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História A Consciência Além do Tempo - (Reescrevendo) - A culpa dos corações que não deveriam se sentir culpados


Escrita por: Melousa

Notas do Autor


Chegueeeeeeeeeei. É um capítulo novo também. Só vamo, moçada. Falem depois o que acharam nos comentários 💚

Sem mais delongas, se deliciem kkkk

Capítulo 47 - A culpa dos corações que não deveriam se sentir culpados


Harry caminha até o corpo de Tom com o passo apressado. Ele se abaixa e vê os ferimentos na face do amigo. Os olhos do maior estavam fechados e sangue escorria das narinas e do canto da boca de Riddle. O menino apoiou-o sobre suas pernas e viu que sua cabeça também sangrava.

– Como pôde fazer isso, Charlus...? Ele sequer estava se defendendo... – sussurrou sem encarar o grifinório. Harry pegou sua varinha e usou alguns dos poucos feitiços medibruxos que conhecia. Os que viu Tom usar em Avery.

O rapaz de vestes vermelhas tentou se aproximar, contudo, o menino de óculos lhe lançou um olhar ameaçador.

– Não acredito que depois de algum tempo sem nos vermos, essa é a primeira coisa que me fala... – Harry arqueou uma sobrancelha indicando que queria a resposta da pergunta que fizera. Não sentimentalismo. Charlus suspirou – certo... não sei o quanto escutou da conversa, mas sem dúvida não foi tudo. Não defenderia o Riddle se fosse assim.

– Tom já fez muita coisa errada. Só que eu tenho certeza de que dessa vez não é o caso. Não se ataca alguém que não pode se defender! – disse o menor. Harry sorriu discretamente ao ver parte do inchaço do rosto de Riddle ficar menor. – é irônico que você seja da Grifinória sendo que esse ato é de covardia e não de coragem!

– Covardia?! – respondeu incrédulo. – covardia é o que o idiota fez! Ele afastou de mim todo mundo que era importante: O Hyde, a Dórea e agora até mesmo você!

O ex-grifinório riu sarcasticamente, desviando sua atenção dos cuidados médicos que dava a Riddle.

– Você e sua crueldade me afastam sem ajuda de ninguém! Eu realmente queria te agradecer antes de presenciar aquela cena de agressão patética! Eu sei que quando o suposto “Lestrange” me atacou, você me salvou, mas na hora, eu acreditei que fosse o Pettigrew. –  O moreno de óculos se interrompeu ao sentir nojo de pronunciar aquele nome. Se forçou a continuar – e o Tom também não fez nada com o seu amigo idiota!

– Harry, o Hyde gosta de você! Por que está o tratando desse jeito...? – Respondeu confuso e com voz baixa.

– Seu amigo é o responsável pelo Chris gemer de dor naquela cama hospitalar! – Revelou por impulso. A face de Charlus se contorceu em uma careta assustada e surpresa. Ele negava que aquilo era possível. – Ele mesmo me confessou. E você pode tirar a dúvida dizendo o nome dele na frente do Chris. Lestrange vai começar a tremer. Mas... te garanto que se for cruel ao ponto de fazer isso, vai se ver comigo...

Charlus continuou balançando a cabeça e seu corpo pendeu para o lado. Deixou uma única lágrima escorrer e sua voz se engasgar, duvidando de si mesmo.

Já tinha visto o olhar de Christopher Lestrange ficar assustado ou ouvir o nome de Pettigrew.

– Não... O Hyde... e-ele não faria isso...

Harry sorriu ironicamente outra vez. Falou com deboche:

– Mas o Tom faria, certo? – ignorou o grifinório enquanto voltava a prestar atenção em Riddle. Conseguiu estancar o sangue do nariz do amigo, entretanto, a face ainda possuía o líquido molhado. Conjurou um pano e passou delicadamente no local.

Harry queria contar o que realmente acontecera com Hyde. Queria poder dizer que o matara. Contudo, tinha consciência do tamanho do problema que arrumaria com aquilo. E tinha certeza que se Charlus fosse defender o idiota, acabaria por contar tudo. Trocou de assunto.

– E Dorea? – perguntou. Charlus reergueu o rosto desolado, pensando nas mentiras que rodeavam a sua amizade com Hyde. O menino menor continuou – disse que a Dorea também se afastou de você. Por quê?

