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História A Bastarda de Lily Potter - LIVRO 1 - 1x25


Escrita por: thaisdowattpad

Capítulo 25 - 1x25


Fanfic / Fanfiction A Bastarda de Lily Potter - LIVRO 1 - 1x25

Capítulo Vinte e Cinco
Primeira aula secreta. | parte 1

Logo depois da aula de Poções, Tori saiu apressada da sala e se encostou ao lado da porta. Ficou vendo aluno por aluno saindo, até avistar Fred e puxá-lo pelo braço para longe dali.

— Eu quero que me explique: por que ainda não foi procurar a Rita? — andou depressa e obrigou o menino a andar também.

— Ai, você está me machucando, Tori. Endoidou? — Fred reclamou — Eu esperei horas na Sala Comunal ontem à noite e nem sinal dela. Então hoje estava esperando o almoço para tentar de novo. Satisfeita? — livrou seu braço e o massageou.

— Viu que ela não estava na aula? — perguntou o óbvio.

— Sim. — assentiu.

— Angelina e Alicia me irritaram dizendo que eu não deveria ficar tão perto do senhor, por causa da Rita, que ela pode se chatear. Então eu disse à elas que não tem sentido nisso, porque o senhor é uma pessoa livre e pretende continuar. A Rita ouviu parte disso e se chateou. Agora não sei onde ela está e... — pausou para engolir um choro que tentou escapar — Procure ela, ok? Por favor, vai agora. Ela não merece isso! — suplicou.

— Mas e você? Parece estar chateada também e ainda está com a aparência péssima desde ontem... — Fred observou, ainda sem se mover do lugar.

— Vai logo, Frederico! — o empurrou por metade do caminho e depois o soltou — Vai... — pediu uma última vez.

Então Fred atendeu ao pedido dela e saiu apressado corredor à fora. Tori se encostou na parede e ficou tentando controlar sua respiração com os olhos fechados.

— Olha só, se não é o Elfo-Doméstico da Grifinória! — uma voz conhecida falou.

Ao abrir os olhos, Tori se assustou ao ver o rosto de Flint perto demais. Ela recuou e tentou seguir seu caminho, mas foi puxada pelo braço.

— O que foi? Você arma confusão em um dia, no outro quer fingir que nada aconteceu? — ele riu.

— Eu só quero ser deixada em paz! — Tori puxou seu braço com tamanha força.

— Você me fez ser banido do Quadribol até a próxima temporada. Então não... — o garoto falou, se aproximando outra vez — ...Eu não vou te deixar em paz! — continuou.

Irritada, a menina se afastou daquele lugar o mais rápido que pôde, a todo momento relutando contra seus sentimentos, que a estavam sufocando. Se manteve assim até parar em um corredor pouco movimentado e se encostar na parede, agora deixando o choro escapar.

Ficou assim por um bom tempo, até deixar o corpo escorregar e acabar sentada no chão, com parte do rosto virado para a parede. Chorou até sentir metade do aperto em seu peito diminuir, então secou o rosto com as mangas do suéter do uniforme e se levantou, também tirando o pó de sua roupa.

— Tori, você não deveria estar em aula? — uma voz conhecida a fez congelar no lugar.

— Professor Bangles... — soltou um risinho sem graça e se virou para encarar seu professor de DCAT.

— Andou chorando? — o adulto acabou mudando o rumo da conversa.

— Crise alérgica, mas eu vou ficar bem! — tentou sorrir, mas percebeu pela expressão do professor que aquilo havia saído horrível.

— Tem certeza de que não precisa visitar a Pomfrey? — perguntou.

— Sim, eu tenho certeza. Eu estou bem, professor, não se preocupe. — abaixou o olhar.

— Se você diz... Enfim, está mesmo confirmado sábado, não é? — Bangles trocou uns livros de braço.

— Sim, professor, e eu estou muito ansiosa! — assentiu Tori.

De repente, Bangles ficou esquisito e derrubou os livros, levando uma mão à cabeça e cochichando coisas que não dava para entender ou ouvir.

— Professor, o que foi? — a menina se aproximou de mansinho.

Ele não respondeu e continuou apertando a cabeça, como se algo ali estivesse doendo.

— Professor, quer que eu chame alguém? — preocupada, Tori estendeu sua mão e tocou o braço do homem.

