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História A Consciência Além do Tempo - (Reescrevendo) - Sem conclusões precipitadas


Escrita por: Melousa

Notas do Autor


Pessoinhas, desculpa pela demora em postar esse capítulo. Era pra ele ter saído sexta 😥😲. Mas por motivos pessoais só consegui postar agora. Mas ele foi feito e escrito com muito amor.
Esse capítulo ficou menor que os últimos ( também a maioria tinha 3000 palavras pra cima kkkk)
Beijos, se deliciem 😝 Favoritem e comentem!!!!! Estamos quase chegando a 150 favoritos 💚

Capítulo 48 - Sem conclusões precipitadas


Vários minutos se passaram. Tanto Tom quanto Harry não queriam dizer mais nada. Aquele silêncio era confortável. Tranquilizador. Os rapazes apenas permaneceram abraçados, ignorando o frio da noite e a dor que ainda sentiam dentro do peito.

Até que o jovem Potter se lembrou que a dor de Tom não era só interior. O rapaz havia levado uma surra.

– É melhor você voltar a deitar... – disse o menor. Riddle enrugou as sobrancelhas quando o amigo o soltou para empurrá-lo delicadamente na cama. – Você ainda está machucado...

– Harry, desde quando você sabe alguma coisa sobre medibruxaria? – Perguntou ironicamente. O menor arqueou a sobrancelha, falsamente ofendido. Aquela voz jocosa era boa para aliviar a tensão – Como posso saber que é confiável? Que não vai piorar tudo sem querer?

Ambos os meninos riram. Potter pegou uma tala e faixas para cuidar do braço quebrado de Riddle.

– Cara, você pode dispensar meus cuidados médicos à vontade e ir para a ala hospitalar. Só não esquece que Yallow vai saber que você apanhou pra caramba. – Tom revirou os olhos antes de cair na risada novamente.  Harry sorriu, mas mudou de voz – brincadeiras à parte, eu cuidei do Chris na sala precisa. Me lembro de algumas coisas...

– Ele me contou.... – Respondeu o moreno maior, já mais sério.

– Eu também me lembro de quando o Avery estava aqui e eu observava você cuidando dele...

Riddle arqueou uma sobrancelha. Ele não sabe se a palavra “cuidar” era a certa para aquele caso. Sim, ele fez com que os ferimentos de Albert desaparecessem, porém, porque Harry insistira dizendo que se não o fizesse, poderia ir para Azkaban.

Aquilo resultou em Tom passar mais tempo do que queria na câmara secreta. Lembrava-se do jovem Potter lhe perguntando se podia visitar Albert durante alguns intervalos de aula. Não que Harry se importasse, mas na época era cansativo ficar inventando mentiras, falsas lembranças e usar polissuco para que ninguém desse a falta do menino. Só que  Riddle sempre respondia que não. Justificava dizendo que o Potter não conseguiria entrar, já que as únicas pessoas que controlavam o lugar eram herdeiros de Sonserina.

Tom arregalou os olhos e tentou se sentar bruscamente, sendo impedido por Harry que segurou seus braços. O menino o olhou irritado pelo esforço desnecessário e começou a forçá-lo a se deitar outra vez. Riddle apoiou uma mão em cima do ombro de Potter.

– Harry, você disse que ficou aqui depois que saiu da ala hospitalar. – Começou baixo – Mas isso não é possível. Tem que ser parente de Salazar para entrar.

Potter abriu a boca para responder entretanto a fechou. Não havia se recordado daquilo até aquele momento. Piscou algumas vezes, sem saber o que o outro estaria pensando. Sabia que Tom não acharia que tinha mentido, mesmo assim tomou cuidado com as palavras.

– Olha, eu não sei... quero dizer talvez você tivesse uma informação falsa. Ou sei lá...

– Nem vem com essa de informação falsa. Há menos que você seja parente de Slytherin, não pode chegar até aqui.

Harry começou a balançar a cabeça com as conclusões que sua mente chegava. Eram impossíveis. E Tom chegava às mesmas conclusões. A negação de Potter era quase visível mas inconscientemente Tom alargava um sorriso.

– Harry, isso significa...

– Não fala.