O futuro avô virou o rosto de lado, sem encarar o rosto de Harry. Falara aquilo por impulso. Sabia que a culpa da namorada ter ido embora era exclusivamente sua. A brincadeira que fizera com Riddle realmente havia sido de muito mal-gosto. E o pior é que não lamentava por tê-lo constrangido em frente a tantos alunos.

– Esqueça... dizer isso foi  exagero. – disse em meio a sussurros.

Aquilo fez Harry realmente se interessar pela resposta. Gostava de Dórea, gostava muito. Ele percebeu o olhar culpado que passou na face de Charlus. Queria saber o que o rapaz fizera para sua amiga e agora talvez futura avó.

– Que merda que aconteceu?

O grifinório abriu a boca para responder, porém a fechou mudando de ideia. Olhou ressentido para Harry antes de se levantar e começar a se afastar. Só que o jovem da casa Sonserina lançou-lhe uma azaração das pernas presas, forçando-o a cair no chão. O moreno deitou o corpo de Tom no piso outra vez, confortavelmente. Se aproximou de Charlus, cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha. O Potter avô ficou assustado.

– Harry, eu fiz uma coisa que a Dórea não aprovou. Uma coisa que envolveu o Riddle. – Harry fez um sinal para que prosseguisse. Charlus engoliu em seco, percebendo que o menor não estava brincando e era capaz de machucá-lo se achasse que era o certo. – eu li o diário dele.

A expressão incrédula do menino arrepiou Charlus, obrigando-o a continuar o ocorrido encarando o chão. As palavras saíam com frieza, não se sentia mal quando disse que Tom era um morto de fome, analisando o quanto de comida o rapaz comia, ou quando leu os fatos cruéis e humilhantes de um surra que o sonserino levara no primeiro ano. Nem quando mencionou ter visto Riddle ruborizar de vergonha pela humilhação como uma criança indefesa.

A única coisa que o fazia se sentir mal era Dorea ter ficado ao lado de Riddle.

– Seu... bastardo... – sussurrou Harry chateado. Não acreditava que pessoas de sua casa original conseguiam ser tão cruéis. Era Hyde, era Charlus. E ambos tiveram Tom como alvo. Não era à toa que o rapaz estivesse tão recluso quando Harry foi falar com ele depois de achar Chris. Riddle precisava muito de alguém que não o maltratasse.

E Harry não conseguiu ser esse alguém.

– Você já morreu de fome...? – perguntou encarando o maior. Charlus não entendeu a pergunta. – Já morreu de frio? De dor? De falta de carinho? De falta de amor? Família?

A voz do menino ia ficando perigosamente mais alta. Entretanto, seu tom sombrio e sarcástico não diminuíram.

– Harry...

– Eu morava em um armário debaixo da escada! Eu acordava todos os dias sabendo que teria comida escassa! Apanhava sem ter feito nada! – gritou. Charlus ficou confuso, achava que o menino havia enlouquecido. – todas as noites eu chorava com medo do escuro, com dor no estômago e com frio! Eu só tinha os restos, nada que pudesse melhorar uma dessas coisas! Nem mesmo a lembrança da minha família, diziam para mim que meus pais eram aberrações! Você sabe o que é isso?! Sabe?!

Charlus começou a negar com a cabeça desesperadamente. Harry estava descontrolado, nada do que ele falava fazia sentido. A vida que o menino tivera havia sido agradável com a mãe, lá na América. Certo...?

– Cara, eu realmente não entendo o que...

– Mas o Tom sabe! – continuou ignorando o maior. – ele sabe o que é todo esse sofrimento! Sabe o que é ser uma criança injustiçada e solitária! E ele não merecia nada disso!

– Mas do que está falando...?! 

– Seu querido amigo Hyde acusa o Tom de ter deixado Avery e Malfoy terem agido de forma estúpida anos atrás. – continuou em sua própria linha de raciocínio. Segurou o grifinório pelos ombros, sacudindo-o com violência . – Mas o que esse idiota estava fazendo para que não percebesse o quanto o Tom sofria no orfanato?! Por que seu amigo não o ajudou?!

Charlus tentou colocar uma mão no braço do outro moreno, para acalmá-lo, contudo foi afastado com agressividade. 

–  Por favor, Harry, eu não...

– Você o quê?! Não tem culpa?! – Harry andou por trás das costas do maior e virou o rosto dele com violência. Usou seus dedos para segurarem o queixo de Charlus, dirigindo os olhos dele para frente. O grifinório gemeu assustado e com dor pela pressão dos dedos em sua face. – Olhe para ele... olhe o que fez! Olhe para ele, bastardo!

