História A Destruição do Olimpo - Meu Namorado.

O filho de Hades a segurou, colocando as pernas dela ao seu redor, e desceu a boca para beijar-lhe o pescoço. Depois de alguns segundos, ele descobriu a parte superior da roupa dela era imensamente fácil de tirar. Bastou puxar as alças para o lado, e os seios da sua loirinha já estavam à mostra. Já estavam na sua mão, e logo na ponta da sua língua. Nimuë jogou a cabeça para trás ao senti-lo chupando seus seios, e deixou que ele brincasse o quanto queria. Di Maggio passou a língua pela sua joia de corpo, que estava perfeitamente encaixada entre seus seios redondos, e depois lhe olhou. A filha de Poseidon o encarou, e por fim falou:

- Eu quero você.

- A gente devia ir pro meu Chalé, então _ Kael falou, ofegante. Conhecia aquele código. Eu quero você, ela havia dito. Di Maggio já tinha transado com a filha de Poseidon antes, e sabia que aquilo significava que ela lhe queria dentro de si. Que ela queria sexo.

A sereia sorriu em resposta, e desceu do seu colo. Ajeitando sua roupa, e cobrindo seus seios rapidamente.

Porém antes que ela pudesse se virar para sair dali e ir em direção ao Chalé de Hades, Di Maggio segurou sua mão. Lhe mantendo no mesmo lugar. Enfiou os dedos por entre os fios loiros e platinados dela, e segurou bem o seu rosto. Lhe de um longo selinho, demorado e apaixonado. Por quase 1 minuto inteiro. E então respirou fundo, engolindo em seco. Nimuë o olhou, confusa.

- O que foi? _ela perguntou, quando ele levou a mão ao bolso e abriu sua mão pequeninha e delicada. Lá, colocou um objeto que de primeira ela não soube identificar o que era. Parecia um galho de madeira, retirado do meio da Floresta.

Era marrom, e possuía mini flores brancas por todo ele. Entretanto, ao invés de ser um galho reto e vertical, ele estava dobrado. Dobrado em uma espécie de esfera, num formato redondo. E estava cauterizado pelo fogo, por isso ainda estava quente e sólido. Duro. Parecia...parecia...

- Um anel? _a filha de Poseidon perguntou a primeira coisa que veio a sua cabeça. Na sua frente, Kael di Maggio sorriu e deu um passo para trás.

Depois, fez a última coisa que Nimuë jamais imaginou que ele seria capaz de fazer. Colocou um joelho no chão, agachando-se na sua frente sem tirar os olhos dos seus. E por fim falou:

- É uma aliança. Vai ser sua, se você aceitar namorar comigo.

Naquele milésimo de segundo, naquele instante infinito de felicidade, a filha de Poseidon já não enxergava mais nada à sua frente.

Tamanha era a quantidade de lágrimas que invadiram e transbordaram dos seus olhos esverdeados. 

- Eu aceito _a filha de Poseidon exclamou, depois de alguns segundos tentando fazer seu olhar focar novamente e sua voz sair de dentro dos pulmões.

Ainda ajoelhado na sua frente, Kael di Maggio sorriu. O filho herdeiro de Hades segurou sua mão, e colocou no seu dedo anelar direito a aliança improvisada ele havia feito há poucos minutos atrás. Após a conversa com Percy Jackson,  Kael soube que só conquistaria a sereia se fizesse algo de diferente. Algo extraordinário, e original. Ela não merecia nada menos que isso. Então o filho de Hades havia ido para a Floresta, a fim de pensar e clarear a mente. Ficara lá por quase uma hora, até que finalmente teve a ideia de arrancar um galho de uma serejeira com flores brancas. E fez um anel, cauterizado pelo fogo da fogueira que iluminava o lado de fora do quiosque. Não era nem de perto uma jóia cara recheada de diamantes e valiosa, mas o preço dela era maior do que qualquer ouro do mundo. Era o preço do seu amor. Era um presente original, feito com as partes mais puras do seu sentimento e do seu coração.

