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História A caminhada - A tenda dos mortos


Escrita por: ButterCat

Notas do Autor


Olá caro leitor

Espero que gostem do novo capítulo

Boa leitura a todos

Capítulo 2 - A tenda dos mortos


Fanfic / Fanfiction A caminhada - A tenda dos mortos

POV ROBERT

- Você acha que Dafyne e Lucas irão se adaptar a esse novo lugar, Robert? - perguntou minha esposa

-Claro que vão - disse tentando conforta-lá

-Você sabe que Lucas sempre teve problemas em fazer amigos Robert - disse ela enquanto encarava o lado de fora de nossa tenda

- Sim - Respondi - mas com tantas crianças da idade dele aqui acho que dessa vez ele pode fazer novos amigos sem dificuldades

Terminei de arrumar as últimas roupas no baú que se encontrava atrás de minha cama.Logo depois fui me deitar Já estava exausto, foram horas e horas de viagem

Hana havia saído para se despedir das crianças que se encontravam na tenda ao lado

Meu corpo estava suado pois estava muito calor. Então tirei minha blusa e calça ficando apenas de cueca

Alguns minutos depois Hana voltou e entrando na tenda levou um susto ao me ver na cama só de roupas íntimas

- Por favor Robert se vista - disse ela pegando minha calça e colocando na cama - e se alguém ou uma das crianças entrar aqui sem avisar

Estava cansado para uma discussão mas Hana sempre dava um jeito de fugir de momentos íntimos comigo ... então achei que aquela era a hora de colocar as cartas na mesa

-Porque não para de inventar desculpas? - disse levantando da cama -, porque não diz logo que não quer não gosta mais de mim?  

Nesse momento nossos rostos estavam muito próximos eu conseguia sentir sua respiração acelerada

- Robert por favor para, Porque você sempre transforma tudo em algo ruim? 

- Hana ... Porque você sempre quer ser a santa da história? a inocente? 

Peguei no seu braço e apertei seus olhos se enchiam de lágrimas. Ela sabia onde isso iria parar

- Robert me larga se não eu vou gritar !

- Pode gritar, mas só quero te avisar que vai ser seu último grito

- Você é louco ! eu só não fugo de você por causa das crianças seu retardado bipolar !!!

Ela puxou seu braço para baixo conseguindo se soltar e correu para fora da tenda

- Ei ... Você não vai fugir agora vai?

Ela continuou correndo até eu a perder de vista, pensei em ir atrás dela mas seria perda de tempo

Então decidi ir dormir. Peguei um livro e me debrucei na cama, precisava descansar

POV HANA

Depois de alguns instantes do lado de fora decidi dormir na tenda de Dafyne e Lucas

Limpei as lágrimas que escorriam em meu rosto

Entrei na tenda de meus filhos, os dois ainda estavam acordados

- Oi mãe - falaram juntos

- Oi queridos - falei -, posso dormir com vocês hoje?

- Claro - Disse Lucas 

Ele correu em minha direção e me abraçou como se pudesse sentir meu sofrimento

Dafyne já era mais velha e mais esperta ela sabia que tinha algo errado, mas não disse nada

Sem mais conversa deitei na cama de Lucas, depois de me aconchegar tentei esquecer tudo o que havia acontecido

Essa não era primeira vez que Robert e eu discutimos e provavelmente nem a última, essa não foi a pior discussão que tivemos, pois muitas das vezes eu saio machucada numa situação dessas, mas dessa vez corri antes que acontecesse

Eu conheci Robert a 8 anos, estava sem rumo ... vivendo de doações e morando de favor na casa de uma tia. E ainda tinha a Dafyne para criar, que na época só tinha 4 anos

Além disso ainda estava muito abalada pela morte do pai de Dafyne que morreu ao ser assaltado por um mísero celular. Ele era um homem bom carinhoso me amava e amava a Dafyne mas tudo isso acabou quando aquele bandido decidiu atirar nele

Então Robert apareceu, mesmo sendo um cafageste querendo tirar vantagem de mim ele sempre tratou Dafyne bem e isso era o que importava para mim

