Capítulo 29 – Fail (Parte 2)
[POV Liam]
- Alô? Liam?
- E ai Harry, tudo bem? Como foi a audiência? Já estão com o Freddie?
- Calma meu filho! – Ele riu do outro lado da linha – Respondendo na ordem: sim, está tudo bem; a audiência foi normal, só a Briana que se enrolou toda quando a advogada a interrogou, enfim, quando vocês voltarem de viagem a gente conta melhor e não, ainda não estamos com o Freddie, eles vão interrogar o Louis na sexta dai vão decidir como fica a guarda. E por falar em bebês, como está o plano?
- Então, foi por isso que eu te liguei, nós estamos a caminho do orfanato, vamos nos passar por um casal e tentar adotar a Olivia, ou pelo menos conversar com as freiras de lá.
- Espera, quem vai com você?
- Eu e a Gigi, nós vamos...
- VOCÊ E QUEM? – Seu tom de voz se alterou numa velocidade incrível ao ouvir as quatro letrinhas.
- Olha, eu sei que você não gosta dela mas a Kendall tem que ir ao evento do ensaio fotográfico e o Za... Yn também vai lá – Minha voz também se alterou ao lembrar-se da nossa briga.
- O que houve com a sua voz?
- Nada, eu... Engasguei com a saliva. E por favor, não fique chateado comigo, a Gigi tá ajudando pra caramba e não se esqueça de que foi ela quem descobriu sobre o orfanato. Tenha um pouco mais de fé nela.
- Eu sei, é só que... Ela não me inspira confiança, sei lá.
- Eu entendo, eu pensava isso da Kendall e agora estamos nos dando bem, ela é muito legal e engraçada e a Gigi também. Mas isso é assunto pra outra hora, eu preciso ir.
- Tudo bem, boa sorte e por favor, nos mande mensagem, se possível.
- Pode deixar, vou deixar vocês atentos sobre qualquer coisa. Tchau.
- Tchau e Liam?
- Sim?
- Cuide da minha filha, eu te imploro.
- Nem precisa pedir Hazz. Não se preocupe, ela está em boas mãos.
x-LS-x
- Buon pomeriggio, volevo sapere alcune informazioni*. – Gigi falou com um sotaque estranho, talvez quisesse se passar por uma local.
*[N/A: “Boa tarde, eu queria saber uma informação” em italiano].
- Scusi, a senhora é americana? – A freira baixinha e de feições redondas perguntou, parecia confusa.
- Ah sim... Eu sou e meu namorado é inglês – Respondeu sem graça – Meu nome é Lucy Winters e esse é... – Ela travou – Esqueci seu nome – Ela sussurrou entre os dentes para mim.
- John Cleyton, prazer. – Cumprimentei a senhora ainda rindo em pensamento com o nome estupido que eu tinha inventado.
- Prazer, sou a freira Paola e acredito o porquê vieram aqui.
- Sim, nós queremos saber como fazemos para adotar um bebê daqui. – Estava com um sorriso falso no rosto que nem a mim convencia mas convenceu a freirinha.
- Ah sim, para isso vocês têm que falar com a madre superiora, ela é quem cuida das adoções, venham comigo.
Nós a seguimos pelos corredores rústicos e bonitos, pelo menos o babaca do Simon não colocou a menina em um mau lugar, até poderia pensar por um momento que ele tinha um bom coração.
- Onde você acha que ela pode estar? – Gigi cochichava bem perto do meu ouvido para a senhora não ouvir.
- Será que é uma dessas salas aqui? – Apontei rapidamente para uma toda decorada com desenhos infantis.
- Não, essa está escrito “bambini piccoli”, que significa “crianças pequenas”, os bebes devem ficar no maternal ou sei lá. Alias, pensei que meu italiano não estive tão enferrujado, passei a maior vergonha.
- Á proposito, que raio de sotaque você estava tentando fazer?
- O que disseram? – A freira parou de repente.
- Nada! – Respondemos como crianças que são pegas comendo doce escondido.
Enfim chegamos á sala da madre, uma sala quase toda de mogno e bem brilhante.
- Madre? Esse casal quer falar com a senhora.
- Ah sim, pode entrar anjinhos. – Nós sentamos amedrontados, não me sentia bem mentindo para freiras – Sou a Madre Agostina. O que desejam?
- Bom madre, nós estamos casados há um tempo e bom, eu não posso ter filhos, infelizmente Deus não me concedeu essa graça – Gigi fingia tão bem que eu me perguntava por que ela era modelo e não atriz – Mas ainda sim nós queremos muito ter um filho e pensamos em adotar e então paramos nesse lindo orfanato, com tantas crianças esperando para terem um lar amoroso.
