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História A Destruição do Olimpo - Eu estou apaixonado por você.


Escrita por: MiniNicc

Notas do Autor


BOA LEITURA, AMORES!!!!!!!

ALERTA CAPÍTULO GRANDE (o maior da história, até agora).

Capítulo 33 - Eu estou apaixonado por você.


Fanfic / Fanfiction A Destruição do Olimpo - Eu estou apaixonado por você.

 

A festa estava ocorrendo há algum tempo já quando o filho de Hades decidiu procurar sua loirinha para conversar. Só tinha lhe visto mais cedo, e depois ela sumira do seu campo de visão. Di Maggio procurou na pista de dança, ao redor do lago, nos arredores do quiosque e da estrutura montada pelo comitê das ninfas. E não encontrou. Suspirou fundo, e se apoiou na grade de madeira do quiosque. Não conseguia tirar aquela garota da cabeça. Poxa, estava numa festa. Com seus amigos, no lugar em que mais amava morar. Deveria estar se divertindo, dançando, virando shots de tequila pura. Mas a verdade é que jamais conseguiria fazer isso, sabendo que Nimuë estava chateada consigo por algum motivo. Se fizesse isso, estaria se enganando. Merda, Kael pensou. Antes que pudesse pegar o caminho até o bar pra pedir um drink novo, percebeu algumas pessoas ao redor lhe encarando. Fofocando, cochichando como costume. As fofocas da última semana eram quase todas sobre ele e Nimuë, sobre a Profecia, sobre o misterioso aparecimento de Hades no Acampamento depois de anos sem sair do Mundo Inferior para nada.

- Perderam alguma coisa? _Kael as afrontou, assim que passou pelo meio da multidão. Os garotos, que eram em sua maioria filhos de Hermes reunidos com alguns filhos Hefesto, viraram o rosto imediatamente e disfarçaram. Ninguém gostava de ser peitado e encarado pelo filho do Deus da Morte. Só sua paternidade por si só já lhe concedia poder e respeito, mas o garoto ainda era líder do Acampamento e TOP 1 em todas as competições e campeonatos. Ele era basicamente uma lenda. Todos falam, fofocam e comentam sobre mas ninguém tem coragem de encará-lo. De peitá-lo, ou desafiá-lo.

Assim que alcançou o balcão da área de bebidas, Di Maggio avistou a filha de Poseidon. Para seu alívio, ela estava sozinha. Exceto pela companhia de dois copos de tequila pura, que o sátiro Ikrain acabara de colocar na frente dela. Kael di Maggio observou quando sua loirinha virou um dos copos, e levou um pedaço de limão a boca. Depois, ela repetiu o movimento com o outro copo. E sorriu para Ikrain, sem produzir sequer uma careta quando o álcool desceu pela sua garganta. Ou ela era muito forte pra bebida, Kael pensou. Ou ela iria sentir a bebida batendo em poucos minutos, e desmaiaria ali mesmo. O filho de Hades aproximou-se dela pelas costas e pelo lado direito, e quando chegou perto o suficiente apoiou-se com uma das mãos no balcão. Deixando que ela percebesse sua presença.

- Se você continuar nesse ritmo vai acabar no meio da pista de dança, tirando a roupa na frente de todo mundo _ele falou, próximo ao rosto dela. Nimuë levantou-se do banquinho que estava ao ouvir sua voz, e lhe encarou com seus lindíssimos olhos verdes. Apesar da quantidade enorme de álcool que ela provavelmente já havia bebido, seu olhar estava completamente sóbrio. Exalava sua essência com mais vigor do que nunca. Com mais intensidade e fúria do que o normal. Se ela já tinha a personalidade forte e determinada antes, agora então sob o efeito da tequila aquela garota deveria ser basicamente uma força da natureza. Di Maggio se preparou, porque sabia que precisaria de muitos colhões pra lidar com ela assim. Nimuë não era do tipo de pessoa que abaixava a cabeça pra ninguém, não importava quem ele fosse.

- É uma honra me ver nua, sabia? _ela falou, depois de alguns segundos raciocinando sobre o que ele tinha falado. Di Maggio franziu as sobrancelhas, sem entender direito onde ela queria chegar. Mas não pôde evitar de descer seu olhar pelo corpo da filha de Poseidon. Ela usava um vestido marrom diferente, com um corte em V gigantesco até o meio da barriga. Deixando a mostra uma das partes do seu corpo que Kael mais amava. Seus seios. A curva interna deles, bem redondos e grandes. Ela ainda estava usando uma espécie de colar dourado que ia até o meio dos peitos, e seguia se espalhando pela barriga. Para enfeitá-los, torná-los ainda mais atrativos. Di Maggio sentiu muita vontade de jogá-la naquele balcão ali mesmo e transar até desmaiar. Realmente era uma honra vê-la nua, Kael pensou.

