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História A Dama - Desequilíbrio


Escrita por: AdaEro-Senpai

Notas do Autor


Olá meus queridos e queridas! Volteiii!! Finalmente né? Me desculpem pela demora, estive ocupada, como sempre ¬¬
Mas consegui um tempinho e touxe mais um cap para vocês, espero que gostem :D .



Boa Leitura!

Capítulo 9 - Desequilíbrio


 

 

 

Ainda era cedo, o sol começava a surgir no céu escuro, quando o despertador soou alto e forte, fazendo a mulher se remexer levemente sobre a cama. O alarme foi desligado pelo Uzumaki que simplesmente esticou sua mão até a cômoda ao lado, permanecendo deitado, voltando a olhar para o teto de seu quarto. Já a mulher se acomodou no peito desnudo dele, o que o fez sorrir e a olhar, vendo-a suspirar profundamente.

— Bom dia. - a voz de Naruto soou calma e levemente grossa.

— Bom dia - lentamente Hinata abriu seus olhos, vendo a janela na parede ao lado, onde conseguiu ver o céu escuro —… Você  dormiu?

— Não… Eu não consegui - ele respondeu igualmente sério —  E você falou bastante.

— Hmm, eu sempre falo quando estou com muita coisa na cabeça. - a Hyuuga afastou-se do namorado, sentando-se sobre a cama, bocejando enquanto passava sua mão por seu rosto.

—… Olha, eu sei que já conversamos sobre isso ontem...

— Então por que vai voltar nesse assunto? - Hinata o interrompeu, olhando para o Uzumaki, vendo-o sentar-se ao seu lado.

— Porque eu ainda acho que devíamos fazer alguma coisa - respondeu Naruto a encarando — Eu não sei se vou conseguir ficar parado enquanto vejo a Tsunade caminhando pra morte… É a Tsunade, Hinata.

— E é a organização Haruno, Naruto. Não é um batedor de carteira ou um traficante! Não podemos fazer nada - disse Hinata — Eu já avisei ao Kakashi e era só isso que eu podia fazer.

— Merda - o Uzumaki bufou em seguida, apoiando suas costas na cabeceira da cama.

— Eu sinto muito, Naruto, eu queria poder fazer alguma coisa… Tsunade é uma boa pessoa e sei que ela é importante pra você -  disse a Hyuuga sentida, triste por não poder fazer muito pela vida da detetive que a considera como alguém de confiança — Por isso eu vou começar a ter fé que ela não vai morrer, torcer por sua vida.

— Você não acredita em fé - ele a encarou com uma de suas sobrancelhas arqueadas.

— Pra você ver que isso é importante. - um singelo sorriso surgiu no rosto de Hinata, fazendo o loiro soltar uma leve risada.

— Acho melhor a gente levantar - ele se moveu sobre a cama, sentando-se na beirada da mesma — Temos que ir pra delegacia e eu tenho que conseguir parar de pensar nisso.

— Espera - rapidamente, Hinata foi até ele e o abraçou por trás e depositou um demorado beijo no ombro dele — Vai dar tudo certo.

— Você tendo um pensamento positivo como esse?

— Efeitos colaterais de namorar você.

Ela sorriu diante do grande sorriso que o Uzumaki lhe deu, em seguida, seus lábios foram tomados por ele em um beijo carinhoso e prazeroso, que foi capaz de acalmar ambos os corações e, naquele momento, as tensões, decisões e consequências deixaram de existir.


 

(...) 

 

Um longo suspiro foi dado por Shizune ao manobrar seu carro e adentrar a propriedade Ivanov. Não eram nem seis da manhã, o céu ainda estava escuro e as ruas estavam desertas quando veio, mas nunca deixaria para depois um chamado dela. Conhecia Sakura e sabe que ela não é de chamar em um horário como esse.

Ela estacionou seu carro na vaga próxima a casa, desligou seu carro e suspirou mais uma vez, se preparando para o que estava por vir. A amiga não lhe adiantou nada por telefone, apenas pediu que viesse com urgência, o que fez a psicóloga pensar inúmeras coisas, e todas elas eram ruins, não houve sequer tempo para pensar em uma coisa boa mas, não adiantaria de nada.

Fechou a porta do carro com certa força, na certa, estava nervosa. Andou a passos rápidos até a porta e surpreendeu-se quando uma das empregadas a abriu, a recepcionando com um sorriso calmo.

— Ela está esperando no escritório - foi tudo o que a mulher, vestida com seu uniforme preto e branco, disse para Shizune, que apenas assentiu e adentrou a casa. 

“ Sakura acordou uma das empregadas? Onde está Kakashi?” - pensou

Isso só piorava os pensamentos de Shizune, que seguia para o escritório, sem diminuir seus passos, sentindo seu coração bater mais forte à medida que se aproximava.

