História A Dança - Capítulo XXXI

Nico

Nico sentou em sua cama e encostou de leve seu braço com o de Percy, chamando a atenção do garoto que naquele momento estava olhando o nada com uma expressão distraída. Percy virou a cabeça e sorriu de leve pra ele. Embora depois de tantos anos amigo do garoto, Nico soubesse que aquele sorriso não era totalmente verdadeiro.

Nico sorriu e tentou pensar em alguma coisa pra dizer, mas ele sabia que isso nunca foi seu forte, principalmente quando ele queria ser gentil. Por isso ele apenas inclinou a cabeça e a encostou no ombro de Percy, tentando demonstrar daquele jeito que ele estava lá por ele, para o que der e viesse. Porque apesar do seu jeito reservado e frio, Nico era leal aos seus amigos.

- Você soube, não foi? Por isso me chamou. – pergunta em tom baixo.

Nico suspira, pensando que talvez, assim como ele aprendeu a ser mais carinhoso com Percy, Percy também aprendera a ser mais direto com ele. Seus olhos desviaram para um ponto qualquer na parede e ele mordeu o lábio inferior, escolhendo as palavras.

- Sim. – responde suavemente. – Mas não foi apenas por isso que te chamei. Pode não parecer, mas estava com saudades de você. – diz em tom sincero.

Percy sorri, levantando o braço e o passando pelos ombros dele, puxando-o para mais perto. Nico se aconchega no abraço do amigo, tentando se lembrar quando foi a última vez que eles ficaram apenas daquele jeito, encostados um no outro.

- Também senti falta da sua amizade, Nico. – sussurra em um tom que apenas ele tinha.

Nico fecha os olhos e suspira alegremente, sentindo-se bem. Por mais reservado que fosse, Nico também tinha seus momentos carinhosos – mesmo que raros. E aquele era um deles.

Os dois ficam em um silêncio confortável durante alguns minutos, apenas ouvindo o som que vinha do andar de baixo onde estava as irmãs de Nico fazendo alguma coisa. O de olhos negros se separa de Percy e o encara nos olhos, procurando traços do que ele sentia.

- Sabe que pode contar comigo, não sabe? – pergunta com cautela.

Percy sorri, aproximando-se e beijando sua testa, como se a situação fosse ao contrário. Nico abraça a cintura de Percy com carinho, sabendo que aquilo vai bastar para fazê-lo se sentir melhor.

- Sei que posso, Nico. E amo você por isso. – sussurra em seu ouvido. – Você é meu melhor amigo.

Nico sorri, sem dizer nada. Ele fica se lembrando da época que namoravam e pensa que o sentimento que ele tem hoje pelo amigo é muito diferente do que tinha antes. Hoje Nico apenas sente um amor de irmão por Percy, algo de amigo; já antigamente, ele sentia um amor romântico, aqueles de filme.

É estranho pensar nisso agora, porque o que ele sente por Will não deixa que ele pense em mais ninguém ao seu lado. Nico simplesmente não poderia amar mais ninguém além do namorado, mas ainda se importava muito com Percy.

- Hey, vamos comer alguma coisa lá embaixo. – diz se levantando e oferecendo a mão para Percy.

Percy sorri e acena com a cabeça, pegando em sua mão e se levantando. Os dois saem juntos do quarto.

Ao chegarem na cozinha, Nico vê que Hazel, Bianca e Ethan estavam fazendo alguma coisa de comer. Ele franze o nariz, imaginando se aquilo vai ficar bom.

Logo Hazel o nota e sorri grandemente, chamando-o com a mão.

- Nico! Percy! Querem ajudar a gente? Estamos fazendo uma receita de macarrão que vimos na TV pro dia de Ação de Graças. – diz Hazel com entusiasmo.

Percy ri e Nico os olha com uma expressão indecifrável, imaginando que aquilo não ia dar boa coisa.

