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História A Escolha - A Imposição


Escrita por: MrsRidgeway

Notas do Autor


Oie, gente!

Como prometido, eu criei um canal de comunicação entre nós.
==> https://www.facebook.com/Mrs-Ridgeway-1018726461593381/

Na page eu avisarei sobre as datas que os capítulos serão lançados, os possíveis atrasos, alguns spoilerzinhos de vez em quando, haha... Fiquem ligados! Só dá uma passada lá e curtir rapidinho.

Agora vamos ao que interessa.

Capítulo 17 - A Imposição


— Será que ele já acordou?

Eu perguntei assim que entramos em casa. Não conseguimos dormir por muito tempo, então, ainda no período da manhã, seguimos para o apartamento que eu dividia com o meu irmão.

— Provavelmente não – Harry respondeu, sabendo do histórico de Ron em não gostar de acordar cedo.

— Como será que ela tá? – eu me joguei no sofá. Estava preocupada e acho que deixei transparecer isso – Aquela confusão toda de ontem e a Mione ficando bêbada... Acho que a noite não foi bem como nós esperávamos que fosse...

— Seu eufemismo me comove – Harry ironizou, rindo.

Ele se sentou ao meu lado e passou um braço por cima dos meus ombros. Eu estendi a mão e peguei o controle, ligando a televisão logo em seguida. Estava passando um talk show qualquer e sem graça. Deixamos no canal mesmo assim, sem prestar muita atenção. Não demorou muito até que Ron aparecesse atrás de nós. Ele nos cumprimentou com um ‘bom dia’ sem muita animação.

— Bom dia, Ron... – respondi, me virando para analisar o meu irmão. Harry me acompanhou.

— Como você tá? – o moreno indagou, quando eu eles nos levantamos em direção à cozinha.

Harry sentou-se na cadeira.

— Bem, na medida do possível – Ron respondeu, dando de ombros, enquanto preparava o seu sanduiche.

Ele perguntou se havia muito tempo que nós estávamos ali e Harry respondeu que não. Ron continuou preparando o seu café da manhã, em silencio. Eu encarei Harry , aflita. Me sentei no balcão, observando as atitudes do meu irmão. Não consegui ficar calada por muito tempo.

— Ron, me explica o que aconteceu ontem, por favor...?

Minha voz estava meio vacilante. Harry olhou de mim para Ron. Parecia que ele estava imaginei que Ron fosse desviar o assunto, o que não deveria ser tão incomum. O meu irmão apenas me perguntou sobre qual parte eu gostaria de saber. Ronald explicou a nós dois, sem rodeios, o que realmente estava acontecendo entre ele e Hermione. Ele parecia cansado.

— Tenha paciência, Ron – Harry falou, roubando um pedacinho de queijo que estava para fora do pão de Ron.

— Mais? – Ronald levantou uma das sobrancelhas, incrédulo. Ele deveria estar achando um absurdo aquele conselho.

— Tudo isso deve ser confuso na cabeça de Hermione, cara, mas já é mais que óbvio que ela gosta de você.

     Oi?

Eu não sabia dessa parte da história.

— Óbvio pra quem? – dessa vez fui eu quem se manifestou – Porque até encontrar eles dois presos no quarto ontem de manhã, eu não desconfiava de nada.

Harry arregalou os olhos, surpreso.

— Pois é. Eu cheguei aqui ontem de manhã e encontrei os dois – pontei para o meu irmão, que apenas fez uma cara engraçada – Trancados dentro do quarto dele. Em silêncio.

O moreno soltou uma gargalhada.

— Eles demoraram horrores pra sair de lá, e no momento que Hermione pisou fora daquele quarto, ela me deu uma desculpinha esfarrapada e saiu correndo. Logo depois o Ron fez a mesma coisa e foi embora. Acabou que ninguém me explicou nada. Por sinal, até agora eu não sei onde você passou à tarde, Ronald.

Ron explicou que estava com Harry. Ele provavelmente deve ter o ajudado a comprar o meu presente maravilhoso. Logo depois Ron fizera uma piadinha sobre o que havia ocorrido dentro do quarto dele. Nós rimos. Falamos mais um pouco sobre a situação e pelos motivos deles não estarem juntos. O meu irmão não me pareceu muito seguro em relação à Mione, como se achasse que ela não o queria.

— Eu conheço Hermione há muito tempo, acho difícil ela não querer e te deixar se aproximar desse jeito – Harry argumentou, o era verdade, por sinal – Vocês já parecem um casal até...

Ainda sim, a opinião do moreno não pareceu ser o suficiente para convencê-lo. A conversa sobre esse assunto se encerrou não muito depois, quando Ron retornou para o quarto, cabisbaixo. Eu e Harry voltamos para a sala. Permaneci  em silêncio por alguns minutos, porém, eu conseguia escutar as engrenagens do meu cérebro funcionando, rápidas.

— Certo... – Harry me abordou, impaciente – Pode me contar o que você tá pensando...