- É uma pena que algumas pessoas não valorizam isso _ela falou, sorrindo de forma maldosa e debochada. E antes que Di Maggio pudesse reagir, ela esbarrou no seu ombro e se afastou. Indo para o outro lado do balcão, no bar. Kael mordeu o lábio inferior, e parou pra pensar alguns segundos. Sem se importar com as pessoas ao redor que provavelmente haviam observado a cena entre os dois. Se ela queria lhe provocar e fazer com que ele corresse atrás de si, então era isso mesmo que ele faria. Não tinha vergonha disso. Queria aquela garota para si, e ia lutar por ela.

Nimuë não percebeu a aproximação do filho de Hades às suas costas, até que sentiu suas mãos agarrando firmemente sua cintura. A filha de Poseidon não conseguiu evitar o calor e o arrepio que atravessaram seu corpo ao sentir o toque dele. Kael sorriu, vendo que ela se contorceu inteira. Colocou o cabelo loiro dela para o lado e aproximou sua boca à nuca da filha de Poseidon. Lhe deu um beijinho leve, e depois falou ao seu pé do ouvido.

- Você acha mesmo que eu não valorizo? _o filho de Hades lhe perguntou, e Nimuë virou o rosto para vê-lo atrás de si. Ele estava com uma expressão maliciosa e indecente no rosto, e o olhar mais negro do que nunca. Ela levou alguns segundos para se recuperar do quanto Kael era capaz de lhe desorientar. Mas logo se virou, colocando a mão no peito dele. A filha de Poseidon o empurrou, e Kael não ofereceu resistência embora fosse inúmeras vezes mais forte do que ela.

- Você vai mesmo dar em cima de mim na frente de todo mundo? Pensei que fosse mais esperto _a sereia lhe repreendeu, observando que várias pessoas ao redor lhes acompanhavam de canto de olho. Di Maggio sorriu seu sorriso mais debochado possível, adquirindo aquela postura de bad boy marrento que Nimuë achava extremamente atraente. Merda.

- Eu não me importo com eles. Me importo com você _ele respondeu, dando um passo em frente e lhe analisando minuciosamente. Com cautela. A sereia revirou os olhos, e não o respondeu.

- O que foi que fiz pra merecer esse gelo todo? _Kael lhe perguntou, fechando um pouco a expressão. Mesmo por trás de toda aquela marra a sereia conseguiu perceber que ele estava chateado. Talvez até triste. Ótimo, ela pensou. Pelo menos não era a única.

- A pergunta mais correta é o que você não fez. Ou melhor, com quem não fez _Nimuë respondeu, dando ênfase no “não fez” e no “com quem” para maior dramaticidade. Kael pareceu raciocinar por alguns segundos, e depois lhe encarou profundamente.

- Então você tá assim comigo por ciúmes das garotas que eu me envolvi antes mesmo de te conhecer? _ele lhe perguntou, concluindo que o mal da sereia era ciúmes mesmo. Kael tinha plena consciência da sua fama, e do seu passado. Havia sim se envolvido com muitas garotas, mas estava disposto a abrir mão de tudo isso por ela. Já havia aberto mão, inclusive. Não conseguia sequer se imaginar com alguma outra pessoa que não fosse a filha de Poseidon.

- Não é isso _Nimuë disse, obviamente mentindo. Como Kael sabia disso? Ele já a conhecia o suficiente para saber que ela era uma péssima mentirosa. Ficava completamente sem jeito, e seu rostinho perfeito ainda ficava vermelho nas bochechas no nariz. Lhe entregando.

- Então o que é? _Kael a desafiou a falar, encarando-a firmemente. Nimuë arregalou os olhos levemente com a aproximação dele, percebendo que estava encurralada.

- Esquece...só pede pra sua namorada me deixar em paz, tá bom? _ela falou, esbarrando no seu ombro para sair dali. Kael a segurou pelo braço, impedindo que ela se afastasse. Que história era aquela?

- Ei _a sereia reclamou, tentando tirar seu braço do aperto firme do filho de Hades. Kael não cedeu dessa vez, apertando mais ainda o toque.

- Você tá me machucando _ela fez uma voz manhosa, e Kael até cogitou acreditar se não soubesse que Nimuë aguentava apertos muito mais fortes que aquele. Ali ela só estava querendo escapar, e ele não iria deixar ela fazer isso novamente. Precisava saber o que está acontecendo, e precisava saber agora.

- O que foi que você disse? _ele perguntou, entredentes e com um poder na voz que fez a sereia se arrepiar e arregalar um pouco dos seus olhos verdes. O rosto do filho de Hades estava tão perto do seu que ela podia ver cada estrutura e cada terminação nervosa dançando dentro dos olhos negros dele. Podia sentir sua respiração quente, sem falar na boca dele há poucos centímetros da sua.

- Eu pedi pra você alertar sua namorada a ficar longe de mim _a filha de Poseidon respondeu, entredentes. Kael franziu as sobrancelhas, completamente perdido.

- Eu nunca namorei na minha vida inteira _ele balançou a cabeça em negação, com os olhos semicerrados.

