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História A Destruição do Olimpo - Os Três Grandes Deuses.


Escrita por: MiniNicc

Notas do Autor


Oi, amores!!!! Eu sei que demorei pra postar (1 semaninha só mas dentro do que eu to acostumada a postar foi demora sim) e isso aconteceu porque eu tive uma semana terrível. Alguns de vcs talvez saibam mas eu tenho depressão e no momento to passando por uns problemas pessoais que me deixaram bem pra baixo, mas enfim...Voltei!!!!! E aqui está mais um capítulo pra vcsss

Edit1: Fotinho meramente ilustrativa do Zion di Maggio.

Capítulo 70 - Os Três Grandes Deuses.


Fanfic / Fanfiction A Destruição do Olimpo - Os Três Grandes Deuses.

 

— Vossa Majestade! — uma outra voz masculina surgiu, agora vindo do topo da escada. Nimuë automaticamente virou a cabeça na direção. Estava acostumada a ser reverenciada pelo mesmo título, de Vossa Majestade, então acabou se rendendo ao ato falho. Apenas para descobrir que o homem no topo da escada, que parecia algo tipo um cerimonialista ou mordomo, dirigia-se à Zeus. O Rei dos Deuses virou-se levemente para trás, atendendo ao chamado de seu subalterno. 

— Sim? — ele perguntou, levantando a voz para que ele escutasse lá de cima. A escadaria feita de pedra pura não era pouca coisa não, deveria ter no mínimo uns 300 degraus. 

— Já estão todos à postos pro senhor! — o subalterno falou, curvando-se em reverência ao seu Rei. Zeus virou-se para frente, encarando a sereia, e limitou-se a dizer:

— Obrigado, Jaime! — dispensado o homem vestido com uma roupa vermelha espalhafatosa. Talvez fosse uniforme, para identificar os criados do palácio. 

— Podemos? — ele lhe perguntou , estendendo a mão na sua direção. Nimuë sentiu o coração disparar mais uma vez, e engoliu em seco algumas vezes antes de aceitar. Respirou fundo. De novo. Antes de tocá-lo, pela primeira vez. 

— Podemos! — a sereia respondeu, aceitando a mão de Zeus, e subindo as escadas ao seu lado. Deixando seu longo vestido preto fazer trilha atrás de si, misturando-se aos degraus da escadaria de pedra. E contrastando com seus longos cabelos loiros, que caíam pelas costas nuas da sereia. 

Sim, estava na hora de conhecer todos os Deuses e Deusas da mitologia grega. 

Estava na hora de adentrar o Salão Principal do Olimpo, acompanhada e escoltada pelo Rei.

Seu maior inimigo. 

Alguns segundos depois, a mágica aconteceu. Na verdade Nimuë já havia sido recepcionada em uma grande salão assim antes, por uma grande plateia, sendo o centro das atenções. Afinal, era uma Rainha. E fora princesa durante absolutamente toda a sua vida. Estava acostumada com isso, e isso era um fato. Entretanto, aquilo ali não era uma salão normal. E aquelas pessoas muito menos. De primeira, Nimuë não soube bem explicar qual sentimento se apoderou do seu corpo quando cruzou as portas do Salão Principal do Olimpo, segurando a mão de ninguém menos ninguém mais que o seu maior inimigo. Seu olhar desesperadamente procurou algum conhecido, algum porto seguro, para não sentir que estava entrando completamente desprotegida na caverna do leão. E logo ela encontrou. Um par de olhos verdes, familiares, seguros. Poseidon. Ele estava elegantíssimo, em pé ao lado de uma mulher que Nimuë imaginou ser Anfitrite, sua esposa e Deusa dos Oceanos. Nimuë sentiu seu coração um pouco mais leve após certificar-se de que seu pai estava lá realmente, lhe esperando e pronto para lhe proteger caso fosse necessário. Então a sereia resolveu aproveitar um pouco melhor o momento. Notou, num segundo momento, a grandiosidade e magnificência daquele local. Lembrava-lhe um pouco o corredor principal do seu palácio em Cathlon. Feito com paredes e estátuas de ouro, um pé direito altíssimo que o teto parecia estar há quase 10 andares de altura. Lustres luxuosos, e pérolas de diversas cores enfeitando qualquer que fosse o local onde seus olhos verdes se dirigiam. Nimuë deixou os milhares de olhares se concentrarem em si e no homem poderoso ao seu lado, e evitou encarar as pessoas. Não queria ver a reação delas, não queria imaginar o que é que estavam pensando. Por mais alguns segundos, Zeus lhe conduziu até a metade do salão praticamente, e parou bem no fim do tapete vermelho estendido no chão. Nimuë puxou sua mão de forma discreta, sem que o Rei dos Deuses notasse e se zangasse. Ele ignorou, e apenas abriu um sorriso, gesticulando para a multidão que aguardava seu pronunciamento.