— Quem te disse que eu tô pensando alguma coisa? – rebati, desafiadora.

— Se você se esforçar mais, vai sair fumaça pelos seus ouvidos.

Eu ri.

— A gente tem que fazer alguma coisa, Harry. Ron e Mione tem que ficar bem.

— Por que mesmo a gente deveria interferir nisso?

— Porque seria um máximo o meu irmão, que é o seu melhor amigo, namorando uma das minhas melhores amigas, que é quase a sua irmã. Configuração perfeita!

Harry soltou uma risada alta.

— Tá louca, Ginny? – ele me perguntou, entre risos.

— Não... – respondi, achando graça – Ainda não...

— Certo, e o qual é o plano?

— Uma ligação.

     Eu sou uma gênia.

— Oi?

— É, uma ligação – insisti na resposta – Você vai ligar pra Hermione...

— Ahn?

Ele parecia estar se perguntando ‘por que eu?’

— Tá lerdo, Harry? – rolei os olhos.

Olhei para os lados e abaixei o meu tom de voz.

— Você vai ligar pra Mione e dizer que o Ron tá indo lá, levar remédios. E que ele tá muito preocupado com ela, por causa de ontem à noite.

— E ela vai acreditar? – o moreno também falava mais baixo.

— Espero que sim.

— E você vai fazer o que?

— Vou convencer o Ron a ir lá...

Harry fez uma careta engraçada.

— E se não der certo? – ele questionou, não levando muita fé na minha proposta.

— Vai dar certo – respondi, divertida.

Dei um beijo em Harry e me levantei, indo em direção ao quarto de Ron. Cumpri a minha parte do plano com sucesso. Ron seguiu para o banheiro, com o intuito de se arrumar, quando eu saí do quarto dele. Voltei para a sala, saltitante, enquanto Harry também executava o papel dele. Eu me sentei ao seu lado, o observando.

— É, ressaca é uma merda mesmo... – ele comentou com Hermione – Mas, olha. Ron falou que vai passar aí agora, pra ver como você tá. Ele parece bastante preocupado. Tem algum problema?

A forma como Harry enfatizou na parte da preocupação do meu irmão fez com que eu soltasse uma gargalhada. Ele tentou me calar, também rindo e nós nos batemos no vaso de flores que ficava na mesinha do telefone, ao lado do sofá. Percebi que Mione o indagou se estava tudo bem.

— Nada. Eu tropecei no tapete da Ginny – uma mentirinha de leve.

— Dissimulado... – sussurrei e ele prendeu o riso – Diga a ela que vamos almoçar...

Harry se despediu de Hermione com a mesma desculpa que eu havia dado ao Ron, de que nós iriamos sair para almoçar, e encerrou a ligação. Ele se virou na minha direção.

— Pronto... – o moreno guardou o celular no bolso – O plano está completo. Qual o próximo passo?

— Agora a gente sai daqui, pra o Ron não desconfiar.

— E o que você sugere que a gente faça?

— Almoce de verdade, talvez? – rebati, brincalhona.

Harry focalizou seus olhos verdes em mim. Eu conhecia bem aquele olhar.

— No momento eu estou interessado em comer outra coisa, sabe...

Eu ri antes de seguirmos para o meu quarto, para continuar a comemoração do dia anterior.

Ron só voltou a aparecer no inicio da noite. Ele nos explicou que ele e Hermione haviam resolvido tentar algo, para ver se dava certo. Acabamos então entrando em uma discussão sobre qual foi a real ocasião que levou a aproximação do meu irmão com a minha amiga.

— Sabe, eu acho que começou quando vocês se encontraram lá na aula de Snape – Harry estava deitado no meu colo – Aquele negócio de vocês brigando logo no primeiro dia que se viram não era uma coisa muito normal não.

— É verdade. O povo diz que quem briga demais no fundo se ama – comentei, enquanto afagava seus cabelos.

Ron sorriu. Ele levou alguns segundos olhando para cima, com a testa franzida.

— Na verdade aquela não foi a primeira vez que eu vi Hermione...

Franzi a testa e o analisei, confusa. Algo não se encaixava. Ronald me fitou e levantou as sobrancelhas, como me se estivesse me desafiando a pensar. O meu irmão só tinha visto duas pessoas, além de mim, fora da universidade quando chegou. O primeiro estava deitado no meu colo, com cara de que não estava entendendo nada. A segunda pessoa que ele viu foi a Angel, no Caldeirão. Fora isso só havia uma mulher maluca que ele encontrara na farmácia.

     Pera...

Hermione era a louca da farmácia.

Abri um sorriso enorme ao saber disso. Exclamei, animada, ainda sem acreditar.

— Não... mentira! Eu não posso acreditar nisso! Era ela naquele dia?!