No momento seguinte, Bangles se moveu depressa e segurou Tori pelos ombros, enquanto tremia e respirava de um jeito pesado.

— Eu estou bem... — respondeu com um esforço terrível — Nossa, eu acho que pirei por alguns segundos. Desculpe, finge que nada aconteceu. Eu estou bem! — riu e soltou a aluna devagar.

— Acho melhor procurar a Ala Hospitalar, por precaução. — massageou o lado esquerdo do ombro.

— Ótima ideia! — concordou Bangles, enquanto pegava seus livros do chão — Com licença. Ótimo dia! Muito ótimo dia! — saiu apressado dali.

Tori permaneceu parada no mesmo lugar, com milhões de dúvidas te fazendo companhia.

O que havia sido aquilo?

◾ ◾ ◾

No horário do almoço, Tori seguiu apressada para o Salão Principal. Ia comentar com os amigos o comportamento estranho do professor Bangles, que poderia estar doente ou algo do tipo.

Mas ao entrar no lugar, viu todos sentados juntos, inclusive Rita, que tinha uma expressão melhor, e Fred, que já não parecia mais estar sendo pressionado por alguém. Por um momento havia se esquecido que não estava falando com as meninas, até cair na real e ficar parada no meio do corredor das mesas, sem saber para onde ir.

Lino acabou vendo a amiga e acenou para tirá-la do aparente transe e faze-la ir logo para junto dele e dos amigos. Em vez disso, Tori desviou o olhar e passou reto do lugar que sempre costumava sentar. Acabou indo para o lado dos alunos mais velhos, parando perto do time.

— Oi... Eu posso sentar aqui? — Tori perguntou para Olívio, mas também encarando os outros alunos que estavam por perto.

— Que pergunta, Tori! — o garoto riu e deu um espaço para ela se sentar ao seu lado.

— Obrigada. — agradeceu e se acomodou, logo começando a se servir de várias tipos de comida.

— Por que não está com seus outros amigos? — Olívio puxou assunto, enquanto bebia um pouco de seu suco de abóbora.

— Briguinhas bobas. Mas tudo vai se resolver logo, eu acho... — não respondeu com tanta certeza.

— O que aconteceu? — deu uma olhadinha mais à diante na mesa.

— Deixa isso para lá, por favor. — Tori pediu, pois aquele assunto a machucava.

— Tudo bem. Hum... Tirando isso, você está bem? Não está com uma aparência muito boa, acho que deveria procurar a Ala Hospitalar, por via das dúvidas... — Olívio se preocupou.

— Me chamando de acabada na cara dura? Não acredito nisso, Olívio! — se fingiu de ofendida.

— Desculpe. — ele riu — E me desculpe também por meu excesso de proteção. Tem coisas sobre mim que você não sabe, mas que justificam isso tudo que eu faço por você, todo esse exagero meu. Qualquer hora eu te conto, mas aqui não dá, está cheio demais... — deu uma olhadinha discreta para os outros companheiras de mesa.

— Como quiser. Quando precisar contar alguma coisa, é só me chamar. Eu prometo não sair socando as pessoas, até porque eu nem devo alcançar o rosto de alguém! — riu e fez o garoto rir também.

— Que casal mais esquisito, credo. Um velho e uma pirralha! — Flint gritou de sua mesa e todos os seus companheiros riram disso.

Olívio fez menção em se levantar, mas Tori segurou seu braço com força.

— Olívio, não comece com isso de novo, por favor. Agora estou pedindo como Monitor Chefe, não como seu amigo! — Carlinhos falou, sério.

— Para você estar tão preocupado com quem Olívio está ou não, deve ter algum amor encubado por ele, não é mesmo? — Faith, uma das artilheiras da Grifinória, devolveu a provocação para o Sonserino.

Ela era o estereótipo de filmes americanos clichês: loira, magra, altura na medida certa, muito bonita. Mas o estereótipo acabava tendo seu diferencial quando ela preferia esportes bruxos, em vez de coisas mais delicadas "para meninas" cujo sempre foi cobrado por seus pais.

Com a provocação, todos do time urraram e riram alto, inclusive Tori. Flint não mais respondeu, simplesmente ficou encarando a Artilheira com um olhar esquisito, um sorriso misturado com muito ódio.