— Senhoras e senhores! — Zeus falou pela primeira vez, com uma voz extremamente poderosa e clara — Sejam todos muito bem vindos! — ele complementou, recebendo uma chuva de aplausos tradicionais e rápidos. Nimuë olhou para o chão, para não precisar focalizar seu olhar nos diversos Deuses que estavam lhe cercando. Ajeitou seu vestido preto, e o cabelo loiro.

— Eu sou imensamente grato pela presença de todos. Vamos juntos mais um ano renovar os nossos tão estimados votos de harmonia e condescendência. Por favor, sirvam-se, e aproveitem! — Zeus fez o seu discurso de forma rápida e eficaz, recebendo milhares de sorrisos e aplausos em retorno como um Rei está acostumado. Nimuë pensou em sair dali e ir em direção ao seu pai, mas Zeus virou-se para a sereia no instante seguinte e sorriu.

— Você bebe? — ele perguntou, de repente. Nimuë franziu as sobrancelhas, surpresa. Encarou o homem extremamente atraente parado na sua frente, e os olhos azuis dele. O que iria dizer? Pensa, Nimuë. Pensa. Não podia simplesmente falar que não podia beber pelo fato de estar grávida. Mas então, após alguns milésimos de segundos. lembrou-se de algo que cairia perfeitamente como desculpa.

— Não. Eu sou menor de idade! — a sereia falou, dando de ombros e fingindo naturalidade. Zeus sorriu, e deu um passo na sua direção. Parando mais próximo do que o normal. Nimuë precisava virar o pescoço ou pouco para cima para acompanhar o olhar dele, visto que o Rei dos Deuses era alto e seu poder lhe dava a impressão de ser maior e mais grandioso ainda.

— Até meia noite, que eu saiba! — ele lhe respondeu, referindo-se ao fato de que meia noite Nimuë se tornaria maior de idade. Exatamente a meia noite seria seu aniversário de 18 anos. Espera aí. Como é que ele sabia disso? A sereia o encarou, confusa, mas tudo o que recebeu foi um sorriso debochado vindo do Rei dos Deuses. Droga. Ele era bonito mesmo, puta que pariu. A sereia não conseguia nem acreditar que havia pensado que Zeus era um velhote horrendo e repugnante. Bom...repugnante ele ainda era, pois havia tentado lhe matar. Havia matado Kael di Maggio, bem como inúmeras e centenas de pessoas. Era um Deus cruel, e assassino. Ávido pelo poder, capaz de anaquilar qualquer um que se colocasse em seu caminho. Mas, que ele era atraente isso era. Não havia quem pudesse negar.

— Venha! Temos outras coisas para você beber se prefere assim — Zeus lhe falou, gesticulando com a cabeça para uma parte mais ao lado do salão, onde aparentemente ficava o bar. Nimuë assentiu, e estava prestes a lhe acompanhar lado a lado quando sentiu a mão do Rei dos Deuses tocando a sua cintura. A sereia se arrepiou completamente com a atitude, e quis pedir para que ele se afastasse, mas não teve forças para falar nada. Apenas permitiu, apenas deixou. Ele lhe conduziu até o bar, e parou ao seu lado perto do balcão. O bartender não estava lhe dando muita atenção, porém quando percebeu que seu cliente era o Rei dos Deuses ele arregalou os olhos e veio na sua direção para lhe atender de prontidão.

