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História A Cold Secret - Imagine Kim taehyung - Liar


Escrita por: Koorea e Taerii

Notas do Autor


Oioi anjinhos! Tudo bem com vocês?
Demorei mas apareci, hein? inclusive, acredito que amanhã saia o capítulo de Prince (Jeon Jungkook).
De qualquer forma, espero que gostem desse capítulo, fiz com o maior carinho do mundo :)
Ah! Fiz algumas alterações no capítulo: A prévia que eu havia postado tinha o ponto de vista do Tae, mas, consertando algumas coisas, imaginei que o capítulo ficaria bem melhor apenas no ponto de vista da ____.
De qualquer forma, me digam o que acharam, ao final da leitura :)

Capítulo 7 - Liar


Não acreditei no que fiz até ter feito.

Depois do que Taehyung fizera com Lia e Ambert, era de se esperar que elas passassem algumas semanas quietas, mas, obviamente, não era esperado que elas perdoassem tudo aquilo. E de fato não haviam perdoado. Quando eu parei para pensar – depois de tudo o que ocorrera- percebi que o fato de Kim tê-las provocado poderia acarretar em problemas maiores para mim. Porém, talvez não, se eu devolvesse na mesma moeda.  Duas semanas depois, especificamente, as duas começaram a me provocar novamente: primeiro, alguns vestidos meus – alguns dos quais o príncipe havia me dado- apareceram recortados e rasgados em locais indecentes (na região onde ficariam meus seios e o meio de minhas pernas), depois eu levara reclamação de algumas cozinheiras por ter deixado a cozinha suja de lama, quando, na verdade, eu havia acabado de limpar tudo, e por último – que considerei a gota d´água e reconsiderei os princípios maléficos de Taehyung- foi quando eu estava lavando algumas das camisas brancas do príncipe e Ambert “sem querer” derrubou uma garrafa de vinho dentro do balde onde estavam todas as camisas. Senti meu cérebro ferver e, sem sequer parar para pensar, joguei o balde com roupa, água, sabão e vinho bem na cabeça dela e depois a larguei lá, para que limpasse tudo.

Somente depois que adentrei ao palácio, percebi o que eu havia feito. E, estranhamente, sentia uma alegria imensa dentro do peito. Lembrei da conversa que tive com ele e, diabos, mesmo supondo, ele acertara: “...não conseguiria fazer uma maldade como aquela”, eu disse. “Conseguiria, sim. Toda mulher consegue” ele me respondeu. E sim, havia sido uma maldade, mas eu o fiz. Não dei-me tempo para me culpar, apenas subi correndo as escadarias – queria contar para ele o que tinha feito. Era errado, mas eu sentia um orgulho naquilo. E minha dívida acabara de ser paga.

Corri até o escritório, onde ele sempre passava a manhã, mas Taehyung não estava. Não tinha o visto sair hoje, ele quase nunca saía. Só podia estar em seus aposentos, então. Corri novamente, atravessando as alas do palácio que agora parecia ser um pouco maior do que era. Quando cheguei à porta, sequer bati, apenas entrei com o maior entusiasmo que tive.

Mas Taehyung também não estava lá.

Senti uma pontada de tristeza percorrer meu corpo – ou talvez fosse apenas cansaço. Mas não era agradável de sentir. Chamei seu nome, mas o silêncio que estava, permaneceu. Sentei-me em sua cama, mesmo sem permissão. Talvez ele não gostasse disso, na verdade, já demonstrara que não gostava muito de criadas em seus aposentos, mas fazia tempo que não brigávamos e era por uma boa causa. Talvez ele desse uma risada.

Sem sequer me dar conta, olhei para uma pequena bancada que ficava em frente à cama e vi um amontoado de envelopes em cima dela. Estreitei os olhos e meu corpo inteiro revirou-se de curiosidade. Não, não e não. Lembrei a mim mesma que estava ali apenas para dar-lhe uma notícia e nada mais. Parei de olhar e me mexer por alguns minutos... e desisti. Olhei para o corredor, estava vazio, e então encostei a porta e corri até a bancada, haviam oito envelopes com assinaturas que eu não conhecia, mandadas de uma pessoa para outra e nenhuma delas era o príncipe Taehyung. Exceto uma. 

