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História A Clínica - Haku


Escrita por: MSabaku0206

Notas do Autor


Oi!

Continuemos com a atualização da nossa história, hoje vou postar mais cinco capítulos.
Boa leitura!

Capítulo 6 - Haku


Fanfic / Fanfiction A Clínica - Haku

Naruto Uzumaki:

 

Passei o resto do dia pensando nas palavras do Uchiha. O que ele quis dizer com isso? Agora eu estou ainda mais curioso com a história dele, quero saber o que aconteceu assim de tão grave.

Chegamos no dia seguinte à clínica, Sakura dessa vez havia trazido lenços, pois sabia que provavelmente iria chorar.

Chegamos à sala, vendo-os conversando alegremente, com exceção do Uchiha irritante, que estava apenas de braços cruzados, quieto, observando-os.

Nos aproximamos e eles nos cumprimentaram, logo Shizune chegou e como sempre, eles lhe falaram como havia sido seu dia. No entanto, pela primeira vez eu percebi que o Uchiha nunca fala nada, ele apenas fica ouvindo e observando tudo, por mais que Shizune lhe pergunte, ele nunca fala nada.

Depois de muita conversa, a morena finalmente chegou naquela parte tensa do encontro, em que ela pergunta quem quer falar. Eles se entreolharam, até finalmente um levantar a mão e ela assentir.

 

- Boa tarde, meu nome é Haku, eu tenho 15 anos...

 

Flashback on:

 

Meus pais morreram quando eu tinha sete anos, e como eu não tinha mais nenhuma família, fui levado para um orfanato. Lá, eu conheci Zabuza, um rapaz de 17 anos, também órfão, o qual se tornou meu melhor amigo e protetor.

Quando Zabuza fez 18 anos e saiu do orfanato eu me senti perdido e deprimido. As outras crianças sempre mexiam comigo, dizendo que eu parecia uma garota, mas Zabuza sempre me protegia, agora eu não tinha mais ele, ele havia ido embora.

Seis meses depois, Zabuza foi até o orfanato e me visitou, eu fiquei extremamente feliz, mal podia acreditar.

Os anos foram se passando e ele sempre ia me visitar, eu me sentia feliz e pleno com sua presença, por saber que ele não havia se esquecido de mim, e com o tempo, percebi que havia me apaixonado por ele.

Fiquei com medo de lhe contar e acabei escondendo. Eu estava tão perdido e ao mesmo tempo deprimido, que acabei ficando doente, ele então foi me visitar. Nessa época, eu já tinha 13 anos e ele 23.

Quando ele chegou lá, eu estava com uma febre muito alta e delirando, em meio à minha inconsciência da alta temperatura acabei me declarando para ele, ele apenas cuidou de mim.

Uma semana depois, quando eu finalmente melhorei, ele me disse que eu havia me confessado para ele e me perguntou se era mesmo verdade. Eu estava assustado, tinha medo de perder sua amizade, ainda assim, disse a verdade, disse que estava apaixonado por ele, ele sorriu, afirmando que sentia o mesmo por mim, que também me amava. Eu fiquei tão feliz, parecia um sonho, um lindo sonho, meus sentimentos sendo correspondidos. Ele se aproximou e me beijou, eu me sentia nas nuvens.

Uma semana depois, quando eu havia me recuperado por completo, ele me levou para passear, com a autorização do orfanato, e me levou até a casa dele, onde me pediu em namoro e nós tivemos a nossa primeira vez. Foi tão lindo, ele foi tão carinhoso comigo. Eu estava extremamente feliz, ele disse que iria solicitar a minha guarda e que quando eu completasse 18 anos, nós iríamos nos casar, seríamos felizes para sempre, juntos. Mas as coisas não foram assim.

Uma semana depois, a diretora do orfanato se aposentou e um novo diretor foi colocado no lugar. O nome dele era Gatou e ele era um homem nojento de 48 anos, sem escrúpulos, o qual maltratava todas as crianças do orfanato. Assim que chegou, ele já começou a me perseguir, dizendo que eu parecia uma mulher e que tinha que ser tratado como uma.

Um dia, eu voltei da escola mais cedo, pois estava doente e não me sentia bem, Gatou foi até meu quarto, com mais três homens e disse que iria se divertir comigo. Eu me assustei e tentei fugir, mas dois sujeitos me seguraram, enquanto um outro tirava minhas roupas. Eu me senti envergonhado e assustado, logo eles me forçaram a deitar na cama, Gatou abriu as próprias calças e me penetrou, sem preparo algum.

