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História A concubina do Faraó (hiatus) - Saga 1: Capitulo 1.-Gone.


Escrita por: Wikene_devil

Notas do Autor


Muito obrigada pela espera e paciência comigo agradeço do fundo do coração.
Como podem ver eu e sol mudamos a sinopse algumas coisas de leves e novas informações.

Ah fic betada por NHsol bjs e...

boa leitura.

Capítulo 2 - Saga 1: Capitulo 1.-Gone.


Fanfic / Fanfiction A concubina do Faraó (hiatus) - Saga 1: Capitulo 1.-Gone.

 

Egito. Abusir, na cidade de Gizé. 23 de dezembro de 2018.

O sol ardente e impiedoso queimava as costas dos trabalhadores que transpiravam num intenso suor.

O bater do martelo sobre as grandes rochas criava um som agudo bastante irritante.

Pincéis eram passados sobre a areia, na intenção de não danificar nada que pudesse ser considerado fragilizado pelo efeito do passar do tempo.

Um tremendo esforço para encontrar alguma pista deixada pelos habitantes antigos.

Com o clima seco do lugar, a garganta reclamava por alívio.

Porém, esse era um pequeno preço a se pagar por invadir o templo de um antigo faraó.

O homem deixou a água cair da garrafa contra sua boca a fim de aliviar a intensa sede.

— Achamos! — ouviu um outro alguém gritar de longe.

O senhor, que estava na casa dos quarenta anos, saiu da tenda armada especialmente para ele e viu os homens a sua volta festejarem.

— O que aconteceu? — Ele exigiu, ainda um tanto incerto.

Um jovem trabalhador, felizardo, lhe contou a novidade.

— Nós achamos, senhor! — O homem não foi capaz de entender, diante da alegria do rapaz — Achamos o livro dos mortos de Ramsés II. — Aquilo lhe iluminou a face. Após muitos anos de pesquisas, estudos e escavações, finalmente foi encontrado.

O senhor voltou para dentro da tenda e, apressado, empurrou as coisas que havia em cima da mesa. Seus homens logo puseram ali o pesado livro.

Com uma luva na mão, ele dedilhou suavemente por sobre o livro.

— Bom trabalho! — Encarou cada um que contribuiu para o êxito da escavação. — Agora poderemos voltar para nossas famílias. — Os homens cansados sorriram em alívio. —Muito obrigado por tudo! — Ele se curvou perante os seus subordinados, agradecido. Viu cada um deles sair e apenas restou seu sobrinho, ali mais ao canto.

— Não precisava ficar. — Ele disse ao jovem.

O rapaz o olhou.

— Sim precisava. — O sobrinho se aproximou da mesa, onde estava o artefato histórico. — Daqui a dois dias é o aniversário de Hinata.

— Já? Como o tempo passa rápido. — Suspirou o já senhor. — Devo encomendar um presente com urgência.

— Não precisa. — Viu o sobrinho tirar do bolso algo enrolado num pano e atirar para ele apanhar. — Estava junto com o livro dos mortos. Aposto que ela irá adorar.

O arqueólogo desembrulhou o artefato, olhou a peça e, fascinado, não conteve um sorriso satisfeito.

— Sim, ela irá!

 

(....)
 

 

A mulher passeava pelos corredores, admirando as grandes paredes e o alto teto sustentado pelas imensas colunas de pedra. A arquitetura exótica e de ar religioso dava um aspecto único no lugar. Enfileiradas, tochas iluminavam o caminho como belas fogueiras.

Quem...é?

A misteriosa mulher caminhou graciosamente até um altar. O homem majestoso de vestes antigas e de ricos detalhes estendeu a mão grande a ela que aceitou sem recear. A mão dele acariciou a dela a fim de a aquecer naquela noite fria.

"Diante dos deuses, eu declaro meu amor a ti. Passem dias, anos ou mesmo décadas. Irei sempre escolhê-la e amá-la”, ele sussurrava as palavras.

Com a outra mão, acariciou o rosto fino da mulher a apreciando melhor.

