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História A Dança - Capítulo VII


Escrita por: Lucy_Jackson

Notas do Autor


Olá meus amores!! Tudo bom?
Até agora estou sendo pontual e espero que isso agrade vocês!
Estou muito feliz com os comentários também!!
Boa Leitura!

Capítulo 8 - Capítulo VII


Nico

Ele já poderia se matar.

Era mais ou menos dessa forma que Nico se sentia. Dentre todos os garotos possíveis, porque ele se apaixonara justo por Will? Ou porque Afrodite os colocou juntos?

O moreno se sentia sufocando em suas próprias emoções opostas. Por um lado, ele nunca se sentira tão apaixonado e bobo por alguém, mas vendo de outro jeito ele queria que isso nunca tivesse acontecido.

Como ele podia fazer isso com Bia?

Nico não queria magoar a irmã, pois a amava demais e a última coisa que merecia era o que ele estava fazendo. O moreno, em sua cabeça, estava roubando Will de Bianca, o que era totalmente imperdoável de sua parte.

O único problema era que quando ele estava perto de Will, seu corpo agia por ele. Seu controle, que geralmente é intacto, se desfaz assim que o louro o toca. E quando se beijaram foi como se o mundo tivesse parado.

E naquele momento mesmo, Nico usava todas as suas forças pra não ligar para Will, apenas para ouvir sua voz. Parecia que tudo nele estava pedindo a presença daquele louro imbecil. Nico suspira audivelmente e mordendo os lábios ele pega seu celular. Manda uma mensagem.

Nico: Está ocupado?

Joga sua cabeça pra trás tentando não pensar naquele sorriso, assim começa a ler algum livro pra se distrair. Não lera nem duas páginas quando seu celular vibra e Nico sabe exatamente quem o respondeu.

Will: Não, quer conversar? Sair?

De forma involuntária ele sorri, pois apenas imaginar ver o louro já faz seu coração acelerar. Nico toca seus próprios lábios tentando pensar coerentemente e analisa a situação. Ele precisava sair.

Nico: Sair. Te encontro na sorveteria perto do Colégio.

Se arruma rapidamente e já saí de casa. Ele precisava respirar e decidir o que ele vai fazer em relação a Will. Enquanto caminha ele fica pensando no que ele poderia fazer, mas nenhuma opção parece boa o bastante.

Nico sempre fora um garoto certinho e era difícil ele fazer algo errado, mas agora ele sabia o quanto ser errado era bom. Porque era isso o que era sua relação com Will. Errada. Pelo menos na sua cabeça.

Então, o que ele faria? Se entregaria ou tentaria esquecê-lo?

Tantos dilemas se passavam em sua mente e o pensamento de um amor que não seja Will parece impossível. Certo ou errado, ele sabia que no fim sofreria as consequências, só não sabia qual delas era pior.

Qual pessoa que amava deveria escolher?

Ele amava Will a ponto de sacrificar a sua relação com a irmã?

Chegando à sorveteria, ele se senta em uma das mesas que dão de frente para a escola. Apenas sente quando algo ou alguém chega por trás e aproxima a boca de seu ouvido.

- Olá – diz Will naquele tom de voz rouco e isso o faz suspirar, como se eles não tivessem em um lugar público.

- Oi – se levanta e fica incerto do que fazer, então apenas acena com a cabeça. Will então o beija no rosto e isso faz um sorriso brotar em seus lábios.

- Senti sua falta – tinham se passado três dias, talvez?

- Eu também – as palavras saltam de sua boca sem que ele queira e isso o faz corar, contudo, o sorriso que Will deu foi tão lindo, que ele esqueceu a vergonha.

- Do que quer? – pergunta apontando para os refrigeradores com sorvete. Nico pisca duas vezes antes de entender e responder.

- Flocos – responde e Will o deixa ali por uns instantes deixando que o menor pudesse desfrutar de seus próprios pensamentos.

Nico já se sentia meio desestabilizado, o olhar que o louro que dirigira fora o suficiente para fazer seu coração saltar e rodopiar. E aquele sorriso o fazia suspirar, logo a decisão que ele acreditava que era a certa ficava ainda mais dificil de ser tomada.

O certo seria se afastar do louro completamente, se distanciar e nunca mais conversar com ele, mas como faria isso? Mal conseguira ficar alguns dias longe, como poderia fazer isso pelo resto da vida?