— O que o senhor deseja, Vossa Majestade? — o garoto perguntou, com a vez um pouco tremida pelo nervosismo. Nimuë ajeitou levemente o cabelo, virando-se para o balcão para ler o cardápio e ver o que ela poderia pedir para beber sem álcool. Talvez um suco, ou um mix de frutas.

— Eu vou querer uma tôn... — Zeus começou a fazer seu pedido, mas foi interrompido por uma voz forte e extremamente familiar. Uma voz que chegou pelas suas costas, poderosa e ameaçadora.

— Irmão! — o Deus dos Mares falou, fazendo o Rei dos Deuses se virar imediatamente para encará-lo. Assim como a sereia, que arregalou os olhos ao ver seu pai em pé ali ao seu lado.

— Pai — ela exclamou, sorrindo automaticamente. Mas Nimuë logo desfez o sorriso, ao ver a expressão extremamente ameaçadora e feroz que Poseidon estava portando. O Deus dos Mares estava vestido com um terno azul extremamente elegante, e seus olhos verdes pareciam mais perigosos do que o normal enquanto ele encarava o Rei dos Deuses a sua frente. Zeus deu uns passos na direção do irmão, parando a poucos centímetros do seu rosto. Nimuë se arrepiou completamente ao vê-los assim, juntos e pessoalmente. Eram dois dos três Deuses mais poderosos que já existiram no mundo. Dois terços de todo o poder do Universo estava concentrado ali, bem na sua frente.

— Poseidon! — Zeus falou, o cumprimentando com um leve aceno de cabeça. O Rei dos Deuses não parecia estar incomodado com a aura de ameaça que se instalou entre eles, a sereia teve impressão de que ele estava até sorrindo. Porém não conseguia ver o seu rosto de onde estava, mais para trás e perto do balcão. Alguns segundos depois a sereia viu o seu pai fazendo um aceno com a mão, pedindo claramente para que ela se aproximasse e fosse para trás dele. Era algo óbvio e bem paternal, e a sereia imediatamente obedeceu. Também sentiria-se mais segura mais perto dele do que perto de Zeus. Porém, quando estava prestes a atravessar para o outro lado, uma mão poderosa segurou o seu antebraço. Nimuë arregalou os olhos quando percebeu que era o Rei dos Deuses, e arregalou mais ainda os olhos quando viu a mão do seu pai segurar o antebraço do irmão por reflexo logo após. Por um instante de segundo, ninguém se mexeu. E a sereia sentiu que iria desmaiar de tanto nervosismo. Zeus fechou a expressão ao sentir o toque poderoso do irmão no seu braço, mas não soltou a loirinha mesmo assim. Nimuë viu quando o Rei dos Deuses levantou o olhar do seu braço para encarar o Deus do Mares e se arrepiou completamente com a expressão dele. O mais corajoso dos guerreiros teria se cagado nas calças ao ver a fúria que atravessou o olhar azul e duro do Todo-Poderoso. Mas Poseidon não. Seu pai encarou o irmão de igual para igual, sem sequer piscar. Apertando o pulso dele cada vez mais, ao passo que Zeus apertava o seu. Nimuë começou a sentir dor, e pensou que o Rei dos Deuses fosse quebrar e esmigalhar os seus ossos somente com a palma dos dedos. Merda.

— Eu acho melhor você me soltar — Zeus falou, depois de alguns segundos encarando os olhos verdes do irmão. Usava um tom calmo, porém contido e cheio de ameaça. Não era necessário ser muito inteligente para perceber isso. Nimuë rezou internamente para que seu pai soltasse-o e desse um passo para trás, mas estava tão petrificada pelo medo e pela grandiosidade dessa situação que não conseguiu achar sua voz para falar algo.