"Nefertari, tu és a mais bela, és a melhor." O rosto se aproximou da mulher e colou os lábios num beijo apaixonado.

— Hinata.

— Uhmm...

— Hinata!

— Hinata, acorde! — Quando ouviu ser chamada outra vez, acordou confusa. — Pensei que você estivesse morta. — Ouviu a voz e viu sua amiga loira a encarando preocupada. — Você estava fazendo umas caretas estranhas. Tava tendo um pesadelo?

— Não. — Disse e levantou a cabeça, viu quando o professor entrava. Ela preferiu ocultar seus sonhos. — Desculpe! Esses dias ando meio sonolenta.

Levou a mão a testa e, estreitando os olhos, bocejou.

— Sonolenta, é? Isso é sintoma de gravidez... — Comentou sentado ao seu lado. —Hinata, não me diga que dormiu com aquele cara da festa?! — Perguntou chocada.

— Pelo amor de Deus, Shion. Vire essa boca para lá! — Bradou. — Eu não dormi com aquele cara. — A amiga relaxou. — Eu sou virgem ainda, você sabe muito bem. — E que nunca beijei ninguém. Ela podia acrescentar isso a lista. Mas a amiga não precisava saber disso também.

— Está à espera do príncipe encantado por acaso? — Revirou os olhos bufando.

— Por acaso, sim, estou mesmo. — Pegou o caderno e abriu, pronta para anotar o que professor dizia.

Como...ele...

— Além do mais eu não sou como você, que fica se jogando nas bocas de vários caras, quando se sente carente.

— Eu não sou assim. — Hinata arqueou uma sobrancelha, lançando-a um olhar desafiador. — Ok! Às vezes! Mas isso só acontece quando eu brigo com meu namorado.

— Não tô julgando. — Hinata acreditou. Sabia bem do tal namoro turbulento da amiga.

Quando Shion estava prestes a responder, o professor chamou a atenção da turma.

A Hyuuga cursava o primeiro ano de arqueologia na Universidade de Southampton. Já a amiga, claro, matou aula, cursava engenharia química.

— Bem, turma, hoje vamos falar sobre Ramsés II — ao dizer isso, o projetor focou no quadro branco mostrando uma imagem duvidosa do antigo faraó — Ramsés II foi o terceiro faraó da XIX dinastia egípcia, uma das dinastias que compõem o Império Novo. Reinou entre aproximadamente 1279 e 1 213 a.C. E o seu reinado foi possivelmente o mais prestigioso da história egípcia tanto no aspecto econômico, administrativo, cultural e militar. — Explicou o professor — Ele também...

Hinata olhou para o celular e bufou em raiva. Pegou suas coisas e botou na pasta.

— Aonde você vai? A aula nem acabou ainda! — Perguntou a amiga, deixando de prestar atenção no professor.

— Tenho aulas de arco e fecha hoje. — Disse apressada, já se levantado. — E eu sei bem o seu interesse na aula. — Se referia ao seu belo professor de história, Kakashi Hatake.


(....)
 

 

A jovem mulher alinhou o corpo de forma perpendicular. Apontou o arco na direção do alvo, num disparo instintivo lançou a fecha que acertou o pequeno círculo amarelo no centro. Perfeito.

— Nossa! Que lance fantástico! Direto no alvo, sua assassina. — Brincou Shion. Hinata respirou fundo e se virou para ela. — Vim ver você. Seu aniversário é amanhã, tam tam tam... peça um desejo! — Brincalhona, revelou o que tinha atrás de si: um dente-de-leão. — Vamos, sopre comigo!

— Engraçadinha! — Hinata fechou os olhos e as duas sopraram ao mesmo tempo. Apreciavam os pequenos fios brancos da flor se desprenderem e voar livremente, levados pelo vendo. Ecoando um desejo em silêncio. Pelo menos ela seguiu o protocolo, já sua amiga...

— Que minha amiga solteirona desencalhe esse ano. — Os olhos lilás se abriram e encontraram os cor de lua a encarando irritada. — Tô brincando! — tratou de explicar, quando viu que Hinata travou a mira do arco em sua direção.

