1. Spirit Fanfics >
  2. A Bela e a Fera >
  3. Prisioneiro

História A Bela e a Fera - Prisioneiro


Escrita por: marinamo

Capítulo 28 - Prisioneiro


Fanfic / Fanfiction A Bela e a Fera - Prisioneiro

Capítulo 4 – Prisioneiro

                Jungkook e Taehyung estavam se aproximando do castelo real, escondidos pela manta da noite. Taehyung estava ficando irritado com os comentários de Jungkook.

-              Você sempre foi assim tão carrancudo? – zombou o homem.

Taehyung revidou, sarcástico:

-              Não. Só desde que minha mulher tomou uma flechada e quase morreu...

-              É bom lembrar que a flecha não era destinada à ela. – Jungkook alfinetou.

-              Ah, sim. Nesse caso, minha carranca se justifica, pois minha única companhia neste momento é o homem que tentou me matar com uma flecha.

-              Ora, pois! E você queria que eu fizesse o quê? Você era uma fera que estava ameaçando a segurança da minha garota!

-              Sua garota?! – Taehyung trincou o maxilar, fuzilando o outro com o olhar.

-              Naquela época era eu quem a cortejava, e ela seria minha se alguém não a tivesse sequestrado! – Jungkook se exaltou e quase perdeu o equilíbrio do cavalo.

-              Eu não a sequestrei! Ela se ofereceu para ficar no lugar de Maurice!

-              Bem, você sequestrou Maurice!

                Taehyung sabia que ele estava certo, o que aumentou ainda mais sua raiva:

-              Ora, seu...

                A discussão teria continuado se ambos não tivessem escutado um barulho de portões se abrindo e o burburinho de homens conversando. Estavam quase em frente um dos portões laterais do castelo do rei Victor, que dava diretamente nos alojamentos do guardas e também no calabouço onde prisioneiros mais importantes ficavam aguardando julgamento.

-              Não diga o seu nome em hipótese alguma. Fique quieto e siga a minha deixa. – sussurrou Jungkook, enquanto eles se aproximavam dos guardas. – Boa noite, homens.

                Um dos guardas se aproximou, deu uma examinada em Taehyung e disse:

-              Boa noite, monsieur Jeon Jungkook, posso ajudá-lo?

                Taehyung se lembrou de que Jungkook tinha estado no castelo à serviço do rei durante alguns meses, o que justificava o fato de o guarda reconhecê-lo.

-              Estou aqui como um favor pessoal ao Rei Victor. Este é... hum... monsieur Lee. – ele abaixou a voz e completou: - Ele está comigo, veio ajudar no caso de Park Jimin.

                O guarda fez uma cara de compreensão e empalideceu.

-              Ah... Entendido, senhor. Vou liberar a entrada dos senhores.

-              Ah, outra coisa. Tudo deve ser mantido em total discrição. – Jungkook enfatizou as últimas palavras, e o guarda fez uma mesura e mandou os outros guardas liberarem a passagem para os dois.

                Eles ficaram em silêncio enquanto desciam dos cavalos e Jungkook guiava o caminho até o calabouço, utilizando-se da mesma explicação ao pedir entrada para os guardas das masmorras.

                Um deles os levou até uma cela muito escura nos fundos de um corredor com várias outras celas, todas vazias. Naquela, porém, havia um homem que estava sentado no chão, com um dos tornozelos preso em uma corrente que saía da parede. Quando o guarda abriu a cela e Jungkook entrou com Taehyung atrás e uma lamparina nas mãos, o homem levantou a cabeça para fitá-los. O guarda engoliu em seco, pareceu suar frio e fechou a cela. Aparentemente, todos tinham medo de Jimin.

-              Como vai, Jimin? – cumprimentou Jungkook, com cautela.

                O prisioneiro, imundo da cabeça aos pés descalços, esboçou um sorriso sádico e respondeu:

-              Ora, ora. Veio bater mais papo furado? Quem é o seu amiguinho?

                Jungkook manteve distância.

-              Um colega. Como está seu pulso?

                Taehyung percebeu que Jimin tinha um dos pulsos enfaixado com um pano muito sujo de sangue seco.

-              Por que não diz o que quer logo? – Jimin retrucou, ríspido.

                Se dirigindo à Taehyung, Jungkook disse:

-              Jimin tem um doença do sangue. Ele demora muito mais tempo do que as outras pessoas para parar de sangrar quando se machuca.

                O prisioneiro bufou, impaciente. Taehyung, porém, já sabia onde Jungkook queria chegar.

