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História A Escolha - O Banheiro


Escrita por: MrsRidgeway

Notas do Autor


Oi bbs,

Parece que a margarida (no caso eu) resolveu dar as caras, não é mesmo? hahah
Não vou ficar floreando demais sobre o meu sumiço. Vocês já conhecem a história. Nem tudo nas nossas vidas acontecem do jeito que a gente quer, infelizmente. Eu tenho uma vida que precisa ser tocada, e, mesmo que eu ame o Spirit, não posso parar para escrever quando estou cheia de outros compromissos mais urgentes. Espero que vocês entendam.

O capítulo ainda será revisado de verdade, então me perdoem se vocês encontrarem algum errinho de ortografia ou concordância. Eu mesmo que beto os capítulos. Faço tudo sozinha.

Adianto que começamos a entrar na reta final da temporada, então vamos prestar aquela atençãozinha a mais nos detalhes? ahaha , fica a dica.

Enfim, agora vamos ao que interessa! Boa leitura.

Capítulo 27 - O Banheiro


– Ei, não faz tanto tempo assim!

Luna reclamou, olhando para Neville. Ele apenas riu.

– Claro que faz!

– Não, não faz!

A pequena discussão melosa continuou. Eu, Ron, Hermione e Ginny apenas ríamos, observando os dois. Hora ou outra Ron ou Mione me encarava, tentando entender o que significava aquela aproximação toda entre os outros dois.

– Já decidiram se faz ou se não faz? – a ruiva apoiada no meu peito perguntou. – Eu quero pedir a minha sobremesa.

– Decidimos que faz. – Neville respondeu.

– Não, não faz, Nel! – Luna rebateu. – Pergunte a Mione. Ela também estava nesse dia!

– Eu...?! – Hermione arregalou os olhos, com a taça de vinho no meio do caminho entre a mesa e sua boca? – Tem certeza...?

– Tenho sim!

– Pelo amor de deus, chega! – Ron se intrometeu, aos risos. – Foda-se se faz ou se não faz. Ninguém liga. Calem as bocas de vocês!

– Grosso...!

Luna fez beicinho e Ron a puxou para um abraço. A conversa continuou, dessa vez com todos participando. Um tempo depois, Hermione fez sinal para um dos garçons e pediu que trouxesse a sobremesa. Ginny se movimentou ao meu lado. Ela parecia alerta.

– O que houve? – indaguei, preocupado. A ruiva estava muito estranha desde o dia anterior.

– Nada... – a mesma resposta de sempre. – Eu preciso ir ao banheiro. Não demoro.

Segurei sua mão, outra vez, parcialmente a impedindo de ir. Ginny me analisou por alguns segundos e sorriu em seguida. Ela se esticou na minha direção e me deu um meio beijo.

– Eu não demoro mesmo, prometo.

Soltei a sua mão e a vi partir apressada para os fundos do restaurante.

– Onde ela foi? – Ron perguntou.

– Banheiro. – respondi, ainda olhando na direção por onde a ruiva se perdera.

– Oh, por que ela não falou comigo? – Mione reclamou. – Eu queria ir retocar a maquiagem.

– Não precisa, você tá ótima. – ouvi Ron dizer.

Hermione sorriu e Ron deu um beijo na lateral do seu rosto, fazendo-a sorrir ainda mais. Luna, alheia ao casal apaixonado ao seu lado e esperta como sempre, se virou na minha direção.

– Você parece preocupado, Harry.

– Vocês sabem se aconteceu algo por esses dias?

– Algo tipo...? – Neville ergueu as sobrancelhas.

– Não sei... – dei de ombros – A Ginny parece meio... estranha.

– Desde quando? – Ron se inseriu no diálogo.

– Dessa semana. Ontem, especificamente. Quando eu fui busca-la no apartamento de vocês.

– Oi...? – Mione ergueu as sobrancelhas – A Ginny ainda tava em casa ontem à noite?

Franzi a testa.

– Tava... – respondi. – Dormindo – completei – Pelo menos na hora que eu cheguei.

O casal trocou olhares preocupados.

– Que horas você chegou?

– Depois que o Ron me deu a chave.

– Mas eu te dei a chave no fim da tarde. – o ruivo salientou.

– Sim...

    Não estou entendendo.

O que tinha de estranho naquilo?

Ron se ajeitou no assento.

– Isso tá estranho mesmo...