- Isso é tão bonito, vocês devem ser um casal tão apaixonado, eu sinto isso. – Eu olhava incrédulo para ela e para a madre, que estava com os olhos marejados. – E bom, vocês tem alguma preferencia?
- Nós gostaríamos de adotar uma menina recém-nascida, para poder aproveitar cada fase – Expliquei.
- Ah sim, vou leva-los ao maternal.
Seguimos dessa vez para o nosso local de desejo, ainda mais ansiosos e preocupados para não sermos descobertos. Ao chegarmos lá, vimos vários bebês de diferentes etnias e idades.
- Bom, podem ficar a vontade. – Nós agradecemos e a madre se retirou.
- Qual delas é a Olivia? – A loira perguntou.
- O Louis disse que ela tem o olho azul, boquinha bem vermelha e uma pinta na sola do pé direito.
Olhamos cada criança com essas características mas nenhuma tinha a dita pinta. Estávamos quase desistindo quando uma menina enrolada em uma manta amarela clara começou a chorar e foi quase como um chamado do destino. Quando olhamos o pezinho dela lá estava; ela tinha a pinta.
- Olivia! – Hadid chamou baixinho tentando não se emocionar e ela parou de chorar num instante, nos observando quietinha. – O titio Liam e a titia Gigi vão te tirar daqui. – Ela se virou para mim – Chame a madre para dar entrada na papelada. Liam?
- Não vamos assinar papel nenhum. Vamos tira-la daqui, agora. – Sentenciei serio.
- Você não pode estar falando serio...
- Nunca estive tão serio, não vamos mantê-la nesse lugar por mais nenhum minuto, vai saber o que ela passou até chegar aqui e a falta que ela sente dos pais dela. Gigi, eu vi meus amigos lidam com essa merda por todos esses anos, vi eles esconderem essa gravidez, vi eles sofrerem com o sequestro e eu prometi á eles que eu não ia sair daqui sem ela. E eu vou fazer.
- Liam, não podemos simplesmente rouba-la, temos que seguir as regras...
- Foda-se as regras! – Sussurrei com raiva – Eu estou de saco cheio de seguir regras, foi por segui-las que estou infeliz... – Me contive quando notei que quase estava contando sobre minha relação com Zayn – E outra, não estamos roubando ela, só pegando o que é nosso de volta. E então, vai me ajudar ou não?
Ela hesitou por um instante, olhou pra os dois lados e quando viu que não tinha ninguém concordou com a cabeça e nós rapidamente enrolamos a menina, saindo de fininho com ela em meu colo.
Mas mal viramos na curva e demos de cara com a Agostina.
- O que estão fazendo? – Paramos assustados.
- Senhora, a gente pode explicar...
- Não tem explicações, devolvam a criança e saiam daqui agora ou eu chamo a policia, rapitori!
- NÃO PELO AMOR DE DEUS, NÃO FAÇA ISSO – Gigi se desesperou.
Ela arrancou Olivia de meus braços e deu a uma outra freira de olhos verdes claros, que ficou nos olhando enquanto Agostina nos expulsava gritando “rapitori, rapitori!”.
- Madre, por favor nos deixe explicar, nos não íamos fazer mal á ela, essa criança foi sequestrada, ela é filha do nosso amigo Louis Tomlinson! Pode procurar! – Gritei.
- Nós não somos sequestradores, por favor, nos deixem leva-la!
Mas não teve jeito, logo nós dois estávamos do lado de fora do local.
- Vou lhe conceder o poder da absolvição para que possam se arrepender, como manda o Criador, mas se voltarem aqui vou denuncia-los a policia! – Ela fechou o portão pesado de madeira.
- AI MERDA EU ESTRAGUEI TUDO! QUE MERDA, MERDA, MIL VEZES MERDA! – Berrei o mais forte que pude, chutando uma pedra.
- Calma Liam. – Hadid tentou me confortar.
- Calma nada, eu ferrei com tudo, eu devia ter seguido com o plano, mas não, o Sr. Espertão teve que inventar essa ideia de jerico! COMO EU SOU BURRO!
- Olha, vamos voltar para o hotel e tentar pensar em alguma outra coisa mas vamos pegar a Olivia sim, custe o que custar.
Nós voltamos para o carro e antes de dar a partida, Gigi me encurralou.
- Liam, quando você disse sobre ser infeliz por seguir regras... O que você quis dizer com isso?
- Você quer mesmo saber? – Ela ficou me encarando.
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