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História A Cold Secret - Imagine Kim taehyung - Viscount


Escrita por: Koorea e Taerii

Notas do Autor


Eu nem ia postar agora, mas como eu quase perdi o capítulo todo, vou postar de uma vez.
Boa leitura amgs ♥
Eu ia escrever bem mais, mas acho melhor deixar esse aqui como um interlude e ir além no próximo :)

Capítulo 9 - Viscount


Dormi chorando aquela noite.  

E no dia seguinte, decidi que seria como ele quisesse. Mandaria toda a preocupação e a vontade de ajudá-lo para o quinto dos infernos. Acordei, sentindo meus olhos pesados como nunca havia sentido e já imaginava como minha cara poderia estar: vermelha e inchada, com duas bolas roxas ao redor dos olhos. Mais horrível do que eu ousava parecer. Levantei -contra gosto- e a primeira coisa que fiz depois de cuidar da minha higiene foi organizar todos aqueles vestidos idiotas – e lindos- para devolvê-los à vossa majestade. Não ficaria com nenhum, pouparia a mim mesma de ter algum tipo de lembrança e trataria de evitá-lo a todo custo. Com tudo pronto, parti para a cozinha, onde ficaria o dia inteiro. “Não o servir, não limpar os cômodos, nem as roupas, nada. Ficar completamente longe de tudo relacionado a ele. Sequer chegar perto” adicionei às minhas notas mentais.  Assim que cheguei, as criadas já corriam de um lado para o outro, preparando as refeições o mais rápido que podiam – o que significava que o príncipe já estava acordado.  

- E não está com a cara nada boa – Disse Renesie, uma das cozinheiras, como se o que estava em minha mente estivesse escancarado à vista de todos.  

- Ele quase nunca está - admiti, embora não fosse totalmente verdade. 

- Ele andava um pouco melhor ultimamente. Mas, infelizmente, a alegria de nós, serventes, costuma durar muito pouco – continuou.  

- E que deus nos ajude, se os boatos forem verdadeiros – disse Jennya, também cozinheira. Minha língua coçou.

Droga, você prometeu. Prometeu a si mesma que não se importaria mais com ele!  

- Mais boatos? - perguntei. Vencida pela maldita curiosidade.  

- Parece que o tal Visconde ousou pisar nas terras do príncipezinho de novo – explicou.  Não sei dizer se era coincidência todo mundo falar usando a subjetividade ou se simplesmente era só um problema, mesmo.  

- Que deus nos ajude mesmo, então - disse Renesie – É o desgraçado por os pés aqui e estragar nossas vidas. Enxerido. Sabe lá deus porque o faz, ainda. Ela sequer está mais aqui.  

- Por provocação é claro. Ou porque gosta de levar surra do príncipe. Estou começando a achar que a paixão do Visconde era o príncipe e não a Duquesa – Jennya soltou uma gargalhada e foi acompanhada por Renesie e eu, mesmo sem entender quase nada.  

- O Visconde gostava da Duquesa? Digo, da Duquesa Corian... - senti uma pressão contra minha boca.  

- Pelo amor de deus, não nos desgrace ainda mais dizendo este nome hoje! - Jennya usava tanta força que meus lábios começaram a doer- Mas, sim. É dela que estamos falando, também. O visconde e a duquesa eram amantes.  

-E o que diabos ele faz aqui?! - questionei.  

- É o que todos adorariam saber – respondeu Rene- e o que supomos é que seja provocação... quero dizer, faz três ou quatro anos, acho. E ela está morta. Nem há coisa para ele aqui – respondeu simplista.  

- Veio pela surra. Só pode ser isto – disse Jennya, como se fosse a coisa mais natural do mundo.  

- Taehyung vai dar uma surra nele?! - as duas encararam-me com os olhos arregalados. Taehyung. Ele era o príncipe, não meu amigo. Pigarreei – O príncipe vai dar uma surra no visconde?  

- Do jeito que está fumaceando?! dessa vez ele vai. Com certeza vai. E vai ser uma tão grande, que Eeron não colocará mais os pés sujos por aqui.  

- Devo dizer “que deus te ouça” ou vai ser algum pecado? Eu adoraria não ter que lidar com um monarca em fúria pelo resto da minha pobre vida – Rene gargalhou. Antes que pudéssemos acompanhar em algo, um barulho de talher ecoou da outra ala. Todos na cozinha pararam em susto.  

- Misericórdia! - disse Jenn – vamos voltar logo ao trabalho! - cessamos as conversas e nos dispersamos. Concentrei-me em preparar alguns pedaços de carne fresca, mas acho que falhei.  

