XXXIV
A cabeça de Harry pulsava de dor.
Ele tentou se levantar e sentiu seu estômago querer sair pela boca junto com todo seu conteúdo.
-Calma, garoto. -A voz do Mestre de Slytherin fez Harry gemer e resmungar. Ele voltou a se deitar, com o quarto girando. -Exagerou na bebida ontem, hein, Potter?
-Hum… -Harry sentiu algo ser colocado em sua boca, e uma mão na parte de trás de sua cabeça ajudá-lo a beber todo o líquido. Ele respirou fundo pelo pequeno alívio.
-Seu pai era a mesma coisa. Não conseguia beber duas taças de vinho sem ficar mais animado que o normal. Sua mãe, no entanto… ela podia acabar com o estoque de um bar e ainda andar para a casa.
Harry só podia estar alucinando. Snape estava sendo cordial consigo? e fazendo carinho em seus cabelos?
-Então veio a guerra. Nunca vou esquecer do olhar da sua mãe quando ela me contou que ia voltar para Muggle. Ela odiava aquele lugar. Mas ela queria proteger você, o bebê tão precioso dela. Eu ofereci abrigo, aqui em Slytherin. Ela disse que não poderia, não com as tensões entre Gryffindor e Slytherin, com Gryffindor tão frágil e Lucius no poder. Então eu me ofereci para ir com ela para Muggle. Se ela podia voltar pra lá, eu também poderia. Ela também não quis. Petúnia só deixaria ela e o bebê.
O que estava acontecendo? Harry estava confuso, mas sua mente aos poucos parava de doer e apenas sobrava aquela névoa de resto de álcool em seu corpo.
-Eu sempre quis te conhecer. O filho do homem e da mulher que eu mais amei. Mas agora não é o momento para isso. Descanse. Quando você acordar, iremos conversar.
Harry sentiu a mente escurecer e entrou em um sono pesado.
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