A porta do escritório estava aberta e bastou Shizune aparecer ali para ver a Haruno, sentada em sua cadeira, tomando uma taça de vinho. A garrafa estava sobre a mesa e pode ver que estava abaixo da metade. Outro sinal ruim, Sakura não tem costume de beber, ela faz tudo por sua saúde física.

— Você demorou - a voz da Haruno soou leve e com tranquilidade, o que era outro sinal ruim aos olhos de Shizune, que adentrou o escritório com certa cautela, enquanto Sakura olhava para a taça em sua mão tendo ainda um pouco de vinho.

— Desculpa, eu vim o mais rápido que pude - ela parou próxima a mesa - … O que aconteceu?

Lentamente, Sakura levou sua taça à boca, tomando o último gole de vinho, sentindo o líquido doce descer por sua garganta e relaxar seu corpo, mas de nada adiantava se sua mente estava a mil, funcionando de maneira que a fez sair de seu “habitual”.

Ela se levantou de sua cadeira e andou em direção a porta “secreta”, do mesmo tom das paredes, o que fez Shizune engolir a seco. Todas as mínimas chances de ser algo bom foram reduzidas a zero naquele momento.

A seguiu pelo pequeno lance de escadas logo depois da porta e pelo corredor, tentando ainda sim não pensar o pior, mas era tão óbvio que algo ruim havia acontecido que seu rosto se tornou tão sério quanto nunca antes e seus ombros ficaram rígidos. Já se preparava para o pior.

Shizune mordeu seu lábio enquanto observava a Haruno destravar a porta de aço e adentrou junto com ela naquela sala, olhando para os monitores nas paredes, todos com a tela totalmente preta.

— Você já ouviu falar de Tsunade Senju?

Aquela perguntou fez Shizune voltar a si e voltou a encarar a amiga.

—… Acho que sim - respondeu franzindo o seu cenho levemente, pensando se não fora esse o nome que ouviu em uma reportagem outro dia.

Sakura parou diante de seu computador e, ligando o mesmo, ela apertou algumas teclas, fazendo uma foto da detetive, tirada de uma cena de câmera de vigilância, surgir em um dos monitores.

— Tsunade Senju. Ela é a detetive que está investigando a organização - disse Sakura, com sua voz ainda calma, o que apenas causou mais estranheza na psicóloga — Há alguns dias, uma informante entrou em contato com Kakashi e ontem ele me passou esse nome. Você sabe o que isso significa.

Ela apenas assentiu, mesmo que a Haruno não a encarasse naquele momento.

— Eu cheguei em casa ontem e vim direto para cá e descobri tudo sobre ela - naquele momento a mesma sensação lhe atingiu e Sakura abaixou sua cabeça levemente, sentindo seu peito doer —… Senju é seu nome de casada, embora seu marido tenha falecido já algum tempo, ela o manteve… Yamanaka é seu nome de solteira.

— Er… Eu não estou entendendo.

— Lembra do homem que falei que tinha conhecido? O que trabalha em um café… O nome dele é Sasuke Uchiha, a chefe dele se chama Ino Yamanaka. Ela é sobrinha da Tsunade - apertando mais algumas teclas, Sakura fez a imagem do monitor mudar, dando lugar a uma outra foto, a mesma que a deixou em choque na noite passada —… Quando eu vi essa foto, eu… E-eu travei e mil coisas me passaram pela cabeça. “Como?” “ Por que?”.

— Sakura, o que você fez? - Shizune perguntou já temendo a resposta, aproximando-se lentamente da Haruno.

— Eu não consegui me segurar - Sakura virou-se para Shizune e, naquele momento, seu rosto estava inexpressivo mas, seus olhos, mostravam muitas coisas —… Nome completo, idade, peso, exames médicos, vacinas , conta em banco, passatempos, redes sociais, número de celular, endereço… - ela mesma se interrompeu, fechando seus olhos e respirando fundo, franzindo o seu cenho levemente com a dor que sentiu em sua testa — Eu descobri tudo dele… Até seu passado.

— Sakura, se acalma - disse Shizune ao parar próxima da mulher, tocando seu ombro levemente, que fora rapidamente repelido pela Haruno, que se afastou dela.

— Foram dez anos de muito esforço, contenção e concentração para que no fim eu me tornasse uma das coisas que meu pai sempre quis que eu fosse… Descontrolada - seu tom já não era calmo como antes — Sedenta por informações, usando toda e qualquer ferramenta para obter tudo.

— Para com isso, chega de pensar dessa maneira - com passos rápidos, Shizune aproximou-se da Haruno e levou suas mãos ao rosto da mesma, segurando-a em cada lado das bochechas dela, a fazendo lhe encarar — Olha pra mim… Isso não é tão ruim. Você já fez isso milhares de vezes e nunca te afetou dessa forma.