Harry continuou segurando o rosto do outro na direção do corpo machucado de Tom. A respiração nervosa do maior era quase palpável, irritava o menino.

– Veja, como se sente? Está orgulhoso? Acredita que fez um bom trabalho? – Charlus tentou desvincilhar-se e o menor o segurou com mais força. Harry sussurrava friamente em seu ouvido. – Você afirma não gostar dos alunos elitistas, só que é desse jeito que agiu humilhando Tom Riddle por ter tido uma infância de merda...

Charlus engoliu em seco, tendo aquela verdade jogada em sua cara.

– Você pode até não ter culpa pela infância dele. – Harry puxou o cabelo do rapaz para que este não abaixasse o olhar. – Mas tem culpa por ele ser um monstro...

O grifinório ficou surpreso pela voz de Harry e pelo adjetivo usado para definir alguém que defendia com tanta veemência.

O sonserino se referia a coisas que Charlus nunca ia entender. Se Tom tivesse recebido apoio e ajuda em Hogwarts, talvez nunca tivesse pensado em criar a causa. Se Charlus não o tratasse tão mal, talvez a raiva de Riddle em relação aos Potter fosse menor. Talvez Harry nunca precisasse ficar conhecido como o menino-que-sobreviveu. Voldemort jamais afloraria.

Não era culpa só de Tom. Era culpa de todos.

– Harry, por que você o considera um monstro...? – perguntou Charlus com timidez. Encarou o menino para que ele visse em seus olhos que não estava debochando da situação.

Só que o menor apenas arqueou uma sobrancelha com raiva.

– Por que está olhando para mim?! Eu mandei olhar para ele! – Novamente o ex-grifinório virou a cabeça do outro com agressividade. Doeu e o garoto gemeu. 

Harry sussurrou para que o maior admitisse seu erro em voz alta. Que confessasse a culpa que tinha no sofrimento de Tom. Ele não queria e tentou abaixar o olhar outra vez, porém, os dedos do outro o impediram.

Analisou pela primeira vez o estrago que fizera. Riddle estava deitado, com a camisa manchada de sangue e com feridas no nariz e hematomas na face. Os lábios entreabertos, um dos dentes quebrados. Tom Riddle realmente parecia indefeso. Foi quando pela primeira se sentiu envergonhado por ter humilhado-o. Foi necessário que Harry enlouquecesse para que pudesse perceber o quão pequeno e maldoso era.

– Eu – respirou fundo. O outro o olhava com intensidade – s-sou responsável pela covardia de atacar alguém que não tinha como se defender... sou culpado por parte da d-dor de Tom Riddle...

Doeu dizer aquilo. Uma parte sua queria que Tom acordasse para que pudesse se desculpar com ele. Sua cabeça estava girando. 

– Sim, você é. – falou o menino menor ainda o encarando. Harry manteve o olhar triste, assustado e cheio de remorso de Charlus em Tom. Podia perceber que muita coisa que havia dito, era perigoso. – agora você vai fazer uma última coisa. 

Se aproximou ainda mais de Charlus e continuou com a voz ainda mais baixa do que antes. Aquelas circunstâncias e o quase silêncio, além da ameaça escondida dentro da voz de Harry, fez o grifinório se arrepiar:

– você vai se levantar bem devagar... – Harry retirou o feitiço que prendia as pernas do maior – vai se virar a vai começar a andar até o seu salão comunal. Vai manter a varinha guardada nas vestes enquanto eu te observo ir...

– Harry...

– Eu vou lançar um obliviate em você, para que sua boca grande não saia espalhando nada por aí. Como fez com o Tom.

Charlus virou o rosto assustado e olhou para o menino.

– Não apaga a minha memória, por favor, prometo que não vou falar nada para ninguém...! – sussurrou com medo da reação do outro. Apesar de tudo, queria ter aquela conversa fresca em sua mente. Assim, não iria voltar a cometer os mesmos erros novamente. E ao se tocar que era tão elitista quanto desprezava, decidiu que queria mudar.

Por Harry, por Dórea e até mesmo por Tom Riddle.

– Como se eu fosse confiar em você. – respondeu o menor. – Mas não se preocupa, apenas irei retirar algumas coisas. Quero que se lembre que posso assustá-lo quando bem entender.