Diabos! Eu odeio ser tão curiosa. Odeio. Queria ser fria igualmente à ele. Queria ser uma rocha dura e fria, que simplesmente decidia não se importar e não se importava mesmo. Mas infelizmente eu não sou e, quem diabos é esse tal visconde?! Seria o homem da carta? “Eeron?”  e de fato, porquê ele ainda rondava as terras de Montpitton se sua amante está morta?  

E então, mesmo sem querer, os pensamentos e as hipóteses aparecem na minha mente como uma chama acesa: “Eu matei a pessoa que eu amava enquanto ela carregava uma criança dentro dela”. Por Deus! E se o tal visconde quiser, na verdade, uma vingança?! Se ele era amante da duquesa e a duquesa está morta porque provavelmente foi ela quem Taehyung matou... Cristo?! E se a duquesa for realmente a mulher a qual ele matou, a criança que ela esperava só pode ter sido do tal visconde.  

Abro a boca em choque. Vingança, só pode ser vingança!  

- Ai! - acordo de todos os devaneios ao sentir um tapa em minha cabeça. Virei na direção do tapa e encontrei o olhar espantado e alerta de Jennya, que tinha as mãos à frente do corpo e encarava a frente.  Quando olhei na mesma direção, encontrei a pessoa a qual eu mais pretendia evitar. O príncipe estava com os cabelos escuros bem penteados para trás, exibia a coroa de prata no topo da cabeça e estava com as duas mãos nos bolsos da calça que usava. Diferente dos comentários, ele parecia extremamente tranquilo, brincalhão até. Mas não irritado. Ele sequer me olhou. Estava parado à porta, encostado no batente, parecendo um pouco pensativo.  

- Vossa alteza, bom dia! O seu café da manhã já está sendo preparado, perdoe-nos pelo atraso – Georgia, quem comandava os nossos serviços na cozinha, deu um passo à frente, enquanto todas nós nos mantivemos paradas e imóveis diante da presença dele.  

Taehyung fez um bico divertido.  

- Não se incomodem, eu só vim pegar algumas coisas... hm, este bolo foi feito agora? - apontou para um bolo de chocolate em cima do balcão.  

- Sim, senhor... já iríamos levá-lo até a mesa.  

- Hmm, parece bom... Se incomoda se eu tirar um pedaço antes de levá-lo? Será para um convidado.  

- Como? Não senhor, por favor, fique à vontade – disse um tanto trêmula. “Você é o príncipe, ora, não devia perguntar”. Consegui ver a frase na boca de todos ali, mas ninguém ousou falar. Taehyung aproximou-se do bolo e uma das ajudantes apressou-se em entregar um prato e um cortador à ele. O dorso de ambas as mãos estava começando a ficar roxeado. Ele havia batido em alguém.  

Então, ouvimos gritos aproximando-se no corredor, junto de passos firmes e sincronizados. A voz masculina gritava diversas frases como “me larguem, seus idiotas!” “vou matar todos vocês, servos imbecis!” “coloquem-me no chão agora mesmo, eu os ordeno!”. Victor surgiu à porta e logo atrás dele, mais quatro mordomos seguravam um homem de tamanho médio, esguio e com roupas finas agora manchadas de sangue que escorria de toda a sua face, que parecia mais torta do que qualquer outra coisa no mundo – foi impossível evitar a cara de espanto ao ver a situação do rapaz.  

- Victor! - cantarolou Taehyung, enquanto se virava para observá-los – estava precisando mesmo de sua ajuda, não consigo me decidir – o mordomo deu um passo à frente – por favor, querida – Kim olhou para Georgia – me traga pimentas, as piores que tiver, algumas frutas vermelhas, canela e, vejamos... - Victor cochichou algo no ouvido dele- ah! Veneno para ratos, por favor.  

Os olhos de todos ali saltaram-se instantaneamente, menos o do príncipe, de Victor e dos mordomos que seguravam o rapaz.  

- Eu esqueci de algo, Victor? - o mordomo deu uma risadinha- Ah... Senhora?! Vocês têm ácido aí também?! - Georgia arregalou tanto os olhos que pareceu que eles saltariam para fora da face - Não? Pena, mas tudo bem.  

-Seu desgraçado! - o homem disse entre dentes.  

- Tenha modos! - zombou- ninguém lhe ensinou que não deve tratar mal o anfitrião da casa onde está?  