— Porque eu nunca agi com descontrole! - disse — Você me conhece, Shizune, eu tenho regras e as sigo com rigidez para coisas como essas não acontecer… Para que eu não fique sabendo de mais.

— O que?

—… Ele não cursou universidade nenhuma porque não tinha condições - Sakura desviou seu olhar dos olhos da amiga e afastou-se dela mais uma vez — Ele nasceu no japão mas  veio pra cá ainda criança e, foi criado em uma pequena cidade do interior, os pais dele ainda estão lá e ele sempre manda uma quantia, mesmo eles não precisando. Eu sei que não precisam, eu vi as contas deles… Sasuke é uma boa pessoa que se importa com as pessoas… Ele tem um bom coração - ela tornou a encarar a amiga, agora com seu rosto já demonstrando a angústia e tristeza que sentia — E eu vou destruir ele… Vou acabar com toda a sua bondade e ele vai se tornar tão amargo quanto eu.

Falar tais palavras fizeram efeito mais forte do que apenas pensá-las, de maneira que sentiu seu coração doer e um estranho frio em sua barriga. Sua respiração acelerou levemente, fazendo a Haruno suspirar várias vezes, na tentativa de controlar-se, mas, já era tarde. Suas mãos ainda tremiam e sua mente não parava de lhe  bombardear de pensamentos, ideias e consequências. Havia saído do controle que construiu por dez anos, isso era um fato doloroso.

—… Eu devia parar, afastá-lo enquanto ainda é recente, enquanto ainda ele não se apegou mas, toda vez que eu penso isso, eu sinto um frio estranho - sua mão fora de encontro ao seu peito e sentiu o quanto o seu coração estava acelerado. Seu olhar, que estava direcionado para o chão, ficou embaçado pelas lágrimas que começaram a se formar — É como se eu voltasse ao dia em que eu era uma simples garota, que foi forçada a ver sua mãe ser levada.

Um longo suspiro foi dado por Shizune, que permaneceu em silêncio, deixando apenas que a respiração da Haruno fosse o único som naquela sala.

Agora, sabendo do real motivo que a levou ali com tanta pressa, Shizune não soube se devia se alegrar ou preocupar-se ainda mais.

—… Sakura, você sabe exatamente o que tudo isso significa - Shizune quebrou todo aquele silêncio — Você diz que esse Sasuke ainda não se apegou à você… Você pode dizer o mesmo sobre você? Porque tudo isso diz que não… Sasuke é muito mais do que seu “sinal” de humanidade, você saiu de seu controle por causa dele e desmoronou dessa forma por causa dele!... Seus sentimentos, seu coração, querem viver e agora, eles lutam contra sua mente, contra o domínio das “regras dos Haruno” e contra o seu plano totalmente ridículo de tirar a própria vida para dar fim aos Harunos!

Lentamente, Sakura levantou seu rosto e encarou a amiga, que surpreendeu-se ao ver as lágrimas naqueles olhos tão verdes.

— Esse Sasuke lhe deu a oportunidade de pensar em um futuro diferente… Um que você vive. 

—… Eu sei - a voz de Sakura tornou a soar calma — Por isso chamei você aqui.

— Como é?

— Levei menos de seis minutos para descobrir tudo sobre o Sasuke… Eu estou acordada a mais de quatro horas. Tive muito tempo pra pensar mas não tive tempo para me acalmar - ela respondeu dando um longo suspiro, limpando suas lágrimas com uma de suas mãos —… Você tem razão, Shizune, como sempre. Meu plano de dar minha vida pra acabar com todo esse inferno é ridículo… Pensei em um muito melhor que, também irá acabar com a organização só que de uma maneira que todos se lembraram e eu irei viver - ela desviou seu olhar novamente, sentindo a tristeza novamente —… Só o que me dói e que Sasuke irá sofrer da mesma maneira. Tentei pensar em alguma coisa que fizesse isso mudar, mas foi inútil porque a única coisa que fará ele sofrer será eu... Mas eu me nego a me afastar dele,

Suas mãos se fecharam em punhos e, sem olhar para a amiga, que a olhava com seus olhos levemente arregalados e sua boca entreaberta, Sakura andou de volta a mesa onde seu computador estava, apertando algumas teclas que fizeram as fotos sumirem dos monitores, voltando a ficar totalmente pretos.

— Que se foda a regra número um.  


 

 

 

 

 

 


Notas Finais


O que acharam??? Quero muito saber a opinião de vocês pq! kkkkkk
Espero que esse cap, embora pequeno, tenha esclarecido a ligação da Tsunade com o Sasuke e, acreditem, esse fato ainda vai render "pano pra manga", como diz minha mãe XD
Enfim, quero agradecer a minha linda leitora beta, @shariingans_ que me ajuda TANTO. Menina, vc é um anjo na minha vida <3
Até a próxima, meu povo :D
Bjs^^


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