- Não parece que ela sabe disso _a sereia debochou, relembrando-se da postura convencida e garbosa da filha de Afrodite. Relembrando-se da forma confiante que ela lhe proferira aquelas palavras. Como se não existisse sequer o mínimo de dúvida que Di Maggio preferia ela acima de qualquer outra.

- Tá falando da Ino? _ele lhe perguntou, deixando a filha de Poseidon irritada somente de ouvi-lo pronunciando o nome dela.

- A própria. Que fica me seguindo pelo Acampamento pra me dizer que você vai me usar, e quando cansar vai me jogar pra escanteio como fez com todas as outras. Pra me dizer que a única que tem espaço na sua vida é ela, e vocês tem uma conexão de anos. Uma história aparentemente linda, e que se você tiver que escolher alguém vai ser sempre ela _a filha de Poseidon ironizou, despejando de uma vez nele o motivo pela qual estivera chateada nas últimas horas. Kael arregalou os olhos por uns segundos, tamanha era sua confusão e incredulidade. Porém, depois de alguns segundos, ele suavizou a expressão, soltou o braço da sereia e começou a rir. Teve um ataque de riso, na verdade. Parecido com o que ela mesma tivera quando ele lhe contara que iria passar uma semana lavando louça na cozinha.

- Já acabou? _Nimuë perguntou, esperando que ele se acalmasse e voltasse a se concentrar. Kael balançou a cabeça e voltou a encarar os olhos verdes da sua loirinha. Ela parecia mais baixinha do que o normal, mais princesa e pequeninha do que o costume.

- Por favor me diz que você não acreditou nesse monte de bobagem _ele falou, por fim. A sereia não teve nenhuma reação momentânea, apenas ficou lhe encarando. Quando conseguiu formular as palavras, seus olhos marejaram como se estivesse prestes a chorar.

- Como é que eu vou saber que é bobagem? _ela perguntou, dando um passo para trás. Kael a segurou, e colocou ambas as mãos ao redor do seu pescoço. Encostou a testa na dela, e respirou fundo. Seu coração quase se partiu ao vê-la daquela forma.

- Porque eu to dizendo que é, princesa. Eu não tenho nada com aquela garota, nunca tive. Foi só..._ele começou a explicar, mas antes que pudesse terminar a frase Nimuë o interrompeu.

- Foi só sexo? _ela perguntou, retirando as mãos dele do seu pescoço.

- E comigo você tem o que além disso, Kael? É só sexo também, não é? _ela finalizou seu questionamento, com cautela. Como se estivesse com medo da resposta.

- Claro que não _o filho de Hades se apressou em responder. Não estava gostando nenhum pouco do onde aquela conversa estava indo...

- O que é diferente então? No que eu sou diferente das outras milhares de garotas que você já se envolveu? _a sereia lhe perguntou, encarando-o com seus olhos claros e hipnotizantes. Merda, Kael pensou.

Era justamente naquele momento que ele não queria chegar. Não estava pronto para lhe contar o que precisava contar. Não daquela forma, ali. No meio de todo mundo, no meio de uma briga. Havia quebrado sua promessa de não se apaixonar por ela, e se um dia fosse contar queria que fosse de outra forma. Aquela garota era muito especial para si. Muito mesmo e só ele sabia o quanto. Ela merecia todo cuidado e zelo do mundo, só que ao invés de falar tudo isso Kael só ficou parado. Lhe encarando. Em silêncio.

- Uau, você não tem uma resposta _ela concluiu sozinha, com uma expressão bem sugestiva. Kael fechou os olhos, e engoliu em seco. Sabia que estava a perdendo. O coração doeu, mas ele segurou as lágrimas.

- Tudo bem...hãn...me faz um favor então. Vê se não me procura mais _ela finalizou, falando o que Di Maggio já estava esperando ouvir. A loirinha lhe deu as costas, jogou o cabelo aloirado para trás e sumiu no meio da multidão com pressa.

 

-#-

 

Do lado leste ao Riacho Zéfiro, estava tendo um campeonato de cartas acirrado e bem disputado. Assim como qualquer outra competição dentro do Acampamento Meio-Sangue. O jogo da vez era Truco Espanhol, e consistia basicamente em uma competição disputada por até 6 jogadores. Dois times de três semideuses, que se enfrentam em duplas até o trio vencedor acumular o maior número de pontos. No jogo, cada jogador recebe 3 cartas e a cara rodada deve mostrar uma. As de naipe ouro e espada são sempre superiores às de bastião e copas. Vence sempre quem tiver mais sorte e quem souber blefar mais. Naquele exato momento, o time dos Filhos de Ares estava perdendo para as Caçadoras de Ártemis. Danna, Nefelle e Ashley formavam o trio das garotas do Chalé 8, e Hector, Cadmos e Julius formaram o trio rival.