De vossa alteza, Príncipe Kim Taehyung, da província de Montpitton para Victor Borgov”

Não fazia ideia do que poderia haver ali e isso deixou-me ansiosa para abrir o envelope logo, mas congelei assim que ouvi uma voz vinda de trás do meu corpo e virei-me rapidamente, enfiando a carta na parte de trás de minha saia, onde havia um bolso, sem que ele pudesse ver.

- O que você está... – mal terminou a frase e eu caminhei em sua direção, mostrando as mãos, tentando indicar que não mexi em nada – uma mentira que eu esperava que ele acreditasse.

- Eu não estava mexendo... eu não estava... quero dizer... eu queria falar com você... eu...

- O que você estava...- tentou repetir a pergunta, mas tratei de cortá-lo novamente.

- Não lhe devo mais nada! – praticamente gritei. Taehyung levantou uma sobrancelha.

- Como é?

- Não lhe devo mais nada... Eu fiz o que me pediu... – a sobrancelha continuou arqueada- eu estava quieta, estava mesmo... na verdade, elas haviam parado de me perturbar, mas aí, de uns dias para cá elas voltaram, tentei me controlar como pude... mas eu estava no varal, ia estender suas roupas e Ambert esvaziou uma garrafa de um de seus vinhos dentro do balde... eu não sei o que me deu, mas senti tanta raiva, tanta raiva que apenas peguei o balde e joguei na cabeça dela, como você havia sugerido – falei sem pausas e Taehyung pareceu surpreso- me... perdoe... – seus olhos semicerraram- digo – deixei a voz firme-, me perdoe por suas camisas brancas... eu tenho certeza que ela vai consertar a burrada que fez, sem que o senhor precise gastar com isto... bem... eu só queria lhe contar isso... desculpe... e, obrigada – saí do quarto praticamente correndo e sequer dei chance à ele de falar.

Droga! Se a ideia era não levantar qualquer tipo de suspeita em hipótese alguma, eu acabara de fazer tudo ao contrário. Mas não é culpa minha, se ele consegue deixar todo mundo ao redor nervoso. Desgraçado.

Encostei-me na porta quando cheguei ao meu quarto. Retirei a tal carta do bolso. O estrago já estava feito de qualquer forma. Ou não, se desse tempo de eu coloca-la no lugar, mais tarde.

Abri rapidamente. Seja lá o que tinha, eu não poderia apreciar por muito tempo.

“ Victor, exijo com urgência o seu retorno à Montpitton.

Eu estava certo em todas as minhas teorias. Tive a prova que faltava hoje, quando mais uma carta saíra de meu palácio. Coriane e Eeron pretendem agir daqui há três dias e eu já tenho uma estratégia para pegá-los, mas precisarei de sua ajuda.

Sei que o momento que está passando é delicado e lamento por ter que pedir seu retorno agora, mas dou minha palavra de que será recompensado.

Kim Taehyung ”

 

Coriane. Reconhecia este nome. Seria esta a comprovação de que aquilo não era um boato, afinal? "Duquesa Coriane, de uma ilha ao sul. Cuja paixão era cozinhar bolo de frutas vermelhas, o qual o príncipe mais odeia". Seria ela, sua ex amante, então? E será que o plano que ela tinha em mente era mesmo matá-lo?

Não conseguia imaginar.

Não conseguia sequer pensar direito.

Não sabia ao certo pelo que ele havia de ter passado. 

(...)

No jantar, Kim parecia tranquilo. Leve, eu diria. Não reclamou de nada. Pelo contrário, sorria à toa e me lançava olhares indiscretos. Tentei por em minha cabeça que aqueles olhares não eram para mim, mas ele sequer se preocupava em disfarçar. Os olhares dele eram tão intensos, tão vibrantes que eu comecei a imaginar se eu estava vestida de verdade. A dúvida que eu não tinha foi completamente embora quando ele puxou meu braço, atraindo-me para perto e sussurro em meu ouvido, dizendo que queria que eu o encontrasse em seus aposentos depois do jantar. Que ele tinha uma surpresa para mim.

