Os Volturi haviam agido com sabedoria em como levar Laybe até eles. Quando a vampira reconheceu Laybe e dedurou para os Volturi, ela já havia visto a mesma antes e apenas queria confirmar.
Há algumas décadas atrás, Renesmee era uma criança e Irina viu Jacob com ela. Ela não havia apenas relatado que achava que Renesmee era uma criança imortal, mas que também já havia visto com outra mulher e uma criança humana.
Os Volturi se dividiram em três grupos com Caius, Marcus e Aro, líderes de cada um deles. Claro que os outros dois líderes discordaram com a ideia de Aro
— Não vejo a necessidade de agirmos por nós mesmos, podemos mandar os outros fazerem isso. — Caius não estava muito feliz com a ideia de ir caçar uma híbrida pela qual não tinha menor interesse.
— Se a informação estiver correta, não é seguro deixarmos outro assumir a frente e arriscar que algo dê errado, provavelmente a Laybe voltará pra cuidar da segurança da criança. — Aro o lembrou do que Laybe podia fazer.
— Eu também não concordo em ter que sair da minha cadeira, mas se isso é tão importante e você não descansará até trazer essa Cullen, tudo bem, farei isso, tudo bem Caius? — Marcus procurou o apoio do revoltado.
— Se você concorda…
Os Volturi agiram o quanto antes para não arriscar Laybe achar a menina antes deles. Caius liderou um grupo que foi para a Flórida, Marcus o qual se dirigiu a Phoenix e Aro foi para o Brasil, onde desconfiou que estivesse com um híbrido que morava por lá.
Quando chegou, Aro confirmou o seu palpite. A garota estava no Amazonas, no Brasil, junto com um vampiro híbrido que era, para Aro, impossível não reconhecer. Era o mesmo vampiro que havia testemunhado a favor dos Cullen à anos atrás quando pretendiam iniciar a Guerra.
— Olha só quem eu encontrei. — Sorriu de uma maneira que não agradou os anfitriões.
Aro estava com seu humor de sempre, talvez até um pouco mais. A menina que procurava estava com uma vampira que acompanhava Nahuel.
— Fique com a Senna. — Zafrina falou abaixada na beira da criança.
Depois ficou ao lado de Nahuel segurando sua mão.
— O que devo a honra da visita? — Nahuel perguntou calmo.
Aro colocou seu sorrisinho no rosto como se houvesse uma piada que só ele podia entender.
— Pra sair da sua toca e vir pra tão longe, imagino que deve ter um bom motivo, só espero que não seja a Edwin. — Zafrina tinha um tom irônico em sua voz, mas seu olhar era agressivo.
Quando deixou Edwin com Zafrina, Nahuel e Senna, Laybe havia contado tudo para eles, pra que estivessem atentos caso acontecesse algo e ela não estivesse por perto.
— Eu não vim de tão longe para sair de mãos vazias. — Aro a encarou.
Os outros membros dos Volturi que o acompanharam se posicionaram ao seu lado.
— Acho que isso não vai acontecer. — Nahuel deu sua palavra.
Deu um passo à frente de Zafrina.
— Eu diria o contrário. — Fechou a cara.
Os demais vampiros que estavam com Aro avançaram iniciando um ataque.
— Tire-a daqui! — Zafrina gritou pra Senna.
A protetora pegou Edwin no colo e tentou fugir. Aro apenas observava a breve batalha que não durou quinze minutos, como uma raposa astuta, ele tinha um plano em mente.
Ao tentar fugir, dois vampiros cercaram Senna e quando pensou que estava fugindo da batalha, estava sendo encurralada pra mais perto dela.
— Zafrina! — Nahuel gritou quando a mesma foi pega por três vampiros.
Um vampiro segurava por um braço, outro pelo braço oposto e um prestes a arrancar sua cabeça.
Ao ouvir Nahuel gritar o nome de Zafrina, Senna olhou pra mesma e se aproximou da batalha com Edwin nos seus braços.
— Pare! — Senna gritou sem pensar duas vezes.
Não podia deixar que sua irmã morresse se ela pudesse impedir.
— Não faça isso, Senna! — Zafrina pediu, sabia o que se passava na mente da outra.
Nahuel também foi encurralado e pego pelo grupo dos Volturi.
— É a Edwin que você quer, não ela! — Ignorou sua irmã e prosseguiu.
Aro colocou um sorriso satisfeito no rosto, já sabia o resultado.
— Peça-a pra parar! — Zafrina apelou pra Nahuel.
— Eu não quero perder você! — Nahuel se deu por vencido.
Dava pra sentir a melancolia em sua voz, ele também não queria arriscar tudo pela criança m
— O amor de vocês é realmente lindo. — Aro olhou cinicamente como se estivesse emocionado.
Seus olhos passaram para Senna que ainda estava com Edwin.
— Deixe a garota.
Senna colocou Edwin no chão com cuidado, o olhar da garota era confuso quanto aquilo tudo.
— Vai ficar tudo bem tá? — Prometeu na intenção de acalmá-la mesmo sabendo que não ia terminar nada bem.
Aro caminhou para mais perto de Senna e Edwin, ficando frente a frente com elas.
— Que tal vir comigo? — Aro perguntou pra Edwin com um tom gentil e estendeu sua mão.
