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História A Burguesa E O Plebeu - Park Jimin - Confronto


Escrita por: Miaya

Notas do Autor


Mds quem é ela postando com essa rapidez? kkkkk estou escrevendo o último capítulo e tô tão ansiosa pra postar logo, acho que finalmente senti que devo terminar essa estória e parar de ficar procrastinando. 🥺

BOA LEITURA ♡

Capítulo 48 - Confronto


Park Jimin P.O.V

Sábado 15h30pm

Apartamento do Park Jimin

Saeri foi embora e no instante seguinte eu fechei a porta querendo esquecer o que tinha acabado de acontecer aqui, desejava acordar e perceber que tudo não passou de um pesadelo.

Não conseguia respirar corretamente, sentia a ansiedade tomando meu corpo e me tirando do próprio controle dos meus sentimentos e emoções. Ainda estava na frente da porta, segurando a maçaneta e de costas para minha namorada, não sabia como iria olhar para ela depois dessa situação. 

Estou morrendo de vergonha, ela provavelmente ouviu tudo, é inteligente e deve ter conectado Lee a história que lhe contei. E o pior de tudo, minha mãe estava envolvida e apoiava esse absurdo.

No momento em que a mulher citou minha mãe não pude desconfiar, ela detesta a ____ e faria o possível para tentar nos separar, mesmo que para isso tivesse que me jogar nas garras da pior pessoa que eu tive o desprazer de conhecer. 

— Me desculpa por te e-envergonhar desse jeito… - Pedi sendo corroído pelo constrangimento. — E obrigado por ter se exposto assim para me defender. - Não tinha coragem de olhar para ela, sentia que havia lhe causado um desgosto irreparável.

Choi é rica, vêm de uma família excepcional que se respeitam e se amam, nunca em toda sua vida deve ter presenciado uma situação tão baixa quanto essa. Os Chois exalam classe e elegância, mesmo eu que me esforço para não ser mal educado ou dizer coisas erradas que possam me envergonhar na frente deles, sinto que não estamos no mesmo patamar. 

Depois do que aconteceu hoje acredito que nunca vou conseguir minimamente me igualar e estar à altura da ____.

Queria fugir, me esconder e chorar, aparecer apenas depois que minha namorada tivesse esquecido o que acabou de ver aqui. No entanto, mesmo que eu me sinta um lixo, um grão de poeira na imensidão que ela é, sei que a garota não me enxerga dessa forma.

Seus dedos gelados se fecharam em meu pulso e ela me fez virar de frente para si, permaneci cabisbaixo então ela me abraçou apertado, ficando na ponta dos pés e me puxando para mais perto.

— Estou orgulhosa do homem que você é Jimin, não poderia ter escolhido alguém melhor para compartilhar a vida. - Sua voz suave e carinhosa me atingiu em cheio, os dedos delicados em meu cabelo foi o estopim para a primeira lágrima rolar. — Eu disse que ia te proteger, basta você deixar que eu resolvo isso. - Ela não cogitou em nenhum momento que Saeri estivesse dizendo a verdade ou desconfiou de mim, isso me comoveu de uma forma que não pude controlar. 

Lembro de cada detalhe do dia que me abri pela primeira vez com ela sobre isso, ____ ficou extremamente brava, disse que iria atrás de Saeri e acabaria com ela, iria me revelar ao mundo e mostrar o que a mulher havia perdido. Não duvido que teria feito isso naquela época, menos ainda hoje, apenas não fez pois eu a impedi e agora está pedindo novamente minha permissão. 

Confesso que senti vontade de deixar que fizesse o que queria, sei do poder que tem e que provavelmente acabaria com aquela mulher em um piscar de olhos, ao ponto dela nunca conseguir voltar a se recompor pelo resto da vida. No entanto, mesmo que Soobin não seja meu filho, ele é apenas uma criança que precisa da mãe, não posso fazer nada para dificultar mais a vida daquele garoto.

