História A cunhada - Um dia cansativo de trabalho

Tiffany P.O.V.

 

Deixei Taeyeon no quarto e voltei para o trabalho. Não queria que acontecesse nada entre a gente na casa de Jessica. Era óbvio que eu queria fazer amor com ela, mas não queria magoar minha prima mais do que ela já estava magoada. Eu estava feliz ao ouvir o que Taeyeon havia me dito. Isso fazia meu coração bater acelerado. Nós duas teríamos que esperar até voltarmos para casa. Assim Taeyeon poderia se preparar para a nossa primeira vez.

 

Não consegui me concentrar no trabalho. Já era noite quando consegui terminar uma parte do que eu precisava fazer. Desci na hora do jantar, Jessica já estava a mesa nos esperando. Taeyeon ainda não havia descido. Fui procurar por ela e a encontrei conversando com Yuri ao telefone. Seus olhos brilhavam, parecia feliz com alguma coisa.

 

- Obrigada, Yuri. Até amanhã. - Taeyeon falou encerrando a ligação.

- O jantar está pronto. Porque está tão feliz? - Perguntei desconfiada do que ela tanto conversava com Yuri.

- Amanhã eu te digo. - Respondeu ela enigmática.

- Amanhã? Porquê não agora? - Perguntei ainda mais desconfiada.

- Porque não. Amanhã eu te digo. - Respondeu ela beijando a minha bochecha. - Vamos jantar.

 

Taeyeon não deixou que eu questionasse sobre isso novamente. No dia seguinte, Taeyeon saiu bem cedo. Essa independência dela começava a me assustar. Eu não sabia o quanto ela estava preparada para lidar com o mundo lá fora. Ela voltou na hora do almoço, e ansiedade já havia me consumido por causa da demora dela. Ela parecia feliz quando chegou em casa. Me deu um beijo demorado e depois me deixou sozinha no quarto.

 

Fiquei curiosa e fui atrás dela. Vi Taeyeon entrar no escritório de Jessica. Ficou lá por volta de quinze minutos, mas para mim parecia uma eternidade. Quando ouvi ela a porta se abrindo caminhei em direção ao escritório como se estivesse chegando lá naquele momento. Informei que precisava conversar com Jessica. Taeyeon pareceu não se importar, me deixou na porta do escritório dizendo que estava ocupada. Ocupada com o que? Essa pergunta ficou a tarde inteira martelando na minha cabeça.

 

Quando Taeyeon finalmente resolveu me contar com o que ela estava ocupada, quase pedi para que não me dissesse. Eu estava ansiosa por causa disso e tinha medo do que pudesse ser algo que eu não fosse gostar. No final, eu ouvi calada o que ela tinha a dizer. Yuri havia encontrado uma pessoa que podia ficar com Jessica para que pudéssemos voltar para casa. Quase pulei de alegria ao ouvir isso, mas simplesmente fiz cara de quem não estava entendendo nada.

 

Dois dias depois, voltamos para casa. Durante toda a viagem, os enjoos que me deixaram bastante cansada. Taeyeon cuidou de mim o tempo todo. Levei quase três dias para melhorar do mal estar. Eu não pensava que estar grávida fosse dar tanto trabalho. Voltei para as minhas atividades, as coisas estavam tão acumuladas que não pude dar uma atenção especial a Taeyeon. E o que me deixava bem alerta era o fato dela falar com Yuri quase todos os dias. Eu ainda estava cismada com toda aquela intimidade.

 

Um dia cheguei de um dia cansativo de trabalho e encontrei Taeyeon no meu quarto. Ela tinha uma expressão estranha no rosto. Ela sorriu e me abraçou apertado. Fiquei sem entender o que estava acontecendo. Ela me beijou de uma forma eloquente. Eu não sabia como ela havia ficado tão ousada. Encerrei o beijo e a olhei confusa.

 

- Eu estou pronta. - Ela soltou a frase me deixando alerta.

- Quê? - Perguntei para ter certeza do que ela estava falando.

- Eu te quero agora. - Ela falou me encarando.

- Tae.. - Falei feliz abraçando-a.