– Que somos parentes! –Tom começou a rir. Uma risada alegre e verdadeira, cheia de sonhos. Não sabia como era possível o que dissera, só que tinha certeza que não havia outra explicação. Salazar Slytherin jamais permitiria que alguém ficasse naquele cômodo sem pertencer verdadeiramente a sua família. – Pensa, até que faz algum sentido. Você foi parar na casa Sonserina aqui no passado, e teria ido também no futuro se não tivesse pedido ao chapéu seletor para não ir, você sobreviveu ao basilisco e até que se parece comigo fisicamente...

Potter ainda estava em estado de choque, contudo, não conseguia falar nada diante da empolgação de Riddle.

– Nós dois somos morenos, temos pele branca, olhos verdes – Tom listava nos dedos a semelhança de ambos. Depois abaixou a cabeça e diminuiu a voz – que mudam pra vermelho.. 

Harry levantou o olhar e arqueou a sobrancelha.

– Meus olhos não ficam...

– Albert te viu. Foi no dia que salvou o Chris... – respondeu cortando o outro. Já esperava que Harry não tivesse se tocado daquele fato. Abaixou o olhar – um pouco antes de você pegar meu diário e toda aquela merda acontecer...

Potter se lembrava de ter visto Avery um pouco antes de encontar com Tom. Realmente, estava com raiva naquele momento. Fazia pouco tempo desde que escondera o corpo de Pettigrew na câmara secreta. O guardou em um dos túneis da câmara secreta. Não encontrou o corpo quando voltou para lugar, e, como Riddle não comentou nada, chegou à conclusão de que o basilisco deve ter feito um lanche.

Ia esperar um pouco mais para falar sobre aquilo. Era melhor que Tom estivesse cem por cento saudável e que Chris estivesse presente também.

– Eu admito que não estava no meu melhor humor, mas mesmo assim...

– Harry – interrompeu Tom com calma e paciência – acredite em mim, Albert já me viu tantas vezes com os olhos vermelhos que sabe reconhecer o efeito em qualquer um. Isso só reforça a minha teoria de que somos parentes.

– Você realmente gostou dessa hipótese, certo? – sorriu cansado. Riddle concordou, escondendo sua frustração por Harry não sentir o mesmo. – Mas Tom, o fato é que tenho total certeza que descendo dos Potter. Claro, depois do que o Charlus fez, eu queria muito não descender, só que não tem como...

– E quem disse que você não descende do imprestável do Charlus? Isso não impede que você seja parente de Slytherin. Eu não estou dizendo que você descende especificamente de mim. – revirou os olhos, vendo o motivo de Harry ficar tão recluso. O menor suspirou um pouco mais aliviado. – Não sou seu avô. É aquele idiota. Mas talvez a família Potter descenda de Salazar. Da mesma forma que os Gaunt, a família de minha mãe. É quase como se fôssemos primos de segundo grau...

– De centésimo grau você quer dizer... ! – Disse desesperado.

– Por que isso é tão ruim pra você? – sussurrou Riddle receoso e ofendido. – Há pouco tempo atrás estávamos nos abraçando e dizendo que nos amávamos... e agora você age como se a hipótese de sermos parentes fosse a pior coisa do mundo...

Harry arregalou os olhos e rapidamente negou com a cabeça. Apoiou as mãos nos ombros de Tom e sorriu.

– Acha mesmo que a minha aflição é por sua causa? – riu nervoso ao ver a tristeza no rosto do outro. – O problema não é você, Tom. É que se isso tudo for verdade, a minha vida toda vai ter sido uma grande mentira. Toda. Eu... não sei mais no que pensar, parece que nada é real ao meu redor...

Riddle respirou fundo entendendo melhor. De fato, para Harry aquilo tudo devia de ser mais complicado. O coitado parecia desamparado. Mais orfão do que nunca. Tom se sentou, ignorando a dor de seu corpo, e abraçou Harry outra vez.

– Eu sinto muito por isso. É um choque, eu sei. – disse afagando o cabelo do menor. – não pense que é tudo feito de areia... que se desfaz... eu ainda estou aqui. Vou sempre estar aqui...

– Eu sei... – Respondeu pensando outra vez em sua partida de volta para casa. – Só que está certo, não parece que há outra solução...

– Não há. – o rapaz mais velho forçou um pouco seu cérebro. Se lembrava de quando Harry pegou seu diário e logo depois foi atacado pelo basilisco. Podia haver outro motivo plausível para aquilo tudo. Contudo, seria catastófico e ainda sim Tom estaria fortemente ligado ao menino. – na verdade, talvez seja melhor que pensemos nisso com mais calma depois. Tirar conclusões precipitadas nunca é bom.