— Me desculpa, minha mãe não tinha esse direito… 

— Tudo bem… já entendi que ela me odeia, melhor eu começar a aceitar isso. - O tom doloroso da minha garota pareceu me rasgar o peito, me afastei rapidamente e sequei os olhos, não quero que ela pense desse jeito.

— Ela não te odeia, a culpa é minha, eu fiz drama e deixei que pensasse que você me fazia mal, quando ela entender que tudo era um engano vai nos aceitar.

— Não vai Jimin-ah, ela é sua mãe e sabe que eu realmente te fiz muito mal, as mães são assim, ela já tem essa visão sobre mim e não vai mudar. Se tem uma culpada sou eu, não se preocupe… - ____ deslizou o dedo suavemente por meu rosto secando as lágrimas, eu podia estar tentando me enganar mas não queria aceitar que as duas mulheres mais importantes na minha vida não se aceitavam. 

— Vamos viajar, vamos pra minha casa, eu quero te apresentar aos meus pais do jeito certo, te mostrar de onde eu venho e quem eu realmente sou. - Em uma coisa Saeri não mentiu, eu tentava colocar uma máscara para me encaixar nesse mundo.

— Eu sei quem você realmente é e te amo exatamente assim, quero conhecer sua cidade, claro. Quero conhecer tudo sobre você e quero que me apresente para todo mundo, mas agora não é o momento Jimin. 

Sua maturidade destoava com a garota completamente inconsequente que era, sou extremamente apaixonado nessa mulher, se pudesse desejar uma coisa além de viver todos os meus dias ao seu lado, era que tivéssemos uma vida tranquila para que pudéssemos aproveitar apenas as melhores coisas juntos.

Sexta Feira 14h00pm

Empresa Waho Corporation (Elevador)

Alguns dias sem passam e não houve mais nenhum sinal de Saeri, o que não me alivia pois sei que seu silêncio é apenas um momento de calmaria antes da tempestade que ela planeja causar em minha vida. 

Minha namorada esteve ocupada durante a semana toda, está planejando junto com a empresa sua volta para mídia, para faculdade e finalmente ter uma vida normal na medida do possível. 

Estou feliz por ela, sei como os últimos tempos foram difíceis e agora que acreditamos finalmente poder respirar em paz uma nova fonte de angústia apareceu para nos assombrar. 

Desde que tudo aconteceu e meus pais voltaram para nossa cidade eles passaram a ser mais protetores comigo, não houve um dia que deixaram de me ligar e se preocuparem como estou. 

No entanto, nessa última semana passei a evitá-los, não atendi suas chamadas ou respondi qualquer mensagem, estou extremamente decepcionado com minha mãe mas sei que provavelmente meu pai não tem nada a ver com suas atitudes. 

Pensando nisso resolvi que deveria ligar para ele e explicar a situação, talvez o mesmo sequer saiba o que a esposa fez. 

Assim que o elevador abriu em meu andar caminhei apressado até minha sala, agora ocupo o cargo que está diretamente relacionado às queixas dos clientes e formulo uma solução baseado em meus conhecimentos em engenharia mecânica. Sou encarregado de enviar o resultado diretamente para o setor ao qual pertencia anteriormente, evitando que os profissionais responsáveis percam tempo tentando desvendar o problema nos veículos e se foquem em resolvê-los.

 

(Appa)

- Appa?

- Jimin? Jimin, que alívio meu filho! Por que não atendeu nossas ligações? Aconteceu alguma coisa?

- Oi pai, me desculpe por ter sumido essa semana. Infelizmente aconteceu sim, mas eu queria falar apenas com o Sr.

- Como assim? O que aconteceu? Estou começando a ficar preocupado…Você e a ____ brigaram?

- Não, nós estamos bem, não tem nada a ver com ela diretamente, mas também está afetando a ____…

- Me explica direito, não estou entendendo!

- Minha mãe está por perto? Preciso que esteja sozinho para te contar.