 

Eu tinha certeza que ela estava pronta, seus olhos diziam isso. Olhei para Taeyeon que sorria, eu tinha certeza que ela queria fazer amor comigo tanto quanto eu queria fazer com ela. Ela era tão pequena e tão frágil, mas já não era uma criança. Daquele momento em diante ela seria minha, somente minha. Sorri e alisei a bochecha dela. Ela fechou os olhos, me pareceu ser um convite para beijá-la. Aproximei e beijei os lábios dela. Ela correspondeu me abraçando. Percebi que suas bochechas estavam vermelhas, provavelmente ela estava envergonhada. Prendi meus braços em sua cintura enquanto eu a conduzia para a cama. Empurrei para trás até que ela se sentasse na cama. Encerrei o beijo vendo sua expressão brava.

 

Agarrei a barra da blusa que ela vestia e a retirei. Retirei a minha blusa e me arrepiei quando ela alisou a minha barriga. Sentei ao lado dela e voltei a beijá-la. Arranhei de leve a perna dela sentindo a pele se arrepiar. Deslizei a mão pela coxa até chegar ao cós da calcinha dela. Senti a mão dela agarrar a minha impedindo que eu continuasse. Abri os olhos vendo sua expressão assustada. Beijei a bochecha dela tentando acalmá-la. Tudo o que eu não precisava era que ela ficasse nervosa naquele momento.

 

Eu estava excitada demais para parar. Deitei na cama e chamei ela com a mão indicando que se deitasse ao meu lado. Ela me olhou por alguns segundos como se estivesse confusa. Apenas esperei que ela viesse até mim. Ela engatinhou na cama lentamente e deitou em meu braço. Alisei seus cabelos retirando as mechas que cobriam o rosto dela. Segurei em seu queixo e me aproximei, mas não permiti que ela me beijasse.

 

Beijei sua testa e depois deixei um beijo delicada em seu nariz. Ela riu e eu sorri ao vê-la assim. Beijei seus olhos, beijei o queixo. Parei e olhei para ela conferindo sua expressão. Taeyeon me olhava com curiosidade. Continuei deixando uma trilha de beijos em seus pescoço. Ela se mexia incomodada a cada vez que meus lábios tocavam a pele dela. Afastei e conferi o sutiã que ela ainda vestia. Aquela peça não deveria estar ali. Beijei o ombro dela ao mesmo tempo  que eu deslizava a alça. Fiz o mesmo do outro lado ouvindo sua respiração pesada.

 

Alisei seio dela por cima da renda, a mão dela agarrou a minha. Mas percebi que ela não tentava impedir meu toque. Puxei o bojo para baixo e chupei o bico assim que ele ficou livre. Taeyeon prendeu a respiração por alguns segundos e se mexeu incomodada embaixo de mim. Senti suas mãos agarrarem o meu cabelo. Mal sabia ela que aquilo era um incentivo para eu continuar. Levantei os olhos e vi seus olhos arregalados. Ela tentava controlar a respiração ofegante. Passei a língua lentamente no mamilo dela que já estava rígido.

 

- Ah! - Ela deixou um gemido escapar.

 

Abocanhei o outro e chupei ele lentamente. Deslizei a mão por sua barriga e enfiei a mão dentro da calcinha dela. Toquei a sua intimidade sentindo o quanto ela estava molhada. Ela fechou as pernas quando sentiu o meu toque. Sentou na cama e segurou o meu pulso. Não parei por isso, massageei seu clitóris lentamente. Beijei sua boca e a obriguei a deitar novamente. Tirei a mão de dentro da calça dela e sentei na cama.

 

Taeyeon me olhava assustada. Retirei o meu sutiã e a minha calça levando a calcinha junto. A roupa me incomodava. Taeyeon cobriu os olhos com as mãos visivelmente envergonhada. Eu podia perceber que Taeyeon estava nervosa. Antes que Taeyeon pudesse reagir, retirei a calça e calcinha que ela vestia. Ela usou os braços e as mãos para se cobrir. Deitei sobre ela e desabotoei o sutiã que ainda estava preso ao corpo dela. Deitei ao seu lado ignorando sua expressão envergonhada.

 

- Você é linda, sabia? - Falei alisando a barriga dela e ela suspirou com o toque. - Você não precisa ter vergonha de mim. - Falei puxando-a para mais perto retirando a mão que cobria os seios.

