Sammy Wilkinson POVS
Acordei de ressaca, e no sofá. Me desvencilhei das duas garotas que estavam sobre mim, e subi para o meu quarto para me banhar. Como sempre, Isadora mostraria a porta da casa para as meninas.
Adentrei o box, e tomei um longo banho. Porra, que ressaca horrível. Terminei o meu banho, e me enrolei em uma toalha. Encarei o chapéu e as pantufas de Amanda sobre a minha cama, e suspirei.
Me enfiei em uma roupa, calcei meu sapato e desci até o andar debaixo para tomar café da manhã, como toda as manhãs acontecia.
Adentrei a cozinha, e preparei meu café da manhã, enquanto Isadora me encarava, quase me queimando com os seus olhos.
— O que foi? — Pergunto.
— Você está bem? — Ela pergunta. Eu havia contado para ela o que tinha acontecido ontem.
— Vou ficar. — Respondo, e termino de fazer meu café da manhã.
— Eu sei que você está mal porque está brigado com ela. Ela é muito importante para você. — Ela fala.
— Isa, não quero falar sobre isso, por favor. — Falo, e me sento para comer.
— Só não estrague as coisas com ela. — Ela responde, me dá um beijo na bochecha e se levanta.
(...)
Chego na escola, e logo avisto Amanda conversando com Alex, sorrindo de orelha a orelha, e logo riu de alguma coisa que ele falou.
Meu sangue ferve. Fiquei indeciso entre ir até eles ou desviar e ir para a minha sala, mas a minha raiva falou mais alto.
— Amanda, posso falar com você? — Pergunto, e ela não me encara. — Amanda. — Falo, mais uma vez e ela não se vira pra mim.
— Ele está te incomodando? — Alex, pergunta e me encara, desejo poder fuzila-lo.
— Sim, ele está. — Amanda, responde e bufa.
— Porra, Amanda, será que você poderia deixar de ser infantil e falar comigo como um ser humano normal e parar de se esconder atrás do Alex? — Pergunto, e ela se vira pra mim.
— O que você quer, Samuel? — Ela pergunta.
— Conversar? — Digo óbvio.
— Acho que já conversamos o bastante ontem. — Ela diz, e se vira para o Alex, torrando o resto de paciência que eu ainda tinha. Viro-a para mim.
— Você pode me escutar? — Pergunto.
— Já escutei o bastante ontem, também. — Ela responde, e se vira para o Alex, novamente.
Viro-a na minha direção, e Alex me empurra.
— Ela não quer papo com você, seu idiota. — Alex, diz.
— Não se intrometa onde não foi chamado. — Falo, e o empurro de volta.
— Parem vocês dois! — Amanda, fala alto.
— Eu me intrometo onde eu quiser, ainda mais quando for algo relacionado a você. — Alex, diz. — Não quero que mais alguém seja vítima sua. — Ele responde, e soco o rosto dele com força.
Amanda se aproxima de mim, e chuta o meio das minhas pernas, com força. Caio no chão, com dor e Isadora aparece do nada, e dá um tapa na cara da Amanda tão forte, que o tapa ecoa pelo corredor.
— Não importa se você é minha amiga, não importa quem você seja, ninguém encosta no meu primo! — Isadora, fala autoritária, enquanto eu me contorço de dor no chão.
— Você ficou doida? — Amanda, pergunta.
— Não, eu estou muito bem. — Isadora, responde. — Você quem ficou doida de encostar o dedo no meu primo. Eu amo você, Amanda, você é muito importante pra mim, mas a partir do momento que você encosta no Sammy, ou até no Nate, eu irei revidar. — Ela diz.
— Você por acaso sabe o que aconteceu ontem? Sabe o que ele fez, agora? — Ela pergunta, e Nate aparece.
— Sim, eu sei, Sammy me conta tudo, e sei o que vocês estavam conversando agora, vocês não são muito silenciosos, sabia? — Ela pergunta. — Os dois estão errados, os dois são idiotas, mas você ficou mais errada ainda quando bateu nele. — Ela fala, apontando o dedo no rosto dela. — Sei que também estou errada em bater em você, mas eu não me importo com quem eu vá perder, eu irei proteger meus primos com unhas e dentes, pense nisso antes de encostar um mísero dedinho neles. — Ela diz, e se vira pra mim.
Emma, Victoria, Anna, Bella, Nash, Cameron e Wileni aparecem, completamente confusos. Nate e Isadora me ajudam a levantar e me arrastam para a enfermaria. Porra, levar um chute no saco doía.
(...)
Uma semana depois.
Amanda e eu ficamos de mal por uma semana. Sinceramente? Pareciamos duas crianças birrentas. Nesse meio tempo, ela se aproximou muito de Alex, o que me deixava enciumado. Ela havia se resolvido com a Isadora, e agora as duas estavam mais amigas do que antes.
Hoje era sábado e Isadora havia me arrastando para um parque de diversões, o que era bem entediante.
Fui em uma barraquinha de tiro ao alvo, e consegui o maior urso da barraca, mal dava para carregar. Logo após isso, encontramos Alex, Amanda, Victoria, Bella, Cameron, Wileni, Emma, Charles, Nash e Anna.
Amanda ficava encarando o meu ursinho toda hora, e isso me fez sorrir. Ela era louca por ursinhos de pelúcia. Comecei a aperta-lo e brincar com ele para provoca-la, e ela bateu o pé e fingiu estar interessada na conversa de Isadora e Emma. Podíamos estar brigados, mas eu já estava cansado daquela briguinha e implicar com ela seria divertido.
