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História A criança abençoada - O adeus


Escrita por: alinesnape

Notas do Autor


É um período de turbulência, mas tenho certeza que vai passar!
Só q vamos ter mais emoções pela frente... Umas boas, outras nem tanto...
Afinal, seja qual mundo vc vive, os problemas existirão sempre!
Acredito que sejam fases tipo um vídeo game que você vive, em cada fase vc estará mais forte para passar a próxima etapa!
Chega de delongas e vamos ao capítulo de hoje. Eu amei a atitude do Sexy Snape! 💚🐍💚
Quero ler a opinião de vcs tb sobre a atitude dele!
As corujas são sempre bem-vindas! 💕🦉💕🦉💕🦉💕

Capítulo 17 - O adeus


Fanfic / Fanfiction A criança abençoada - O adeus

 

Hermione se descontrola e começa a chorar, para ela a solidão era seu motivo mais forte para se casar com o amigo. Afinal ELE estava morto! Não saberia como viver no mundo mágico sozinha após a formatura. Se não fosse seus amigos insistir, ela teria voltado para Londres e nunca mais retornaria.

Ela secou suas lágrimas, e pelo adiantar da hora, desceu para tomar café. A coruja permaneceu no parapeito da janela até se cansar. Viu que não teria resposta, retornou à sua dona.

Horácio/Severo respondia às perguntas de Minerva.

- Está tudo bem, Horácio? Por que ela não desceu com você?

- Não está tudo bem... Aquele infeliz do Weasley está tirando o meu sossego! E o dela também!

- Como assim?

- Bom dia, Minerva?

Ela a cumprimenta e vai se sentar mais distante. Ficou grata pelas cadeiras próximas a eles estarem ocupadas.

Minerva respondeu e viu que ela estava com cara de choro. Virou-se para Horácio/Severo e faz novos questionamentos;

- Vocês brigaram?

- Não... Só estou chateado.

- Horácio, ela estava chorando, precisamos conversar. Quando você tem horário livre?

- Nas segundas à tarde e quintas à tarde.

- Então amanhã eu lhe espero no meu escritório.

O sinal bateu e Severo ao tomar o último gole do café, vira-se rápido para ela e diz:

- Tenho um compromisso. Se eu voltar cedo, eu lhe procuro, está bem?

A diretora assentiu, e também se levanta para deixar a mesa. Resolveu parar na porta e aguardar Hermione que também já terminava. Ela aguarda até o último grupo de alunos sair e diz:

- Querida, vejo que você não está bem... Ontem você não jantou, era por causa da agenda, não é? Mas hoje de manhã... achei que iria estar melhor! Não quer me contar? Talvez eu possa ajudá-la...

- Agora não dá tempo, Minerva. Depois do almoço eu lhe procuro, está bem?

- Está bem. Quero lhe ver antes do almoço também, aqui no salão! Você precisa se alimentar melhor!

- Estarei aqui. Até depois.

Hermione desce correndo as escadas para sua sala de aula. Os alunos do quarto ano das casas Lufa-lufa e Corvinal já lhe aguardavam. Ao ver aquelas carinhas dos jovens, ansiosos para aprender, ela se transforma e esquece dos seus problemas. Suas aulas são sempre as melhores da semana, e os alunos a adoram. Depois desta turma era a hora de repetir o mesmo assunto para o quarto ano da Grifinória e Sonserina. Até mesmo os alunos da Sonserina eram amorosos com ela. Logo ela ficou apelidada de Tia Granger!

Na hora do almoço sua aparência estava bem melhor. Seus alunos lhe faziam rir e ela estava feliz por estar de volta ao castelo, que sempre foi a sua segunda casa. Minerva reparou.

- Está com uma carinha melhor, Hermione! Sente-se aqui do meu lado. Vamos voltar a deixar os lugares reservados aqui na mesa dos professores, como na época de Alvo. Está bem? Quero os diretores da casa Sonserina e Grifinória ao meu lado direito. Que é o que vocês realmente são! Meus braços direito! Mas não deixem os outros saberem disso!

Ela dá uma risadinha. Logo chega a senhora Pomona Sprout, diretora da Lufa-lufa, que ocupa a primeira cadeira ao lado da diretora pelo lado esquerdo. O professor Filius Flitwick ia sentar-se mais retirado, e Minerva o chama.