Os semideuses que ainda estavam na festa, porque provavelmente já passava das 3 horas da manhã e alguns, estavam divididos entre três áreas. A área leste, onde existiam diversas mesas, pufes para descanso e cadeiras. Onde aconteciam os jogos e as competições, e as pessoas ficavam ao redor observando e comentando. Dando forças e torcendo pras suas equipes favoritas. Mais ao centro ficava a área da pista de dança, onde a música era mais alta e as luzes piscavam ao ritmo dela. E a parte externa do quiosque, onde as pessoas iam para se pegar, para conversar, gritar, correr, brincar de lutinha e coisas do tipo. Se fosse mais para dentro do início da Floresta era possível achar até mesmo pessoas transando. Por isso as Caçadoras avisaram para Nimuë ficar por ali enquanto elas jogavam. Não deveria ir sozinha lá pra fora, senão poderia acabar se traumatizando. A sereia riu, e obedeceu. Ficou na pista de dança, fez amizade com várias pessoas, conversou e bebeu mais ainda. O álcool tinha, definitivamente, lhe ajudado a empurrar sua conversa com Di Maggio para a parte mais inacessível da sua mente. E lhe permitido, pelo menos, algumas horas de diversão.

Os gritos na área de jogos ficaram mais intensos e a sereia resolveu ir até lá para ser se o campeonato estava no fim. Assim que adentrou o ambiente, vários olhares viraram-se na sua direção. Porém, logo abrandaram. Estavam todos concentrados no final da partida. Nimuë olhou para o placar, anotado em um quadro próximo à mesa. Estava 19 para os filhos de Ares e 22 para as meninas. Nimuë havia aprendido a jogar Truco Espanhol em Cathlon, e tinha consciência de que a partida se encerrava quando uma das equipes atingia os 24 pontos.

A filha de Poseidon trocou um olhar rapidamente com Danna, e a sua amiga lhe deu uma piscadinha sugestiva. Nimuë sorriu, e compreendeu o que estava acontecendo. Ela queria informações. Nimuë conhecia bem os sinais utilizados nos campeonatos de Truco Espanhol. Você não pode passar as informações para seus companheiros de time verbalmente sem que as pessoas do outro time escutem, então são usados sinais. Piscar o olho direito significava que você tinha a maior carta do jogo. O olho esquerdo a segunda maior carta. Puxar a boca para o lado direito, a terceira maior carta. Para o lado esquerdo, a quarta maior carta. E a ponta da língua pra fora significava FLOR. Uma mão com três cartas do mesmo naipe, equivalente a três pontos. Danna queria que a sereia lhe passasse os sinais da equipe dos filhos de Ares, e pra isso ela precisava dar um jeito de ver as cartas dele.

A filha de Poseidon se aproximou um pouco mais, e circulou ao redor da mesa onde eles estavam sentados. Cativou a atenção de um dos filhos de Ares, que levantou o olhar das suas cartas e a encarou. Era Cadmos, um dos garotos que não estava no top 10 de guerreiros do mês. Porém, apesar do seu fracasso como guerreiro e como filho de um Deus da Guerra, sua beleza compensava. Era o padrão loiro de olhos azuis, mas ele tinha uma ponta charmosa a mais. Talvez fosse o cabelo, mais longo e comprido que dos irmãos. Nimuë aproximou-se dele na mesa, e apoiou-se nela com os punhos fechados. O filho de Ares ficou, como já de se esperar, completamente hipnotizado pela sereia. Pelos seus olhos verdes cativantes. Mas, principalmente, pelo imenso decote que estava há pouquíssimos centímetros do rosto dele. Cadmos só faltou babar.

- Como está o jogo? _ela perguntou, mordendo o lábio inferior para não rir da cara de embasbacado dele. Depois de alguns segundos, ele tirou os olhos dos seus peitos e a encarou.

- Tá...tá muito bom. Acho que vai dar pra ganhar _Cadmos respondeu, meio hesitante e gaguejando as palavras. Nunca havia ficado nervoso assim na frente de uma garota. Mas a filha de Poseidon claramente não era uma garota qualquer. Cadmos nunca tinha visto olhos tão lindos e hipnotizantes assim antes, e aquela correntinha de ouro que descia pelo peitos dela e perdia-se na barriga capturou completamente sua atenção.  

- É mesmo? Com três pontos atrás? Quanta confiança...eu gosto disso _a sereia falou, usando a voz mais sedutora ainda. Cadmos aproximou lentamente o rosto do dela, como se fosse atraído por um imã. Como se fosse lhe beijar. A sereia não o impediu de se aproximar, mas desviou discretamente seu olhar do rosto dele para a mão. Para suas cartas. Estava quase conseguindo ver quais eram os naipes quando um Hey em alto e bom tom lhes repreendeu. Era Hector, o filho mais velho de Ares.

- Você tá de sacanagem que vai deixar ela ver suas cartas né? _ele perguntou diretamente para Cadmos, com uma pontada de irritação contida na voz. Cadmos franziu as sobrancelhas numa expressão confusa.

- Ela não ia..._ele começou a falar, mas então entendeu o que havia acabado de acontecer. Virou suas cartas para a mesa, e encarou a filha de Poseidon que tentava a todo custar disfarçar o que havia feito.