Edwin olhou pra Senna e pro estranhou, negou o convite com a cabeça.
— Eu posso te levar pra ver a Laybe — Agora ele havia despertado o interesse da garotinha.
— Vai com ele, assim você vai poder ver sua mamãe. — Senna colocou as mãos no ombro da garota docemente.
Estava aí algo que Aro não sabia; Laybe tinha uma filha.
— Mãe? — Repetiu ainda absorvendo a informação.
Aquilo era surpresa pra Aro, ele sabia que Edwin tinha algum tipo de relação com Laybe já que a mesma a protegia e fez questão de mantê-la longe dele quando passou a persegui-la, mas nunca imaginou que era sua filha, muito menos sabia que Laybe era capaz de ter uma.
— Vai mesmo me levar pra ver a mamãe? — A pequena perguntou.
Era raro Edwin falar, mas ela amava a sua mãe e fazia um tempo que não a via.
— Ela ficará muito feliz em vê-la. — Aro ofereceu sua mão novamente.
Edwin segurou a mão do Vampiro e ele saiu com a mesma indo embora. Edwin olhou algumas vezes para Senna, mas acabou indo com Aro.
— Como vocês são importantes pra Laybe, apesar de serem traidores, serei piedoso. — Querendo ou não, Aro tinha que deixarmos vivos para que dessem o recado para Laybe.
Aro olhou pros vampiros que prendiam Nahuel e Zafrina.
— Podem soltá-los! — Logo sua ordem foi obedecida.
Aro sumiu em segundos com Edwin e os demais vampiros que o acompanhavam.
[...]
Laybe chegou ao Brasil e já haviam se passado dois dias desde que Edwin tinha sido levada.
— Onde está a Edwin? — O trio se manteve em silêncio.
Laybe já sabia a resposta. Ela deu as costas pros seus amigos meio frustrada.
— Eles haviam pegado a Zafrina. — Nahuel tentou explicar.
— A culpa é minha. Fui eu que entreguei a Edwin, não queria que a Zafrina morresse. — Senna contou tentando assumir a responsabilidade.
Laybe respirou fundo algumas vezes tentando não entrar em desespero. Ela sabia o que aquilo significava, Aro estava à sua espera.
— Tudo bem, se fosse eu teria feito o mesmo. — Se manteve calma ao falar.
Ela tentava ser compreensível apesar de estar em total desespero.
— Sentimos muito mesmo. — Zafrina lamentou, se sentia culpada e sabia que Laybe contava consigo para proteger Edwin e ela falhou
— Tenho certeza de que não a entregaram sem lutar. — Sorriu gentil pra amiga tentando tranquilizá-la.
A tentativa de conforto havia dado certo, mas Laybe ficou séria novamente.
— Ele quer que eu vá ao encontro dele, não é? — Estava mais sombria do que costumava.
— Ele está esperando. — Zafrina sabia que deixá-los vivos era o convite para Laybe ir a Volterra.
— Maldito, Aro! — Cerrou seus punhos.
— Lay…. — Nahuel não conseguiu nem terminar de citar seu nome.
Antes de Nahuel terminar de chamar sua atenção, ela sumiu de sua vista.
[...]
Apesar dos Volturi ter agido com sabedoria, Laybe também foi esperta o bastante. Ela sabia que Alice, querendo ou não, iria observar as decisões dela antes mesmo dela permitir, Alice era capaz de fazer isso pelo Carlisle e mesmo que a incomodasse, pelo Jasper.
Assim que deixou o Brasil, Laybe liberou a passagem da sua mente, que vinha da sua parte lobo, para que Alice pudesse ver o seu futuro, quase que imediato, Alice teve uma visão.
— Carlisle! — Alice se levantou rapidamente o chamando.
Em um segundo todos estavam na sala. Edward havia continuado em seu quarto, mesmo assim, conseguiu ler a mente de Alice.
— O que viu? — Carlisle perguntou assim que se reuniu.
— Os Volturi mantinham alguém com eles e a Laybe vai ao encontro deles. — Viu brevemente a cena.
— O que faria a Laybe ir até os Volturi?
Carlisle perguntou retoricamente em voz alta, mas era mais pra si mesmo.
— A filha dela. — Renesmee olhava pela janela fora.
Estava chovendo. Os Cullen olharam para ela híbrida surpresos.
— A Laybe tem uma filha?!
Jasper não era o único surpreso no cômodo.
— Como isso é possível? — Edward desceu as escadas se juntando aos outros.
— Eu não sei. Quando eu era pequena, eu me encontrei com a Laybe e uma criança, a criança a chamava de mãe e as duas se pareciam muito. — Nessie conseguia lembrar da semelhança.
— Isso é ridículo. — Rosalie disse com desdém, não conseguia acreditar.
— Não poderia ser uma criança imortal? — Esme cogitou.
Renesmee apenas negou com a cabeça.
— Ela é igual a Laybe, não sei como, mas é igual a ela, é filha de sangue. — Isso era algo da qual não sabia explicar, mas tinha certeza.
— Nós não vamos atrás dela, não é? — Bella não tinha a menor intenção de ouvir a resposta.
— Laybe é minha família, não posso abandoná-la. — A frase de Carlisle dizia tudo.
— Vamos fazer uma visitinha aos Volturi! — Jasper afirmou frio.
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