— Sei. — Estreitou os olhos, desconfiada. O celular de Shion tocou e ela atendeu apressada quando viu o nome.

— Alô? E-está aqui?! — Gaguejou nervosa, sua face perdeu cor. — Eu disse para não aparecer de repente. Espere por mim aí. — Depois de encerrar a chamada olhou para Hinata. — Sorry, Hina! Meu namorado está a minha espera. — Se desculpou. — Nos vemos no seu aniversário amanhã? 

— Claro! E, pensando bem, você nunca me apresentou seu namorado, Shion.

— Pois é... ele é um homem muito ocupado. Um dia desses eu os apresento. Prometo. — Garantiu. — Quando ele tiver de bom humor... — murmurou pensativa e a Hyuuga riu.


(....)
 

 

No pátio aberto do campus, Neji observava a prima arremessar duas flechas simultaneamente em direção ao alvo, perfeitamente, hipnotizado. Ele passou os olhos do alvo cravado para Hinata, quando avistou um homem suspeito velar o treino da princesa dos Hyuuga. Ele usava um sobretudo preto que tapava todo seu corpo. Estranho. Estava fantasiado, pensou.

Ele não tirava a atenção de sua amada prima.

Era um stalker.

Neji caminhou até ele em passos firmes.

— Desculpe! — Chamou, mas o estranho parecia não o ouvir falar. — Precisa de algo? Posso ajudar com alguma coisa? — Irritado, quando tentou tocar no ombro do desconhecido, ele saiu do lugar e, ao passar por ele, Neji sentiu um arrepio sinistro em seu corpo, entrou em alerta.

— Irmão! — Neji virou-se para Hinata que estava já a sua frente sem que ele notasse ela se aproximar. — Algum problema? Está pálido! — Tocou em seu rosto. — Parece que viu um fantasma.

Talvez...

— Não tenho certeza se vi. — Respondeu simples, deixando a prima o lançar um olhar estranho. — Vamos, o motorista está a nossa espera. — A guiou ao carro preto no estacionamento.

Do lado de dentro do carro, a paisagem passava como um vulto aos olhos. Neji voltou a olhar para herdeira da marquesa família Hyuuga, quieta no seu canto.

Depois de dois anos no internato para garotas, Hinata finalmente estava livre para ficar com a família.

— Seu pai voltou hoje. — Nenhuma resposta. Suspirou vendo que teria que usar a velha tática. — Soube que trouxe um artefato antigo. — Viu a jovem remexer no banco inquieta. Ok. Iria mais fundo. — Encontrou o livro dos mortos que, pelo que ouvi, pertencia ao faraó Ramsés II.

— Está jogando sujo comigo, não sou seus sócios de negócios que você fica persuadindo. — Inflou as bochechas num ato infantil, emburrada. O jovem empresário riu. — O que está escrito? — A recatada filha do senhor Hyuuga o encarou interessada.

— Eu não manipulo ninguém. — A garantiu. — E não sei, não sou Hanabi que decifra essas coisas. — Hanabi Hyuuga, irmã mais nova da Hinata era boa em ler línguas antigas. — Seu pai ficara feliz em a ver.

Viu a prima encolher os ombros, sua relação com pai era distante, e seus momentos bons se transformaram em apenas belas lembranças antigas.

Hinata, diferente de agora, nunca fora uma boa dama da sociedade na sua infância e adolescência. Nas viagens que fazia com o pai para o Egito a explorar tumbas e encontrar artefatos antigos, aprendeu coisas fora do padrão que estava ao alcance de uma princesa, de alguém que nasceu num berço de ouro.

— Papai, aqui — a garota acendeu o cigarro e puxou o fumo, o que a fez tossir, e estendeu para o pai que aceitou de bom grado.

— Obrigado, minha filha. Só não fale pra sua mãe que te deixei fazer isso. — pediu aflito.

Eram bons tempos. Se permitiu sorrir.

Mas agora não era assim. Depois da morte da mulher, seu pai nunca mais foi o mesmo.


(....)

Quando chegaram, olhou para a grande mansão no estilo britânico antigo.