- Não, ela não está aqui, foi na casa da sua tia. Mas por que, o que ela não pode saber? Por acaso a Srta. ____ está grávida?

Apesar da situação, acabei rindo de meu pai, seu desespero revelou que pensava o motivo de meu sumiço ser uma possível gravidez da minha namorada. 

Lhe expliquei tudo, quem era Saeri, o que tinha feito a mim e como minha mãe havia lhe ajudado a me achar e tentar me separar da Choi com uma mentira sem cabimento. 

De início ele pareceu não acreditar, dizendo que minha mãe não seria capaz disso, depois revelou que a Lee esteve em nossa casa com o menino, mas ele saiu por achar que era uma amiga de minha mãe assim dando espaço para as duas. Pude notar em sua voz o desgosto e a vergonha pela situação.

Indo contra o que minha namorada decidiu, por achar que era o melhor a se fazer para resolver essa situação de uma vez por todas, meu pai e eu concordamos que deveríamos ir até minha cidade juntos para conversar com minha mãe e resolver todos esses mal entendidos. 

O resto da tarde trabalhei com afinco, tentando evitar pensamentos que me distraíssem, fazendo com que as horas passassem o mais rápido possível. 

Terminei meu turno e planejei a viagem para o dia seguinte, não gostaria de adiar para depois e em conversa por mensagem com a ____ soube que ela estaria livre. 

Evitei contar para ela pois sabia que iria se recusar a ir, então pedi que preparasse uma mala para passar o fim de semana comigo e quando chegasse lhe contaria sobre a ida até minha cidade. 

Sábado 10h00am

Condomínio dos Choi’s

Estava em frente ao condomínio da ____, havia alugado um carro e fui buscá-la em sua casa pois a viagem seria longa até minha cidade. Ela ainda não sabia de nada e só revelei que estava aqui quando a mesma disse que estava prestes a sair para ir ao meu apartamento. 

Vi ela saindo com uma mala pequena, com a máscara e o boné tentava evitar os flashes dos paparazzis, o que não adiantava muito. Queria ir até lá para ajudar a guardar suas coisas no porta malas, mas sei que o melhor é esperar. Ambos não gostamos dessa exposição imposta, mesmo que nosso relacionamento não fosse mais um segredo. 

— Não precisava ter vindo me buscar. - ____ entrou apressada, tirou a máscara e me deu um beijo rápido na bochecha, colocando o cinto em seguida.

— Estava com saudades…- Ela sorriu para mim, pegando minha mão sobre o colo e entrelaçando nossos dedos. — Mas também queria que a gente fosse em um lugar, e pra você não recusar achei melhor vir até aqui.

— Você é muito honesto Jimin. - Minha namorada começou a rir, achei que iria ficar brava comigo e me enganei. — Se é isso que quer então vamos. Seu pai me ligou, já sabia do seu plano desde ontem. 

Desculpa… - Sussurrei envergonhado. 

— Tudo bem, seja apenas um pouco mais honesto, sabe que não precisa esconder nada de mim. - A garota se inclinou sobre mim, dessa vez para depositar um selar em meus lábios.

— Sim, eu sei. 

Senti o frio na barriga de nervoso com sua aproximação, o sermão me deixou em um misto de vergonha e excitação e eu não queria aceitar isso, que ser submisso a figura autoritária da minha namorada me afetava de uma forma constrangedora. 

____ apoiou sua destra em minha coxa, a outra mão em minha nuca me puxou para perto e me beijou. 

Sua língua deslizou suavemente em meus lábios e eu cedi de imediato a capturando para mim. Nos beijamos com uma necessidade quase palpável, ambos tínhamos sentido a falta um do outro esses dias, era quase uma tortura ficar sequer um dia sem vê-la. 

A mão em minha coxa deslizou perigosamente até a virilha e meu corpo todo reagiu, senti o arrepio nas costas e fiquei em alerta. Ali não era o lugar adequado para isso, por mais que o carro tivesse os vidros bloqueados para a visão de quem está fora, ainda sentia como se estivéssemos sendo observados. 