-              Ele agrediu um guarda e se feriu, e eu estava encarregado de interrogá-lo nessa hora e vi quando aconteceu. É uma doença familiar raríssima, entende. Transmitida pelo pai, desde que a mãe também tenha isso na história da família, segundo a curandeira do castelo. E, bom, umas semanas atrás eu estava jogando cartas com o rei Victor e a corte. O rei acabou se cortando após derrubar uma taça de vinho.

                Jimin deu um sorriso cínico e comentou:

-              Olha só, que menino esperto.

-              O grão-duque Sir Kim Sung-Ho tentou ajudá-lo antes da criadagem chegar e acabou se cortando também.

-              Já sei onde você quer chegar. – respondeu Taehyung. – Mas isso não importa, eu já falei. Só quero encontrar...

-              Eu sei. – Jungkook completou. – Eu também. Mas escute. Sir Kim não parava de sangrar nunca. A curandeira teve muito trabalho para estancar o sangue da mão dele.

-              Então você percebeu que eu não era bastardo do rei. E daí? Acaba dando na mesma porcaria. – disse Jimin.

-              Ah, não dá na mesma porcaria não. Fiquei curioso, e resolvi perguntar por aí sobre os boatos de sua paternidade. A questão é que: acabei descobrindo que, tempos atrás, havia uma cortesã que servia ao rei. Ninguém parecia saber mais sobre ela, apenas que tinha desaparecido carregando um bebê dentro de si, e eram apenas boatos.

                Park Jimin começou a endurecer a expressão. Estavam falando da mãe dele.

-              Por que você não volta pra sua namoradinha estúpida, hem? Como era mesmo o nome dela? Reagan. Ah, é mesmo, ela escolheu outro homem... Estava doida pra abrir as pernas, não é? Que foi, não deu conta do recado?

                Taehyung reagiu na mesma hora e avançou na intenção de espancá-lo vigorosamente, o rosto roxo de ódio. Jungkook o segurou.

-              É o que ele quer! Pare com isso!

                Depois de alguns minutos, Taehyung conseguiu se controlar e cuspiu aos pés de Jimin, que começou a rir.

-              Ah, não vá me dizer que é esse aí? E ele está esfregando tudo na sua cara? Haha!

-              Cale a boca! – dessa vez, Jungkook gritou. – Escuta só, seu palhaço imundo. Se você não colaborar com as informações de que precisamos, vamos te levar de volta pra sua mamãe.

                O prisioneiro ficou calado e sua expressão virou pedra.

-              Isso mesmo. – disse Jungkook. – E todo mundo sabe que quem entra lá, não sai mais. Nem o filhinho da mamãe.

*

A Feiticeira Branca estava amarrada dos pés à cabeça em uma cadeira de madeira. Sangue escorria pela sua boca, misturado com um líquido marrom muito escuro que cheirava a esgoto.

-              Eu já te disse. – sua voz era fraca e pouco audível. – Os dois dividem a maldição que você lançou no bebê. Me solte, por favor... Não há como desfazer isso.

-              COMO? Como você enfraqueceu a maldição? Ela é inquebrável, infalível! Tenho certeza.

-              Sacrifício... Sacrifício da mãe do rapaz. Eu já falei, por favor, me deixe ir...

                O veneno corroía as veias da Feiticeira Branca, deixando-a drogada e propensa a falar demais. Mas Ji-Soo dera uma quantidade muito maior do que deveria à mulher, e agora ela estava à beira de perder a consciência, talvez para sempre.

-              A mãe se sacrificou? Foi assim que enfraqueceram a maldição?

-              Foi... Por que com o sacrifício da mãe, foi possível dividir sua maldição em duas pessoas, enfraquecendo-a e tornando-a quebrável, desde que ambos compartilhassem um laço forte o suficiente.

-              E essa garota é a segunda pessoa? RESPONDA! – a necromante gritou, pois a outra estava novamente em um estado catatônico.

-              Sim, é ela...

-              Mas ela pode acordar?

-              A maldição, após dividida entre duas pessoas, foi debilitada, amortecida. Esse foi o intuito do meu feitiço... Ninguém dorme para sempre, apenas dorme até que alguém quebre a maldição...

-              E como alguém conseguiria quebrá-la? – ela sacudiu a Feiticeira Branca, que vomitou mais um pouco de gosma marrom.

-              Do jeito tradicional. – a mulher respondeu, e perdeu a consciência após mais uma sacudida da outra, que verificou seu pulso e constatou que ela não estava morta. Ainda.


Notas Finais


geeeeeeente se pronunciem plmdds


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...