"Estou de volta”

— Senhorita Hinata. — Viu a mulher de idade caminhar até ela, seu nome era Chiyo, sua babá de berço e governanta daquela casa.

— Naná. — A apertou num abraço saudoso. Naná. Apenas Hinata e Hanabi a chamavam assim. Um apelido carinhoso entre elas.

— Seja bem-vinda. Venha comigo, seu pai deseja vê-la. — A encaminhou até o escritório. Bateu duas vezes e a voz grave concedeu a entrada. — Meu senhor. — Se curvou. Chiyo tinha muito respeito por seu pai, desde quando ele a encontrou na rua à mercê da fome, numas das suas idas ao Egito. — Senhorita Hinata está aqui, junto com senhor Neji.

— Pai.

O homem virou a cadeira e encarou os olhos da filha, belos como a mais branca pérola.

— Vejo que voltou bem do internato. Como está se adaptando à Universidade? — perguntou vago. Ele indicou que Neji se aproximasse dele.

— Bem. — Hinata seguiu o primo com os olhos.

— Ótimo! Amanhã é sua festa de aniversário. Espero que se comporte. — Ele pediu. Não, melhor dizendo, ordenou.

— Sim, papai. — Olhar seus pés era melhor opção no momento. — Posso ir?

— Sim. — Quando ela estava pronta para ir, ele a reteve — Só uma coisa, Hinata. — A herdeira parou e virou-se para ele outra vez. — Não me envergonhe. Esse jantar é muito importante para mim.

Apertou os punhos e respirou fundo. Dois anos sem vê-lo e era isso que ele tinha a dizer.

“Deveria ser para mim também”, sentiu vontade de dizer.

— Sim, não se preocupe. — Garantiu. Seria sempre assim tão grosseiro?!

Antes que ela saísse, Hiashi acenou para Neji.

Hinata enervou-se ao sentir o primo se aproximar dela. Ela nem notou o que acontecia até senti o colar frio tocar em seu colo.

De ouro fino e no centro uma joia de cristal no tom de topázio, azul intenso, muito belo. Era caro só de olhar.

— Isso veio de um lugar especial. Junto com o livro dos mortos. Pertenceu a mulher mais amada do faraó. — Acariciou seus ombros desprotegidos, a causando um arrepio involuntário com a aproximação tão íntima e repentina. Nua nos ombros, usava um vestido tomara que caia de tricô roxo, nas belas pernas usava sensuais meias de vidro pretas e, nos pés, botas rasas castanhas. — A mulher mais bela... a melhor. Nefertari — sussurrou rente ao ouvido de Hinata. O homem a virou para si, o jovem elegante com aqueles belos olhos a fazendo corar de tão intenso fitar — Feliz aniversário adiantado.

"Nefertari? Onde eu...?"

— Obrigada! — Sorriu. Seu príncipe encantado estava a sua frente, por mais que ele não a notasse ainda.

Ouviram a porta bater, a filha mais nova entrou barulhenta e, quando viu a irmã, não deixou de sorrir.

Hanabi usava uma calça hot pants com botões sawary jeans e uma jaqueta biker Caramelo, além de um par de saltos marrons nos pés.

— Hanabi! — falou o pai, fazendo a menor fechar a cara descontente com sua presença.

— Hiashi. — Respondeu seca. Hanabi era o tipo de pessoa de pavio curto e direta. Era uma das poucas pessoas que iam contra o regulamento do magnata.

— Como foi a viagem até aqui? — Ele como sempre ignorava, sempre sairia por cima, ileso.

— Desagradável, desde o momento que vi o quanto estava perto de voltar. — respondeu.

Neji falsamente tossiu, alertando a Hanabi que era melhor parar de provocar. — Mas estou feliz de ver minha irmã.

— Hanabi, sua língua continua afiada como sempre, minha filha. — Apontou ele. — Estão dispensados — Ele os liberou.


(....)

No quarto da mais velha, as duas irmãs conversaram sobre tudo. A saudade era imensa e, devido a conversa longa e intensa, Hanabi acabou adormecendo. Hinata preferiu não a tirar dali até agora.

