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História A Entrevista - A Entrevista


Escrita por: Kalynna-Zoel

Notas do Autor


Olá, gente! Venho com mais uma fic. ^^
Essa em questão foi feita para Kiara Dias, como presente de aniversário ♡ amiga, espero que goste e me perdoe qualquer coisa aqui! Sou tão inexperiente Heuheuhei
Mas mesmo assim por ti, fui enfiando a cara e aqui está seu presente!!! Meio atrasado, confesso XD

Quero também agradecer a minha beta querida, Luísa ♡ que ajudou a colocar a fic na linha XD
E também a Sheilinha, ♡ que mesmo doente ela me ajudou abrir o caminho para novas idéias.
Obrigada meninas! Vocês são muito boas comigo.
Adoro vocês ♡

Chega de conversa!
Boa leitura!

Capítulo 1 - A Entrevista


Fanfic / Fanfiction A Entrevista - A Entrevista


Parado em frente ao prédio das indústrias Wayne, Clark Kent pensava na sua entrevista. Era difícil estar na presença dele, mas já tinha algo em mente para iniciar sua entrevista.

Conhecido pelo ar enigmático e muitas vezes sombrio, ou ainda pela imagem de playboy irresponsável (reforçada pelos acionistas de sua empresa, que o consideravam desinteressado pela Corporação Wayne), Bruce Wayne é um famoso milionário de Gothan City.

Sua riqueza não era proveniente somente da enorme corporação. Seus outros investimentos também o favoreciam muito, era um bom doador para fundações e suas causas. Contudo, nem mesmo seus funcionários saberiam dizer qual é a verdadeira face de Bruce Wayne. O mais antigo deles não conseguia ter uma conversa simples se não fosse para ironizar sua vida, ou seus relacionamentos. Ninguém o ouvia dizer nada a respeito de algum envolvimento amoroso, era sempre alvo de muitas curiosidades, e, francamente? Bruce não se importava. Como bom conselheiro e como o pai que Bruce nunca tivera, Alfred era muito importante na vida dele. Pobre homem, nem mesmo os anos de convivência quebraram o humor negro do jovem.

Enviado pelo Planeta Diário, Clark Kent olhava para o alto do prédio, admirando a imensidão da fachada de vidro que o edifício possuía. Engoliu a saliva, estagnado com a visão. Carregando uma simples bolsa de lado, ajustou os óculos no nariz e respirou fundo para dar seu primeiro passo. Havia muitas pessoas perambulando pela calçada, a entrada era por uma grande porta giratória de mogno escuro.

Ao atravessar pela grande porta, deu de cara com um imenso hall de entrada vazio, pouquíssimas pessoas andavam por ele. O chão liso decorado em losangos preto tirava sons de seus passos. Determinado, seguiu com sua missão, indo até a recepção.

- Bom dia, em que posso ajudá-lo? – Perguntou a recepcionista, sem lhe dirigir atenção.

- Bom dia, sou o repórter do jornal Planeta Diário, tenho um horário com Sr. Bruce Wayne.

- Hum... Só um instante.

A mulher de corte repicado e aparência séria pegou o telefone, digitando rapidamente alguns números.

- Um repórter aguarda o Sr. Wayne.

Clark a fitou, e ela lhe lançou um olhar de desprezo. – Vou mandá-lo subir imediatamente. – Finalizou ela, mantendo o gesto de agora a pouco.

- Pegue o elevador, ele está à sua espera. – Informou ela.

- Obrigado.

Se dirigiu para o elevador indicado, e assim que entrou, seu corpo desabou de tensão. Bruce Wayne finalmente aceitara sua entrevista. Após meses tentando várias forma de convencê-lo, foi justamente a mais simples que ele atendeu; entrevistá-lo apenas para sondar sua nova campanha para arrecadação de doações. Pareceu ser um tanto patético, mas foi a melhor de todas as aproximações. Suspirou aliviado.