— Depois que você soltar ela — Poseidon respondeu, entredentes. Em resposta, Zeus abriu um meio sorriso debochado, e apertou mais ainda o pulso da sereia. Nimuë não conseguiu evitar um gemido de dor, porque estava sentindo que seu braço se esmigalhar a qualquer momento e a agonia era excruciante demais para que ela se contivesse. Poseidon soltou um grunhido de raiva ao ver o sofrimento da filha, e quando estava prestes a dar um passo na direção do Rei dos Deuses uma mão poderosa segurou o seu ombro. Ao mesmo tempo que segurou o ombro do Todo-Poderoso, afastando-os. O Deus dos Mares arriscou uma olhada para o lado, a tempo de reconhecer seu irmão do Mundo Inferior. Hades.

— Senhores! — a voz do Deus dos Mortos chegou ao ouvido da sereia, que arregalou os olhos e o encarou. Pleníssimo e impecável como sempre, vestindo um terno completamente preto. Assim como seus olhos, que lhe relembravam os olhos de Kael di Maggio.

— A festa nem começou direito, e vocês já vão fazer cena? — Hades perguntou, do seu jeito extremamente debochado de sempre. Nimuë nem podia acreditar no que seus meros olhos estavam vendo e o que o seu ser estava presenciando. A cena era a seguinte: Zeus estava segurando o seu antebraço, ao passo que Poseidon estava segurando o punho do Todo-Poderoso e agora Hades segurava o braço de Poseidon, enquanto com a outra mão tocava no ombro de Zeus, tentando afastá-lo. Se alguém um dia lhe perguntasse sobre isso, a sereia não saberia nem como explicar. Como é que havia se metido em uma espécie de briga entre os Três Maiores Deuses já existentes? Como é que ela estava no meio disso tudo? Só queria correr dali. Qualquer pessoa inteligente correria dali, de medo e pavor. Alguns segundos depois, com a tensão e o clima já completamente instalados pelo Salão inteiro, chamando atenção dos outros Deuses inclusive, Zeus resolveu abrir a mão e lhe liberar. Soltando seu braço. Imediatamente a sereia deu três passos para trás, e inclusive esbarrou em alguém sem nem perceber. Seu coração estava palpitando muito forte, de forma que Nimuë conseguia senti-lo pulsando em todos os lugares do seu corpo. No pescoço, no meio da testa, até mesmo no seu braço que estava vermelho pelo aperto avassalador do Rei dos Deuses.

— Pensei que você tinha entendido que eu não chamei você e sua filha aqui hoje para iniciar uma guerra — Zeus falou, após Poseidon soltar o seu braço e dar um passo para trás. O Deus dos Mares não quebrou o contato visual por um segundo sequer, encarando seu irmão mais novo. Encarando seu irmão mais arrogante, e mais poderoso. Zeus deu um tapa na mão de Hades que ainda estava parada em seu ombro, e o Deus do Mundo Inferior ergueu as mãos como quem diz ser inocente. E abriu um sorriso debochado em resposta, piscando para o irmão caçula.

— Isso não significa que eu quero você perto dela. Ainda mais sozinho! — Poseidon murmurou, dando ênfase para a última frase. A fama do irmão que usava a coroa era notável, e Poseidon sabia bem disso. Sua filha era jovem, extremamente linda, e inocente. Ela era, definitivamente, o tipo preferido do Todo-Poderoso. O Deus dos Mares jamais iria deixar que ele chegasse perto dela nesse sentido. Zeus sorriu debochado, e Poseidon não pôde deixar de compará-lo à Hades. Seus dois irmãos tinham isso em comum. Esse jeito extremamente sarcástico de lidar com qualquer situação séria. Isso lhe irritava demais.

— E você espera que eu converse com ela como? — Zeus lhe perguntou, olhando lateralmente para a sereia que se escondia atrás das costas de Poseidon. Nimuë sentiu novamente o corpo se arrepiando de cima a baixo, somente em receber aquele olhar azulado penetrante de Zeus. Entretanto, concentrou-se na pergunta dele. Concentrou-se no que ele havia perguntado ao seu pai, e fazia sentido. Como é que eles iriam conversar se não pudessem ficar perto um do outro? Nimuë sabia que seu pai estava com medo por si, e só queria lhe proteger, mas ainda sim ela precisava se impor. Precisava ter voz, e precisava expor seu ponto de vista.

