuda, Nakamura Yuna e Nakamura Rio.

- Oi! – Ela exclama, com o sorriso que eu amo ver no seu rosto.

- TIO KARMA! – Fala os gêmeos, pulando em cima de mim.

- TIO?! – Todos, menos a Nagisa e o Hibiki, gritam. Lá vou eu contar outra mentira.

- É só um apelido carinhoso. – Explica a Nagisa, que está ao meu lado. – Vocês não pensaram, realmente, que eles eram filhos da Akiko, né? Ela é só uma criança!

- Ei! Eu tenho treze anos, já sou adolescente. – Rebate a minha irmã, fingindo estar emburrada. – Isso é uma cobra?!

- É. – Responde a Nagi, essa cobra tão perto dela está começando a me deixar nervoso.

- Aki, você podia deixar a gente entrar? – Peço já que a minha irmã está bloqueando a passagem, acho que ela não percebeu isso.

- Claro. – Ela afirma, entrando no apartamento e levando os gêmeos com ela. Nós entramos, até que não está tão desarrumado quanto eu pensei que estaria. Minha irmã se senta no sofá, só então noto um pequeno detalhe na sua roupa, a Aki está com uma blusa sem manga.

- Me segue, rápido. – Sussurro quando passo ao seu lado, apressando meu passo para me distanciar da Nagi. A Akiko me segue sem questionar, entramos no quarto dela.

- O que foi? – Ela interroga, parando ao lado do espelho que tem no seu quarto.

- Troque de blusa, coloque, de preferência, uma de manga comprida. – Digo rápido, com medo de que notem nosso sumiço.

- Por que? Aconteceu alguma coisa? – Ela questiona, acho que ainda não percebeu qual é o problema. Aponto para o espelho, ela o encara durante bastante tempo, até que seu olhar para no ombro direito, onde está a tatuagem. – Não tem problema, eles não sabem o que a tatuagem significa.  

- Eles não sabiam, agora sabem. – Digo, os olhos dela se arregalam. – Eles não podem nem imaginar que nós temos essas tatuagens. Enquanto eles estiverem aqui, não use blusa sem manga, entendeu?

- Sim, mas eles vão notar que mudei de roupa. – Ela conta, o que também pode levantar suspeitas, mas nada seria pior do que se eles vissem a coroa de bronze envolta em fogo no seu ombro.

- Invente qualquer coisa, eles não vão te questionar. – Responde, acredito que ninguém duvidaria da palavra dela.

 

Nagisa

 

Sento no sofá, já estou bem familiarizado com esse apartamento. A cobra desenrosca de mim e fica ao meu lado no sofá, o que permite com que eu me recoste no encosto. Logo fico com as costas eretas novamente, encostar minhas costas ali fez elas arderem.

- Está ardendo? – Pergunta a Okuda, assinto com a cabeça. – Sabe onde ficam os remédios? Posso dar algo para aliviar a dor.

- Vou perguntar pro Karma. – Falo, levantando-me. Estou quase no corredor, mas paro de andar quando o Ryo aparece na minha frente, com um papel em mãos. Ele estende esse papel para cima, dando-o para mim.

- É um presente. – Ele conta, pego o papel e observo o desenho, não entendo o que está desenhado.

- Que lindo! O que você desenhou? – Interrogo, ajoelhando-me ao seu lado e deixando o desenho entre nós dois, para ele me explicar.

- É uma coroa. – Ele explica, apontando para vários rabiscos marrons. – E isso é o negócio que tava junto com a coroa.

Meu sorriso some quando percebo com o que esse desenho se parece, o Ryo não deve ter a mínima ideia do que ele desenhou.

- A tia Kay tem um desenho na perna, você já viu ele? – Pergunto, ele demora a responder, mas, no final, concorda. – Foi isso que você desenhou?

- Foi, mas a coroa dela é de outra cor. – Ele conta e volta para o lado da Hana. O Ryo pega outra folha e volta a desenhar. Saio do chão e começo a procurar o Karma pelo corredor, ainda processando o que o Ryo desenhou. Bato em alguém, justamente a pessoa que eu procurava.

- Cuidado! – Exclama o Karma, me afastando dele.

- Você me deve muitas, mas muitas, explicações. – Falo, puxando-o para o quarto de onde ele parecia ter acabado de sair.

- Esse é o quarto da Akiko, vamos pro meu. – Ele diz, começando a me levar para o seu quarto. Assim que o Karma fecha a porta, taco o desenho para ele.

- Foi o Ryo que desenhou e me deu de presente. – Conto, vendo-o analisar o desenho.