Não hesitei em nenhum momento, até estar dentro do quarto dele com a porta trancada enquanto ele se movimentava de um lado para o outro, segurando uma adaga entre os dedos e olhando-me com aquele olhar que, horas atrás eu poderia imaginar que significava desejo. Mas eu estava errada e aquele olhar significava tudo, exceto desejo.

- Sente-se – ordenou. Com o olhar quente e a voz fria.

- Por favor... – comecei, mas sequer sabia pelo quê deveria implorar.

- Sente-se – repetiu e apontou a cadeira com a adaga. Dei dois passos, mas congelei.

- Taehyung, por favor! Me deixe sair – implorei.

- Obedeça! – ditou, sem perder a frieza e o controle, mas a voz pareceu mais grossa e uma pontada de medo atingiu meu peito. Tive vontade de chorar, mas mantive as lágrimas presas. Obedeci e sentei-me na poltrona a qual ele havia indicado.

Meu coração quase saltou para fora quando, inesperadamente, ele pôs as mãos ao redor dos braços da poltrona, ficando próximo demais.

- Devolva – exigiu. Fiz-me de louca, embora não fosse a melhor alternativa.

-  Não sei do que está falando, eu não sei! – ele sorriu de lado e apoiou a faca em meu pescoço.

- Você acha que eu sou algum tipo de idiota? – Pressionou e as lágrimas que eu tanto segurava, caíram.

- Taehyung...

- Alteza, para você.

- Alteza, por favor – implorei. Ou tentei.

- Me devolva a carta que você roubou.

 - Eu já disse que não sei...

- Para quem morria de medo de duas garotinhas perversas, você está sendo bem corajosa hoje – riu – mas adianto-lhe que não é uma boa ideia. Se tem uma coisa que eu odeio mais que ladrões, são mentirosos – senti a lâmina fria encostar mais em meu pescoço e estremeci – vou facilitar para você, haviam oito cartas ali quando eu saí, mas, incrivelmente, depois que você saiu, ficaram apenas sete. E não tente ser mais esperta que eu, ____. Eu sei exatamente qual a carta que falta.  Devolva.

Não quis mais esperar, movi meus braços lentamente, colocando-os nos bolsos do vestido até encontrar a carta que havia pego. Sequer a retirei, e Taehyung já a arrancara de minhas mãos, saindo de cima de mim e afastando a faca da minha pele. Mal consegui respirar.

Ele destrancou a porta e olhou-me, ainda fervilhando, quando disse:

- Suma

Corri. Corri o mais rápido que pude. Sem sequer dar uma olhada para trás. Minha visão estava borrada, meu coração batia rápido e eu tinha vontade de sumir.

Burra! Burra! Burra!

Como eu podia ter esquecido de devolver a carta? Ah, Não! E ele, como ele poderia agir daquela maneira?! Ele seria capaz? Ah meu deus! Ele me mataria mesmo, por uma carta?!

Tropecei no próprio vestido e dei de cara com o gramado do palácio dentre uma noite escura e silenciosa. Permiti-me chorar ali mesmo, por um bom tempo.

- Eu devia ir embora! Eu devia! – gritei para mim mesma – Burra! Burra! Burra! Sua mãe não lhe disse para não se meter com o príncipe?! – atirei um de meus sapatos longe – mas não, você tem que se meter, tem que desafiá-lo, tem que se preocupar com ele! Burra! – atirei o outro sapato longe e acabei derrubando um pequeno galho de uma das árvores.

- Mas quem diabos ele pensa que é?! “Tenho uma surpresa para você” e depois “mentirosa e ladra”. Vá para a droga do inferno! – gritei e minha voz ecoou.

Senti minha garganta doer e me permiti deitar por mais um tempo no gramado, observando o céu. Senti meu corpo esquentar e levantei-me num pulo. Aquele principezinho metido à besta ia ver só. Agarrei minhas saias e saí correndo para dentro do palácio novamente, indo de encontro à Taehyung, sem me importar se ele me mataria ou não. Se o fizesse, pelo menos ia ouvir algumas poucas e boas antes.

Chutei a porta e ele levantou rapidamente.