- Eu adoraria. – responde Percy.

Hazel sorri ao garoto e olha pra Nico, que apenas levanta uma sobrancelha.

- Não. – diz simplesmente.

Nico nem gostava de cozinhar, além que aquele negócio de "trabalho em equipe" não era bem o seu forte. Ele revira os olhos quando sua irmã o olha de forma pidona.

- Por favor, por favor, por favor! – pede com um bico. – Vai ser divertido. Prometo. – diz fazendo uma cruz com os dedos sobre os lábios.

- Não.

Percy passa o braço ao redor de seus ombros e sorri, aquele sorriso que ele sempre usava quando estavam namorando. Era uma mistura de carinho e manipulação, e Nico não sabia se odiava o amigo ou não por isso.

- Vamos lá, Nico. Vai ser divertido. Momentos em família, lembra? – pergunta sorrindo.

Nico revira os olhos e suspira, lembrando de como eles falavam desses tipos de momento quando eram mais novos, antes mesmo de namorarem. Nico sempre odiou as pessoas – alguns sem ter mais o que fazer –, que implicavam com Hazel por ela ser adotada e sempre ele comentava que o importante eram os momentos que eles passavam juntos e não se ela tinha seu sangue ou não. E Percy sempre usava isso contra ele.

- Tudo bem. – diz a contragosto, mas sorrindo de lado.

Hazel solta uma exclamação animada e abraça os dois pelo pescoço, fazendo-os rir. Percy o olha depois que Hazel os solta e sorri. E dessa vez o sorriso dele é sincero.

Isso faz Nico sorrir também.

- Vem. – diz Percy segurando sua mão e o levando para começar a fazer alguma coisa.

Eles se encarregam de cortar os legumes; enquanto Hazel faz o macarrão; e Bianca e Ethan preparam o molho. Nico empurra o ombro de Percy de leve e os dois riem um pouco.

- Sentimos falta de você aqui, Percy. – comenta Bianca com um sorriso. – Nico nunca aceita participar das coisas. – diz fazendo um biquinho.

Nico revira os olhos com aquilo.

- Tenho certeza que se pedir ao Will, ele vai convencer o Nico a fazer as coisas. – Percy lhe dá uma piscadinha que o faz corar.

- Argh, Pers. Você também?

Nico revira os olhos de novo e os ignora. Ele se concentra em cortar os legumes.

- Acho que Will deve estar ficando maluco. Espero que ele consiga resolver as suas coisas. – comenta Ethan.

Nico levanta uma sobrancelha, de repente atento.

- Vocês são amigos?

Ethan balança a cabeça.

- Somos do mesmo time. Eu era meio que o co-capitão. Mas acho que mandar nos outros não é bem o forte de Will. – diz dando de ombros.

Nico franze a testa com a fala da garoto, pensando no que aquilo queria dizer. Claro, Will era uma pessoa muito gentil pra querer mandar nos outros. Ele era irritante às vezes e se preocupava muito com as pessoas, mas não era do tipo que gostava de liderar.

- O que quer dizer com "era co-capitão"? – pergunta Nico confuso.

- Ah, Will deixou o posto de capitão. Ele disse que não queria mais e que só ia continuar no time porque estamos desfalcados depois que Ja..., bem, ele me pediu pra ficar no lugar dele. – diz ele ficando meio vermelho.

Nico processa a ideia e só olha pra Percy quando eles voltam a cortar os legumes um ao lado do outro.

- Estou bem, Nics. – diz baixinho.

- Sei que está. – diz sincero. – Confio em você.

Aquilo faz Percy sorrir.

- Eu sei. – diz suavemente. – Só estava esperando você dizer.

Nico sorri, lembrando-se que foram as mesmas palavras que eles disseram quando começaram a serem amigos. Depois de tanta insistência, Nico admitira que confiava em Percy e isso era muito pra ele. Mas ele não se arrependia. Ele sempre podia contar com Percy.