Dafyne não sabe que Robert não é seu verdadeiro pai e pretendo nunca contar isso a ela

Eu ainda não larguei o Robert pois as crianças gostam muito dele, também porque tenho certeza que na primeira oportunidade ele abandonaria Dafyne e até seu próprio filho de sangue, o Lucas

Fechei os olhos na tentativa de esquecer tudo, mas era difícil muito difícil. Senti Lucas me abraçar e isso me deu segurança, meus filhos eram acima de tudo minha segurança

POV DAFYNE

Havia acabado de acordar Lucas e minha mãe ja estavam de pé

Era nosso primeiro dia no abrigo

Nossa recepção não havia sido boa. Quando chegamos fomos guiados a uma tenda onde passamos por diversos exames e recebemos muitas perguntas estranhas

Eles nos examinaram nosso corpo todo, provavelmente procurando alguma mancha ou marca característica da infecção

Aqui é bem apertado e as vezes tem um cheiro de podre muito ruim que eu não sei de onde vem

Mas o importante é que estamos fora de perigo aqui

Poucos minutos depois fomos tomar café. Que se resumia em ficar um tempão numa fila esperando para comer bacon ovos e um suco de laranja mal preparados

Na minha frente na fila havia um garoto de cabelos pretos que percebi não parar de olhar para mim

Eu sou muito vergonhosa... mas como percebi que aquela podia ser minha única oportunidade de fazer um amigo naquele lugar decidi me apresentar

- Oi? Prazer .... Sou Dafyne Silverman. Qual seu nome? -

Estendi mão, ele me encarou por alguns segundos mas logo abriu um sorriso e me cumprimentou DD volta

- Asa Houdin 

- Então Dafyne está aqui a quanto tempo? 

- Cheguei ontem a noite e você?

- Cheguei a uns cincos dias

A fila continuava andando e eu e Asa não paravamos de falar, tínhamos muitas coisas em comum

Passamos o caminho da fila toda conversado e ele se sentou comigo na mesa do refeitório que era ao ar livre

- Então Asa cadê sua família? perguntei temendo ter sido um pouco evasiva

- Eu vim com meu pai - respondeu -, mas ele é um dos policiais de plantão então não passa muito tempo comigo

Eu fiquei com um pouco de pena do Asa ele praticamente estava sozinho

Depois de papo vai e papo vem se despedimos e voltamos para nossas tendas

Cheguei em  minha tenda acompanhada de Lucas minha mãe havia voltado a tenda dela que ficava ao lado da minha

Fiquei pensando em algo para fazer mas não encontrei nada

Nesse exato momento vi Asa do lado de fora de minha tenda me chamando gesticulando com as mãos

Olhei em volta Lucas estava na cama olhando pro teto da tenda então sem ele perceber fui até o Asa que estava me esperando

-O que você quer? 

-Eu preciso falar com você , é rápido

-Tudo bem, pode falar

-Não aqui 

Ele susurrava e olhava para os lados como se estivesse sendo perseguido, isso estava me incomodando

Questionei sobre deixar meu irmão sozinho ele deu a ideia de deixa-lo com um grupo de crianças da idade dele que brincavam ali perto

Aceitei, mas fiquei preocupada, meu irmão nunca foi sociável, mas para minha surpresa quando o levamos até as crianças ele acabou sedendo as brincadeiras

Depois disso Asa começou a andar em uma direção aleatória e eu o segui

Estávamos caminhando eu estava logo atrás do Asa ele então parou e sem dizer uma palavra apontou para uma grande tenda que estava bem longe do acampamento

- O que foi? Você me trouxe aqui para ver uma tenda? 

- Eu sei o que está acontecendo aqui

Não entendi o que ele queria dizer com isso mas diz ele se virar para mim, estávamos nos encarando

- Como assim?