— Existem outras maneiras de colocar um idiota em seu devido lugar, sem ser socando. Conselho de amiga! — continuou Faith, dando uma piscadinha para Olívio e Tori.

— Eu sempre tentei ensinar isso ao Harry, mas na primeira oportunidade que ele teve, resolveu me defender de um boboca fazendo uma lata de lixo morder o traseiro dele. Não sei qual a dificuldade que garotos tem em debater! — Tori deu de ombros e pegou um pedacinho de frango, o levando direto para a boca.

— Olha quem fala, a menina que esmagou o pé do Flint com um pisão proposital só porque ele ofendeu alguém! — Carlinhos a lembrou e riu.

— Espera... Você bateu no Flint? — Erin, a outra artilheira, se empolgou com essa parte da conversa — Gostei de você, Tori! — fez um coração com as mãos.

Toda sua maquiagem e estilo dark não eram capazes de esconder sua aparência adorável. Tinha o cabelo castanho-escuro, assim como os olhos, e não era tão alta.

— Bom, foi no calor do momento... — Tori corou um pouco e riu.

O papo seguiu agradável até o fim do almoço, onde Tori teve de se despedir dos mais velhos e ir para o restante de suas aulas. Ela seguiu animada em direção à saída.

— Tori, por que não sentou com a gente? — Lino a surpreendeu ao lado de fora do Salão.

— Para evitar certas coisas. — desviou o olhar quando viu as meninas passando por ali — Mas não se preocupe, que isso não inclui o senhor! — sorriu.

— Me sinto lisonjeado. — Lino mexeu em sua gravata fazendo graça — Se te serve como consolo: eu preferia nosso antigo grupo, o quarteto. Não é ser falso e nem nada, mas muita gente tem tendência de virar confusão mesmo, eu sempre desconfiei disso... — continuou.

— Sabe que às vezes também sinto falta? Mas gosto das meninas, apesar de tudo. Não quero excluir ninguém! — suspirou, tristonha.

— E aí, qual o assunto? — Fred surgiu e jogou o peso de seu corpo em um abraço lateral entre Lino e Tori.

— Tori está acuada por causa das meninas. — Lino foi logo direto ao assunto.

— Mentira! — negou Tori, lançando um olhar mortal.

— E concorda comigo que nosso quarteto faz falta! — o menino insistiu.

— Lino Jordan! — reclamou, segurando o braço que pesava em seus ombros.

— O que eu fiz? — se fez de desentendido, rindo um pouco.

— Estamos os quatro de acordo com isso! — Jorge apareceu ali também — Acho que ficar com as meninas no café da manhã, aulas, tempos livres, almoço, jantar, biblioteca e Sala Comunal está se tornando um exagero! — falou.

— Sem falar que elas estão tirando a liberdade da Tori por uma coisa que não tem nada a ver. — Fred também se manifestou.

— Meninos, lembrem-se que eu quase morri para juntar os senhores... — a expressão de Tori se tornou murcha.

— Isso é verdade. — os três meninos concordaram juntos.

— Mas é chato você se afastar de nós três por causa delas. Tem que ter algum jeito de resolver isso... — Lino comentou.

— E tem. — Tori sorriu toda misteriosa e sussurrou para os amigos — Lembram da casa que encontrei no túnel do Salgueiro Lutador? Se explorarmos e estiver totalmente vazia de monstros, pode ser uma espécie de clubinho só nosso! — se empolgou.

— É uma boa. Temos o Mapa do Maroto e você tem o feitiço para acalmar o Salgueiro. E eu e Fred somos ótimos visitando a cozinha! — Jorge apontou para si e para o irmão.

— É arriscado. Mas é melhor isso, do que eu ser culpada pelo fim da amizade de alguém. Só quero meus verdadeiros amigos de volta! — a menina puxou Jorge para se juntar a eles em uma abraço lateral meio desajeitado.

Os quatro amigos ficaram assim por alguns segundos, até alguém surgir para interrompê-los.

— Vocês não vão para a aula? — Rita surgiu no campo de visão assim que todos se afastaram.

Angelina e Alicia estavam um pouco mais à diante, conversando sobre algo aleatório.