***

Nico sentiu o corpo relaxar quando abraçou Will no dia seguinte. Sua respiração ficou lenta e ele aconchegou a cabeça no ombro do namorado, fechando os olhos. Ele podia sentir as mãos de Will acariciando as suas costas.

- Isso tudo é saudades? – pergunta Will divertido em seu ouvido.

Nico ri e se separa um pouco do namorado para poder olhá-lo nos olhos.

- Talvez seja... – diz se inclinando para dar um selinho em Will.

- Hum. – murmura o puxando para um beijo profundo.

Nico enlaça o pescoço do namorado com os braços e deixa que Will o conduza. Ele sente o coração acelerar e a respiração ficar mais rápida, como toda vez que eles se beijavam. Nico acaba sorrindo ainda com os lábios sobre os de Will.

- Agora você vai me dizer onde vai me levar? – pergunta Nico baixinho.

Will ri e nega.

- Não. Ainda é uma surpresa.

Nico bufa e revira os olhos, fazendo o louro rir gostosamente.

Eles entram no carro e seguem o caminho para algum lugar que o Nico não faz ideia. Os dois conversam durante o caminho e o moreno começa a perceber que eles estão entrando em um condomínio de pequenos prédios, o fazendo franzir as sobrancelhas.

- A gente veio visitar alguém? – pergunta Nico confuso.

Will apenas sorri, estacionando o carro em uma das vagas e dizendo para ele sair do carro.

- Você já vai descobrir, anjo. – diz lhe oferecendo a mão.

Nico a pega e segue o namorado, pensando se Will tinha algum parente que morava naquelas redondezas. Ele franze a testa percebendo que não.

Os dois entram em um dos prédios e pegam um elevador, o tempo todo em silêncio. Nico fica divagando alguma possibilidade do que aquilo queria dizer, mas não acha nenhuma plausível. 

O que eles tinham ido fazer ali?

Eles saem do elevador e seguem até um dos apartamentos. Will tira uma chave do bolso e abre a porta, indicando que é pra Nico entrar. O louro entra logo atrás dele.

O apartamento não era muito grande, mas tinha um bom espaço para se viver. Havia alguns poucos móveis na sala à sua frente e na cozinha do seu lado direito. Os quartos e o banheiro ficavam mais à frente do lado esquerdo, perto de um pequeno corredor.

- Então, gostou?

Nico franze a testa.

- De quem é esse apartamento?

Will o olha com um sorriso e o puxa para seus braços, aproximando seus rostos.

- Bem, se aceitar, ele é nosso. – diz suavemente.

Nico arregala os olhos.

- O quê?!

Will ri um pouco envergonhado e esconde o rosto no pescoço de Nico, respirando fundo e beijando sua pele.

- Você quer morar comigo, pequeno?

Nico se separa do namorado e olha fundo em suas íris azuis, apenas pra ter certeza de que Willl está falando sério. Quando ele percebe que sim, Nico abre um pequeno sorriso e beija o outro, sem se importar com mais nada. Porque tudo que ele podia desejar estava ali. Com Will. Ao lado dele.

E ele não se importa que sua decisão tenha sido rápida demais ou deles serem muito novos para já darem um passo desse. Não, Nico não se importa com nada disso. Porque agora ele entendia o que Percy sempre lhe dizia. Ele nunca ia saber se daria certo se não tentasse.

- Sim. Eu quero. – responde colando suas testas quando se separam. – Muito.

Will o abraça com força e afunda o rosto em seu pescoço com um suspiro aliviado.

- Vem, vou te mostrar o apartamento.

Nico segue o namorado pelo apartamento, não podendo evitar o sorriso bobo ao perceber o quanto Will estava feliz. E ele admitia, Nico também estava. Muito.

Eles passam pela cozinha, pela sala, pelo banheiro de visitas, pelo quarto de hóspedes e então param na porta do quarto de casal. Então Nico sente Will abraçando sua cintura e apoiando seu queixo em seu ombro.