— Hanabi, vá tomar banho. — Hinata a cutucou.

— Uhm...— mas recebeu resmungos em resposta. — Sua porquinha. — Riu. Não a podia culpar, a viagem de volta à casa a esgotou.

Depois de um banho, vestiu sua camisa de noite já pronta para dormir, se aconchegou melhor na cama com a irmã e, a abraçando, fechou os olhos.

" Você prometeu..."

“Prometi?”, ela indagou “O quê?”

" Você prometeu que não me esqueceria em outra vida..."

Hinata acordou assustada e tremendo. Suando frio, a fim de acalmar seu coração, olhou a sua volta e respirou aliviada.

Esses sonhos estavam cada dia piores e mais reais.

Levantou da cama indisposta e abriu a porta no meio da noite rumo à cozinha. A luz da lua iluminava a casa. Ela abriu a geladeira e bebeu o copo com água para se acalmar.

— Acordada a essa hora, Hinata? — A jovem se sobressaltou em susto, o copo escapou de suas mãos o logo foi ouvido o barulho do objeto ao se partir. — Senhorita Hinata!

— Meu Deus do céu, Chiyo! A senhora me assustou. — Levou a mão ao peito.

— Desculpe. A senhorita quer um chá para se acalmar? — Ofereceu a velha senhora, recebendo um aceno afirmativo de sua jovem senhora.

Ela pôs a água para ferver e preparou a xícara, depois de poucos minutos estava pronto.

— Aqui está — Estendeu para ela. Sentadas à mesa da cozinha, viu a jovem beber o chá calmante, com os olhos de cor perolada atentos às cartas de tarot espalhadas na mesa. — São minhas. Gosto de ler sina de vez em quando. — Tratou de explicar.

— Não me diga — arqueou a sobrancelha — e acerta sempre? — perguntou divertida, se tapando com o chalé grosso, devido ao clima frio em que se encontrava Londres.

— Está me testando? — Perguntou ofendida. Hinata tratou de tirar o sorriso zombeteiro do rosto constrangida. — Quer que eu leia o seu futuro?

— Eu não acredito muito em superstições. — disse negando com a mão.

— Vá lá, veja como uma prenda de aniversário. — Disse apontando para o relógio que indicava meia-noite.

— Então eu irei aceitar. Faça o seu melhor — Pediu. Embora não quisesse fazer parecer, estava curiosa.

A senhora baralhou as cartas vermelhas e, em seguida, estendeu as 30 cartas na mesa.

— Escolha três sem as ver. — Segurou a mão da Hyuuga antes que ela tirasse a carta. Hinata arqueou a sobrancelha duvidosa. E tirou as três com cuidado e sem as virar. — Okay! Vamos ver o que futuro reserva para você. — E abriu as três rapidamente. Hinata riu.

— Me diga, então, irei casar com um homem rico e ir para uma aventura além dos mares? — Perguntou brincalhona e a senhora riu.

— Pode até ser. — Apertou o pequeno nariz da garota e voltou a olhar para as cartas. Sua expressão se tornou tensa. — Ou talvez não. — Sua voz soou trêmula.

— O que foi?

— As três cartas... — apontou uma — Essa aqui, a roda da fortuna, fala de uma mudança. — Sorriu para ela — mas...— ela estreitou os olhos. — A carta dos amantes... estará indecisa em qual deles escolher? — Se questionou lendo a carta.

“Do que ela estava falando? Será que estou confusa sobre Neji?”

— Mas a torre é que me preocupa. — Chiyo disse, questionando-se que tipo de destruição esperava por aquela pobre moça. Para ela, as cartas nunca se enganavam. A mulher apressada disse — querida, mostre-me sua mão — quando Hinata lhe atendeu, ela acariciou as linhas da mão de sua jovem senhora. — Que estranho. A linha da vida está incerta — enrugou a testa — e a linha do amor está cortada, significa dois casamentos. — Hinata levantou a cabeça assustada — Bem... — a mulher tossiu, chamando sua atenção — mas...das duas, uma termina mesmo debaixo do Monte de Saturno indica que a você viverá um único amor, avassalador — a garantiu, os olhos claros de Hinata a olharam incerta.