Eu senti muita dor, ele foi muito bruto comigo, completamente diferente de Zabuza e eu não pude evitar chorar. Sentia meus braços serem apertados por aqueles homens, que lambiam o meu corpo e me forçavam a chupar o membro deles, enquanto Gatou me estocava, apertando as minhas pernas com as mãos, deixando visível os vergões, até que ele terminou, me mandou ficar calado, dizendo a seus homens que podiam fazer o que quisessem comigo.

Ele saiu do quarto e deixou os três homens lá, que passaram cerca de uma hora ainda abusando de mim, porém acabaram interrompidos, quando Zabuza chegou de surpresa, os pegando no ato. Ele havia ficado sabendo que eu havia ficado doente e foi me ver, quando chegou, viu o que estava acontecendo, arrancou aqueles homens de cima de mim e os covardes saíram correndo.

Zabuza me pegou nos braços e me cobriu, indo em direção à saída, dizendo que iria me levar a um hospital, porém foi cercado pelos homens de Gatou. Eles o agrediram, o obrigando a me soltar, eu caí no chão, meio tonto, vendo-os agredir violentamente Zabuza, com socos, chutes e até pauladas, até que o restante das crianças e dos responsáveis pelo orfanato chegaram e viram tudo.

Gatou e seus homens fugiram e eu me arrastei até Zabuza, ele sorriu para mim, sangrando muito e segurando em minha mão.

 

- Haku... eu amo você, nunca se esqueça disso. Eu te amo e vou continuar te amando... mesmo após a morte. – ele falou, eu senti as lágrimas quentes caindo mais grossas por meu rosto.

- Eu também te amo. Não fale isso, você vai ficar bem e nós vamos ficar juntos. – ele sorriu.

- Isso não é verdade e você sabe. Pode me dar um beijo, meu amor? – ele pediu, eu assenti, encostando meus lábios aos seus, sentindo sua mão amolecer, quando o olhei novamente, ele tinha os olhos abertos, sem vida. Ele havia morrido.

 

Eu me desesperei e me joguei em cima dele, chorando compulsivamente. Várias pessoas tentaram me tirar dali, mas não conseguiram, eu não largava seu corpo. Passei horas chorando abraçado ao corpo dele, até que finalmente conseguiram me tirar dali. Me levaram a um hospital e Zabuza foi enterrado. O Gatou fugiu e nunca foi encontrado.

Depois disso tudo, eu entrei em depressão, queria Zabuza comigo novamente, mas era impossível, ele estava morto. O novo diretor do orfanato ficou preocupado comigo e me trouxe três meses depois até essa clínica, hoje eu me sinto melhor, mas nunca consegui esquecer Zabuza e como ele mesmo disse, eu vou amá-lo para sempre, mesmo após a morte.

 

Flashback off

 

O garoto terminou de contar a história com os olhos cobertos de lágrimas e as mãos tremendo, uma garota então levantou e lhe entregou um copo de água, o qual ele tomou, sem deixar de tremer nenhum momento.

Olhei para meus amigos. Sakura e Lee novamente chorando e até Kiba estava emocionado com o estado do garoto. Eu também me senti abatido, aquela história era realmente triste e eu me senti mal pelo garoto.

Olhei para os lados e todos estavam emocionados, até o Uchiha, era a primeira vez que eu o via tão abalado, talvez ele tenha se lembrado da própria história, que eu já estou me corroendo de curiosidade para descobrir, porém teria que aguardar até a próxima semana, pois hoje era sexta-feira e eu só voltaria à clínica na segunda.

Olhei para os quatro garotos restantes, pensando que tipo de histórias eles teriam, se seria tão triste e grave quanto às que eu já tinha escutado.

Cheguei em casa, me sentindo cansado e triste. Essa tinha sido a semana mais difícil da minha vida. Eu me sentia deprimido, me sentia um fraco em relação àqueles garotos, eles haviam passado por coisas tão difíceis e ainda assim conseguiam sorrir. É claro, menos o Uchiha, aquele garoto é realmente irritante, mas por mais que eu pense isso dele, eu não consigo deixar de pensar que tipo de coisas ele passou. Porquê ele está internado na clínica? A minha cabeça gira e tudo o que eu quero é que chegue segunda-feira logo, para tirar todas as minhas dúvidas.

 


Notas Finais


Continua...


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