— Pai, tá tudo bem — a sereia falou, depois de respirar fundo diversas vezes e tomar coragem. Tocou as costas do pai, e parou ao seu lado. Lhe encarando com seus olhos verdes — Eu posso fazer isso. Foi por esse motivo que eu vim, lembra? Preciso escutar o que ele tem a me oferecer. Eu vou ficar bem! — ela lhe encorajou, torcendo veementemente para que suas palavras soassem firmes e confiantes. Na verdade não tinha certeza nenhuma se ficaria bem, e imaginar-se sozinha em algum lugar fechado com o Rei dos Deuses lhe fez tremer dos pés a cabeça. Mas a sereia manteve a pose, e encarou os olhos verdes do pai. Poseidon assentiu positivamente depois de alguns segundos, e relaxou os músculos tensos e a posição ameaçadora.

— Tá bom — ele falou, aproximando-se da filha e lhe dando um beijinho rápido na festa. Nimuë o segurou na cintura, e lhe deu um abraço lateral. Depois, encarou o Rei dos Deuses que ainda estava parado exatamente no mesmo local, presenciando a cena. Assim como Hades, um pouco mais ao lado. A sereia encarou rapidamente o seu ex-sogro, e percebeu um olhar diferente vindo dele. Um olhar mais cauteloso, menos ameaçador, como se ele estivesse...preocupado consigo. Como se estivesse com medo que ela se machucasse, temeroso por sua vida tal qual Poseidon estava. Mas isso não fazia sentido nenhum. Hades lhe via quase como uma inimiga, e se considerasse o história dele com sobrinhas...não era lá muito bom. Ele quem havia sido o responsável por matar Thalia, filha semideusa de Zeus.

— Você quer conversar quando, e onde? — a sereia encheu-se de coragem, e perguntou diretamente para o Rei dos Deuses. Zeus ergueu as sobrancelhas, e lhe encarou surpreso com seu posicionamento. Surpreso com sua tomada de iniciativa. Zeus tentou evitar um sorrisinho maldoso, mas a sereia percebeu. E pela cara de insatisfeito e furioso que seu pai fez, ele percebera também.

— Me encontre meia noite e meia na Sala dos Tronos, em frente ao trono principal — ele falou, por fim, esbarrando no ombro de Poseidon e caminhando para longe. Não sem antes lançar um olhar cheio de ódio e ameaça para Hades, revelando o quanto não simpatizava com o irmão do Mundo Inferior. Por mais que Zeus o convidasse para participar dos eventos do Olimpo anualmente, ainda sim a rivalidade era notável. E isso nunca mudaria. A sereia conseguiu relaxar os músculos tensionados pela primeira vez desde que chegara ao Olimpo, entregando-se aos braços do pai. Poseidon afagou seus cabelos loiros e Nimuë só não chorou porque não queria passar vergonha. Não queria ser, na visão de todos, apenas uma garota semideusa assustada e fragilizada.

— Está tudo bem, meu amor! Agora já está tudo bem — Poseidon lhe falou, por cima da sua cabeça enquanto lhe abraçava.

— Minha filha, eu gostaria de te apresentar uma pessoa — ele falou, depois de alguns segundos. A sereia se afastou dele, e o encarou com uma expressão bem mais leve e tranquila já. Poseidon estendeu a mão na direção de uma mulher que estava parada há poucos metros dali, e ela veio ao seu encontro. Nimuë a observou dos pés a cabeça, de forma sutil e rápida. Ela tinha longos cabelos ruivos, uma expressão extremamente bondosa e adorável, e usava um vestido azul que recordava a cor do mar. Os olhos castanhos-mel eram inacreditavelmente lindos, e combinavam perfeitamente com a sardinhas que ela possuía no rosto. Se alguém lhe dissesse que aquela mulher era uma sereia, Nimuë acreditaria na hora. Uma sereia, talvez uma ninfa do mar, uma filha do Oceano, qualquer coisa com essa ligação cairia como uma luva para descrevê-la. A mulher sorriu, e Nimuë retribuiu.