- Você ainda não me disse como conseguiu esse apartamento. – comenta Nico, puxando os braços do namorado pra mais perto de si.

- É do meu pai. – responde suavemente. – Da época que ele estudava. Caso não tenha percebido, aqui é perto do Campus da NYU. Ele disse que eu podia usar o apartamento até me formar.

Nico concorda de leve com a cabeça.

- Seu pai não vai sentir sua falta? – pergunta curioso.

Will ri.

- Acho que agora que ele está namorando, nem vai se lembrar que eu existo. – brinca.

Nico bate no braço do namorado, rindo um pouquinho. Ele respira fundo, sentindo o corpo levemente relaxado.

- O que acha de estrearmos a cama, pequeno? – pergunta Will baixinho em seu ouvido.

Nico se vira para encarar o namorado e sorri, colocando os braços ao redor do pescoço de Will.

- Eu acho ótimo.

Ele beija o outro e sente quando Will começa a caminhar pra frente, fazendo-o andar pra trás até os dois caírem na cama. Nico se separa um pouco do namorado e ri um pouco, fazendo Will rir também.

- Eu amo quando você ri, anjo.

Nico sorri de leve, puxando-o para outro beijo enquanto começa a tirar sua jaqueta. Will o ajuda e se despe da própria roupa, separando-se um pouco para tirar a camiseta.

Ele sente o coração acelerar e a ereção começar a dar sinais de vida dentro da sua calça. Não importava quantas vezes Nico via Will sem roupas, ele ficava encantando toda a vez. Para ele, Will era a definição de deus grego, porque ele era lindo. Não perfeito, mas belo exatamente do jeito que era.

- Gosta do que vê, pequeno?

Nico foca seus olhos no rosto de Will, percebendo que ficara muito tempo olhando para o físico do namorado. Ele sorri de forma constrangida, mas morde o lábio inferior.

- Talvez. Acho que não vi o bastante. – brinca em tom provocativo.

Will ri e se inclina pra retirar sua camisa de manga comprida. Então ele o beija de novo, jogando a roupa em algum canto do quarto. E Nico simplesmente não consegue pensar muito nisso, porque Will sentou sobre sua ereção e começou a se remexer em cima dele.

Ele ofega baixo, agarrando-se ao pescoço do namorado e abrindo os olhos que ele nem percebera que tinha fechado. Nico encarou Will nos olhos e não pode conter o sorriso bobo em seus lábios ao ver como o outro o olhava.

Will o olhava com um misto de amor e carinho que simplesmente faziam o coração de Nico derreter, porque era como se não existisse ninguém mais especial para Will do que ele. E isso apenas fazia ele o amar ainda mais.

- Você é lindo, Nico. Cada pedaço em você é perfeito. – murmura de forma carinhosa.

Will coloca suas mãos acima da sua cabeça e as segura, começando a espalhar beijos por seu pescoço e peito sem que ele pudesse se mexer. Nico fecha os olhos e suspira, sentindo-se cada vez mais quente.

Ele acaba soltando um gemido baixinho quando Will morde seus mamilos, fazendo-o arquear as costas e respirar fundo.

- Quero te ouvir, pequeno. – diz baixinho. – Geme pra mim. – pede mordendo a pele da sua barriga.

E aquilo é suficiente para que Nico não se contenha mais. Os gemidos passam a sair da sua boca constantemente, sempre ofegantes e sôfregos.

Seus olhos permanecem fechados e ele apenas aprecia os toques de Will em seu corpo. Em certo momento, suas mãos são soltas e ele pode tocar o namorado novamente, que apenas sorri a ele.

- Seu rosto está vermelho, meu anjo. – diz como quem não quer nada. – Calor?

Nico não pôde deixar de revirar os olhos com a provocação, mas no fim acabou sorrindo um pouco.