— Não se esqueçam de agir naturalmente. — Tori sussurrou para os meninos, entre os dentes.

— Sim, estamos indo! — Fred falou, começando a caminhar, sendo seguido pelo irmão e amigo.

— Você não vem, Tori? — Rita também perguntou para ela, estranhando que ainda estivesse parada no mesmo lugar.

— Vou num lugar antes. Chego na sala daqui à pouco! — a menina avisou e se virou, saindo apressada em uma direção oposta.

Acabou subindo as escadas e parando em um andar aleatório, onde caminhou apressada e distraída. Só parou quando esbarrou a lateral do corpo em alguém.

— Cuidado por onde anda, menina! — uma voz desconhecida reclamou com certa rigidez.

Assim que ergueu o rosto para ver de quem se tratava, Tori concluiu ser mesmo um desconhecido.

Era um homem alto, elegante, o cabelo tão claro que parecia branco e estava amarrado em um rabo de cavalo baixo, além de segurar algo que parecia ser uma bengala mesmo se este não parecia ser velho o suficiente para isso. Mas o que mais chamou sua atenção foram os olhos cinzentos e rudes a encarando com visível desprezo.

— Desculpa, senhor, eu não o vi aí. — se desculpou.

— Seu rosto não me é estranho... — a mediu dos pés à cabeça.

— Tori Evans, filha de Tiago e Lily Potter, ao seu dispor! — pegou nas barras da saia e fez um cumprimento de dama, só para fazer graça.

O homem pareceu não se abalar com aquilo. Muito pelo contrário, sua expressão se contorceu mais ainda.

— Mestiça... — nem disfarçou seu desgosto ao dizer aquilo.

— E o senhor, quem é? O que faz aqui? É algum funcionário novo? — Tori o encheu de perguntas.

— Lúcio Malfoy. — o homem se apresentou, como se a falta de informação da menina o ofendesse.

— Malf... — tentou pronunciar o sobrenome, mas acabou deixando um risinho escapar.

— Está com algum problema? — elevou um pouco a voz.

— Só uma piadinha interna, senhor Malfoy. — explicou — Mal foi e já voltou. Malfoi, entendeu? Malfoy-Malfoi... — voltou a rir.

— Tori, não recomendo que fale com esse tipo de pessoa! — Carlinhos apareceu de repente, com a expressão não muito amigável.

Tori não entendeu aquilo.

— Ora, ora, ora, o que temos aqui? Cabelos ruivos, roupas mal acabadas... Um Weasley, certo? — Lúcio trocou sua bengala de mão e analisou o garoto.

Sua pose de desdém começava a afligir Tori, que acabou indo para perto do amigo em uma tentativa de se livrar daquela energia tão ruim.

— Antes um Weasley, do que um Malfoy. Minha família não tem metade do que a sua tem em dinheiro, mas ultrapassa na dignidade! — rebateu Carlinhos.

— Entendo seu ressentimento, não se preocupe... — a adulto soltou um riso breve e frio — Enquanto ao Arthur? Muito trabalho no Ministério, não é mesmo? Ele precisa, caso queira alimentar todos vocês, sendo que nem assim consegue! — provocou.

— Eu tenho muito orgulho do meu pai, que sempre foi homem suficiente de assumir todos os seus erros, todas as suas coisas. Ao contrário de certas pessoas, que fingiram estar enfeitiçadas para se livrar da ida certa para Azkaban! — o rosto do garoto ficou um pouco vermelho de raiva — Seu Lord não vai ficar muito orgulhoso caso volte, já pensou nisso? — conseguiu sorrir.

Aquilo pareceu atingir Lúcio, que moveu sua mão livre discretamente até a bengala. Tori se assustou com a possibilidade dele usar aquilo para bater em Carlinhos.

— Meninos, vocês deveriam estar em aula, correto? — Dumbledore apareceu, acabando com o clima pesado.

— Já estamos indo, professor Dumbledore. Mande lembranças à família, senhor Malfoy! — Carlinhos ainda falou, antes de arrastar Tori consigo para longe dali.

Os dois seguiram até o primeiro andar, onde pararam apenas ao chegar perto da porta da sala de História da Magia, a aula que a menina deveria estar assistindo há alguns minutos.