Choi sorriu ao notar que eu havia ficado tenso, então se afastou com um selinho rápido.

— Vamos baby?

Sorri tímido negando com a cabeça, seu jeito ousado ainda conseguia me surpreender. 

— Vamos!

Sábado 13h00pm

Casa dos Park’s

A viagem realmente foi longa, mas com minha namorada do lado pareceu passar em um segundo. Ela cantou, falou sobre os pais, a volta para faculdade, sobre Jennie, a decisão da empresa em voltar com as atividades. Me fez perguntas sobre o trabalho e sobre meu pai. Passar um tempo com ela era saber que nunca ficaria entediado, eu amava isso.

Durante o trajeto senti emoções das mais variadas, em um momento estava emocionado a vendo feliz ao falar sobre como as coisas estavam entrando no eixo, e no instante seguinte queria parar o carro em qualquer lugar no mato para fuder. 

A garota me provocou o tempo todo, passou as mãos em mim e me beijou, só parou quando eu disse que era perigoso e ela notou que estava me distraindo da estrada.

Agora parados na frente de casa acabei perdendo a coragem de encarar minha mãe, depois do que ela fez sinto que não a reconheço mais. Tenho medo de como ela irá tratar a Choi.

— Amor, acho que a gente deveria enfrentar isso de uma vez, já viemos até aqui.

Aparentemente demorei muito tentando acalmar meu surto de nervosismo internamente desde que estacionei. Olhei para minha garota e me acalmei instantaneamente, ela parecia confiante e serena, não estava assustado como eu, mesmo sabendo que minha mãe não simpatizava consigo.

— Tem razão, vamos lá. - Respondi.

Saímos, toquei a campainha com ____ ao meu lado. Meu pai quem apareceu com um semblante neutro, rapidamente sorriu ao nos ver. Pude notar que ele parecia um pouco aflito, provavelmente estava preparando minha mãe nesse tempo.

— Bem vindos…Oi filho. - Ele abriu o portão e me abraçou quando entrei. — Como você está ____-ssi? - Também cumprimentou minha namorada com um singelo abraço, o que me surpreendeu.

— Estou bem, obrigada. E o Sr.?

— Vou levando, não é?! Que bom que vieram…vem, vamos entrar. 

O mais velho nos guiou para dentro da residência, estava ainda mais nervoso que antes e me sentia como um visitante em minha própria casa. Segurava a mão da ____ tentando passar confiança, quando na realidade ela quem estava fazendo isso por mim.

— Minhee, é o Jimin e a ____-ssi. - Anunciou o homem, sua voz vacilou no momento que disse o nome da garota. 

Minha mãe apareceu na sala com um pano de prato secando as mãos, ela nos observou em um silêncio interminável. Veio até mim e me analisou, se focando em minha mão segurando a da Choi.

— Oi meu filho, que bom que veio pra casa ver sua mãe. - Ela me abraçou apertado.

Tentei dizer algo, falar que estava feliz em estar com eles e que sentia sua falta, mas continuava tão chateado que emudeci desde que cheguei. O nervosismo e a apreensão também me travaram.

— Seja bem vinda Srta. Choi, fique a vontade. - Da maneira mais formal e fria possível ela se dirigiu a minha namorada. ____ sorria graciosamente, eu sabia o quanto estava se esforçando para ser simpática depois de tudo que minha mãe fez. 

— Muito obrigada por me receber, Sra. Park. Eu trouxe um presente para a Sra. - Nesse momento eu congelei, por que ela não me disse que tinha comprado algo para minha mãe? 

Entrei em desespero vendo a garota abrir a bolsa e tirar um embrulho de dentro, minha mãe poderia acabar rejeitando, se ofendendo, achar que ____ está sendo soberba ou acreditar que está tentando comprá-la com um presente, todas as possibilidades se passaram pela minha cabeça esperando o pior cenário. 