Will volta com os sorvetes e senta a sua frente, lhe passa o pote com o seu tocando de leve a sua mão. Nico sorri imperceptivelmente e passa a saborear o gosto gelado dos flocos.

- Nico – chama Will e ele passa a prestar atenção no louro.

- Sim? – responde com um olhar confuso.

- Euachoqueestouapaixonadoporvocê – diz tão rápido que Nico apenas identifica o "acho" no meio da frase e isso o faz pensar o que Will acha.

- Repete, você falou muito rápido – pede e o louro tem as faces vermelhas quando inspira novamente.

- Eu acho que estou apaixonado por você – dessa vez Nico entende o que ele disse e seus olhos se arregalam nas órbitas. Então depois que o moreno respira e toma fôlego ele responde.

- O pior que eu também acho que estou apaixonado por você – suspira e Will sorri.

- Eu nunca me senti desse jeito e é tão bom – ele lhe diz e Nico não consegue não sorrir. Na verdade, Nico achava que nunca tinha sorrido tanto desde que conhecera o louro.

- Eu gosto muito de você, mas eu estou confuso – o moreno apoia a mão sobre a do Will em um gesto carinhoso, demonstrando que se importa, mas que precisa de tempo também.

- Apenas não pare de falar comigo – pede ele e Nico somente assente, porque ele não se achava capaz de afastar tanto de Will. Ele já admitia que precisava dele em sua vida.

Os dois permanecem em silêncio, mas esse silêncio é confortável entre eles. Às vezes trocavam um olhar ou um sorriso, pra então voltarem ao seu sorvete. Nico achava que aquilo era extremamente agradável, uma vez que ele podia ver como Will era sincero com ele e para o moreno isso era muito importante.

- Vamos caminhar um pouco? – Will lhe pergunta assim que terminam sua sobremesa gelada.

- Tudo bem – ele concorda e se levanta com o louro ao seu lado.

Enquanto estão andando, às vezes seus braços se tocam e isso faz uma sensação gostosa percorrer o corpo do moreno, que começa a ter uma vontade de segurar a mão de Will. Nico não estava acostumado com isso, porque geralmente não gostava muito de toques.

E como se lesse seus pensamentos, Will entrelaçou seus dedos carinhosamente e continuou andando como se aquilo fosse totalmente normal. O mais incrível era o fato de Nico estar gostando daquilo e que um simples segurar de mão pudesse oferecer tantas sensações.

Claro que ele andava de mãos dadas com Percy, mas a sensação que ele tinha era a mesma de quando segurava a mão de Hazel e isso com certeza não era o que ele sentia naquele instante. Seu coração batia rápido e descompassado, suas mãos estavam mais frias ainda por causa do nervosismo e ele tinha vontade de agarrar Will ali em plena rua.

- Anjo, como faremos a partir de agora? – pergunta o louro e assim que Nico processa as palavras seu coração faz um giro em seu peito.

Anjo? Hum... eu gosto do som dessa palavra.

- Não sei, talvez pudéssemos começar como amigos – o moreno tentava se convencer que isso era menos errado do que "ficar".

- Por mim tudo bem, contanto que eu possa ficar perto de você – lhe dá um belo sorriso e Nico solta um suspiro.

Oh, ele não pode ficar falando essas coisas pra mim.

- Amigos – diz o moreno e a palavra soa estranha em sua boca, o significado disso era quase sufocante.

- Amigos – diz Will suavemente e levanta a mão de Nico, beijando os seus dedos.

Cada ação dele não parecia pensada ou premeditada, apenas parecia natural agir assim e Nico estava adorando isso. A primeira vez que estava gostando dos toques de alguém, de tanto carinho e afeição.

- Posso te levar a um lugar? – pergunta o louro de repente e Nico assente com a cabeça, curioso.

- Pra onde? – Will lhe responde com um sorriso misterioso e o guia até o carro dele. Era branco e grande o automóvel do louro, talvez até exagerado e com certeza não combinava com Nico, mas com Will sim.

O moreno ficou olhando pela janela observando a paisagem, a cor do céu estava mais clara, já que chovera no dia anterior, limpando as nuvens e deixando, assim, o tempo bonito.

Nico percebe que o trajeto ainda ia demorar um pouco e acaba pegando no sono no meio do caminho. Quando desperta, Will está acariciando seu rosto e chamando o seu nome baixinho.

- Chegamos, anjo – tira a mecha do seu cabelo do olho e toca sua pele com ternura.