— Quem é esse tal de Lúcio Malfoy? — Tori perguntou, se encostando na parede e cruzando os braços.

— A pior espécie de bruxo. Que acham que dinheiro e poder estão acima de tudo, que se acham os melhores por ter mais! — contorceu um pouco sua expressão.

— E tem mais dele? — quis saber.

— Pode não acreditar, mas ele conseguiu uma esposa. E tem uma filha e um filho, que devem ser exatamente iguais à ele! — Carlinhos revirou os olhos.

— Ou não. Os Dursley são de um jeito, Harry e eu somos de outro. Quem tem personalidade não se suja junto com os outros! — falou, jogando uma mecha do cabelo para trás.

— Você parece ter personalidade, mas se suja indo no embalo dos meus irmãos, que amam aprontar! — riu e jogou o peso do corpo para um lado só.

— Acredite, eles podem aprontar bastante, mas são mais inteligentes do que eu e tem um potencial que te deixaria bobo se soubesse! — Tori defendeu os amigos e sorriu.

— Se você diz... Bom, vou indo, pois tenho treino daqui a pouco. Vamos precisar de muito... — suspirou o garoto, sendo visível a falta que o goleiro do time iria fazer.

— Boa sorte. Ah, e não liga para as coisas que aquele boboca falou sobre sua família. Os senhores são os melhores, independente do que um ignorante falar! — se afastou da parede e deu uns tapinhas nas costas dele.

— Obrigada, Tori. Você sabe que já é muito especial para minha família. Isso foi demonstrado quando minha mãe fez para você o típico suéter que costuma fazer para os filhos! — Carlinhos sorriu.

— Fico muito feliz em saber disso! — o rosto da menina se iluminou.

Carlinhos acenou, pouco antes de se afastar e sair dali. Tori bateu na porta e pediu permissão para entrar, sendo logo concedida.

◾ ◾ ◾

A semana seguiu ainda com Tori sem ficar muito com os amigos por conta da discussão com as meninas. Aproveitou esse meio tempo para ficar um pouco mais com o time de Quadribol, que pareciam não se importar com diferenças de idade.

No sábado, Tori engoliu seu jantar muito rápido, alegando ter umas coisas para fazer antes de dormir. Então saiu apressada do Salão Principal logo depois que viu o professor Bangles também saindo.

O encontrou algum tempo depois, com uma mão encostada na parede e o corpo inclinado. Ele parecia tremer e outra vez falava coisas que não dava para entender.

— Professor, quer que eu chame alguém? — Tori se revelou ali, mas com um pouco de medo de se aproximar muito.

Mas Bangles não respondeu e continuou na mesma posição, onde parecia sentir alguma dor ou fazer grande esforço.

— Professor? — com um pouco mais de coragem, a menina se aproximou e tocou as costas do homem.

Aquilo pareceu servir como incentivo, pois o professor virou rapidamente e pegou o braço da menina com certa força. Tori prendeu a respiração e ficou paralisada de susto.

— Me desculpa. — voltou a normal no segundo seguinte, soltando o braço da menina — Hum... Podemos ir? Podemos? — passou as mãos trêmulas pela testa suada.

Tori não respondeu, pois ainda estava chocada com aquilo.

— Espera, você mudou de idéia? Ah, que pena... — a decepção chegou ao rosto de Bangles.

— Não, mas é claro que não mudei de idéia! — negou rapidamente, mesmo se um pouco insegura.

— Isso é bom. — o adulto sorriu — Então vamos para sua primeira aula secreta? — sussurrou muito animado.

— Claro! — Tori tentou sorrir com a mesma empolgação.

O professor saiu andando logo depois, sendo acompanhado pela menina. Tori ainda olhou para trás, por onde sentiu vontade de correr, antes de desistir de sua covardia e apressar os passos para alcançar o adulto.

Mas Bangles acabou mudando o caminho, agora indo para os Terrenos de Hogwarts em vez da Torre de Astronomia, o que causou mais estranhamento ainda.

— Por que não estamos indo para a Torre de Astronomia? — perguntou, olhando mais uma vez para trás.

— Por falta de espaço para a aula que eu preparei. Espero que não se importe... — explicou Bangles.

— Não me importo não, professor. — negou Tori, ao mesmo tempo que pegava sua varinha e a segurava discretamente.

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