Seus músculos tremiam e sua garganta ficou seca. Desejou um copo d'água para refrescar o seu corpo e esclarecer suas ideias. Nunca foi de perder o controle de nada, mas com Bruce parecia que as coisas mudavam de termo, que grande merda!

O número indicador do andar se aproximava, e cada número surgido fazia seu estômago revirar de ansiedade. Fazia tanto tempo que não o via pessoalmente... Das vezes que o viu foi como Batman, e mesmo assim, era uma máscara a esconder sua face, aquela face de segredos e mistérios, e uma paixão proibida.

Quando as portas se abriram, vislumbrou um grande corredor que levava à uma única sala. Não havia outras portas, nem ninguém para recepcioná-lo. Respirou fundo e caminhou, e ao olhar para trás, viu as portas do elevador se fechando, dando a entender que ele não podia sair dali, caso o quisesse naquele momento.

Mesmo assim, continuou a andar, corrigindo a postura; não queria deixar sua tensão transparecer. Quando ficou de cara para grande porta, pegou o puxador e empurrou. Para sua surpresa, estava aberta, e um frio na barriga repentino lhe acometeu. Bruce Wayne queria vê-lo, havia de ter um motivo, só não soube dizer qual seria. Com esse pensamento, uma ansiedade sem tamanho lhe apossou, imaginando olhar em seus lábios e delineá-los com a própria língua. Segurou um suspiro. Parou, movendo a cabeça para ambos os lados, observando o local. Só havia uma mesa em formato de meia lua no centro, e logo atrás dela, uma cadeira acolchoada virada para a vista de fora, onde se vislumbrava o céu, que muitas nuvens insistiam em deixar cinza.

O silêncio parecia deixar o ambiente mórbido, até que o próprio causador quebrou esse clima quase incômodo.

- Desculpe-me por ter recusado suas tentativas de me entrevistar. Andei tão ocupado... – Sua voz era um misto de melancolia e cansaço.

- Tudo bem. – Respondeu baixo e suave. – Acho que consigo compreender. – Ele continuou parado há alguns metros da mesa, esperando Bruce se virar em sua direção. Desejava tanto vê-lo que fremia.

- Parece que você não mudou. – Ressaltou, sem se importar com o que disse, apenas rememorando a voz dele, tão límpida. – Enquanto eu... Bom, continuo bem aqui, liderando. – Sua voz soou grave. Clark sentiu uma pequena hesitação. – Chegou a que horas em Gothan? – Perguntou em seguida, como se desperto por uma curiosidade momentânea.

- Na verdade, cheguei ontem à noite. – Abriu sua bolsa retirando dela um gravador, papel e caneta, com o propósito de entrevistá-lo; mantinha sua respiração regular, um pouco ansioso, tinha tanta coisa em mente.

- E hospedou-se onde?

Um pequeno e tímido sorriso se fez no rosto de Clark, que segurou firme a alça da bolsa.

- Em um hotel aqui perto do centro de Gothan, meu patrão reservou para mim... É aconchegante.

- Imagino que não. – Num movimento leve, se virou para Clark, encarando os azuis cristalinos dele. Vestia um terno negro impecável, com colete, alguns botões estavam abertos, Clark desejou arrancá-los e deixá-lo como veio ao mundo, nu. – Não tem hotéis aconchegantes aqui perto, Sr. Kent

Disse com tanta convicção que deixou Clark sem jeito. Respirando fundo em busca de palavras, o repórter sorriu exibindo os caninos, abaixando discretamente o olhar para sua vestimenta. Usava calça jeans clara com uma camisa social azul escura, junto a uma jaqueta de couro. O moreno continuou sério a observá-lo, lambeu os lábios de modo aliciante, com cuidado em seus movimentos, no fundo adorando a cara de vergonha dele.

- Bem, Sr. Wayne, tendo uma cama para dormir já me é o bastante. – Disse sincero.