E a julgar pelo sorriso extremamente encantador e pelas lágrimas que escorriam pelo rosto perfeito da filha de Poseidon, ela com certeza tinha gostado da surpresa.  Kael encaixou, de forma delicada, o anel no dedinho dela e levantou-se. Nimuë, perto do filho de Hades, parecia uma bonequinha pequena. Ainda mais assim, sem salto alto. Ele deveria ter uns quinze centímetros a mais que si, e ainda sim ela amava aquilo. Sentia-se tão protegida ao seu lado, tão amada e confortável. Era como se o seu mundo fosse mais completo ao lado dele.  Kael colocou ambas as mãos na lateral do seu pescoço, por baixo do seu cabelo aloirado. E lhe forçou a olhar pra cima. Redirecionou o olhar da sereia para o seu, e perdeu alguns segundos encarando-a com intensidade. Com paixão. Mas, acima de tudo, com amor.

- Ah, princesa, você..._ele pareceu perder as palavras de tanta emoção e tanto sentimento que aquele momento trazia. Nimuë sorriu, e resolveu descontrair um pouco. Levou sua mão ao pênis dele, e começou a massageá-lo por cima da calça.  Kael olhou pra baixo, surpreso. E depois a encarou novamente, sorrindo de forma indecente e maliciosa.

- Eu o que? _a sereia o incentivou a continuar o que iria falar, enquanto mordia a pontinha do seu lábio inferior.

_ Você é..._ele tentou falar de novo, mas desconcentrou-se totalmente com o toque dela no seu membro.  Kael fechou os olhos, e suspirou. Estava prestes a arrancar completamente a roupa dela, e transar ali mesmo.

- Eu sou...? _ela provocou de novo, e o filho de Hades retirou a mão dela de si com habilidade e rapidez, e a empurrou de costas na árvore.

- Não me provoca assim _ele pediu, encostando seus lábios de leve nos dela. A sereia sorriu, e passou a língua provocativamente nos seus lábios. Lhe deixando mais excitado do que já estava.

- Eu te encontro no seu Chalé, então. Vou dar um tempo pra você se recuperar _ela falou, debochando do fato dele estar com a calça completamente marcada pela ereção.  Kael tentou lhe segurar, mas ela desapareceu no meio das árvores mais rápido do que ele previra.  

 Kael deu uns segundos, e então saiu do esconderijo arborizado onde havia pedido a filha de Poseidon em namoro. E onde ela havia aceitado.  Kael  deu uma olhada no ambiente ao redor, procurando sua loirinha com o olhar. Ali era basicamente um corredor de flores verdes, no meio da Floresta, que dava acesso ao quiosque e ao riacho onde a festa já estava se encerrando. E ao mesmo tempo era o caminho por onde todos os semideuses passavam para ir ao seus Chalés, do lado norte do Acampamento Meio-Sangue. Encontrou Nimuë quase ao fim do corredor, perto de onde as Caçadoras de Ártemis estavam paradas conversando em uma rodinha.

Um pouco mais atrás, indo em direção aos Chalés, estava um grupo misturado de filhos de Ares e filhas de Afrodite. O que era costume, visto que eles quase sempre estavam juntos. Ino estava ali, andando ao lado de algumas das suas irmãs, e ao lado de Julius e Cadmos.  Kael não havia tido a oportunidade de conversar com ela sobre as bobagens ridículas que ela havia falado para a filha de Poseidon, mas achou um outro jeito de coloca-la no seu lugar. Devia isso a sua loirinha.

Então apressou o passo e caminhou rapidamente até onde Nimuë estava. Antes que ela pudesse perceber a sua presença,  Kael levantou a voz e capturou automaticamente a atenção de todos os semideuses que estavam próximos.

- Ei _o filho de Hades chamou, com o tom rígido e forte. A sereia virou-se na sua direção, e arregalou seus olhos verdes quando viu quem era.   