A Hyuuga puxou a mão apressada e sorriu amarelo para a mulher.

— Ah, meu amor, não se preocupe. Sabe o que eu li também? — Recebeu uma negação. — Que você tem uma determinação e uma força de vontade incrível. — Disse rindo, Hinata não acreditou muito naquilo. Era completamente ao contrário. — Diz até que é capaz de entreter qualquer homem em sua cama. Garanto! — A mulher soltou uma gargalhada quando viu a face pálida de sua jovem senhora ganhar a cor vermelha.

— Naná! — Gritou constrangida, se levantado desajeitadamente.

— Vá dormir. Está tarde, querida. Esse é o grande dia, não é? — acariciou a mão fria da pequena mulher.

— Sim. Feliz noite, Naná.

Hinata nunca acreditou em superstições, ainda mais estando numa era moderna como essa, mas... não conseguia afastar aquela sensação de que as palavras de Chiyo pareciam uma profecia.

No tempo que passou no internato, passou a pensar mais no presente e que o futuro é que importava.

Mas não sabia, naquela época, que o futuro seria o menos importante. E que o passado...


(....)


Hinata se olhava pela enésima vez no espelho.

Usava um vestido longo da cor Borgonha de cetim, estilo princesa e com decote off-the-ombro. Prenda de sua amada irmã Hanabi.

— Está linda, senhorita — emocionada, a senhora limpou as lágrimas — Sua mãe ficaria orgulhosa da bela mulher que se tornou — Hinata deu um sorriso grato.

— Não chore, Naná. — Abraçou a sua babá de berço — Sim, ela ficaria — Respondeu se olhando no espelho. Ela seria a cópia perfeita de sua mãe. Talvez por isso seu pai a afastasse tanto.

Ouviram a porta bater e logo foi aberta por ele. Seu primo, seu amor platônico inconcebível. Estava belo usando aquele terno preto.

Ele a contemplou melhor.

— Está uma graça — ele se aproximou da aniversariante e a deu um beijo casto no meio da testa. Hinata fechou os olhos, apreciando o carinho. — Vamos? — Perguntou e ajeitou a caríssima tiara de pedras em sua cabeça. Seus dedos deslizaram suaves até o peito desprotegido e no centro dele o artefato de ouro. — Vejo que gostou do presente.

— Eu gostarei de tudo que me der, irmão — sua voz soou afável.

Neji estendeu o braço para a Hyuuga, que aceitou de bom grado.

Como em filmes clichês, as pessoas no meio do salão pararam para admirar a casal glorioso que descia, em passos ensaiados, pelos ornamentados degraus cobertos pelo tapete vermelho que se estendia do topo da escada até embaixo.

Uma música clássica inundou o local. Fazendo as pessoas se afastarem da pista de dança. E, quando chegaram ao salão, Hinata olhou para irmão.

— A primeira dança da noite é da aniversariante. — Sussurrou em seu ouvido — me dê a honra dessa dança. — Estendeu a mão a ela que prontamente aceitou. Uma mão quente de Neji percorreu sua cintura a puxando para si e outra enlaçou-a pela mão, erguendo-a — Espero que não tenha esquecido das suas aulas de dança.

Com movimentos graciosos, eles valsavam ao som da música. Seus olhos se focavam nos olhos cinza do primo. Outras pessoas voltaram a se acomodar ali no meio e dançar também. Em um giro, sentiu-se ser lançada para o lado e outro homem tomou o lugar de Neji. Ele era muito belo, seus cabelos claríssimos e seus olhos azuis cristalinos a fitavam em desejo. No entanto, a forma dele a conduzir era um tanto perigosa, apertava-a possessivamente como se fosse dele, sua propriedade. Indignou-se com aquilo, mas tinha que manter as aparências. Passou os olhos pelo salão, seu pai a olhava de longe como se controlando seus passos. Quando ele sorriu para si, Hinata fez o mesmo, mas de forma seca. Aquele era o ritual da dança, trocar de parceiro a cada um minuto e trinta segundos de valsa.