- Ora, ora...sereias realmente são traiçoeiras então _Cadmos concluiu, com os olhos semicerrados. A sereia sorriu ironicamente, e seu olhar encontrou de relance o olhar de Di Maggio. O filho de Hades estava apoiado na parede, logo ao lado do quadro que marcava os pontos. Nimuë sentiu seu corpo inteiro se arrepiar, só com o olhar dele. Droga. Seu coração acelerava automaticamente na sua presença, e não havia nada que ela pudesse fazer pra mudar isso.

Entretanto, a sereia manteve o sorriso no rosto ao perceber que o semblante fechado dele alternava olhares entre ela e Cadmos. Ele havia observado a cena há segundos atrás, e aparentemente não gostara nada. Problema dele, Nimuë pensou.

- Logo agora que eu achei que tava me dando bem _a voz de Cadmos lhe tirou dos seus devaneios, e Nimuë o encarou.

- Quem sabe outro dia, bonitão? _ela falou, dando uma piscadinha brincalhona para o desespero completo do filho de Ares. Ele parecia prestes a abandonar o jogo e lhe agarrar.

- Pô gata, falando essas coisas você me deixa até mal aqui _ele respondeu, provavelmente se referindo ao fato de estar excitado. Nimuë não estava realmente atraída por ele, apesar dele ser bonito. Na verdade estava mais era flertando e provocando Di Maggio do que qualquer outra coisa. Antes que a sereia pudesse lhe responder, Cadmos recebeu um tapa na cabeça e um olhar repreensivo de Hector, seu irmão.

- Presta atenção no jogo, imbecil _o filho mais velho do Deus da Guerra bradou, usando o jogo como desculpa. Mas na verdade estava preocupado com seu irmão. Cadmos não fazia a menor ideia do envolvimento da sereia com Kael. Se soubesse jamais teria dado em cima dela assim, na frente do Filho de Hades. Hector agradeceu mentalmente que Di Maggio estava relativamente calmo e pacífico hoje, apesar da cara fechada. Não parecia disposto a dar uma surra histórica em Cadmos, mas ainda sim Hector achou melhor chamar a atenção do irmão. Não queria problemas. A sereia aproveitou para dar mais uma volta ao redor da mesa, e quando passou por Danna falou baixinho:

- Foi mal, amiga.

Danna levantou o olhar na sua direção, e sorriu de forma brincalhona. Assim como Ashley.

- Você tentou _ela respondeu, piscando.

- Jogo sujo hein, Danna _a voz de Hector se elevou, chamando atenção das meninas. Ele referia-se, obviamente, ao fato de ter usado a sereia para seduzir Cadmos e memorizar suas cartas. Danna encarou o filho de Ares, e sorriu debochada.

- Eu nunca disse que jogaria limpo, meu amor _ela o respondeu, com um toque de sensualidade na voz que a sereia reconheceu bem. Fez uma nota mental para perguntar depois à amiga se já havia rolado algo entre os dois. Eles formariam um belo casal visualmente falando. Danna era alta, morena, com longos cabelos castanhos e lisos. E Hector era igualmente alto, porém loiro e de pele bronzeada estilo praiano.

De canto de olho, a filha de Poseidon conseguiu perceber quando Di Maggio deu as costas para a área dos jogos e foi em direção ao bar. A sereia sorriu de forma sarcástica. Ah o ciúmes...

O ciúmes atinge até mesmo os mais fortes.

 

-#-

 

Percy Jackson estava se servindo no buffet das comidas, quando percebeu a aproximação do Filho de Hades. Kael lhe olhou, e ao invés de fazer alguma piada ou lhe chamar de bob esponja apenas pegou um pratinho e começou a se servir. Quieto. Em silêncio. O filho de Poseidon estranhou, arqueando as sobrancelhas.

- Que bicho te mordeu? _perguntou, e Kael o encarou de volta.

- Acho que você não vai precisar se preocupar mais em proteger sua irmã de mim _o filho de Hades falou, dando de ombros. Percy assentiu. Sabia, desde o primeiro momento que o viu cabisbaixo, que o assunto era sobre Nimuë. Di Maggio, apesar de sempre ter uma aura de escuridão ao seu redor, sempre fora bem sociável no Acampamento. Em tempos antigos ele estaria no mínimo com duas ou três garotas uma em cada braço, bebendo, rindo e jogando Truco Espanhol com seus amigos. Mas agora? Agora estava ali, quieto e sozinho.

- Como você sabe disso? _Percy o perguntou.

- Ela me pediu pra nunca mais procurá-la _Di Maggio respondeu, achando estranho que Percy Jackson fosse a pessoa com quem ele estivesse se confessando. Jamais imaginaria que isso iria acontecer. Ou melhor, jamais pensou que se sentiria a vontade o suficiente pra fazer isso. Falar de seus sentimentos, logo com o garoto que era seu rival declarado no Acampamento. Na sua frente, Percy bufou e revirou os olhos.