- Professor Flitwick, seu lugar é aqui ao lado da professora Sprout, está bem? Quero vocês quatro sempre próximos a mim, por causa das atribuições extras.

Horácio/ Severo é o último a chegar para o almoço. O único lugar vazio era ao lado da Hermione. Eles não trocaram nenhuma palavra e Minerva inclina a cabeça para lhe falar.

- Está tudo bem, Horácio?

- Sim.

Ele responde friamente. Hermione comeu pouco e logo se levantou. Foi para seu quarto escovar os dentes e depois foi até a porta do escritório da Minerva para aguardar por ela. Minerva chama Horácio para sentar no lugar que Hermione ocupava e lhe diz:

- Você não está bem! E nem ela... Vocês brigaram! Não vai me contar?

- Aqui não... E não dá tempo! Preciso ir, porque vou aplicar provas de tarde. Até mais, Minerva!

Sempre que Severo se irritava com algo, aplicava prova surpresa. Assim não precisava dar aula, somente cuidar da turma para não colar. Era sua estratégia de anos, uma forma de controlar sua ira, talvez....

Ele saiu e Minerva saiu logo em seguida. Ao chegar na porta do escritório, Hermione lhe aguardava.

- Venha, filha! Entre, e me diga por que vocês brigaram...

- Eu não briguei... Ele que está irritado com alguma coisa...

- Entenda, querida. É muita coisa acontecendo. Depois de anos você se encontram. Vocês se amam... Por que permitem que o fantasma do Weasley atrapalhe a relação de vocês? Vocês dois são livres agora...

- Eu sei, Minerva, mas é que ele não queria me contar o motivo de ficar escondido este tempo todo. Eu insisti e ele ficou bravo...

- Ele preferiu se passar por morto quando soube que você se casou... Veja a ironia: ele teve alta no hospital na segunda-feira, dia 7 de dezembro; e você se casou no sábado dia 5... Foi por isso que ele ficou tão agoniado!

- A senhora sabia...

- Sim, mas era melhor que ele tivesse lhe contado.

- Ele acabou me dizendo, mas além disso eu percebi que ele estava irritado com outra coisa. Ele nem me deixou explicar. Como eu iria saber que ele sobreviveu? Eu sofri muito, de maio a dezembro eu só pensava nele... Casei com Rony por causa da solidão. Não tive outra escolha, ou eu voltaria para a casa dos meus pais e viveria no mudo trouxa.  A senhora me ajuda a convencê-lo, que eu não tinha outra alternativa?

- Filha, não será necessário. Vocês dois se amam e estão agindo como criança! De noite vocês conversam e se acertam. Tenho certeza!

- Está bem. Obrigada Minerva! Só mais uma coisinha... ele está assim irritado por causa da agenda do Rony?

Minerva fica pensativa. Não saberia ao certo, mas preferiu amenizar a situação.

- Provavelmente, querida!

- Eu já vou indo. Obrigada, Minerva!

- Fique bem, minha filha!

E Hermione dá um beijo no rosto da Minerva.  O sinal tocou e a diretora deixa-se cair na poltrona do escritório.

 

Ainda bem que ela não quis saber da agenda... A violação que sofreu a deixaria mais transtornada ainda. Não posso dizer a ela o quanto estou preocupada. Se o canalha repetiu a façanha nas noites seguintes, ela pode estar grávida. Sibila foi categórica em me dizer que nascerá uma criança no castelo, filho do homem que se diz morto... Ou será filho do Weasley ou será filho do Snape... Ela está grávida e ainda nem sabe... Por Merlin! Que seja o melhor para a criança!

 

Minerva passa a mão na sua testa tentando aliviar a tensão. Sem resultado, ela pega a poção calmante do armário e toma num gole só.

No final do expediente da tarde, Hermione toma um banho e se arruma para ir jantar. Severo não apareceu, mas certamente se encontrariam na mesa do salão principal. Agora ela estava bem. As palavras amigas da diretora tinham o poder de lhe acalmar.

De noite ele virá dormir e tudo ficará bem.