Com isso, o mais novo se levantou e esperou que Charlus fizesse o mesmo. Sem pensar duas vezes, o grifinório começou a seguir as ordens que recebera. Se afastou aos poucos. Harry viu quando o maior guardou a varinha e seguiu pelo corredor, tremendo.

O moreno com uma cicatriz caminhou de volta até o corpo de Tom, apoiando-o em suas costas. Percebeu o braço quebrado e desejou dar ao grifinório o mesmo destino que Hyde. Só que tinha consciência que matar Charlud era evitar seu próprio nascimento. Ergueu a varinha. Precisava se livrar das frases desconexas que dissera sobre a própria infância que ia contra a história que inventou para Harry Foxworth.

Obliviate...

Ele viu Charlus parar de andar por um segundo e sacudir a cabeça. Porém, logo depois o rapaz continuou seu caminho. Ainda se lembrava da ordem recebida.

Harry o observou sumir aliviado. Agora podia cuidar de Tom.

 

Tom acordou algum tempo depois. Sentia que estava em uma cama macia, seu corpo estava debaixo de uma coberta quentinha. A dor que sentia antes de perder a consciência diminuira consideravelmente e enxergava normal. Tentou se sentar sentindo seu braço esquerdo protestar em resposta. Gemeu.

– Fica deitado, precisa descansar... – Tom virou a cabeça reconhecendo a voz. Ouvira também antes de desmaiar. Achava que era alguma pegadinha sórdida de sua mente.

Mas não, ali estava Harry.

Vivo.

Riddle o abraçou assim que o menino se sentou na ponta da cama. Apertou com força, temendo, que se fosse um sonho, iria acordar caso não o fizesse.

–  Você está aqui...! Bem aqui...! – dizia entre soluços. Potter correspondia o abraço e o apertava de volta, apoiando sua cabeça na do maior.

– É... Estou... – falou baixo, aliviado. – Senti sua falta, Tom...

– Eu também senti a sua, Harry... achei que você fosse morrer. – Ele continuou segurando os braços do menor, mas se afastando, o analisava de cima a baixo. – Eu não sei como isso é possível...que esteja vivo... só que particularmente estou tão feliz que não me importo...!

Potter sorriu. Respondeu que tinha coisas para explicar.

– Eu também não sei como, Tom. Mas já que quer saber, fiquei aqui depois que acordei na ala hospitalar. – respondeu e acrescentou que estavam no cômodo escondido da câmara secreta. – Sabe, eu também achei que fosse morrer. Me sentia fraco... até que passei a conseguir te escutar. E senti quando segurou a minha mão...

Riddle sorriu culpado. Depois que Chris o aconselhara a fazer aquilo, Tom não parou de fazer.

– Era o mínimo que podia fazer... a culpa pelo seu estado era minha...

Harry desviou o olhar...

– Bom, eu escutei quando você me contou como se sentia. Logo depois você teve algum tipo de descontrole mágico... – Riddle o interrompeu e explicou que suas emoções ficaram fora de controle e por isso que sua magia ficou com problemas. – Eu me senti mal com isso, Tom. Confuso. Porque antes de você falar tudo aquilo eu...

O menino se interrompeu. Piscou duas vezes tentando conter as lágrimas. 

– Você... – encorajou Riddle. Sentiu quando Harry segurou sua mão com força.

– Eu achava que você tinha atiçado o basilisco de propósito para pegar seu diário de volta...! – Tom arregalou os olhos por um momento, mas não podia culpar o amigo por pensar daquele jeito. – Então, quando acordei pouco tempo depois do seu desabafo, fiquei confuso. Precisava ficar sozinho para pensar...

– E por isso você saiu de lá? Como fez para não ser visto, eu estava do lado de fora o tempo todo...

– Senti que estava sendo observado. Por alguém que não era você. Eu já estava desperto quando você discutiu com o Charlus perto da porta. , só que fingia dormir tentando organizar meus pensamentos. Como não sabia quem mais estava por perto, me escondi debaixo da cama. Sai depois que achei que estava tudo tranquilo. Você estava dormindo perto do Chris...

Riddle não podia acreditar que Harry ainda ficara na ala hospitalar, perto de si, sem que soubesse. Ninguém suspeitaria, por ser tão óbvio, que o menino estaria debaixo da cama.

– Harry, eu fiquei tão preocupado! Se soubesse no quanto me torturei por isso...!

– Eu sei, Tom, agora sei... – Sussurrou, erguendo o rosto da maior, sua voz chorosa. – Quero que entenda que apesar de eu ter achado que você tinha me atacado propositalmente, não culpei você por isso...