- Você não sabe nada sobre mulher mesmo? _ele perguntou, lhe olhando.

- Hãn? _Di Maggio o questionou, sem entender nada.

- Se ela disse pra você nunca mais ir atrás dela, é justamente agora que você precisa ir. Se elas falam que não querem nunca mais te ver na vida e pedem pra você deixar elas em paz, é aí que você precisa realmente correr atrás _Percy explicou, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Bom...pra ele era. Namorava há anos e conhecia bem o jeito feminino de agir quando está feliz, quando está com raiva, quando está decepcionada.

Mas Kael não...aparentemente aquele garoto não conhecia e não sabia de nada.

- Porque elas falariam uma coisa se querem outra? _Di Maggio perguntou, e Percy riu. Realmente se fazia o mesmo questionamento, mas as mulheres eram assim e pronto. Não cabiam aos homens tentarem desvendar o mistério, apenas compreendê-lo e lidar com isso.

- Cara, você tem muito o que aprender..._o filho de Poseidon falou, balançando a cabeça negativamente. Di Maggio lhe deu um sorriso amarelo, mas baixou a cabeça de forma triste e desanimada.

- Minha fama no Acampamento é péssima, você sabe bem disso. Mesmo que eu explique que ela não é só mais uma na minha vida, duvido que ela vá acreditar em mim _ele desabafou, enquanto se servia no buffet. Percy pensou sobre aquilo por alguns segundos.

- Ela quer uma prova de que o que vocês tem é diferente do que você já teve com as outras? Então dê uma prova a ela _Percy sugeriu, como se fosse o Rei da obviedade. Kael encontrou os olhos verdes do filho de Poseidon, e não conseguiu evitar de compará-los aos de Nimuë. Era quase como se fossem olhos da mesma pessoa.

- Como? _Kael o questionou. Percy deu a meia volta na mesa do buffet, e ficou de frente para o filho de Hades. Os dois semideuses eram praticamente da mesma altura.

- Pensa, Kael. Qual é a única coisa que você nunca fez para as outras garotas? _o filho do Deus dos Mares perguntou. Kael refletiu por uns instantes. O ritual era quase sempre o mesmo. Quando tinha interesse em alguma menina ia até ela, conversava por alguns instantes sobre assuntos aleatórios e em poucos minutos já estava pegando. Não tinha muito mistério, praticamente não precisava se esforçar. Só o fato de ser filho de um dos Três Grandes Deuses já lhe concedia muito status, e Di Maggio ainda era líder do Acampamento. Ainda era o semideus mais poderoso daquele local. As mulheres choviam em cima de si. No máximo o que Kael fazia era elogiá-las, dizer que eram muito bonitas, depois do sexo oferecia uma xícara de café ou um copo de água. Virava amigo, mantinha o contato se o sexo havia sido bom...o que tinha de diferente era que nunca havia se arriscado por nenhuma delas antes. Como se arriscara no Caça à Bandeira. Nunca havia se importado dessa forma, nunca havia sentido...

- Eu nunca me apaixonei por ninguém antes _Di Maggio chegou a conclusão sozinho, depois de alguns segundos matutando. 

- Exato, irmão. Exato _Percy sorriu, e lhe deu um tapinha no ombro antes de se afastar. O filho de Poseidon encontrou os olhos cinzas da filha de Atena do outro lado do salão, lhe esperando. E foi ao encontro dela. Mas não sem antes se virar novamente para Di Maggio, e lhe dizer:

- Você sabe o que fazer, Kael. Só precisa ter colhões pra isso.

O filho do Deus da Morte seguiu Percy Jackson com o olhar enquanto ele se afastava, e viu quando ele segurou a filha de Atena pela cintura e a beijou. Na testa, nas bochechas rosadas, e por fim na boca. O sorriso com que ela o recebeu, a forma que eles se abraçaram. O jeito carinhoso que Percy enroscou a mão pelos cachos aloirados dela.

Se fosse há 1 mês atrás Di Maggio teria sentido náuseas só de ver a cena.

Mas agora?

Agora queria muito ter isso para si também.

Do outro lado do Riacho Zéfiro, a filha de Poseidon comemorava com as Caçadoras de Ártemis a vitória sobre os filhos de Ares no Truco Espanhol. A última jogada tinha sido entre Ashley e Julius, e ela o derrotou na base do blefe. O garoto estava com a segunda melhor carta do jogo, mas Ashley o fez acreditar que ela estava com a melhor carta do baralho. Julius acreditou, não aceitou o pedido final de Retruco e quando as cartas caíram na mesa o filho de Ares descobriu que a Caçadora de Ártemis não estava nem com uma das 10 melhores cartas do baralho. A vitória das meninas fora esplêndida, e Nimuë aceitou tomar mais uma rodada de tequila para comemorar. Por mais que já estivesse se sentindo bem bêbada e alegrinha.

- Você é resistente pro álcool, hein _Danna comentou, observando que Nimuë estava bebendo desde que chegara na festa e ainda não havia passado mal ou sequer demonstrado estar bêbada direito. Exceto, é claro, pelo show à parte com Cadmos.