- Você sabe muito bem o que eu estou sentindo, Will. – diz bem baixinho. – Afinal você está sentindo o mesmo.

Ele leva a mão direita para o volume na calça de Will e aperta, fazendo o mesmo soltar um gemido baixo.

- Tem razão. – diz com a voz rouca.

Will saí de cima dele e tira a sua calça, exibindo sua ereção. Nico vê o olhar malicioso do namorado e apenas aquilo basta pra fazer seu corpo se arrepiar.

Nico não tem como negar, ele ama o jeito como Will o olha. Seja com desejo, amor, preocupação ou carinho. Aquelas íris azuis dele eram a sua perdição e Nico tinha bem ideia disso.

Ele se levanta e fica de frente pra Will, puxando-o para um beijo. Nico já tinha perdido a vergonha do próprio corpo perto do namorado e ele não sabia se isso era porque ele o amava ou porque confiava nele. De qualquer forma, ele já não se importava mais de ficar nu na frente dele. Não mais.

Nico passa a distribuir beijos pelo pescoço do outro, descendo para o peito e começando a se abaixar. Ele fica de joelhos e começa a abaixar as calças e a cueca de Will, erguendo a cabeça para olhar o namorado de forma maliciosa.

Mas antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, Will o pega pela cintura e o joga novamente na cama, fazendo-o rir. O louro se desvencilha das próprias calças e senta sobre a pélvis de Nico, sorrindo de um jeito tão sensual que o garoto solta um ofego.

- Eu te quero dentro de mim, meu amor. – provoca Will em tom baixo e sedutor.

Nico respira profundamente, apertando a cintura do namorado levemente. Seu coração dispara e se aquece ao mesmo tempo, porque ele gosta do saber que Will confia nele. Fazia-o se sentir bem, como ninguém o fizera se sentir antes.

Seus olhos negros deviam estar repletos de desejo e ele sabia que Will gostava de vê-lo daquele jeito, gostava de o ver o desejando. Não que Nico não gostasse também.

- E eu quero estar dentro de você. – e ele sabe que Will entendeu o duplo sentido.

Will se inclina pra beijá-lo, pegando algo no criado-mudo enquanto suas bocas ainda estão coladas e esfregando-se em cima dele. Nico geme no fundo da garganta.

- Faz as honras?

Nico pega o lubrificante da mão do namorado e despeja um pouco sobre os dedos, levando-os para a entrada de Will em seguida. Ele massageou o local durante um tempo antes de colocá-los dentro do outro, que soltou um gemido meio abafado e dolorido.

- Está tudo bem? – pergunta Nico franzindo as sobrancelhas com preocupação.

Ele não se achava uma pessoa muito cuidadosa por isso sempre tinha medo de machucar o outro. Will se remexe um pouco sobre os seus dedos e suspira baixinho, mordendo o lábio inferior de um jeito que fez Nico sentir uma fisgada nas partes íntimas.

- Hum, não. Tá gostoso, só é um pouco estranho. – diz Will se mexendo de novo sobre seus dedos, tentando ter mais contato.

Nico começou a fazer movimentos de lentos com os dedos e foi acostumando o namorado até conseguir colocar o terceiro dedo. No entanto, na hora que isso aconteceu Will soltou um gemido dolorido que fez Nico parar na hora.

- Desculpa. – pede constrangido.

Will respira fundo e se mexe devagar, soltando um gemido baixinho.

- Pode colocar, meu anjo. Quero isso. – diz se inclinando para lhe dar um selinho.

Nico assente devagar, tirando os dedos de Will e despejando um pouco mais de lubrificante nele. Ele coloca a camisinha, se posiciona na entrada de Will e começa a entrar devagar, temendo machucar o namorado.

Will se apoia em seu peito e começa a descer sobre ele lentamente, rebolando para se acostumar. Nico geme ao sentir a carne de Will apertar-lhe.