- O que você...

- Se pensa que pode falar ou fazer o que quiser comigo porque é a porcaria de um príncipe, você está muito enganado! Aliás, tudo bem, tudo bem, eu estive errada, não deveria ter mexido em suas coisas, mas se você não quisesse que alguém as visse, não teria as deixado à vista!

Ele riu alto

- A culpa é minha, então?! Eu lhe disse um milhão de vezes que não queria ninguém xeretando minhas coisas e olha só onde eu a encontrei!

- Eu só queria ajudar você, seu idiota!

- Fuçando as cartas? Pare de mentir! Assim como as outras, você quer saber tudo o que acontece para ter o que fofocar, nada mais!

- Não julgue-me como as outras! – gritei – eu realmente quero ajudar você! E não me pergunte o motivo, porque eu não sei! Você é irônico, sarcástico, maldoso, grosseiro, com certeza não merece que eu me preocupe, mas mesmo assim... mesmo assim eu sinto que você não deve passar pelo que passa.

- Do que diabos está falando?!

- De você, de suas crises, de seus medos seja lá qual forem, dessas drogas de cartas, dos malditos boatos que eu não sei se são boatos ou verdades... mas de alguma forma, me preocupa o fato de que você se prende à essas coisas, se prende às coisas que o fazem mal. Pare!

- Com base no que você deduziu tudo isso?! Com base no que você acredita que eu não mereço o que passo?!

- Com base em você, seu idiota! Vejo nos seus olhos que não é o monstro que tenta parecer ser. É uma capa. Uma manta de ferro que põe em cima de si mesmo para que ninguém veja, mas eu vejo! E não mexi nas cartas apenas por curiosidade...

- Ah, pelo menos assumiu a curiosidade! – ironizou

- Houve, sim, curiosidade. Mas eu quero ajudar você, seu bobo!

- Ah, por favor, você não pode me ajudar! Você não sabe de nada. E mesmo que lesse as cartas não saberia o suficiente para sequer tentar.

- Então me conte!

Taehyung suspirou de forma pesada e depois pôs as mãos na cintura. Olhou por todo o quarto antes de voltar-se novamente para mim:

- Você quer mesmo saber? – cruzei meus braços- Então que tal isto: Eu matei a pessoa que eu amava enquanto ela carregava uma criança dentro dela.

Paralizei. Não sabia exatamente o que eu esperava, mas não era aquilo. Procurei indícios de mentira no rosto de Taehyung, mas ele estava sério.

- E quer saber mais? – prosseguiu – Eu não sinto remorso algum por ter feito aquilo.

Senti meu estômago embrulhar e as lágrimas tentarem sair novamente, mas controlei-me. Controlei-me porque havia acabado de reconhecer cada palavra dita por ele.

- Mentiroso – sussurrei, de forma que ele pudesse escutar; aproximei-me e comecei a socar seu peito, sem deixar de falar – mentiroso, mentiroso, mentiroso! - Ele segurou meus pulsos com força e me empurrou em sua cama, ficando por cima de meu corpo.

- É difícil de acreditar, não é?

- Não. Sei que a história pode realmente ser verdade. Mas você está mentindo quando diz que não se arrepende. Está querendo me assustar, mas não irá conseguir. Pare de tentar – Taehyung semicerrou os olhos – e quer saber? – repeti sua fala- já convivi com você o suficiente para saber o quão é vingativo. Ela deve, em algum momento, ter merecido – Senti a respiração de Taehyung acelerar e o vi  fazer um gesto negativo com a cabeça.

- Você não tem noção do quanto está encrencada – disse. 

- Então talvez você possa me mostrar – não tinha mesmo noção de mais nada. E tive menos ainda quando enrolei as mãos nos fios negros dele e encaixei sua boca na minha.


Notas Finais


Me falem o que acharammm :)
Meus anjinhos, possivelmente esta fic está em reta final. Não pretendo incluir alguns acontecimentos que provavelmente (não sei se mudarei de ideia) acontecerão em Prince. Não pretendo expandir mais, porque a ideia, desde o início, era que ela fosse mais curtinha mesmo, por ser um conto.
:)


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