— É um prazer finalmente conhecê-la, senhorita Hyuuga — sorriu educado. Quando viu que os casais trocavam de parceiros suspirou frustrado. — Temo que não temos mais tempo, por enquanto, até breve — a lançou para o outro homem. Hinata não gostou muito daquele "até breve". Seu corpo tremeu em aviso. E, quando viu seu primo novamente com ela, suspirou em alívio.

Hinata percebeu que os rumores eram certos. Dançar com Neji Hyuuga era como flutuar em paz.

Por fim a música parou, fazendo suas respirações pesadas se misturarem. Tão perto. Viu o homem retirar o pequeno fio de cabelo colado em sua boca.

Agora, todos sentados à mesa ouviram seu pai fazer um discurso sobre o quanto estava orgulhoso de sua filha.

Tremenda Fachada.

Hinata suspirou, Shion se aproximou e sentou ao seu lado na mesa exclusiva. Estava uma beldade usava um vestido medi tubinho preto de moda evangélica.

— Como anda o dia da minha princesa? — perguntou divertida.

— Cansativo. Só quero que acabe logo. — Confessou.

— Acredite, esse dia será inesquecível para você — disse misteriosa. Hinata a olhou confusa. — É seu aniversário. — A deu um sorriso brilhante. — Cadê a Hanabi? — perguntou, vasculhando o lugar com os olhos.

— Castigo. — Respondeu com simplicidade. Hanabi, às vezes, passava dos limites quando o assunto era provocar Hiashi.

Quando a amiga estava prestes a dar continuidade à conversa, Hinata viu seu primo levantar e pegar o microfone.

— Boa noite a todos. Gostaria de pedir a vossa atenção, por favor. — O homem de negócios, atraente aos olhares femininos, ajeitou a gravata preta. — Hoje é um dia muito especial para mim e minha irmã. — Apontou para a prima, Hinata, que sentiu a face esquentar com o constrangimento — Quero parabenizá-la por mais um ano de vida e aproveitar o aniversário da minha amada irmã para fazer um anúncio. — Os murmúrios começaram curiosos — Caros convidados, quero convidar a todos para o meu casamento. Mei, meu amor. — Neji chamou a mulher ruiva, e ela elegantemente caminhou, sorridente, até o noivo. Contente com a coragem do Hyuuga.

Hinata travou. Aquilo a pegou de surpresa.

Seu irmão iria casar? E com Mei? Agora entendia porque do champanhe não lhe descer tão bem hoje.

A plateia e familiares ainda tentavam digerir a notícia. No entanto, saíram do transe quando ouviram os aplausos por parte do magnata Hiashi Hyuuga. O único que parecia, de certeza, saber o que estava acontecendo.

— Viva aos noivos! — Brindou Hiashi, estendendo a taça de champanhe ao alto. Logo sendo seguido pelos outros que estavam ali — Agradeço pela vossa presença. Minha filha, venha cá — pediu, estendendo a mão em direção a ela. Hinata levantou-se e caminhou até ao pai, receosa, e aceitou o contato. Seu coração, de alguma forma, estava inquieto — Filha, quero que te apresentar a alguém muito especial — disse o pai, contente. Virou-a um pouco, e o homem de pele pálida com quem dançou já estava ao seu lado — Hinata, conheça Toneri Ootsutsuki... — indicou que ela fosse até ele. Hinata obedeceu e estendeu a mão a Toneri, que a beijou a mão em um cavalheiro cumprimento — Seu noivo.

— O quê?


(....)


Hinata usava sua camisa de dormir preta de seda fina. Olhava para o espelho se lembrando que desmaiou no meio do salão com as trágicas notícias da noite. Uma desgraça! Seu pai nem a olhou na cara depois disso. Era tanta emoção numa noite que não aguentou e colidiu.

Um noivo...

E Neji estava noivo também...

— Hinata? — O homem de seus pensamentos entrou no quarto. — Está melhor? — perguntou e recebeu um aceno em resposta. — Que bom! Aliás, não vai dar os parabéns ao seu irmão? Irei casar, sabia? — Disse brincalhão. A mulher mordeu o lábio inferior em raiva, se levantou e abraçou. — E você, está feliz? Irá se casar também. Devo parabenizar você, Hinata.