 

Deitei sobre ela pressionando o corpo dela contra a cama. Taeyeon foi obrigada a retirar o braço que usava para cobrir a sua intimidade. Beijei seus lábios lentamente. Aos poucos fui conduzindo para um beijo mais urgente. Coloquei a minha perna entre as dela impedindo que ela as fechasse. Usei o espaço entre nós duas e toquei sua intimidade encharcada. Usei o peso do meu corpo para impedir que ela impedisse que eu a tocasse. Mantive ela distraída enquanto a beijava intensamente. Fui massageando seu clitóris aumentando a intensidade dos movimentos.

 

- Ti...fa… - Ela gemeu meu nome sem conseguir terminá-lo.

 

Me arrepiei toda ao ouvir ela gemer daquele jeito. Senti a minha intimidade se contrair. Eu era capaz de ter um orgasmo mesmo se ela me tocasse inocentemente. As mãos delas prenderam em minhas costas fazendo com que eu ficasse ainda mais excitada. Ela me puxava contra ela aumentando ainda mais o meu tesão. Parei o movimento vendo Taeyeon me olhar confusa. Olhei em seus olhos e observei a sua expressão. Deslizei a minha mão até sua entrada, a toquei com cuidado. Seus olhos arregalaram. Não queria machucá-la apesar de prever que eu poderia machucá-la por ser sua primeira vez.

 

Com a ponta dos dedos massageei-a pressionando de leve. Sua expressão fechou, mas eu não consegui identificar o que aquilo significava. Introduzi um dedo e ela gemeu de dor. Parei e esperei. Voltei a massageá-la. Ela me puxou me beijando loucamente. Aproveitei a distração e rompi a virgindade dela introduzindo lentamente dois dedos.

 

- Ai! Aiai! - Ela gemeu de dor fechando os olhos.

 

Parei de pressioná-la e beijei o rosto dela. Taeyeon estava tensa, seu corpo estava rígido embaixo do meu. Sua respiração estava pesada. Vi duas lágrimas escorrerem de seus olhos. Me desesperei. Quando tentei retirar os dedos de dentro dela, ela segurou o meu pulso. Olhei para ela confusa, era visível que eu estava lhe machucando.

 

- Tae, eu não queria… - Ela me interrompeu.

- Eu preciso apenas de um tempo para me acostumar. - Ela disse ainda de olhos fechados.

- Dói muito? - Perguntei e ela fez que sim com a cabeça.

 

Fiquei olhando para ela sem saber o que fazer. Taeyeon abriu os olhos e sorriu. Sua mão empurrou o meu pulso introduzindo os meus dedos ainda mais para dentro dela. Ela tentou impedir o gemido de dor, mas não conseguiu. Lentamente sem pressioná-la, fiz movimento circulares. Beijei sua boca e ela correspondeu. Entrei e saí dela lentamente ouvindo ela gemer por entre os meus lábios. Soltei os seus lábios e chupei o seu pescoço.

 

- Ahh! - Ela gemeu, mas não era de dor.

 

Aos poucos fui intensificando o movimento. Os gemidos mudaram de dor para de prazer. Ela levantava o quadril me obrigando a ir mais rápido e mais fundo. Ela parecia não se importa se isso lhe causaria dor. Ela gemeu alto o meu nome. Suas mãos agarraram os lençóis deixando os dedos vermelhos. Ela estava totalmente entregue.

 

- Tae, olha para mim. - Pedi quando a vi de olhos fechados.

 

Ela abriu os olhos e me encarou. Eu queria ver os olhos dela quando ela chegasse ao ápice. Sua expressão dizia que eu devia ir mais rápido e assim o fiz.

 

- Ah! Pany, tem uma coisa… hmm! - Ela gemeu sem continuar o que diria.

 

Eu sabia bem o que estava acontecendo. Sussurrei em seu ouvido que ela deixasse acontecer. Taeyeon gemeu alto o meu nome se remexendo inquieta quando ela sentiu o orgasmo chegando. Senti as unhas dela cravando nas minhas costas ao mesmo tempo que senti suas paredes vaginais se contrair. Ela gritou o meu nome empurrando o quadril em direção a minha mão. Suas pernas tremeram e ela gemeu alto sentindo o seu primeiro orgasmo.

