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História A Clínica - Superando o Medo: Reencontrando o Agressor - Parte 1


Escrita por: MSabaku0206

Notas do Autor


Oi!

Boa leitura!

Capítulo 59 - Superando o Medo: Reencontrando o Agressor - Parte 1


Fanfic / Fanfiction A Clínica - Superando o Medo: Reencontrando o Agressor - Parte 1

Sakura Haruno:

 

Já faziam dois meses desde o dia do shopping, Kiba e eu íamos todos os dias encontrar os primos Hyuuga, aos poucos eles pareciam melhorar, era uma melhora lenta, mas crescente e eu estava muito feliz com os resultados, Hinata estava mais alegre e aberta, não parecia mais com tanto medo de tudo o que se aproximasse, porém ainda tínhamos um obstáculo bem grande a passar, o qual eu fazia questão de estar com a minha namorada: encontrar o pai dela.

Era quarta-feira, dia de visitas ao presídio, aguardávamos ansiosos, Hinata apertava minha mão com força e parecia ofegante, ela estava claramente com medo, Neji parecia um pouco mais calmo, na verdade ele parecia mais com raiva do que com medo, Kiba parecia bem preocupado com ele.

Finalmente chegou a hora, uma campainha soou, o portão se abriu e os presos começaram a entrar, Hinata segurou a respiração e apertou mais forte minha mão assim que um homem de cabelos castanhos e olhos iguais aos dela se aproximou de cabeça baixa.

 

- Não esperava sua visita. – o homem falou sentando-se à nossa frente, senti raiva ao olhar para o monstro que havia machucado minha Hina, minha vontade era de jogá-lo na parede e socá-lo até a inconsciência, mas não era isso o que estávamos buscando.

- O-olá otou-san. – Hinata cumprimentou com a voz baixa, como ela conseguia chamá-lo assim eu não sabia.

- Por que vieram? – o Hyuuga mais velho perguntou finalmente encarando-nos, como nenhum dos dois perolados respondeu decidi fazer a frente.

- Faz parte do tratamento deles, enfrentar de frente todos os medos. – respondi, recebendo a atenção do mais velho.

- E você quem é? – perguntou, entrelacei meus dedos com os da morena.

- Sou Sakura, a namorada da Hinata. – respondi e por incrível que pareça ele sorriu, mas não era um sorriso irônico, era um sorriso sincero, fraco, mas sincero.

- E você é o namorado do Neji? – perguntou, encarando Kiba, que assentiu.

- Sim, sou Kiba, o namorado do Neji. Algum problema com isso? – o Inuzuka inquiriu altivo.

- Não, claro que não, na verdade fico feliz. – suas palavras surpreenderam-nos, o mais velho suspirou – Eu... eu fui desprezível, os machuquei da pior forma, logo a vocês, quem eu deveria proteger, acho que nunca vou poder me perdoar por isso. Vocês podem não acreditar, mas eu realmente me arrependo, senti na pele logo após chegar aqui tudo pelo que os fiz passar e... – parecia realmente arrependido, seus olhos estavam marejados, impactei-me quando Hinata tocou sua mão.

- Eu te perdoo. – meus olhos, assim como de todos os outros presentes arregalaram-se em surpresa – Não adianta guardar mágoa, não é? O que passou não tem mais conserto, mas... pelo menos podemos seguir em frente. – eu não conseguia falar nada, estava surpresa não só por suas palavras, mas também por ela não ter gaguejado nenhuma vez sequer.

- Está de brincadeira, não é? Depois de tudo o que ele fez? – Neji pronunciou irritado, ela negou.

- Não Neji, eu falo sério, perdoar é sempre o melhor, além disso otou-san está arrependido... – foi interrompida pelo primo, que parecia ainda mais irritado.

- Perdoar é melhor? Não pode estar falando sério. Realmente acredita nisso? – Hinata nada disse – E você acha o que? Que eu devo perdoá-lo também, depois de tudo o que ele fez? Depois de ter acabado com a nossa infância e inocência da forma que fez? Depois de ter nos feito ir presos? Depois de ter... – ele parou por um segundo, sua voz agora estava chorosa e os olhos marejados – depois de ter me feito sentir como um lixo, um objeto usado e quebrado... Você realmente acredita nisso?

- Neji... – minha namorada tentou dizer algo, mas seu primo não deixou.

- Eu te protegi Hinata, fiz de tudo para que você não precisasse passar pelo que eu passei e agora... – ele desabou na cadeira, com as mãos no rosto, ela tocou seu braço, porém ele se afastou – NÃO! NÃO ME TOCA! Quer saber? Pode ficar com o seu paizinho, eu vou embora. – e com essas últimas palavras o garoto correu dali, Kiba foi atrás na mesma hora e a morena tentou segui-lo, no entanto eu não deixei, acho que Neji precisa de um tempo sozinho para refletir melhor.

- Acho melhor irmos. – sugeri, Hinata assentiu e se levantou.

- Bom... até outra hora. – a morena se despediu e o Hyuuga acenou com a cabeça. Fomos caladas de mãos dadas durante o caminho de volta, mas podia perceber que ela não estava bem e fungou com os olhos lacrimejantes.

- Hina... – chamei-a, puxando-a para um beco quando percebi as primeiras lágrimas caírem de seus olhos.

- Ele me odeia agora... Neji... – a abracei, tentando confortá-la.

- Isso não é verdade, você realmente acha que o garoto que foi capaz de se deixar abusar por sua causa é capaz de te odiar? Não, ele só precisa de tempo para organizar melhor as ideias. – afaguei seus cabelos, a mais nova fungou.

- Você viu o olhar dele? Era de decepção, ele nunca tinha me olhado daquela forma. – separei o abraço, colocando minhas duas mãos em seu rosto, forçando-a a fitar-me.

- Ele só precisa de tempo, ele vai entender, o importante é que você fez o que achou que era o certo. – assentiu.

- Eu sei que meu pai errou Sakura, mas... apesar de tudo ele ainda é o meu pai e está arrependido, minha mãe sempre disse que o melhor é perdoar e para falar a verdade, pela primeira vez em muito tempo eu me sinto... livre. Eu sinto que isso era o que faltava para que eu finalmente pudesse me libertar e começar tudo outra vez. – sorri, depositando um beijo em sua testa, limpando suas lágrimas.

- Eu sei, e te admiro por isso, você é mais forte do que pensa, eu não seria capaz de perdoá-lo. Eu te amo, minha princesa. – Hinata sorriu e me abraçou.

- Obrigada, Sakura. Obrigada por sempre me apoiar e me fazer sentir melhor do que eu sou. Eu te amo. – ela confessou, aproximando seu rosto do meu e tomando meus lábios, correspondi na mesma hora, invadindo sua boca com minha língua, estava tão feliz que mal cabia em mim, acho que minha Hina poderá seguir em frente e recomeçar, e eu estarei ao seu lado, juntas para todo o sempre. 


Notas Finais


Continua...


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