- É bom. – geme Will quando se senta por completo.

Nico teme que sua voz não saia caso tente, por isso apenas aperta a cintura de Will com as mãos e assente com a cabeça. Seu corpo começa a ficar quente e o desejo parece percorrer cada poro do seu corpo.

- Me beija.

Will prontamente se inclina e o beija, de forma nada romântica. O beijo é desesperado, quente e sensual. Tudo aquilo que eles estavam sentindo naquele momento. E Nico ama Will por ter tanta sincronia com ele.

O louro começa a rebolar e se remexer em cima dele, procurando sempre mais contato. Nico separa os lábios dos de Will com a respiração ofegante e apenas sente que o namorado começa a cavalgar sobre ele, gemendo baixinho.

Nico não consegue se focar em mais nada que não seja aquilo. Ele encara o rosto avermelhado de Will e se pergunta se existia, para ele, alguém mais bonito que o namorado. Logo ele percebe que não. É Will. Sempre foi.

- Nico, eu vou...

Mas ele não precisa dizer para o moreno entender. Nico segura a cintura do namorado e os vira na cama, segurando as pernas de Will ao redor da sua cintura. Ele se inclina pra beijar os lábios do outro e aumenta o ritmo das estocadas, sabendo que eles estão próximos do orgasmo.

- Eu amo você, Will. – diz baixinho com os lábios sobre os do outro. – E eu quero que você goze pra mim. – diz ignorando a vergonha.

Will geme e agarra o seu pescoço, olhando no fundo dos seus olhos e tomando seus lábios furiosamente. Nico esquece de qualquer coisa que aconteceu antes e apenas se concentra naquele beijo, naquela sensação de prazer que estava tomando conta do seu corpo.

Ele sente quando o namorado se contrai ao seu redor e os dois gemem juntos, chegando ao orgasmo com as bocas ainda próximas.

Nico sente o corpo tremer e seus braços fraquejarem, mas não tem como negar que aquela sensação é maravilhosa, principalmente com Will. Seu Will.

- Eu também amo você, Nico. – diz com a respiração ofegante e eles sorriem um para o outro.

***

Depois de tomarem um banho e de pedirem alguma coisa pra comerem, Nico e Will estavam deitados na cama apenas com as peças íntimas. Nico estava com a cabeça apoiada no peito do namorado e Will ficava acariciando as suas costas gentilmente.

- Por que não me disse que deixou o posto de capitão do time? – pergunta Nico de repente.

Will olha em seu rosto e parece procurar algum resquício de raiva, mas não tinha nada. Nico não estava bravo, apenas curioso.

- Esqueci de dizer. – diz simples. – Resolvi deixar o cargo para o Ethan porque não entendo direito das coisas, além que a escola e o estágio já me cansam o suficiente. – comenta em tom suave.

Nico assente, respirando fundo e relaxando.

- Além que depois eu fui atrás de alguma coisas para o apartamento. – completa.

- Você comprou móveis novos?

- Só a cama. O resto já estava aqui, mas tive atrás de uma cópia da chave também e eu queria tanto te fazer uma surpresa que esqueci de te contar. – diz olhando em seus olhos e esfregando seus narizes.

- Entendi. – diz de leve. – Estou feliz de estar aqui com você. – confessa.

Will sorri e beija seus lábios rapidamente. Nico acaba sorrindo também e esconde o rosto no peito nu do namorado, pensando que ter aquela intimidade era uma coisa ótima. Isto é, os dois morarem sozinhos iria dar um tipo de privacidade e intimidade diferente pra eles, e Nico não podia negar que estava ansioso para saber como ia ser.

- Eu também. – diz suavemente. – Quero passar o resto da minha vida com você, meu anjo.

E aquilo faz o coração de Nico se aquecer e um sorriso bobo brota em seus lábios, fazendo-o se sentir completamente apaixonado.

- Idem.