 

Continuei o movimento prolongando a sensação que ela sentia. Ela gemeu deixando seu corpo cansado cair sobre a cama. Deixei meus dedos dentro dela ainda sentindo sua intimidade se contrair. Beijei sua testa, depois beijei sua bochecha. Taeyeon sorriu e me beijou lentamente. Tirei os meus dedos ouvindo ela gemer baixinho. Eu estava pronta para ela. Antes que eu dissesse a ela o que fazer. Sua mão deslizou por entre as minhas pernas. Segurei os seus dedos e a conduzi até a minha entrada.

 

Ela me olhou assustada quando seus dedos escorregaram para dentro  mim. Eu gemi sem conseguir me controlar. Controlei o movimento da mão dela fazendo o movimento que eu queria que ela fizesse. Soltei a mão dela quando senti formigamento chegando. Taeyeon me observava enquanto entrava e saía com intensidade. Eu estava tão excitada que fiquei surpresa quando cheguei ao ápice rapidamente. Gemi alto sentindo o prazer aumentando. Desabei sobre ela quando minhas pernas amoleceram por causa do forte orgasmo. Taeyeon me olhava com curiosidade, seus olhos brilhavam enquanto me olhava ofegante.

 

Deitei ao lado dela, eu estava ofegante. Respirei fundo tentando controlar a respiração. Taeyeon me olhava fixamente, sorri ao vê-la sorrindo. Ela deitou em meu braço, alisei o rosto dela beijando-a. Sua expressão estava tranquila e isso me deixou aliviada. Não queria que ela se traumatizasse com nada.

 

- Pany. - Ela sussurrou o meu nome. Meu corpo reagiu imediatamente. Eu não conseguia acreditar que ela mexia comigo daquela forma.

- Oi. - Falei alisando o queixo dela.

- Obrigada. - Ela falou se aconchegando ainda mais em meu peito.

 

Fiquei sem saber o que responder. Eu não sabia ao certo pelo o que ela agradecia. Senti seu dedo tocar o meu mamilo lentamente. Meu corpo todo se arrepiou com o toque dela. Segurei a mão dela impedindo que ela continuasse. Taeyeon me olhou confusa, depois sorriu estranho. Sua expressão dizia que ela queria mais. Eu não conseguia acreditar nisso. Levantei da cama sem deixar que ela me tocasse. Não que eu não quisesse, mas eu sabia que ela estava machucada. Eu acabaria machucando ainda mais, mas ela parecia não se importar.

 

- Aonde você vai? - Perguntou ela parando na minha frente.

- Tomar um banho. Você vem? - Perguntei vendo ela me olhar curiosa.

- Nós duas? Tomar banho juntas? - Ela perguntou toda animadinha.

- Sim, vem. - Respondi e peguei na mão dela conduzindo-a até o banheiro.

 

Assim que passei na porta, senti Taeyeon me agarrar pela cintura. Seus lábios atacaram os meus em um beijo feroz. Os nossos corpos nus refletiam no espelho. Confesso que achei linda a nossa imagem. Me afastei entrando no box. Liguei o chuveiro e deixei a água esquentar. Eu sabia que não era uma boa idéia tomar banho com ela. Estendi a mão e a puxei para debaixo do chuveiro. Aquilo parecia com o sonho que eu tive com ela.

 

Peguei o sabonete líquido e espalhei nas mãos. Taeyeon riu quando passei as mãos em seus ombros. Eu tinha certeza que ela estava feliz. Lavei todo o seu corpo. Ela gemeu de dor quando lavei sua intimidade. Lavei com carinho e com cuidado. De olhos fechados, ela aproveitava o banho. Não resisti em beijá-la, ela cedeu deixando que eu explorasse sua boca. Eu já sentia uma dorzinha gostosa me invadindo. Tentei me controlar, mas foi impossível. Eu queria fazer amor com ela de novo.

 

Encerrei o beijo e virei Taeyeon de costas. Segurei as duas mãos dela e as apoiei na parede. Colei o meu corpo no dela. Deslizei a mão pela sua cintura até chegar em seu clitóris. Eu queria dar prazer a ela sem lhe infringir mais dor. Eu sabia como fazer isso. Chupei o pescoço dela enquanto massageava sua intimidade inchada. Seu clitóris já estava rígido. Massageei ele ouvindo Taeyeon gemer.