Com os dedos cruzados em seu colo, Bruce inclinou pouco a cabeça, com uma sobrancelha arqueada como se dissesse “é mesmo? Nossa que maravilha”.

- Tenho um convite para você, Sr. Kent.

Como uma estátua humana, assim Clark permaneceu. Só havia uns pequenos itens em suas mãos, itens esses ignorados pelo próprio, que ao ouvir o que ele disse respondeu quase gaguejante.

- Convite?

- Exato. – E para o espanto do repórter, Bruce se levantou galante, andou calmamente indo em direção das janelas de vidro, e parou de costas.

Clark analisou ele todo, contendo-se para não olhar com seu poder de raio-X.

- Haverá uma festa para caridade, crianças órfãs da cidade. Eu preciso de um repórter eficiente e honesto. – Olhou na direção de Clark, que piscou os olhos reluzentes. – Quero que você me acompanhe e faça uma matéria sobre o evento.

Clark sentiu o coração partir em pedaços, sua entrevista não aconteceria e pior ainda, fora chamado para ser só mais um repórter da vida pública dele. Queria ser mais que isso, foi o que sempre desejou. Esse encontro era tão importante para si, quanto excitante! Esperou como pôde! E quando finalmente aparece a oportunidade, era para ser só mais um repórter em uma matéria comum que Bruce estava lhe concedendo, como se ele mendigasse por alguma notícia do playboy. Era sempre assim, Bruce tinha esse poder de mandar e desmandar em todos. Sua feição estava tão impassível que não conseguiu traduzir sequer um sentimento. Talvez algo estivesse estampado naquele rosto, era difícil demais para dizer em voz alta, mas seu coração dizia “Eu não o mereço, Clark”. Tinha que ser uma ilusão.

Ao ouvir seu coração retumbar essa frase, Clark quis provar ao contrário. Sorriu, aceitando como um desafio.

- Onde será essa festa, Sr. Wayne?

- Em minha mansão.

- Ótimo, estarei lá às 19h em ponto.

- Faça melhor, Sr. Kent, eu quero você lá às 18h. Importa-se com isso? – Disse circunspecto, mirando os olhos azuis que em nenhum momento mostraram intimidação. Seu timbre agudo de voz deixou o repórter excitado.

- Como preferir, Sr. Wayne. – Falou alegre, percebendo Bruce mover os lábios, juraria que vira um sorriso ali, bem disfarçado, típico dele.

- Lá vou conceder sua entrevista, e terá uma boa matéria para o seu jornal. – Foi até sua mesa, pegando um crachá entregando-o ao jornalista. – Pegue isto, facilitará sua entrada.

Ao entregar o cartão, apenas seus dedos se tocaram, mas Bruce sentiu um pequeno tremor em suas entranhas. Clark mostrou-se normal, com sua linda aparência.

- Clark. – Ele o chamou.

- Sim.

- Vá bem vestido, não como um típico repórter. – pediu calmo.

Clark sorriu tímido, olhando pra baixo, percebendo que suas roupas de modo algum agradavam a Bruce, sempre tão inferiores... Deu de ombros.

- O que sugere que eu use? – Perguntou, temendo o que ele diria, mas o fez, precisava agradá-lo.

- Me surpreenda. – De modo desafiador, foi sua única resposta.

Meneando a cabeça em concordância, Clark guardou suas coisas, ajeitou sua bolsa e jaqueta. Fez menção de sair da sala, mas ouviu o milionário falar.

- Você quer mesmo tentar? Eu já o machuquei uma vez, não me faça fazer isso de novo. – Falou sereno, sem culpa nas palavras.

- Eu não tentaria se não tivesse certeza. – Respondeu no mesmo nível, porém com seu jeitinho simples. – Você nunca me feriu. Eu sou o mesmo de sempre, só acho que você não percebeu isso ainda.