- Pois é, eu não sabia que era _Nimuë confessou. Acompanhou as garotas para a parte de fora do quiosque, e deixou os milhares de assuntos lhe invadirem. As meninas falavam sobre o jogo, falavam sobre Danna e Hector. Josephine e Hunter fofocavam sobre uma das filhas de Afrodite, muito provavelmente Ino, ter vomitado a área sul inteira do quiosque durante a madrugada. E depois arranjado briga com algumas garotas do Chalé 11. Clássica Ino, Stela havia comentado. Já Ashley aparentemente havia marcado um date com Julius para compensá-lo pelo jogo. Ambos chegaram a se beijar ali mesmo, na frente de todo mundo. E depois saíram juntos em direção a qualquer lugar mais privado.

Nimuë seguia com as meninas pelo corredor à beira da Floresta Norte, quando teve o seu braço direito puxado para trás de uma das árvores. O movimento foi executado de forma tão rápida, profissional e silenciosa que as Caçadoras de Ártemis nem se deram conta que a filha de Poseidon havia sumido. Apenas continuaram a caminhada em direção ao Chalé 8. A festa já estava no fim e elas não queriam ser as últimas a deixar o ambiente. Isso normalmente implicava em ter que ajudar na limpeza do local. Às vezes elas até ajudavam, mas hoje haviam concordado em somente ir para casa e dormir. O dia havia sido longo, e amanhã haveriam mais treinos e mais novidades. Em outra perspectiva, Nimuë viu-se puxada para um local mais privado da Floresta. Era basicamente um encontro de árvores grandiosas que permitia que, quem quer que estivesse no meio delas, não fosse visto por ninguém que passava ao lado. A filha de Poseidon encarou a pessoa a sua frente.

Era ele. Obvio que era ele. Di Maggio lhe encarou com seus lindíssimos olhos negros, e deu um passo para trás pra que Nimuë não se sentisse pressionada ou sufocada.

- O que você quer? _ela o perguntou, tentando fazer sua voz soar irritada. Na verdade, bem lá no fundo, estava extremamente feliz por vê-lo novamente. Achava que ele tinha ido embora àquela hora no jogo, e encerrar a festa dessa forma seria basicamente um caminho sem volta na sua relação. Ou quase-relação. Nimuë queria muito ter uma esperança, mas não fazia ideia do que era aquilo ali. Do que eles dois eram, ou representavam. Não fazia ideia do porquê seu coração doía e se acelerava tanto na sua presença.

Mas estava prestas a descobrir.

O filho de Hades suspirou fundo na sua frente, e assumiu uma expressão séria.

- Eu não consigo parar de pensar em você. Nem um minuto sequer, desde que te vi a primeira vez. Você me fez sentir coisas que eu nunca imaginei que fossem possíveis _ele começou a falar, e pela primeira vez na vida Nimuë viu os olhos dele marejaram. Encherem-se de lágrimas. As palavras de Kael di Maggio lhe atingiram como uma avalanche de emoções, e a filha de Poseidon precisou se segurar muito para as pernas não fraquejarem e lhe levarem ao chão.

- Você me ajudou, mesmo sem saber, a sair de um período profundo de luto e de escuridão. Um período que eu pensei que nunca fosse superar. Essa é a diferença de você pra qualquer outra. A diferença disso aqui pra todo e qualquer outro envolvimento que eu já tive é que..._ele continuou, referindo-se à pergunta que ela havia feito mais cedo para si. A sereia relembrou-se que havia perguntado para ele qual era a diferença. No que ela era diferente.

- A diferença é que eu to completamente apaixonado por você _Di Maggio finalizou, despejando por fim o que havia segurado por tanto tempo. Era como se um peso enorme estivesse saindo das suas costas, uma sensação inesgotavelmente intensa de...de alívio! Alívio por finalmente ter conseguido tirar aquilo do seu peito, e contar para ela. Kael observou minuciosamente a reação da filha de Poseidon à sua frente. Ela parecia estar em choque. Completamente paralisada, com os olhos verdes arregalados.

- Eu sei que eu quebrei a minha promessa, e não deveria ter deixado as coisas chegarem nesse ponto. Mas chegaram...e agora tudo o que eu quero é ter você só pra mim. Eu quero estar com você, e mais ninguém..._Kael continuou, e Nimuë não sabia o que pensar direito. Havia congelado totalmente quando ele lhe dissera que estava apaixonado, e desde então havia esquecido como se respirava. Sentiu seu pulmão queimar, e precisou inalar o ar para não cair desmaiada ali mesmo nos braços dele. Sua cabeça girava em um turbilhão de sentimentos, uma avalanche de emoções e de loucura. Aquele provavelmente era o momento mais intenso da sua vida, mas tudo o que a sereia conseguiu fazer foi encará-lo. Em silêncio. Com as lágrimas enchendo seus olhos.