Ela entregou a pequena caixa e minha mãe aceitou relutante, parecia lutar contra si mesma mas pegou para não envergonhar meu pai e eu.

— Abre Minhee-ah, estou curioso. - O marido incentivou percebendo que ela não iria abrir. 

Sem muita vontade minha mãe desfez o laço e começou a desembrulhar o papel azul tiffany revelando uma delicada caixinha branca. Ela abriu e disfarçou a tempo, mas eu a conhecia há anos e notei que havia gostado.

— Quando vim aqui percebi as flores no jardim, achei que a Sra. gostava então pedi para fazerem um colar com elas, espero que goste. - Disse ____ com a voz simpática e calorosa.

Meu coração acelerou ao ponto de não achar possível mantê-lo dentro do peito. O presente era um colar dourado com o pingente em formato de camélia com pedrinhas rosa, que pela extravagância da minha namorada julgo ser diamantes. 

Ela fazia parecer como algo simples, mas provavelmente havia sido mais caro que o carro que nos trouxe até aqui. Um colar dessa forma personalizado especialmente para minha mãe, eu sequer poderia mensurar um preço. 

Tentei segurar a emoção, os olhos ardendo imploravam por lágrimas ao ver aquela cena. Choi preparou isso ontem, mesmo estando ocupada. Notou o jardim repleto de camélias no único dia que veio à minha casa e se atentou aos detalhes apesar da situação daquele dia. Ela é a pessoa mais especial que já conheci em toda minha vida, sua mudança a transformou em um ser de luz, bondosa, carinhosa e amável.

Minha emoção não se explica pela magnitude do presente mas por sua ação, pelo que ele significa e a intenção de minha namorada ao dar aquilo a minha mãe.

—  Muito gentil da sua parte. Eu gostei, obrigada. - ____ pareceu se alegrar com a resposta, porém não foi o que eu esperava. A mulher continuava sendo fria e hostil e essa não era sua personalidade, apenas queria ferir minha namorada. 

— É muito bonito _____-ssi, obrigado por ser tão boa para nossa família e se preocupar em trazer um presente a minha esposa. Jimin tem muita sorte em ter você na vida dele.

— Eu que tenho sorte de ter conhecido seu filho Sr. Park. 

Sorri involuntariamente olhando para minha garota, ela estava especialmente adorável hoje e apesar do conflito interno de preocupação e receio, consegui sentir ainda mais gratidão por ____ ser essa pessoa.

A abracei de lado e minha mãe pareceu se incomodar, olhou reprovando minha atitude e não demorou a se pronunciar, felizmente não sobre nós.

— Vão se sentar, vou servir o almoço daqui a pouco.

A mulher saiu apressada para a cozinha, o alívio imediato que me atingiu me deixou triste, nunca imaginei que a presença da minha própria mãe seria tão desconfortável ao ponto de perceber que não estava conseguindo respirar corretamente em sua presença, esperando o instante em que ela diria algo para magoar minha namorada.

— Vou lá ajudar ela, pode ficar a vontade _____-ssi. - Disse meu pai. A garota concordou com um sorriso e um aceno e ele saiu.

— Obrigada por estar sendo tão amigável com a minha mãe. E desculpa pela reação dela, ela adorou o presente. - Me virei para Choi e a segurei pela cintura trazendo-a para me abraçar.

— Eu sei que adorou, eu sou ótima em dar presentes você sabe disso. - Ironizou tentando quebrar o clima pesado do momento.

— E no que você não é ótima? - Indaguei retoricamente vendo minha menina abrir um sorriso lindo nos lábios.

Me inclinei lhe dando um beijo rápido, não queria que fossemos flagrados. Alcancei sua mão e a levei até a mesa para nos sentar. Em minha casa damos valor a ter refeições em família, o momento da comida é muito importante, ainda mais quando é minha mãe que está cozinhando. O fato dela ter convidado ____ indiretamente para almoçar me dá esperanças de que perceba como minha namorada é, e passe a aceitá-la.