Bruce não quis respondê-lo, mas o advertiu. – Até a noite, Sr. Kent. Estarei o aguardando às 18h.

- Até...

Se retirando da sala, percebeu algo naquela fala. Mesmo que Bruce não dissesse em bom som, Clark sabia que ele se importava.

Enquanto o repórter se retirava, Bruce pegou o telefone e ligou para Alfred, dizendo:

- Prepare a mansão, terei uma visita.

- Uma visita, senhor? – Ao ser pego de surpresa, perguntou espantado, mais para si do que para o próprio Bruce. Tanto tempo que seu protegido não recebia alguém na mansão Wayne.

- Exatamente o que você ouviu. – Debochou irônico, ouvindo um suspiro tranquilo do seu empregado amigo.

- Estou realmente surpreso com essa novidade, Sr. Wayne! – Disse o mordomo empolgado.

- Não entendi o porquê disso, mas vou considerar, Alfred.

- Esse seu humor é mesmo cativante, Senhor. Tenho a esperança disso acabar assim que o senhor receber a sua visita. Se me permite dizer, posso imaginar quem seria?

Bruce riu de leve. – Guarde sua impressão apenas para si, caro Alfred, e diga ao Dick para não comparecer hoje na mansão.

O mordomo deu de ombros

- Como quiser senhor. Algo mais a desejar?

- Não Alfred, obrigado.

- Disponha... – Finalizou a ligação.

Divagando sobre a conversa com seu eterno enamorado, achou melhor retribuir sua ausência de outro modo. Clark merecia ao menos isso, uma noite intensa e memorável para ambos, cansou-se de esconder nas trevas de seu ego.

Esse encontro no escritório nada mais foi que um teatro inocente, o que só aumentava sua vontade. Sabia o quanto Clark era teimoso, e que iria insistir até encontrá-lo, nem que usasse outros meios para isso, e nesse caso, era melhor aceitar essa entrevista. Até se divertiu um pouco durante o breve encontro, olhando aquele rosto lindo e tão másculo. O jeans no corpo de Clark tinha realçado o bumbum e as coxas, ele estava realmente delicioso naquele traje, e lhe tratar com um pouco de desprezo aumentaria ainda mais seu desejo. Mesmo ele sendo o Superman, sabia de seus sentimentos, pois eram recíprocos. Isso o tornava quase humano, sofreu um pouco com esse afastamento, mas mesmo assim continuou a tratá-lo com frieza, esperando deixar Clark sedento de si. Sorriu, se divertindo com esses pensamentos, sua arrogância agora era deixada para trás. A noite seria pequena para tudo que planejava.Continuaria assim: seco e arrogante, mas um eterno apaixonado por Clark Kent.

Nas ruas frias de Gothan, Clark andava apressado, buscando certas coisas que não imaginaria usar para sua entrevista. Comprou um traje de estilo casual e ótimos sapatos, chegou até a cogitar um outro perfume, apenas para agradá-lo. Finalmente, já com suas novas roupas, voltou para o hotel onde estava hospedado.

- Ah, Bruce, por que você tem que me fazer vestir isso, hein? – Perguntou para si, colocando as peças de roupa sobre a cama. Se despiu rápido indo para o banheiro tomar um banho e fazer a barba.

Na mansão Wayne, Alfred preparava o que tinha sido ordenado. A casa já andava limpa, o caso mesmo era limpar o lustre e tirar alguns resíduos de poeira. Mandou os empregados abrirem as cortinas para deixar a luz entrar um pouco, deixou tudo como o patrão gostava. Até arriscou usar alguns arranjos de flores, colocando-os em lugares estratégicos para harmonizar o ambiente, Alfred estava realmente confiante.

- O que achou da arrumação, Senhor? – Perguntou o mordomo.

- Me parece ótimo. – Foi enfático. – Ah, Alfred, sobre a comida, não peça nada.