 

Fui intensificando o movimento. Taeyeon empurrava seu corpo para trás aumentando o nosso contato. Ela agarrou o meu pulso quando estava chegando ao ápice. Prendi-a pela cintura enquanto chupava seu pescoço. Ela gemeu, minha intimidade se contraiu. Senti o orgasmo chegando, mesmo sem me tocar Taeyeon me levava a loucura. Então também a levaria a loucura. Sua bunda era empurrada contra a meu clitoris. Eu atingi o orgasmo quando ela gemeu o meu nome também chegando ao ápice.

 

E lá estávamos nós duas ofegantes e satisfeitas novamente. Terminamos o banho e voltamos para cama. Taeyeon sorria como uma criança que havia ganhado um brinquedo. Deitei ao lado dela e me encaixei em seu corpo. Dormimos de conchinha. Ela dormiu quietinha a noite toda. Quando acordei na manhã seguinte, ela dormia de frente para mim, aconchegada em meus braços. Fiquei ali vigiando ela dormir tranquilamente.

 

De repente, Taeyeon acordou sentando na cama. Ela me olhou parecendo confusa. Sentei na cama vendo-a me olhar estranho. Seus olhos percorreram o meu corpo nu. Depois ela olhou para si mesma, ela também estava nua. Imaginei que depois de perceber a nossa nudez ela se envergonharia. Mas ao contrário disso, ela foi ficando assustada. Toquei o rosto dela estranhando sua atitude.

 

- Tiffany. - Ela falou o meu nome me olhando de cima abaixo novamente.

- O que foi? Você teve algum pesadelo? - Perguntei confusa.

- Você está grávida! - Ela falou descendo da cama.

- Sim, eu estou. O que está acontecendo? - Perguntei preocupada com sua atitude estranha.

 

Desci da cama ao vê-la abrir o guarda-roupa e tirar as minhas roupas de lá. Quando me aproximei dela, Taeyeon me agarrou pelos braços e me empurrou de costas até me sentar na cama. Ela tinha uma expressão apavorada no rosto que começava me assustar.

 

- Taeyeon, o que está acontecendo? - Falei levantando quando ela caminhou em direção ao guarda-roupa.

- Por favor, fique sentada aqui. - Falou ela quase chorando.

- Eu vou ficar sentada aqui, mas diga o que está acontecendo, por favor. - Falei segurando os pulsos dela impedindo que ela se afastasse.

- Você precisa de um médico agora. - Ela falou alisando o meu rosto.

- Que? Porque está dizendo isso? - Perguntei confusa.

- A gente… a gente não devia ter feito aquilo ontem. Eu posso ter machucado você ou o bebê. - Ela falou visivelmente preocupada.

- Tae. - Falei abraçando-a. - Você não machucou a mim e nem ao bebê. Nós estamos bem.

- Como você pode saber isso. Você não consegue ver se aconteceu alguma coisa aí dentro. - Falou ela ainda mais apavorada.

- Eu não posso ver, mas eu posso sentir. Eu estou bem. Acredite em mim. - Pedi tentando acalmá-la.

- Eu sou vou acreditar quando o médico disser que você e o bebê estão bem. - Respondeu ela se afastando.

- Você ficará mais calma se eu consultar um médico? - Perguntei imaginando que só assim ela se acalmaria.

- Sim. Agora vista-se. Vou pedir ao motorista que prepare o carro. - Avisou ela recolhendo as roupas dela.

- Está bem. Faremos como você diz. - Respondi concordando com ela.

 

Taeyeon vestiu sua roupa e saiu do quarto. Entrei no banheiro e fiz a minha higiene pessoal. Antes que eu terminasse, ela retornou e quase derrubou a porta de tanto que ela bateu. Quando abrir a porta, Taeyeon estava prestes a chorar. Abracei a consolando-a. Me aprontei vendo-a me olhar brava por eu estar demorando. Eu estava morta de fome, mas o desespero de Taeyeon não permitiu que eu comesse. No caminho, liguei para o meu médico e verifiquei se ele podia me atender. Não justificava eu ir para na emergência de um hospital sem estar sentindo nada.