– O quê...? – Respondeu com um fio de voz confusa.

– Eu me culpei. – ao ver Riddle arregalar os olhos, respirou fundo – tudo que você tinha dito... sobre ser abandonado... estava certo. Eu me culpei porque não percebi o egoísmo que eu tive ao não notar que a minha amizade iria te machucar. Era tão óbvio... Eu abandonei você.. indo embora para casa eu vou abandonar você... e você já foi muito abandonado...

– Harry... 

– Me deixa falar, por favor... - fungou - fui cego o suficiente para não perceber que estaria cometendo o mesmo erro da sua mãe, do seu pai, das crianças dos orfanato... eu estava contribuíndo para que você se tornasse um monstro. Aquele monstro... Fui cruel pedindo para sermos amigos...

– Você se arrepende, é isso...? – perguntou com amargura. – Preferia ter permanecido naquela relação hostil de quando chegou?

– Eu queria preferir... – Respondeu com sinceridade. – Mas cada momento com você foi tão precioso para mim... tão belo. Eu aprendi a não te odiar. Aprendi a compreender e a perdoar o seu eu do futuro. Por Merlin, Tom eu agradeci mentalmente aos meus tios por terem me feito vir para cá! Foi e é um enorme prazer conhecer você... Um privilégio... eu não mudaria nada. E isso é algo que lamento, porque sei que mais cedo ou mais tarde, você vai ser ferido. Se realmente tivesse feito o basilisco me atacar, seria porque eu me dizia seu amigo, só que justamente isso me impede de ser bom o suficiente para assumir esse posto! A culpa da situação também é minha!

Riddle segurou Harry pelos ombros, ignorando seu braço reclamar, balançou um dedo no rosto do menor enquanto limpava as lágrimas dele com os outros.

– Nunca mais repita isso, Harry... – sussurrou, beijando a testa do menor. – eu te proíbo, ouviu? Eu te proíbo...!

Harry tentou abrir a boca só que Tom o interrompeu.

– Você nunca foi cruel comigo. Você me fez sentir coisas que achei que jamais sentiria nessa vida... Coisas que eu julgava fracas. Só que elas me fizeram mais fortes! Você me fez mais forte! – Disse erguendo o rosto de Harry com a ponta do dedo – Eu também fui egoísta... não ter você para sempre era algo que no meu interior eu sempre soube. Ao invés de procurar fazer mais amigos, eu remoí isso. E como doeu... 

– Eu sei que doeu, Tom! Só que ninguém te fez sentir seguro para confiar, e isso não é culpa sua... – respondeu Potter com o rosto molhado. – Eu decidi que não quero mais ser tão egoísta... Tomei uma decisão...

Riddle arregalou os olhos. A única decisão que passava em sua mente, que poderia ter sido tomada , era a de que Harry iria se afastar aos poucos. Para que Tom voltasse a saber como era a vida antes dele. Um processo devagar, assim o herdeiro de Salazar não sentiria tanto o afastamento...

– Harry, saiba do seguinte: você é a melhor coisa que já me aconteceu. Não foi saber que era um bruxo, não foi achar a câmara secreta ou descobrir que descendo de Salazar. Foi você... E sabe o quão terrível eu era antes disso... eu não me importava com nada e com ninguém, mas isso porque ninguém tinha se importado comigo antes...! Ninguém me amava... – Tom deixou duas lágrimas escorrerem por seu machucado. – mas agora eu me sinto amado...! Por você, Harry...! E isso significa... que agora posso amar também...!

– Tom...

– Eu te amo, Harry! – Gritou em meio ao choro – Eu te amo muito...!

Riddle voltou a abraçar Potter como se fosse o único jeito daquele momento não desaparecer. Não deu a chance do menor falar mais nada. Apenas sentiu quando Harry apoiou a cabeça contra seu ombro, molhando-o de água salgada. O abraço parecia aquecer ambos os corações culpados e ressentidos, que na verdade não deveriam se culpar.

– Eu também te amo, Tom... – sussurrou Harry de modo abafado pelo choro contra a camisa de Riddle. – E sempre vou amar...


Notas Finais


E então? O que acharam? Essa conversa não acabou kkkkkk
Por favor, comentem (daqui a pouco vou responder os do capítulo anterior 💚) VAMOS RUMO AO 150 FAVORITOS

BJS DE LUZ MOÇOILAS E MOÇOILOS :3


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