- Fico feliz que vocês dois estejam se dando bem, mas qual é a explicação que te devo? – O Karma questiona, devia ter explicado tudo logo de cara.

- O Ryo me disse que isso é uma coroa e os negócios laranja e vermelhos são o que estavam junto com a coroa. Perguntei se ele tinha desenhado a tatuagem da Kayano, e o Ryo confirmou, dizendo que tinha mudado a cor. – Explico, mas o Karma ainda parece perdido no assunto. – A tatuagem da Kayano é uma coroa de prata! Acima de prata está o ouro e abaixo está o bronze, que é marrom!

- O que você está insinuando? – Ele pergunta, parecendo irritado. Rio na cara dele, não estou com um humor estável.

- Não estou insinuando nada, estou afirmando. – Respondo, parando de rir. Nos encaramos desafiadoramente, até que eu volto a falar. – O Ryo sabe de algo e, se ele sabe, você também sabe.

O Karma dá um passo a frente, instintivamente eu recuo. Ele nota, pois continua a avançar, o ruivo só para quando estou encurralado entre ele e a parede.

- Não finja que está tão confiante. Se você tivesse tanta certeza, não falaria a sós comigo. – Ele diz, quero discutir com o Karma, mas, com essa proximidade, a única coisa que consigo fazer é ficar imóvel. O Karma pega na minha mão, entrelaçando nossos dedos.

- Você está me deixando louco, sabia? – Questiona o Karma, sem esperar para atacar meus lábios. Bato com as costas na parede, devido a intensidade do beijo. Descruzo nossos dedos e coloco minhas mãos atrás de seu pescoço, puxando-o para mais perto. Descolo nossas bocas apenas por um momento, para poder respirar.

- Não podemos fazer isso agora, temos que pensar num jeito de resgatar a Kayano. – Explico, arfando devido à falta de ar. Ele não está tão se folego quanto eu, o que me faz questionar quantas garotas ele já beijou.

- Como você quer que eu pense em algo para ajudar a Kay, quando você não sai da minha cabeça? – Ele pergunta, mal me dando tempo para processar sua frase antes de me beijar novamente. Começamos a vagar pelo quarto, sem separarmos o beijo. Acabo, novamente, encurralado, dessa vez entre o Karma e o armário. O impacto das minhas costas com o armário faz o mesmo sacudir, quase derrubo-o. Ele interrompe o beijo e pega uma caixa que caiu de cima do armário, por pouco que ela não atingiu o chão. Meu ruivo olha curioso para a caixa de papelão, o que também me deixa curioso.

- O que tem nessa caixa? – Digo, quando ele a põe sobre a cama.

- É o que vamos descobrir agora. – Ele responde, abrindo a caixa. Vou pro seu lado, para ver o que tem lá dentro.

- Essa caixa é da Aki? – Pergunto, vendo peças de roupas femininas, então não são do Karma.

- Não, essas roupas são da Miko. – Ele fala, tirando as roupas lá de dentro, elas são um pouco pequenas para a Kamiko.

- Meio pequenas, não acha? – Falo, sem intenção de ofender ninguém, só estou constatando um fato.

- São de quando ela tinha doze anos, eu guardei os pertences que ela não levou quando fugiu do país.

 

Karma

 

Ver os antigos pertences dela me trazem saudades, queria muito saber onde a Miko se meteu, quero saber o que aconteceu com ela depois daquela noite. Encontro uma folha de papel avulsa, eu nunca vi essa folha. Pego-a, quando viro, vejo a caligrafia da Miko, que parece ter escrito isso apressadamente. Sei que a Nagisa está curiosa, por isso leio em voz alta.

- Coloquei a carta na caixa de propósito, queria que você fosse o único a achá-la, ninguém mais pode encontrá-la. – Digo e paro, pensando se a Nagisa deve ouvir, decido que a Kamiko deve estar se referindo à outras pessoas. – Bom, sinceramente, espero que você nunca leia essa carta, porque, se estiver lendo, é porque não estou aí e eu não tenho como prever o motivo. Eu posso estar morta ou presa, onde estou agora não importa, não é por isso que fiz essa carta. Pelo bem da Kayano, e com a esperança de conseguir impedir o casamento, eu estou fazendo negócios com pessoas perigosas, cuja quais não se sabe quase nada. Eu não confio neles, mas eu tenho que ficar aqui. Pretendo espioná-los, tentar descobrir algo nesse tempo que vou ficar com eles. Vou esconder outra carta, ainda não sei aonde, mas será num local simbólico e escondido, não quero que as cartas caiam em mãos erradas. Por favor, não tire os olhos da Kay, se algo acontecer com ela, eu jamais vou me perdoar.