— Ele não é fofinho? — Perguntei pra ela, e abracei o ursinho.
— Não. — Ela respondeu brava, e eu sorri.
— Você quer abraçar? — Pergunto, e estendo o ursinho na direção dela. Os olhinhos dela brilham.
— Não. — Ela responde, e suspira.
— Isso foi verdade? — Pergunto.
— Sim. — Ela respondeu.
— Você quer ele pra você? — Pergunto.
— Não quero nada de você. — Ela responde.
— Amanda, me abrace. — Faço voizinha com o ursinho e balanço os bracinhos dele.
— Para, Sammy. — Ela responde, e vejo que tenta esconder um sorriso.
— Dá um abraço em mim. — Falo, fazendo voizinha e me aproximando mais dela.
— Não vou abraçar você. — Ela fala pro ursinho. — Quer dizer, não vou abraçar ele. — Diz pra mim, e aponta para a pelúcia.
— Me sinto tão sozinho. — Falo, com a voizinha de novo e Amanda arranca o ursinho dos meus braços e o abraça.
— Você quer ele pra você? — Pergunto, sorrindo.
— Quero. — Ela responde, apertando com força a pelúcia.
— Com uma condição. — Falo.
— Qual? — Ela responde, e beija o ursinho.
— Vai na roda gigante comigo. — Peço.
— O Bob pode ir? — Ela pergunta.
— Quem diabos é Bob? — Pergunto.
— O ursinho. — Ela fala, óbvia.
— Ok, ele pode ir. — Falo, e a puxo pela mão.
— Onde você vai? — Isadora, pergunta.
— Na roda gigante com a Amanda. — Respondo.
— Vocês não estavam brigados? — Ela pergunta, confusa.
— Ela não consegue resistir ao meu charme. — Falo, sorrindo de orelha a orelha.
— Idiota. — Amanda diz, sorrindo e me empurra de leve. — Iremos conversar sobre isso depois.
— Nash, eu, Cameron, Wileni, Emma e Charles também vamos. — Anna, fala.
— Parece um programa para casais. — Victoria, diz. — Mas no caso da Amanda, teria que ser o Alex. — Ela diz, e eu fecho a cara. Amanda sorri. Alex sorri, e eu sinto vontade de vomitar.
— A gente fica brigado por uma semana e você já arranja um namorado? — Pergunto.
— Alex e eu somos só amigos, Vic está brincando. — Ela fala, sorrindo. — Vamos logo. — Diz, e me puxa.
— Amigos, mas só por enquanto. — Bella, diz sorrindo.
— Amanda e Alex? — Pergunto, e sorrio. — Nem por cima do meu cadáver. Nem que a vaca tussa. Nem que o sol pare de nascer, ou a lua fique quadrada.
— Sammy, você está com ciúmes ou é impressão minha? — Wileni, pergunta.
— Caralho, vamos logo pra essa roda gigante. — Falo, e puxo Amanda até o brinquedo.
— Alguém está apaixonado. — Wileni, sussurra pra mim. Amanda está distraída demais com o ursinho pra prestar atenção em alguma coisa que não seja ele.
— Alguém está sonhando muito alto. — Respondo, enquanto Cameron saí para falar com o maquinista.
— Alguém não quer admitir que está apaixonado. — Ela sussurra de volta.
— Alguém está enchendo o meu saco. — Falo.
— Alguém é um pé no saco. — Leni, sussurra e nós rimos, logo Cameron chega. Eu gostava da Leni, ela era legal.
Chegou a nossa vez na roda gigante, e eu logo entrei na cabine e me sentei. Amanda se sentou ao meu lado, e colocou o ursinho sentado na nossa frente, como se fosse o nosso filho. Quando chegamos ao topo, eu quase não acreditei no que vi, o sol estava se pondo e ficava tão lindo visto dali de cima. De repente a roda gigante para, e ficamos presos lá em cima.
— Você por acaso vai se declarar pra mim? — Eu não. — Respondo. — Você não viu o Cameron falando com o maquinista? Foi ideia dele.
— Estava distraída demais com o Bob. — Ela responde. — Isso é romântico. — Ela diz, e deita a cabeça no meu ombro.
— Existe uma lenda para as pessoas que fazem juras de amor ao pôr do sol. — Falo, e ela enlaca sua mão na minha. — Se você se declarar pra uma pessoa ao pôr do sol, o amor de vocês irá renascer todos os dias ao pôr do sol, e vocês se amaram enquanto o sol se pôr. — Falo.
— Sério? — Pergunto.
— Não, eu acabei de inventar isso. — Falo, e dou de ombros.
— Não sabia que você era romântico. — Amanda, diz sorrindo.
— Há muitas coisas que você não sabe sobre mim, ruivinha. — Falo, sorrindo.
— Ok, já que estamos nesse clima de juramentos, quero fazer um. — Ela fala, sorrindo. — Quero que prometa pra mim que sempre estará ao meu lado, e prometo que sempre estarei ao seu.
— Não importa o que aconteça. — Falo.
— Enquanto o sol se pôr. — Ela completa, sorrindo e eu beijo o topo da sua cabeça. — Parece que estamos fazendo juras de amor. — Brinco.
— Quem sabe um dia. — Ela diz e sorri, meu coração se acelera de uma forma inexplicável.
— Sério? — Pergunto, com um frio estranho na barriga.
— Não. — Ela diz, e ri. — Eu estava apenas brincando.
Observo seu sorriso, e tenho vontade de sorrir. Será que Leni estava certa?
Não, ela estava errada. Eu não sou de me apaixonar.
Mas então porque eu sinto que estou tão errado em relação a isso?
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