Ron confirmou com a cabeça. Ele explicou ao Harry, que por sinal entrou em uma crise extrema de gargalhadas, tudo o que acontecera naquela noite, como Hermione roubara o seu chocolate e saíra correndo da farmácia. Continuamos conversando sobre o novo casal até que o Harry levantou para tomar banho, me deixando a sós com o meu irmão. Eu resolvi aborda-lo sobre um assunto não muito agradável: um dos motivos do retorno dele de Londres. Eu precisava saber se ele estava realmente seguro para entrar em uma nova relação.

— É que você é o meu irmão. Mione é minha amiga. Eu não quero que vocês acabem se magoando por causa dessa história – me expliquei, quando ele substituiu o lugar no meu colo, antes ocupado por Harry.

— A gente não vai se magoar, Ginny – o meu irmão me garantiu.

Ron parecia bem decidido. Isso era bom.

— Pelo menos não por esse motivo. Eu já virei a página.

Fiquei feliz em saber disso. Eu queria mesmo era que aquela vaca francesa se explodisse no espaço, por tudo que ela havia feito ao meu irmão. Ron acabou me contando, em seguida, que a maldita havia ligado para ele logo depois dele ter voltado. Eu o escutei, descontente, não queria que houvesse uma reaproximação dos dois, porém Ronald me garantiu que sequer escutou o que ela queria dizer. Trocamos de assunto quando o moreno reapareceu, de cabelos molhados, alegando que estava com fome.

Harry e eu estávamos muito cansados, então, assim que terminamos de jantar, deixamos Ron na sala e fomos para o quarto. Não demorou muito para o moreno pegar no sono ao meu lado. Ajeitei as suas cobertas antes de me esticar para colocar o meu celular para carregar, no criado-mudo. O visor se acendeu quase que no mesmo instante. Era Draco me ligando. Ensaiei levantar da cama, para atender o aparelho em outro lugar, mas Harry, em um movimento inconsciente, passou o braço ao redor da minha cintura, me prendendo junto ao seu corpo. Não me restou outra opção além de atender o celular ali mesmo.

— Diga, Malfoy... – eu disse, apressada.

— Olá, Weasley... – ele ironizou do outro lado da linha – Onde foram parar os seus bons modos?

— Fale rápido – praticamente sussurrando – O Harry tá dormindo do meu lado.

— Wow, Agora entendi o motivo da falta de educação...

Harry ressonou mais alto e eu quase congelei.

— Enfim, Weasley. Serei breve, então... – Draco voltou a falar – Desmarque os seus compromissos na sexta à noite, temos um evento extremamente importante pra ir.

— Impossível! – rebati, um pouco colérica.

Como ele estava tendo a audácia de me dizer coisa daquelas em cima da hora?

— Eu e o Ron vamos viajar. Iremos à casa dos nossos pais. Eu inclusive já entreguei o pedido formal de dispensa no RH da SeMz.

— Tenho certeza que você dará um jeito.

Não era possível. Eu não podia estar escutando aquilo.

— Eu vou dar um jeito?! – na sua cara, provavelmente — Há quase um mês eu tô fazendo hora extra no fim de semana pra poder ter esses dias de folga...!

— Seu histerismo estraga a sua beleza nórdica, Weasley – eu podia imagina-lo rolando os olhos para mim.

— O meu histerismo?!

— Você vai acordar o Potter desse jeito.

Respirei fundo, me controlando. Levantei um pouco o meu corpo, me apoiando em um cotovelo.

— Desculpe, Malfoy, mas eu não vou com você a lugar nenhum na sexta – comuniquei, firme.

— Não é uma opção, Ginny. É um aviso – o loiro se manteve impassível – Vista o seu melhor traje, nós vamos a um jantar de gala.

Antes que eu replicasse qualquer coisa, Draco encerrou a ligação.

     Alguém está pedindo para morrer...

 Sacodi a cabeça, dispersando os pensamentos. Eu joguei o aparelho de volta no criado-mudo, estressada. Me virei na direção de Harry, que dormia como um bebê, e me encaixei novamente entre os seus braços. Não demorou quase nada para que eu também pegasse no sono.

Na manhã seguinte, me deparei com uma mensagem no celular.

Voo remarcado para sábado, 5h20.

Mary enviou o anexo das passagens para o seu e-mail.

Alguém aqui sabe ser eficiente.

Tenha um bom dia, Weasley.

Definitivamente alguém estava pedindo para morrer.


Notas Finais


Então, meus amores. O que vocês acharam do capítulo?
Deixem aqui embaixo os lindos comentários de vocês. Pode até não parecer, mas eu preciso muito do review de vocês.

Pra quem quiser acompanhar o outro lado da história, esse capítulo faz ligação com dois outros lá n'A Troca, então:

==> Se vocês desejam saber como foi a conversa de Harry com Hermione, é só dar uma olhadinha no capítulo 19 - "A Pesquisa";

==> Se vocês desejam saber como foi conversa de Ginny com Ron, sobre a volta dele de Londres, é só dar uma lida no capítulo 20 - "O Logotipo"

Beijos!


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