Como ele podia?

Sentiu os olhos marejados, pronta para chorar.

— Como pôde?! — murmurou em angústia, sua voz soando trêmula.

— O que foi, Hinata? — Neji levou as mãos aos ombros dela, preocupado.

— Eu não quero que se case, Neji! — Gritou, olhando para ele. O rosto estava já retorcido e molhado pelas lágrimas.

— Como não quer que me case, Hinata? — Perguntou, preocupado com a revolta da prima. — Tem medo que eu deixe de cuidar de você, é isso? — inquiriu tentando achar lógica no choro repentino dela — Ei! Isso não irá acontecer. Eu amo você, Hinata. — A obrigou a olhá-lo, a puxando pelo queixo.

— Você é tão cruel, Neji. Como pode. — Sussurrou, enterrando o rosto na curva do pescoço dele. Mas logo revoltou-se e o empurrou. — Não é a mesma coisa e nunca será. Você nunca poderá retribuir o que sinto. Nunca! — Ele arregalou os olhos em choque. A irmã passou por ele correndo.

A lua parecia segui-la.

Quando se viu no meio do jardim extenso de casa, fechou fortemente os olhos e respirou fundo, querendo acalmar seu coração machucado.

O destino era muito cruel com ela.

Quando tornou a abri-los, uma mulher a encarava. Hinata se sobressaltou em susto. A misteriosa mulher usava roupas exóticas e sorriu de forma gélida. Quando passou por ela, sentiu seu corpo tremer de frio. Decidiu a seguir. A mulher foi até uma casa com várias portas, ela parou em frente duma específica e atravessou a feita de madeira.

Ela, literalmente, passou pela parede?!

Hinata deu dois passos atrás, com medo.

— Hinata! — A voz do primo a gritar por si a alertou. Não conseguiria o encarar agora. Afobada, abriu a porta do quarto e entrou, fechando-a atrás de si em um tremendo empurrar com força.

Fazia frio.

Aquela era a biblioteca da grande casa.

Por através da grande janela do quarto, só a lua iluminava o local, dando-lhe um ar sombrio.

— Tem alguém aí? — perguntou para o nada.

Um pequeno brilho dourado e anormal envolveu a sala. Hinata que andava sobre o ruidoso chão de madeira seguiu até a fonte da luz.

— O livro dos mortos. — Sussurrou, fascinada ao ver aquela obra de arte de perto.

O livro dos mortos não era um livro qualquer. Era um livro usado para amaldiçoar ladrões de túmulos, mas também que dava conselhos e avisos para que os mortos pudessem chegar em segurança à sua próxima vida.

Antes que pudesse tocá-lo, seu bolso, na roupa de dormir, vibrou.

"Hinata, precisamos conversar."

Apertou o celular.

— Eu só queria que você me amasse da forma que eu te amo — lamentou a mulher, tapando a face chorosa com as mãos. As lágrimas caíram sobre o livro. A luz se manifestou mais intensamente, fazendo a Hyuuga se alertar — O quê...? O colar? — Se perguntou, olhando o cristal azul se iluminar.

— Hinata!! — Neji chamou. Resfolegou pelo esforço de correr pela propriedade a procura da prima. Quando a avistou sendo envolvida pela mistura das luzes azuis do colar e dourada do livro, ele estendeu a mão para Hinata afoito e gritou — Hinata!

Ela se esforçou na tentativa de se voltar para Neji, virou meio corpo, o lançando um olhar amedrontado. Esticou o braço para alcançar a mão estendida dele. Quando a ponta dos dedos estava prestes a se tocar, a moça evaporou num feixe de luz.

Hinata já não estava mais ali.

Hinata havia desaparecido.


Notas Finais


eu odeio fazer cap grandes porque acho que cansa o leitor sabe. esta ai o cap. do que aconteceu duas semanas atrás. toneri é uma pessoa "óptima" acreditem até breve bjs!


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