- Meu pai fala sozinho no sono e ouvi ele falar sobre pessoas voltando a vida como criaturas do diabo que gostam de comer outras pessoas

- Mentiroso, idiota -, pare de brincar com esses tipos de coisas

Empurrei Asa e me virei caminhando com passos pesados de volta a minha tenda

Ele gritou comigo jurando que não estava mentindo, então perguntei o porque dele estar me contando aquilo

- Não sei

O encarei séria, na minha mente tudo aquilo não passava de uma brincadeira de garotos, não esperava isso Do Asa

- Ainda não acredito - falei

- eu posso te provar -, aqui tem uma tenda cheia de pessoas mortas e algumas não são... pessoas.

O olhei com deboche, ele ficou bravo e falou que me mostraria a tal tendas dos mortos quando anoitecesse.

Concordei com sua proposta e voltei para minha tenda sem me despedir dele

Havia anoitecido, Lucas havia dormindo.

Enquanto meus pensamentos estavam longe ouvi um barulho do lado de fora

Era Asa me chamando 

Com passos cuidadosos para não acordar o Lucas sai da tenda, Asa me encarava e eu o encarei de volta 

Se tudo aquilo fosse uma brincadeira dele eu ficaria eternamente brava

Ele sorriu para mim e me deu oi

- Oi - disse rude  -, agora cadê a tal da tenda dos mortos? - falei debochada

- Você ainda não acredita em mim né?

- Não

Andamos por alguns metros nenhum de nós falamos nada pelo caminho

Caminhamos até o mesmo local onde estavamos antes

Lucas se virou para mim fazendo sinal de silêncio e sussurrou que naquele horário não havia nem um policial cuidando da barraca

Fomos se aproximando da tenda que ficava um pouco afastada do refúgio

Asa tirou uma faca do bolso me fazendo o encarar e cortou uma parte da lona da tenda para podermos passar

Realmente Asa estava sem ninguém, meus pais nunca deixariam eu ter uma faca ou algo do tipo

Com um pouco de dificuldade ele cortou o suficiente da lona para podermos passar

Senti um cheiro forte de podre e ele abriu o espaço da lona que havia cortado

Naquele momento eu vi dezenas de corpos, meu coração parou, não sabia o que fazer

A primeira coisa que queria fazer era gritar mas meu estado de choque era tão grande que não consegui

Asa também parecia assustado mas com certeza não mais que eu

- Olhe todos tem um buraco na cabeça. Porque será? - perguntou ele

- Asa vamos sair daqui agora, preciso contar isso a minha família

- Não isso é um segredo meu e seu

- Asa ...

Antes que pudesse completar a frase senti algo tocanfo  minha perna em reflexo olhei para baixo e vi uns dos corpos mexendo a mão e segurando meu calcanhar

Gritei estericamente e Asa arregalou seus grandes olhos azuis ela parecia não entender o que estava acontecendo também

Ele correu me deixando sozinha, eu soltei minha perna das mãos daquela coisa que não era um corpo humano não parecia mais ser humano

Sem fôlego nós dois ainda tentávamos nos recuperar do susto

- Você está bem? - perguntou ele

- Se dependesse de você não né? - falei brava

- Desculpa 

- Deixa pra lá

- Será que ele vai sair? Pelo  buraco que fiz na lona?

- Não sei, acho que não - respondi sem pensar

Quando consegui me recuperar, perguntei ao Asa o que estava acontecendo e ele me disse que a doença que estava se espalhando era mais grave que nós pensávamosos

Voltamos para nossa tenda e ficamos preocupados se aquela criatura poderia sair pelo buraco na lona mas havia muitos corpos em cima dela ela não conseguiria sair, morreria antes de conseguir

Perguntei como Asa sabia da tenda e ele disse que o pai dele falava sobre tudo isso enquanto dormia 

Tentei assimilar tudo, e não é que se encaixou como um quebra cabeça os tanques os policiais, tudo 

Pensando nesse assunto cai no sono

DAFYNE !!!! ACORDA !!!! DAFYNE PRECISAMOS IR !!!! DAFYNE 

AHHHHHHH !!!!!


Notas Finais


Que trabalho deu editar esse capítulo ein

Espero que tenham gostado e até o próximo


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