 

O motorista nos deixou na clínica. Taeyeon estava cheia de cuidado comigo. Seria divertido se ela não estivesse tão preocupada. O médico veio nos chamar quinze minutos depois que chegamos. Pedi a Taeyeon que deixasse eu explicar ao médico o que havia acontecido. Não queria que ela contasse nada exagerado a ele. Calada, Taeyeon ouviu a minha explicação. O obstetra pediu que eu me trocasse para que ele pudesse me examinar.

 

Depois que me examinou, ele me deu baita sermão por eu não ter ido a um obstetra assim que descobri que estava grávida. Não adiantou explicar que eu tive alguns contratempos. Para ele, eu estava sendo irresponsável com a minha saúde e com a minha gravidez. Aceitei o sermão calada. Depois dele afirmar que eu estava bem, vi Taeyeon suspirar aliviada. Depois disso, ele me encaminhou para a ultrassonografia.

 

Taeyeon e eu ficamos bobas ao ver o bebê no ultrassom. Ele ainda era muito pequeno, mas já dava para vê-lo. Ficamos emocionadas quando ouvimos o coração batendo. Apesar de não saber qual era o sexo do bebê fiquei feliz em saber que ele estava bem e crescendo normalmente. Eu já estava entrando na décima quarta semana, aproximadamente três meses e meio. Taeyeon parecia mais tranquila ao ouvir do médico que tanto eu quanto o bebê estávamos bem. E ainda afirmou que não havia nada de errado em ter relações sexuais durante a gravidez.

 

Eu estava exausta quando voltamos para casa. Durante todo o trajeto, Taeyeon ficou calada. Ela segurava a minha mão e as vezes apertava os meus dedos de leve. Era visível que ela pensava em alguma coisa. Quando finalmente chegamos em casa, parecia que a fome estava me corroendo por dentro. Chegamos na hora do almoço, sentamos a mesa e comemos em silêncio. A atitude dela começava a me deixar preocupada.

 

- Você devia subir e descansar. - Ela falou quando terminou de comer.

- Sim, eu vou fazer isso. - Falei vendo sua expressão séria.

- Na hora do lanche da tarde, eu levo a bandeja para você. - Ela falou ainda parecendo pensativa.

- Ok, obrigada. Você vai subir comigo. - Falei imaginando que ela iria.

- Acho melhor não. - Respondeu ela me olhando como se estivesse confusa.

- Porquê não? - Falei levantando da cadeira e me aproximei dela.

- Você precisa descan… - Cortei sua frase com um beijo.

- Tiffany. - Ela falou o meu nome ao se afastar cortando o beijo.

- Quê? - Perguntei voltando a  aproximar dela.

- Vá descansar. Depois a gente conversa. - Falou ela levantando da cadeira impedindo que eu a beijasse.

- Você está me evitando? - Perguntei confusa.

- Não estou. Só estou cuidando de você e do bebê. - Respondeu ela séria.

- Você pode cuidar de mim lá em cima. - Sugeri abraçando-a.

- Não. Não vamos mais fazer isso. - Respondeu ela se afastando.

- Quê? Porquê? - Perguntei ainda mais confusa e frustrada.

- Porquê você está grávida e precisa se cuidar. - Respondeu ela e eu fiquei chocada com a resposta.

- Isso quer dizer que só voltaremos a ficar juntas depois que o bebê nascer? - Perguntei e rezei para que ela dissesse que eu estava enganada.

- Sim. É melhor assim. - Respondeu firme em sua decisão.

- Você só pode estar brincando comigo. Ainda faltam cinco meses e meio para o bebê nascer. - Falei sentando em uma cadeira sem acreditar no que eu ouvia.

- Pany. Não faz assim. Você sabe o quanto eu fiquei preocupada imaginando o que podia ter acontecido. - Ela falou segurando as minhas mãos.

- O médico disse… - Ela me interrompeu antes que eu continuasse.

- Eu não quero ficar pensando no que pode acontecer. Teremos que esperar. Ok? - Perguntou ela me deixando ainda mais chateada com aquela história.

- Veremos. - Respondi levantando da cadeira. Eu precisava começar um plano para fazê-la mudar de ideia.