— Sua casa é muito bonita, é fofa e aconchegante, tem cara de lar. - Ela olhava ao redor admirada, o que foi surpreendente. Nossa casa é pequena e humilde, nem se compara ao tipo de residência que ____ viveu durante toda sua vida.

— Obrigado. Minha mãe que cuida de tudo, meu pai e eu só ajudamos a limpar, ela odeia que a gente mexa nas coisas dela. - Rimos juntos. 

— Sabe, antes eu não gostava quando minha mãe cuidava da casa, eu falava que tínhamos empregados pra isso. Deve ser esse o motivo de eu nunca ter sentido que minha casa era meu lar. Talvez esse tempo todo fosse o lar deles e não o nosso. - Meu coração se apertou ao ouví-lá revelar isso. 

Desde que a garota decidiu mudar seu comportamento foram raras as vezes que ela falava como agia no passado, acredito que seja algo que queira esquecer então o fato de revelar algo assim pareceu extremamente importante.

— Talvez vocês duas possam transformar a casa de vocês em um lar, juntas. - Sugeri.

— Tem razão. - Ela sorriu para mim, apertando minha mão embaixo da mesa.

— Aqui está… - Meu pai apareceu com uma travessa em mãos, colocando sobre a mesa o refogado da minha mãe. 

— Nossa, o cheiro está ótimo. - Ressaltou  ____.

— Você tem que provar, é uma das comidas favoritas do Jimin. 

— Então eu quero aprender a receita e cozinhar para ele. - A garota ficou animada com a informação, ela sequer sabia fritar um ovo com dignidade.

— Meninas riquinhas como você não sabem nem acender um fogão. - Apareceu minha mão servindo o arroz e outros acompanhamentos. Sua fala infeliz foi como um soco em meu estômago, parece que com o clima envolvente que minha namorada tinha criado nesse meio tempo foi o suficiente para me tirar do alerta que estava mantendo.

Meu pai e eu olhamos para as duas, o sorriso da ____ foi se apagando aos poucos mas ela segurou mantendo o semblante amigável. Naquele momento eu quis surtar, gritar com minha mãe e pedir para se desculpar pois o que disse foi muito rude, ela não conhece a Choi para especular coisas a seu respeito baseada em um estereótipo.

Me segurei, estava suando frio no momento que resolvi finalmente dizer algo.

— Ela não sabe cozinhar mesmo, mãe. ____ é boa em mil outras coisas, se a Sra. fizesse o esforço de minimamente conhecer ela ao invés de julgar saberia disso. - Rebati. Todos me olharam com espanto, provavelmente não esperavam que eu fosse tão direto. 

— Jimin… - ____ chamou por mim no intuito de me repreender.

— Eu julguei e acertei, talvez eu não precise conhecer alguém pra saber minimamente sobre a pessoa.  - Minha mãe retrucou, ela não iria aceitar que eu falasse consigo daquela forma e sabia disso, talvez o melhor fosse que eu continuasse quieto ou daria ainda mais oportunidade dela ser rude.

— Tudo bem…vamos sentar e conhecer a ____-ssi, ela é a nossa visita. - Meu pai tentou apaziguar, mas a mulher havia piorado seu humor. 

Nós servimos em silêncio, me adiantei em colocar a comida para minha namorada me atentando ao que ela não podia comer, mas ela negou, disse que faria sozinha. A garota parecia confortável em se servir com os olhares de minha mãe queimando sobre si, e por fim pegou de tudo um pouco mostrando que não tinha restrição a nada. 

O silêncio permaneceu, ninguém parecia ter nada a dizer e eu só me questionava se havia sido uma boa ideia ter vindo, e ainda por cima ter colocado ____ nessa situação. Até que por fim, alguém resolveu falar. 


Notas Finais


Eitaaa que mulherzinha difícil de agradar em, como o Jimin pode ser filho dela scr? Kkkkk

Espero que tenham gostado, comentários são bem vindos. ♡
Meu perfil: @Miaya
Até o próximo capítulo. ♡


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