- Hum... – geme quase manhoso, pois o sono estava bom. Ele se inclina pra Will, pedindo mais de seu carinho.

- Vamos pequeno, eu quero te mostrar uma coisa – o moreno assente devagar e coça os olhos com os punhos, fazendo, sem perceber, uma expressão fofa.

Will segura sua mão quando saem do carro e guia Nico através do lugar. O moreno sabia onde estavam, era um dos Píer's de Nova York, mas ele não sabia o que estavam fazendo ali.

- Por quê me trouxe aqui? – pergunta Nico, confuso.

- Espera – Will os leva até a beira do rio e faz com que se sentem ali.

Então o moreno começa a perceber o que Will queria lhe mostrar, conforme o crepúsculo se aproximava, as cores do céu iam mudando ficando em tons de laranja mais claros e mais escuros. E Nico fica deslumbrado com aquilo, a natureza sendo tão bonita desse jeito.

- Eu vinha aqui com a minha mãe. Ela dizia que o crepúsculo é a transição entre duas coisas diferentes, o dia e a noite. E que isso significa que nada é uma coisa só, podemos ser tudo o que quisermos se desejarmos – diz sorrindo. Seus olhos possuem um brilho e aquele lugar parece lhe fazer bem.

- É realmente lindo. Me faz lembrar de mim e de você – e novamente as palavras pulam de sua boca antes que possa pensar em dizê-las, mas no fundo sabe que é verdade.

- O dia e a noite – diz Will passando o braço pelo ombro de Nico e o moreno apenas encosta a cabeça no louro.

- Sim – concorda.

- A luz e as trevas – murmura e sorri, como se isso o agradasse.

E naquele momento Nico percebe que eles são realmente como o dia e a noite, porque apesar de diferentes, não podem ficar separados, fazem parte um do outro.

Independente de sua decisão, ele sabe que os dois estão ligados, como o crepúsculo. Talvez seja como amigos, ou como namorados, mas unidos para o resto de suas vidas.

Então Nico relaxa, pois não pode mais mudar isso. Seus sentimentos aconteceram muito rápido, mas, agora, era difícil saber o que ele faria sem Will.

- Aqui é meu lugar favorito no mundo – diz o louro com aquele sorriso de criança feliz. Nico imagina Will como uma criança loura e de olhos azuis correndo pelo Píer, alegre ao lado dos pais. Seu coração se aquece com isso e ele sorri pra si mesmo.

- É relaxante – concorda Nico. Ele não sabe o que é mais bonito, o pôr do sol, ou a felicidade nos olhos do louro.

- Nós fazíamos um piquenique aqui, então meu pai brincava comigo e com meu irmão, e quando estávamos voltando, já dormiámos no colo de minha mãe – Will suspira – Eu sinto falta dela – e Nico entende o que quer dizer. O rosto do louro fica triste e tudo que o moreno faz é acariciar a sua bochecha.

- Eu amei esse lugar, raio de sol – faz o outro olhar em seus olhos para que veja que suas palavras são sinceras.

- Oh, Anjo – Will o abraça colocando o rosto em seu pescoço.

E por longos minutos eles ficam apenas assim, abraçados e aconchegados um no outro, como se mais nada do mundo pudesse atrapalhar.

Eles vêem o sol se pôr e Nico tinha que admitir que aquilo era muito romântico, e especial por vários motivos. Pela mãe de Will e agora por eles, pelo significado que isso se deu aos dois. E quanto mais o tempo ia passando, mais difícil era pensar em desistir de Will.

O menor não tinha ideia do que se passava na cabeça do outro, o que planejava sobre o relacionamento deles. Talvez ele estivesse se conformando com apenas a amizade – o que fazia a garganta de Nico ficar seca – ou talvez lutaria por ele, mas a questão não era essa.

Nico estava disposto a lutar por eles?

E quando Will olhou em seus olhos, ele soube a resposta. Não importava o que aconteceria, mas ele lutaria para que os dois pudessem ficar juntos.


Notas Finais


Eu simplesmente amei esse capítulo!!!
Gente, como não amar o Nico?! E essa frase no final me deixou tão boba... Ah... (Sim eu sou apaixonada por Solangelo, me julguem hahauhshahs)
Essa metáfora do dia e da noite, do crepúsculo, não sei de onde tirei, mas amei!!
Espero que tenham gostado!
Beijos no <3 e até o próximo!


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