— Essa é Anfitrite, minha esposa! — Poseidon falou, gesticulando para a ruiva ao seu lado. No fundo Nimuë sabia que era ela, mas ainda sim achou estranho porque tinha lhe imaginado de uma forma muito diferente. Pensava que ela fosse mais nova, mas os traços e a postura dela lhe diziam que ela era uma mulher bem mais madura já. Aparentava ter quarenta anos para mais, embora obviamente fosse uma Deusa imortal. Anfitrite deu dois passos em frente, e fez algo que deixou Nimuë um pouco atordoada. Ela lhe deu um selinho, e sorriu logo após, colocando ambas as mãos ao redor do rosto da loirinha. Será que esse método de cumprimento era tradição e costume lá onde ela morava? Nimuë não chegou a perguntar, apenas sorriu.

— É um enorme prazer finalmente conhecer você, minha criança! — sua madrasta bradou, com uma voz fina e agradável — Você é extremamente linda, sabia? — ela falou de forma simpática, passando a mão no seu cabelo loiro e trazendo-o para frente do ombro. Nimuë sorriu, pois parecia impossível não ter essa reação perto dela. E falou a primeira coisa que veio na sua cabeça para agradecer o elogio.

— Obrigada. Dizem que eu sou muito parecida com... — a sereia começou a falar, porém se auto interrompeu deixando a voz e sua linha de raciocínio morrer. Que merda, Nimuë. Estava prestes a falar justamente sobre isso com a sua madrasta? Com a mulher que, tal qual Hera, sofria com a infidelidade do seu marido? Nimuë sabia que seu pai era parecido com Zeus quando o assunto eram traições. Mayda, sua tutora em Cathlon, havia lhe contato que Poseidon lhe beijara na última vez em que fora visitá-la. E isso faziam o que? Três meses? Envergonhada, Nimuë chegou a olhar para o chão. Porém Anfitrite sorriu, e afagou seus cabelos com um toque gentil.  

— Com a sua mãe, eu sei. Você herdou a beleza dela com certeza, e a inteligência do seu pai — ela falou, referindo-se a Poseidon de forma amorosa. O Deus dos Mares sorriu e aproximou-se dela por trás, colocando as mãos na sua cintura. Nimuë sorriu vendo o quanto eles formavam um casal bonito. Era uma pena que seu pai fosse infiel à ela.

— Venha! Você precisa comer alguma coisa. — seu pai lhe disse, por fim. Estendendo a mão na sua direção. Nimuë sorriu, e aceitou o gesto. Realmente estava com fome, e se quisesse sobreviver aquela noite precisaria estar forte e reestabelecida. 

A festa realmente mal tinha começado, como Hades havia dito, e a sereia sentia que já havia presenciado o suficiente. Já sentia que podia ir para casa, descansar e fingir que tudo aquilo não tinha passado apenas de um sonho.

Era muita loucura para sua cabeça. 

 


Notas Finais


Amores, gostaram? Por favor, comentem!!! Digam o que vcs querem que aconteça nos proximos capitulos, com quem vcs querem ver a sereia conversando? E oq vcs acham q Zeus quer com ela hein?

Ah, outra coisa importante. Eu to escrevendo uma nova história, e eu iria amar se vcs pudessem ir ler a sinopse e favoritar pra me ajudar. Quem gosta da minha escrita e quem gosta de mim por si só, é um favor que to pedindo do fundo do coração. A história se chama Young Royals e ela vai contar a história da filha do Rei da Inglaterra. Vai ser INCRÍVEL, tanto quanto essa aqui. Prometo prometidinho hahahah O link é https://www.spiritfanfiction.com/historia/young-royals-22718184 corram lá por favor, por favor mesmooo!!! Nao ignorem meu pedido heheheh

E comentem oq vcs querem verrrr nos prox capitulos aqui heinnnn


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