 

Durante o jantar Horácio/Severo sentou-se ao lado dela, conforme a diretora determinou. Não trocaram nenhuma palavra. Minerva tentou em vão puxar conversa, mas logo a senhora Sprout veio com outro assunto à mesa. Ela olha o casal antes de se virar para responder à professora ao seu lado esquerdo.

Não vou me preocupar... De noite na cama eles se entendem!

 

Após o jantar Horácio/Severo não foi para a masmorra. Não apareceu. Hermione pegou o mapa do maroto, e o acompanhou com os olhos indo para a biblioteca. Saiu da biblioteca na hora que fechou, e foi direto para seu quarto no segundo andar. Os cômodos protegidos por intrusos não revelavam o nome do ocupante no mapa. Assim que ele entrou, o nome sumiu do mapa. Ela fecha o mapa, vai ao banheiro, e quando retorna pega o último frasco da poção do sono sem sonhos.

Acordou com o som do despertador. Estava se sentindo bem melhor, precisava de uma boa noite de sono. Porém, uma pontinha de solidão apertou seu coração naquela manhã. Ver o lado da cama vazio, lhe deixa melancólica. Levantou-se e foi até o banheiro. Ao se olhar no espelho pensou:

Ele não ficará chateado comigo para sempre. Logo voltamos a ser um casal! Eu o amo! Ele me ama!

 Depois de tomar seu banho e se arrumar, ao chegar no salão, ela vê Horácio/Severo e a Minerva conversando. Ela desejou bom dia aos dois, e se sentou ao lado dele. Minerva e ele responderam. A conversa animada dos dois foi interrompida com a chegada dela. Ela percebeu que eles ficaram quietos, será que falavam dela? Pouco importava, agora ela estava bem de verdade.

Comeram em silêncio. Minerva reparou que o casal não trocou mais nenhuma palavra além do "bom dia".

Não dormiram juntos, não fizeram as pazes. Por Merlin! Vou ter que me meter? Alvo, você faz falta aqui, viu?

Com estes pensamentos ela vira-se para o casal e pergunta:

- Está tudo bem com vocês?

Hermione balança a cabeça, Severo não diz nada.

Ela espera os professores mais próximos saírem, e depois passa o sermão.

- Bom, eu só vou dar um aviso: vocês dois já são bem crescidos, portanto parem de se comportar como crianças! Não quero saber de cara amarrada. Estamos entendidos?

Eles balançam a cabeça. Logo o sinal tocou e eles sobem juntos as escadas, mas continuam sem se falar.

Na hora do almoço eles voltam a se encontrar. Horácio/Severo pergunta a ela se passará o final de semana em Hogwarts.

- Sim, por quê?

- Você quer ir sábado a Hogsmeade comigo? Os alunos das casas Sonserina e Grifinória irão, pensei que poderíamos ir ao Três Vassouras tomar uma cerveja amanteigada... O que você acha?

- Eu acho ótimo!

Minerva fica satisfeita, afinal eles voltariam a fazer as pazes. Mas estava preocupada com álcool da cerveja. Precisava alertar Severo da possível gravidez.

- Horácio, você pode ir no meu escritório hoje de tarde?

- Sim, posso ir! Só não sei que horas, porque não tenho a tarde toda livre, Minerva... Se não der tempo, vou no final do expediente. Está bem?

- Está ótimo! Vou lhe aguardar! Tenho umas correspondências do ministério para responder e ficarei a tarde toda no meu escritório.

Quando terminaram o almoço, Hermione desce as escadas e se direciona ao seu aposento. Logo mais daria aulas práticas no laboratório. Severo vai até a porta principal do castelo, e aparata em Hogsmeade, na frente do bar Três Vassouras. O movimento era grande de entra e sai, por ser final do horário de almoço. Ele entra no estabelecimento na fisionomia de Horácio. O atendente veio lhe perguntar.

- Almoço, senhor?

- Não obrigado, preciso falar com a madame Rosmerta. Ela se encontra?

- Ela está no escritório lá em cima. Quer que eu mande chamar?

- Não será necessário. Sei onde fica. Vou só dar um recado para ela, e já desço, sim?

O atendente estava com muitos clientes para atender e assentiu satisfeito.