- Seu desgraçado dos infernos! Seu insolente! Eu ordeno que me solte agora mesmo! -gritou. Taehyung riu- Ou eu juro que acabarei com sua raça desgraçada!  

-Ah, pelo amor de Deus, Eeron! - então aquele era o tal Eeron. Visconde e amente da duquesa Coriane- Tenha modos, já disse! não está vendo a quantidade de moças que estão presentes? Pare de usar palavras tão baixas, respeite as senhoritas – havia algo sarcástico em sua voz. Taehyung sorriu, e começou a mexer nas coisas que havia pedido.  

Eu estava completamente enganada, não havia tranquilidade nenhuma ali. Ele estava mesmo com raiva. Possuía um tom de voz divertido e um sorriso brilhante acompanhando, mas seus olhos queimavam como chamas. E aquele tipo de raiva era, ao meu ver, o pior tipo que poderia existir. A raiva cega e fria, que não faria com que ele medisse qualquer tipo de esforço para fazer o que seja com aquele homem. A fúria do príncipe, deste príncipe, é extremamente perigosa, e não é preciso muito para ver. Embora, aparentemente, ele faça questão de mostrar. 

- Eu ordeno que me largue! Eu sou o Visconde de Vádila e eu juro que... 

- O que você jura, Visconde?! - citou o título como se fosse alguma piada-  O que pode fazer contra mim? Eu sou o filho do rei, príncipe de Montpitton. Vamos, eu estou curioso – enfiou um garfinho na fatia de bolo e colocou-o no balcão, depois cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha- o que você pode fazer contra mim?  

O homem não respondeu, porque a resposta era óbvia: nada.  

Taehyung riu.  

- Como eu imaginei.  

- Me deixe ir embora, Taehyung. Já fez o que queria fazer – pediu, desta vez. Se sempre que ele pisava aqui coisas como essas aconteciam com ele, eu queria saber qual o real motivo para ele sempre voltar.   

- Por que eu faria tal coisa? Não, não, não, isso foi só as minhas boas-vindas a você, já que gosta tanto da minha província - Disse parecendo magoado e inofensivo- Aliás, seria um ultraje de minha parte deixar que fosse embora sem ao menos oferecê-lo um bom café da manhã. Por isso, quero oferecê-lo o melhor, então, veja o que temos aqui! - ergueu o bolo - você gosta de bolos, não gosta? - falava amigavelmente. Uma frase mais perigosa e venenosa que a outra - é uma pena que não tenha de frutas vermelhas, sabe como é, não são mais produzidos aqui, mas veja este, tenho certeza que vai adorar e, bem, foi decorado exatamente para você! - Sem que eu percebesse, Victor decorara a fatia da pior forma possível, havia molho de pimenta em toda a sua extensão, frutas vermelhas decorando a parte de cima e pó de canela em toda a parte, também.  

Estremeci de nojo. Eeron, de medo.  

- Por favor... - tentou, enquanto se debatia mais e fazia os homens segurarem-no com mais força. 

- Ah! Ainda tem isso aqui... será que coloco em cima também ou vira a sua sobremesa? - referia-se agora ao veneno de ratos – Para a sobremesa é melhor, não é? -olhou para Victor, que sorriu de lado e assentiu. Como ele poderia apoiar extrema maldade?!- Vamos deixar o ratinho invasor comer seu bolo, primeiro.  

E então com um aceno de cabeça silencioso de Kim, começaram todos a se dirigir para fora de nossa cozinha. O príncipe, como se fosse um ato de honra, carregava o prato com a fatia enfeitada. Borgov ia atrás, carregando o veneno. E eu, tola, achando que a maior crueldade que Taehyung fora capaz de fazer foi proferir todas aquelas palavras duras para mim.  

Quando eles finalmente saíram, ninguém teve coragem de falar nada. Estávamos todas tão surpresas que tínhamos muito a comentar, mas nada a dizer. Nada saía. Não havia palavras para aquilo tudo. Taehyung me disse que sabia como era ser feito de bobo e agora não consigo ter dúvidas do quanto ele odeia isto. Talvez todas nós achássemos aquilo justo, porque sabíamos o que o tal visconde tinha feito; talvez o silêncio fosse mais por respeito do que por objeção. E então, silenciosas, voltamos aos nossos trabalhos, se a manhã fora daquele jeito, duvidaria muito que o resto dia fosse melhor. A solução seria ocupar nossas mentes até o anoitecer e esperar que o dia seguinte fosse menos pior.   

 

 

 

 


Notas Finais


Me digam o que acharammm ♥


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