- Eu te disse que estou apaixonado e você não vai me falar nada? _ele perguntou em alto e bom tom, permitindo que todos escutassem. ­­Um pouco mais atrás, Hector acompanhava a cena. Junto com quase todos os filhos de Ares, e principalmente com as filhas de Afrodite. Em especial uma.

Ino Bellucci, a filha mais velha da Deusa do Amor. A garota, mesmo bêbada e exausta como estava, sendo praticamente carregada por Julius, não pôde deixar de ouvir a voz de  Kael di Maggio se dirigindo a filha de Poseidon há poucos metros dali. Ele tinha dito que estava apaixonado por ela? Isso era o inferno na terra, Ino pensou. Ele não podia estar falando sério. Fazia nem um mês completo que eles haviam transado pela última vez. E mesmo assim eles já haviam dado um tempo assim antes, várias vezes. Mas no final ele sempre voltava para si, sempre lhe procurava. Ela era sua número 1, sempre fora. Quando que isso havia mudado? Que raiva. Que ódio. O que ele tinha visto naquela garota insossa e sem graça? Era o cabelo ondulado e loiro? Nada que Ino não tivesse também. Os olhos claros? O corpo esbelto? Tudo isso Ino também possuía. Então qual era o problema? Porque ele tinha lhe trocado? Os pensamentos giravam na sua cabeça, junto com o álcool que lhe deixava tonta e aguçava a pior parte da sua personalidade.

- O que você..._Nimuë falou baixinho somente para  Kael ouvir. Ainda estava com os olhos arregalados e a expressão paralisada. Tentava entender o que é que ele estava fazendo, ainda mais ali assim na frente de todo mundo.

A sereia não teve nem tempo de raciocinar quando o filho de Hades lhe puxou pela cintura, e lhe beijou. Assim, ali. Na frente de todo mundo. E não foi um beijo qualquer, um selinho apaixonado e carinhoso. Foi um beijo de cinema, com fogo, com entrega. Nimuë deixou o filho do Deus da Morte enrolar a língua na sua, enroscar a mão por entre seus fios de cabelo e lhe apertar com uma pegada que lhe deu vontade de tirar as roupas e transar ali mesmo. Aquele garoto era muito gostoso, meu deus. A sereia ficou perdida no braços dele por mais alguns segundos, até que se deu conta do que havia acabado de acontecer.

Conseguiu apurar os ouvidos e escutar o murmúrio ao redor. As fofocas, os cochichos, os gritinhos de exclamação. Era a primeira que eles se beijavam na frente de todo mundo. Era a primeira vez em que estavam confirmando os boatos que rolavam pelo Acampamento inteiro desde que ela chegara do Reino Afundado.

As Caçadoras de Ártemis, entre elas Danna, Stela, Josephine, Ashley e Nefelle estavam de boca aberta, olhando-se entre si. Completamente sem reação. O filho de Hades havia acabado de agarrar sua amiga e lhe dar um beijo digno de se tornar a fofoca mais quente do Acampamento nos últimos meses. Logo ele, o famoso Di Maggio, líder do Acampamento, Capitão da Equipe mais vencedora do Caça à Bandeira, atual pentacampeão do Campeonato dos Dez. Odiado por alguns, admirado por outros e temido por todos. E ela. A filha de Poseidon. A única meio-sangue mulher nascida de um dos Três Grandes Deuses. A única viva, pelo menos. Aquela que, assim como  Kael, tinha o seu nome ameaçadoramente citado na Profecia da Última-Arma.

- Isso vai dar merda _Hunter, a única Caçadora de Ártemis que não estava de boca aberta e cochichando com as amigas, falou. Ela exibia uma expressão fechada, ciumenta e até mesmo triste. Danna sabia o motivo disso. Todas sabiam, na verdade. Hunter era apaixonada por Di Maggio, há anos. Obcecada na verdade. E ela nunca conseguia se livrar desse sentimento, mesmo quando o via ficando com outras garotas nas festas ou ao redor do Acampamento inteiro.