Ele sobe as escadas, e bate na porta da sala conjugada ao quarto que frequentava.

- Quem é?

- Sou eu...

Ela destranca a porta com feitiço, e ele entra já transfigurado em Severo. A bruxa empurra a cadeira de rodinhas para trás, se levantou rapidamente, e se atira no pescoço de Severo.

- Que saudades meu bruxinho! Por que você não veio domingo? Nenhuma coruja... Nenhuma resposta da coruja de ontem...

Ela o enche de perguntas, e ele vai se desvencilhando dos lábios dela prontos para beijá-lo na boca.

- Como você está, Rosmerta?

- Agora com você aqui, estou melhor... Vamos nos encontrar domingo? Ou você prefere hoje, já que está aqui...

A mulher se insinua para ele. Ele anda até o quarto dela e fica próximo à janela.  Rapidamente se lembra do seu último encontro ali, no quarto dela. Ele olha pela janela e cria coragem para dizer o que veio fazer ali.

- Você lembra, Rosmerta, daquela segunda-feira que acordei tarde?

- Sim, e lembro perfeitamente também o que fizemos durante a madrugada! Foi ótimo!

- Aquele enterro era do Ronald Weasley...

Ela sabia na ocasião, mas queria ganhar tempo, e lhe disse que não sabia qual era o Weasley... Tinha certeza que a viúva ameaçava seus encontros com seu amante.

- Você sempre soube que eu amo Hermione Granger. Eu lhe contei que foi por ela que resolvi viver, quando quase morri na batalha.

- Sim, eu sei. Você nunca me escondeu nada, Sevie!

- Eu e ela estamos juntos... Já fez mais de um mês da morte do marido, e ela aceitou lecionar na escola. Ela é diretora da Grifinória agora.

- É?

Ela não consegue dizer mais nada... Seu cérebro fez um embrulho. Isso significava um adeus? Ela tenta se controlar, afinal ele foi sempre leal a ela... Cedo ou tarde este dia chegaria, mas já? Só um mês de luto? Ela tentava a todo custo raciocinar em cima deste tão pouco tempo. Esperava por isso no ano seguinte, não agora. Daria tempo para ela ir se acostumando com a ideia de perdê-lo para a ex aluna dele... mas agora era um adeus...

-  Você está me dando adeus? É isso?

- Rosmerta, por favor tente entender... Eu nunca lhe prometi nada. Minha vida sempre foi altos e baixos...

- Eu sei, Sevie... eu sirvo para os momentos de baixas... Tudo bem. Não o culpo.

Ele agora se aproxima dela. Vê que ela entristeceu. Não queria que ela sofresse, mas como evitar a dor da separação? Segura no queixo dela e a faz olhar profundamente nos seus olhos negros.

- Não quero que fiques triste! Você sempre foi e sempre será minha amiga. Depois daquela primeira noite que passei aqui bêbado, eu lhe disse que não seria uma boa ideia continuarmos. Você me garantiu que não haveria envolvimento emocional, apenas físico.

- Sevie, você é um ser humano adorável. Impossível não criar afeição por você... O que você quer que eu faça?

- Só quero que você entenda que não virei mais aqui para passar a noite com você... Não se preocupe, voltarei como cliente do bar!

Ele a abraça e ela desmorona nos ombros dele. Eles ficam em silêncio, somente o soluçar dela era ouvido. Severo espera ela se acalmar. Ela suspira e se perde naquele olhar.  Ele pergunta:

- Sem ressentimentos?

Ela responde:

- Foi bom enquanto durou!

Ele a corrige:

- Foi muito bom! Sou muito grato a você! Tornou minha vida menos solitária!

Ela o abraça e ele a beija. É o último beijo na boca que eles trocam.

- Eu vou indo. Virei com a Hermione, tudo bem para você?

- Claro, Sevie! Sempre será bem-vindo!

Ele aparata no instante seguinte. Surge na gárgula para ir ao escritório da Minerva. Olha seu relógio, mas o sinal já vai bater. Se transfigura em Horácio e segue mais leve para sua sala de aula. Os alunos já lhe aguardavam.

 

Continua...


Notas Finais


Todos os personagens presentes na fic fazem parte do mundo de Harry Potter e pertencem a J.K.Rowling.


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