- Um pouco tarde para dizer isso, patrão, pois pedi aquele Buffet que o senhor tanto gosta.

- Cancele então, Alfred, isso é o de menos hoje. – O mordomo pode sentir um olhar carregado de malícia e desejo. – Apenas me avise quando minha visita chegar.

Alfred o seguiu com olhos, enquanto o patrão subia pelas longas escadas da mansão. Assim que Bruce chegou em seu quarto, separou uma muda de roupa, nada que fosse tão elegante para Clark, sabia que o outro vestiria algo diferente do usual. Era até divirto imaginá-lo de blazer ou black tie, pelo porte atlético que possuía, iria ficar delirante, disso tinha total certeza. Seguiu para um banho de banheira, queria relaxar.

O repórter andava afobado pelas ruas de Gothan, já arrumado, procurando por um táxi. Com seu salário de repórter não conseguia comprar nenhum carro bom, então era melhor ficar no táxi mesmo, até que tivesse condições de ter seu próprio veículo. Pelo menos ia gastar só com as passagens. Enquanto ia para o ponto adequado, avistou uma lojinha simples, e resolveu ir comprar pastilhas de menta, não queria passar vergonha com mau hálito, seria vergonhoso – pensava.

Ao adentrar a loja, não avistou nada de especial logo de começo, mas sua curiosidade o levou a um pequeno corredor com cortinas transparentes e uma espécie de fios pendurados feitos com lantejoulas, dando um toque hippie ao local. Atravessou por essa cortina e as lantejoulas se tocaram rudemente, emitindo um som bastante audível, chamando a atenção da atendente. Clark a cumprimentou timidamente com um menear de cabeça, enquanto a moça pouco se importou, apenas ficou parada mascando seu chiclete.

Foi então que ficou petrificado com o que viu ali: pequenos armários repletos de revistas pornôs e objetos sexuais. Em toda sua vida terrena, nunca fizera uma descoberta tão extraordinária. Andou lentamente para as revistas, e seu rosto queimou de vergonha olhando mulheres bonitas em posições eróticas incríveis. Sua mente fervia, sempre tão tímido, nunca imaginou fazer aquilo, ainda mais com um certo homem... Voltou a atenção para os pequenos aparelhos, tocava-os com certa admiração e um pouco de receio para não quebrá-los, pareciam frágeis aos seus olhos. Havia algemas de poliéster e chibatas, olhava tudo tão perplexo que engoliu em seco.

- Senhor, quer alguma coisa? – Perguntou a moça, desinteressada.

- Posso olhar mais? – Arrumou os óculos que desceram um pouco pelo nariz, estava tenso.

- Pode. – Disse ela, logo se sentando e não dando importância ao homem ali, que recomeçou a andar pela lojinha, admirando agora as revistas pornôs gay, que por um momento achou que nem encontraria. Finalmente pode rasgar uma embalagem escondido da moça, e folheou com cuidado tudo que podia ver, sua ação foi rápida e precisa, a atendente não percebeu nada.

Sua cabeça abria as portas para um novo conhecimento, com posições sexuais e objetos que podiam ser usado para um ato tão prazeroso. Seus pulmões inflavam de suspiros contidos só de imaginar Bruce Wayne usando uma venda, enquanto ele amordaçava sua boca para encontrar mais prazer. Seu pênis vibrou nesse pensamento, se achou um tanto ingênuo, já que via ali nas imagens práticas que jamais haviam passado por sua cabeça.

Será que Bruce conhecia BDSM? – Pensou um tanto aflito, o desejava demais e conhecia bem o fogo do milionário, mas eles nunca praticavam isso, era sempre o mesmo. Também pudera, nunca tiveram um encontro romântico, era sempre naquela correria. Ele precisava experimentar isso com Bruce, sentiu a necessidade de extravasar todo seu tesão reprimido.

Faria isso por Bruce.

Faria por si próprio.