- Essa é a parte que você fala alguma coisa. É a parte que você me dá um fora ou..._Di Maggio começou a falar novamente, mas a filha de Poseidon reagiu e deu um passo em frente sem pensar duas vezes.

- Eu te amo _as palavras se formularam praticamente sozinhas, e escaparam da sua boca como um raio. Até mesmo ela se surpreendeu, mas não conseguiu evitar o sorriso ao perceber a facilidade com que tinha dito aquilo. Achou que nunca diria isso para ele, mas agora que havia falado era como se seu coração estivesse mais quente. Mais preenchido. Mais aliviado.

- O que você disse? _o filho de Hades perguntou, puxando sua loirinha pela cintura e trazendo-a para perto de si.

- Eu te..._ela tentou falar novamente, mas Di Maggio diminuiu o espaço entre eles com um beijo urgente.

O primeiro beijo apaixonado. O primeiro beijo com a entrega necessária, o primeiro beijo com a intensidade que aquele casal merecia. Nimuë colocou os braços ao redor do pescoço dele, subiu na ponta dos pés e deixou que Di Maggio lhe prensasse contra uma das árvores atrás de si. A sensação de tê-lo na sua boca era indescritivelmente maravilhosa, e a língua dele dançando com a sua era quase como mágica. Era como uma canção de amor, de pura paixão e puro fogo. As mãos dele desceram urgentes pela sua cintura, pelas suas coxas, e então tornaram a subir pelo seu pescoço. Como se não conseguisse se segurar, Di Maggio interrompeu o beijo e lhe encarou. Para ter certeza de que aquilo era verdade mesmo. Para ter certeza de que o momento mais feliz e intenso da sua vida não havia sido apenas um mal entendido. A sereia sorriu, e deixou uma lágrima escorrer e molhar o seu rostinho perfeitamente bem desenhado.

- Ah, princesa...você é a melhor coisa que já me aconteceu _ele falou, interrompendo a lágrima dela com um beijo carinhoso e apaixonado na bochecha. Nimuë puxou a boca dele para a sua, e pulou no colo dele.

O filho de Hades a segurou, colocando as pernas dela ao seu redor, e desceu a boca para beijar-lhe o pescoço. Depois de alguns segundos, ele descobriu a parte superior da roupa dela era imensamente fácil de tirar. Bastou puxar as alças para o lado, e os seios da sua loirinha já estavam à mostra. Já estavam na sua mão, e logo na ponta da sua língua. Nimuë jogou a cabeça para trás ao senti-lo chupando seus seios, e deixou que ele brincasse o quanto queria. Di Maggio passou a língua pela sua joia de corpo, que estava perfeitamente encaixada entre seus seios redondos, e depois lhe olhou. A filha de Poseidon o encarou, e por fim falou:

- Eu quero você.

- A gente devia ir pro meu Chalé, então _Kael falou, ofegante. Conhecia aquele código. Eu quero você, ela havia dito. Di Maggio já tinha transado com a filha de Poseidon antes, e sabia que aquilo significava que ela lhe queria dentro de si. Que ela queria sexo.

A sereia sorriu em resposta, e desceu do seu colo. Ajeitando sua roupa, e cobrindo seus seios rapidamente.

Porém antes que ela pudesse se virar para sair dali e ir em direção ao Chalé de Hades, Di Maggio segurou sua mão. Lhe mantendo no mesmo lugar. Enfiou os dedos por entre os fios loiros e platinados dela, e segurou bem o seu rosto. Lhe de um longo selinho, demorado e apaixonado. Por quase 1 minuto inteiro. E então respirou fundo, engolindo em seco. Nimuë o olhou, confusa.

- O que foi? _ela perguntou, quando ele levou a mão ao bolso e abriu sua mão pequeninha e delicada. Lá, colocou um objeto que de primeira ela não soube identificar o que era. Parecia um galho de madeira, retirado do meio da Floresta.

Era marrom, e possuía mini flores brancas por todo ele. Entretanto, ao invés de ser um galho reto e vertical, ele estava dobrado. Dobrado em uma espécie de esfera, num formato redondo. E estava cauterizado pelo fogo, por isso ainda estava quente e sólido. Duro. Parecia...parecia...

- Um anel? _a filha de Poseidon perguntou a primeira coisa que veio a sua cabeça. Na sua frente, Kael di Maggio sorriu e deu um passo para trás.

Depois, fez a última coisa que Nimuë jamais imaginou que ele seria capaz de fazer. Colocou um joelho no chão, agachando-se na sua frente sem tirar os olhos dos seus. E por fim falou:

- É uma aliança. Vai ser sua, se você aceitar namorar comigo.

Naquele milésimo de segundo, naquele instante infinito de felicidade, a filha de Poseidon já não enxergava mais nada à sua frente.

Tamanha era a quantidade de lágrimas que invadiram e transbordaram dos seus olhos esverdeados. 

 


Notas Finais


EU TO SURTANDOOOOOOOOOOOOOOOOO.
Socorro socorro socorrooo eu tava mt ansiosa pra compartilhar isso com vcs.

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