Já Ino, a filha de Afrodite, não. Ela nunca havia visto, visualmente falando, Di Maggio beijando outra garota. Sempre que o via com alguém em festas ela virava o rosto, saía do local para lhe dar privacidade. Não queria ter a imagem dele agarrado em alguém formada na sua cabeça. Porém, dessa vez, não conseguiu desviar o olhar a tempo. O filho de Hades agarrou a sereiazinha e lhe beijou, bem na sua frente. Simplesmente a maior afronta e maior humilhação que Ino já havia passado na vida. Principalmente porque não fazia 24 horas que ela tinha encurralado a garota para lhe dizer que Di Maggio era seu. Para se gabar sobre o fato dele sempre lhe escolher acima de qualquer outra. Merda bosta droga. A filha de Afrodite deixou uma lágrima amarga rolar pelo rosto, e não soube identificar se era de raiva. Se era pelo ego ferido, sendo que seu ego era o maior sinalizador da sua personalidade. Ou se era porque acabara de descobrir que realmente gostava dele. Que não era só por um bom sexo com o semideus mais poderoso do Acampamento. Que não era só por status, para pegar carona no nome poderoso dele e ficar reconhecida ou popular dentro da Mitologia Grega. Realmente gostava dele, e vê-lo sorrindo daquela forma para a filha de Poseidon após beijá-la lhe doeu. Lhe doeu profundamente.

- Você é louco _Nimuë falou para  Kael assim que recuperou seu fôlego. O filho de Hades sorriu, e passou um braço por cima dos seus ombros.

- Eles precisavam saber de uma forma ou de outra mesmo _ele falou, já lhe conduzindo pelo corredor para saírem dali. O sorriso debochado e marrento que ele estampava no rosto lhe fez quase perder as forças das pernas. 

- Você é completamente doidinho da cabeça _a filha de Poseidon repetiu, mudando somente as palavras. Ainda estava abismada e anestesiada com a atitude de  Kael. Ele havia lhe beijado na frente das suas amigas. Na frente de todo mundo. Inclusive da Filha de Afrodite. Isso que era atitude, a sereia pensou consiga mesma.

O casal abraçado passou por todos como se fosse uma cena em câmera lenta de Crepúsculo. Todos os semideuses parados, encarando. Alguns com a boca aberta de incredulidade. Outros tapando a boca para cochichar entre si. Hector, o único garoto dali que já sabia o envolvimento dos dois, lhe deu uma piscadinha divertida de onde estava. Danna, uma das melhores amigas de Nimuë, ficou orgulhosa ao ver os dois caminhando abraçadinhos. Eles formavam um casal lindíssimo.  Kael era alto, com os cabelos pretos e a pele tão pálida e cinza que lembrava os mortos. Porém possuía o rosto mais lindo e atraente do Acampamento, perdendo talvez somente para Percy Jackson. Danna tinha um crush eterno no filho de Poseidon, só não admitia porque Annabeth Chase era capaz de esfaquear seu pescoço de mil formas diferentes. E já Nimuë era uma princesa. Uma barbie, uma boneca tão perfeitamente linda que parecia de mentira. Os dois, lado a lado daquela forma, até seriam um casal que Danna apoiaria e torceria demais. Se sua amiga estava feliz, não tinha porque ela não estar também. O problema era a Profecia.

A Profecia da Última-Arma.

Danna gostava da Mitologia Grega exatamente do jeito que ela era, e estava. Não queria ver o Olimpo destruído, e nem Zeus destronado. Tinha medo de se envolver em uma guerra. Tinha medo não só por si, mas também por seus pais, por sua futura-patrona Ártemis e por suas amigas.

 Kael di Maggio e Nimuë desaparecem por entre as árvores, e deixaram para trás aquele mar imenso de fofocas e olhares curiosos. Rumavam em direção ao Chalé de Hades enquanto conversavam sobre diversos assuntos aleatórios e riam juntos. Tinham muita coisa em comum, e cada vez que surgia um assunto novo isso ia ficando cada vez mais evidente. Era como se tivessem nascido um para o outro.

Talvez isso de alma gêmea realmente existisse, afinal.