Harry abraçou Tom com mais força antes de voltar a deitá-lo.  Estranhou a mudança de humor de Riddle, contudo, não questionou. Tinha mais o que fazer, como cuidar dos ferimentos do maior. Sussurrou que concordava em pensar em tais questões depois. Tom prometeu que o ajudaria a pesquisar sobre a árvore genealógica da família Potter.

O menino de óculos segurou a tala novamente e deu uma poção de gosto duvidoso para Riddle beber. Riu da expressão do rapaz e suspirou quando este esticou  o braço machucado para si.

Harry nunca esteve tão confuso. Uma parte sua queria um motivo para ficar no passado, mas não ser herdeiro do desprezível Salazar Slytherin. Ou neto de Tom. Não porque seria ruim, mas estranho. Muito estranho.

Talvez as coisas fizessem mais sentido conforme o tempo passasse.

 

Algumas horas depois, Tom já conseguia andar sozinho. Sua cabeça não sangrava, porém ainda doía um pouco. Estava enfaixada. Assim como seu braço em uma tipóia.

Os dois saíram da câmara secreta. Precisavam dizer a Dippet que Harry estava bem. O maior insistira que poderia convencer o velho diretor com uma história inventada só que o menino recusou dizendo que conseguia se virar sozinho.

Assim, tudo que Riddle precisou dizer a Dippet, foi como havia conseguido tantos machucados novos. Ele não pensou duas vezes e respondeu que era tudo culpa de Charlus. Mas quando o diretor perguntou como tudo aquilo havia começado, o motivo de Harry ter ido parar na ala hospitalar para início de conversa, se fechou completamente como todas as outras vezes. O que não foi um problema para Potter, que respondeu prontamente que não se recordava de nada. A última coisa que se lembrava era de levar Chris até a ala hospitalar. Pediu para Tom sair, deixando-o sem entender nada, contudo, mesmo assim, fez o que lhe foi pedido. Harry comentou com Dippet, com a maior cara de coitado que conseguia fazer, que Riddle também não se lembrava do ocorrido e que por isso se fechava, envergonhado, por não conseguir protegê-lo. Falava que Tom se sentia fracassado, inútil. Achava que era culpa sua. Quando reencontrou com ele depois do ataque de Charlus, Harry disse que perguntou o que aconteceu e essa foi a resposta, mas foi lhe pedido que não contasse para ninguém, por isso pediu a Tom para sair. Então quebrou a promessa por achar que era o melhor a se fazer.

Dippet suspirou ainda transtornado com a situação. Ainda acreditava que Grindelwald  podia estar por trás de tudo. Entretanto, estava contente com a volta do menino. Sussurrou-lhe para que ficasse perto de Riddle, ele estava precisando de apoio. Harry prontamente concordou.

Quando o menor saiu do lugar, localizou Tom escorado em uma parede, que perguntou o motivo de ter que sair da sala. Disse que explicaria tudo, enquanto seguissem para a ala hospitalar. Harry também sentia a falta de Christopher.

Quando chegaram lá, Avery dormia na cadeira onde Tom se acostumou a ficar. O rapaz tinha o rosto vermelho como se tivesse chorado por muito tempo. Ambos olharam para a cama ao lado. Havia uma bolha de ar envolvendo o nariz do castanho e tinha várias poções ligadas ao rapaz. Ele estava mais pálido do que quando Riddle saiu e seus braços estavam rígidos, colados ao corpo.

Tom sussurrou que era daquele jeito que Chris passava as noites. Harry suspirou triste. Puxou outra poltrona e empurrou Tom para uma das camas livres. Segurou a mão de Chris, dando um beijo fraternal na testa do castanho. Apesar de mais novo, cuidava do jovem Lestrange como se fosse mais velho. Riddle bocejou e Potter disse que explicaria para Yallow parte da história e que o outro poderia dormir em paz. Segurou a mão de Tom também. Ironicamente, assumindo a mesma posição que Riddle assumira quando Harry estava em coma.

Aquilo era mais uma característica que entraria para a lista de semelhanças entre os dois


Notas Finais


Por favor comentem, é de graça, não dói e coloca um sorriso no meu rosto 💜💜
Eu vou responder os comentários do outro capítulo ainda hoje, só esperem um tiquinho.
Beijos de luz, moçoilos e moçoilas 💚💚


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