- Você sabe que eu não gosto da Kamiko, mas estou começando a suspeitar que algo muito ruim aconteceu com ela. – Conta a Nagisa, tenho a mesma sensação.

- Nós precisamos achar a outra carta. Ela estava lá dentro, deve ter descoberto várias coisas. – Afirmo, talvez a Miko seja a chave para desvendar os mistérios que cercam essa máfia.

- Se houver outra carta, não sabemos se ela conseguiu. – Rebate a Nagisa, sendo pessimista, não esperava uma atitude diferente.

- Nós precisamos tentar. – Digo, não vou desistir só porque as probabilidades são ruins. – Conheço dois locais onde a Miko pode ter escondido a outra carta.

- Vamos contar isso pros outros, depois nós vamos atrás dessa carta. – Fala a Nagi, parecendo disposta a me ajudar, o que é um grande alivio.

 

# Quebra de tempo #

 

Entro no apartamento, depois de ter saído para procurar a carta na antiga casa da Miko. Encontro todos reunidos na sala, inclusive a Nagisa, que foi no orfanato para ver se a carta estava lá.

- Encontrei a carta! – Nós exclamamos juntos, pelo visto a Miko conseguiu escrever duas cartas.

- Qual a gente lê primeiro? – Questiona a Nagisa, sento-me ao seu lado no sofá.

- Me dá logo isso. – Responde o Hibiki, tirando a carta da Nagi e a abrindo, em seguida começa a ler.

- Eles não gostam de falar perto de mim, sempre que chego perto de serpentes conversando, eles se calam. Mesmo eles falando muito pouco comigo, eu consegui descobrir várias coisas. Não importa aonde eu vá, sempre tem uma cobra no meu caminho. Se você der uma ordem para a cobra, ela obedecerá, como se te entendesse. Não sou um gênio em espécies de cobras, por isso só consegui reconhecer as cobras das espécies serpente-verde-do-sri-lanka e serpente-asiática-das-videiras. Descobri que os serpentes tem mais boates do que pensamos, uma, em especifica, só deixa entrar membros de sua própria máfia. – Narra o Hibiki e, em seguida, lê o endereço dessa boate.

- Depois nós vamos nessa boate. Vou ler a outra carta. – Digo, abrindo a minha, que é muito curta.

- Eles não vão cumprir com a palavra, soube que farão algo com a Kayano, mas não sei o que vai ser. Vou tentar ajudá-la, mas a chance deu fracassar é grande. Karma, se eu fracassar, talvez você seja a única esperança da Kay. Você não vai conseguir sozinho, eles são mais poderosos do que pensávamos. Com certeza você vai rir de mim, mas duas crianças podem te ajudar. Eles causaram prejuízos para os serpentes e, por causa disso, estão sendo perseguidos. Eles tem algo de especial, os dois não são normais. Não sei onde achá-los, mas, talvez, eles sejam a nossa última esperança. – Termino de ler, tenho a impressão de que todos pensaram a mesma coisa.

- Aquelas duas crianças! É deles que ela está falando! – Exclama a Yuna, pronunciando em voz alta nossos pensamentos.


Notas Finais


Karma: Nagi, gosta de poemas?

Nagisa: Gosto sim, por que Karma?

Karma: Eu te escreveria um poema, mas não consigo. Pois poetas pensam muito e eu só consigo pensar em você

Nagisa: Aaaawnt que fofo Karma! *Abraça*

Karma: Mereço um beijo?

Nagisa: Merece... *Beija Karma*

Karma: Nagi fofa ^-^

Nagisa: Ah, olha Karma, está chovendo ^-^

Karma: Eu amo chuva :3

Nagisa: Chuva é bom para ficar abraçadinho com o seu Karma, não é?

Karma: No meu caso é um Nagisa :3

Nagisa: *Cora*

Karma: Nagisa, por que não tentamos um abraço diferente? *Sorri malicioso*

Nagisa: C-Como assim K-Karma...?

Karma: Você sabe muito bem, não se faça de desentendida!

Nagisa: E-Eu acho que seria... Interessante... *Cora e fica parecendo um semáforo*

Karma: *Pega Nagi no colo*

Akiko: O que vão fazer?

Karma: Sabe que horas são?

Akiko: Hora do duelo?

Karma: Hora da limpeza! Pode começar a ajudar seu onii-chan a limpar a casa

Akiko: Baka nii-chan >:(

Karma: Sou mesmo! *Tranca a porta do quarto*

Co-autora: E foi issoooooo!
Espero que tenham gostadoooo :3
Fale se você prefere dias frios, quentes, chuvosos, nublados, etc...
Ficamos por aquiii
Bye bye :3


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