Já estava na hora de tirar a imagem de um caipira que viera de uma fazenda distante para morar na cidade..

Não demorou muito ali, era quase 17h30min e voar não estava nos seus planos. Comprou o que mais lhe interessou, saindo com uma sacolinha cheia de coisas eróticas, inclusive um vídeo, queria aprender a fazer isso direito.

Enquanto caminhava com a sacolinha nas mãos, teve uma brilhante ideia! Mesmo que Bruce ficasse chateado com seu atraso, era melhor fazer com que isso desse certo, então mandou uma mensagem de texto para o milionário.

“Perdoe-me, mas chegarei atrasado. Vou às 19h, por favor me receba.”

Seu coração palpitou de agonia, Bruce demorou em respondê-lo, até que seu telefone vibrou. Havia uma mensagem de texto, para seu alívio.

“Espero que seja por algo extremamente sério, vou recebê-lo nesse horário, sem mais!”

Um tanto rígido na resposta, mas mesmo assim não desfez o sorriso. Com tudo pronto para pôr sua ideia em prática, saiu para a entrevista finalmente, porém com outros planos em mente.

Chegando a frente à porta da mansão, tocou a campainha.

- Sr. Kent, que prazer vê-lo. – Cumprimentou o mordomo, tirando um sorriso tímido dos lábios de Clark.

- Olá, Alfred... – Sorriu sem jeito. – Eu vim para uma entrevista.

- Oh, por favor, entre...

Assim que entrou, notou que não havia mais ninguém, somente ele e a casa vazia de Bruce Wayne.

- Alfred, cadê todo mundo?

- Como assim, senhor? – Indagou sem entender a pergunta.

- Achei que tivesse mais pessoas aqui para a entrevista com Sr. Bruce, eu vim até com o crachá. – Exibiu a ele.

- Acho que deve haver algum engano... – Mal tinha terminado de falar, percebeu como os olhos do repórter se fixaram no alto da escada. – Bem...

- Deixe que daqui eu continuo, caro Alfred. – Atalhou Bruce, descendo as escadas calmamente. – Eu explico para o Sr. Kent.

Ao ver como o anfitrião estava vestido, seu peito palpitava de ansiedade. Era justamente assim que queria vê-lo, casual. Mas por que então tinha exigido que ele fosse tão arrumado? – Pensou o repórter.

O mordomo se retirou, deixando os dois homens se medirem.

- Bem, vejo que você veio no horário combinado.

- Sim, mas vou aproveitar o momento e pedir que venha comigo.

- Esse não foi o trato - reclamou seco, mas Clark não se intimidou.

- Quero levá-lo para um lugar, venha comigo, por favor.

- Para onde mesmo?

- Bom... Terá que descobrir. – Sua voz soava sexy, aliciava Bruce só em mover os lábios. Ele era um homem frio e seguro, mas ficou hesitante por um minuto, esperando que Clark não notasse seu desejo latente.

-Vou pegar um sobretudo. – Mas ao tentar subir o primeiro degrau, o repórter o puxou pelo braço, dizendo gentil.

- Não precisa, porque agora eu irei te levar.

Seus olhos se arregalaram e um temor se apossou de Bruce. Voar não fazia partes de seus planos.

- Clark, sabe muito bem o que eu acho sobre isso... – Sua voz soou miseravelmente insegura.

- Não se preocupe com isso, nem perceberá... – Andou alguns passos até a janela do hall, olhando sempre nos olhos escuros de Bruce, que em nenhum momento esboçou medo. Mas o que Bruce não conseguia entender era como Clark tinha mudado tanto em poucas horas. Ele exalava um ar selvagem, mas aqueles orbes azuis diziam muito mais.

Bruce não soube dizer porque aqueles olhos azuis pegavam fogo.


Notas Finais


Bom gente, espero que gostem muito desta historinha sem pé nem cabeça :V
Críticas e reclamações serão bem vindas XD


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