– Qual o problema dela estar dormindo naquela hora?

– Harry... – Mione me chamou – Sexta à noite a Ginny me mandou uma mensagem pedindo que eu avisasse ao Ron que ela já havia chegado do laboratório, e que estava indo dormir, para descansar. Isso não deveria ser mais que dez da noite, por aí.

– Só que ontem pela manhã eu e a Mione voltamos lá em casa, pra pegar alguns documentos da pesquisa e mostrar ao Lupin – Ron continuou – Quando saímos de lá já era a hora do almoço e a Ginny ainda estava dormindo.

– E pelo visto ela não acordou até a hora que eu cheguei...

Mione concordou com a cabeça. Franzi a testa, preocupado com o que poderia estar acontecendo.

– Talvez ela estivesse com algum tipo de estafa... – Neville comentou – A Ginny anda trabalhando demais naquele laboratório...

– Talvez... – Luna concordou, com a cabeça levemente inclinada para o lado – Talvez...

Recebi um olhar incisivo da loira. Parecia um recado.

– Eu vou ver o que tá acontecendo.

Quando eu me levantei da cadeira ninguém se deu o trabalho de contestar. Parti em direção aos banheiros, nos fundos do restaurante.

A entrada do ambiente estava vazia. Parei de frente ao grande espelho iluminado, a porta do water-closet feminino e me encostei à parede. Seria indecoroso as normas da casa que eu entrasse naquele banheiro e, de qualquer forma, Ginny deveria sair dali em breve.

Saber das condições da ruiva me deixara preocupado. Apesar de todos os avanços que a minha relação com Ginny tinha dado, eu sabia que ainda existiam muitas lacunas entre nós dois. Coisas que não eram ditas. Eu não queria que fosse assim. Talvez fosse a hora de aumentar o nível do dialogo entre nós dois.

Apoiei a minha cabeça no revestimento de porcelana atrás de mim e suspirei. Foi quando eu ouvi uma voz familiar. Uma não, duas. A voz da mulher que eu estava a esperar, e, a voz de um dos homens que eu mais desprezava na vida. A conversa vinha do cômodo oposto. Sem pensar duas vezes, entrei no banheiro masculino, tentando ao máximo não ser descoberto.

– Porra, nem me vem com essa, Draco... – Ginny falou – Eu sei que você quer que eu volte.

– É claro que eu quero... – Malfoy confirmou sem um segundo de atraso – Mas antes eu preciso saber se é o que você realmente quer...

– Eu nunca quis deixar você na mão. É que aquele episódio na sua casa me assustou.

– Eu sei. E eu te juro que eu vou dar um jeito nisso.

Ouvi Ginny sorrir. Detrás da parede de vidro escuro que separava o hall dos mictórios, eu travei o maxilar.

– Bem ao estilo Malfoy – ela disse, num tom brincalhão.

– Você nunca contestou os meus métodos... – Malfoy respondeu e arrancou mais risos da ruiva.

Senti o sangue correr mais rápido pelas minhas veias. Eu estava mais que nervoso e minha vontade era entrar naquele banheiro por completo e intimar os dois. Porém, minha curiosidade em saber o real motivo daquela conversa me pôs fixo no lugar onde eu estava.

Ainda sim, a cada frase que eu escutava, eu engolia a seco, de raiva.

– Então é isso... Parece que eu tenho você de volta então...

– No projeto, Malfoy – Ginny rebateu, para a minha felicidade e alivio – Apenas no projeto.

– Ninguém disse ao contrario, Weasley...

– Com você os termos tem que ser bem específicos, antes que o seu papinho de advogado distorça as coisas.

Dessa vez foi Malfoy que riu abertamente.

     Como eu queria poder quebrar todos esses dentes agora...

– Eu me formei em direito pra isso... – ele replicou – E pra outras coisas, você sabe disso...

Outro riso. Como eu estava odiando tudo aquilo.

– Eu tenho que voltar... – Ginny avisou – Vão estranhar se eu demorar demais.

– O idiota do seu namorado não consegue ficar dez minutinhos longe de você?

– Não fala assim do Harry. Você sabe que eu não gosto.

– Que seja. – eu podia imaginar Malfoy rolando os olhos, daquele jeito esnobe de sempre – Aqueles outros dois é uma dupla de avoados e a Granger parece feliz demais comemorando com o seu irmão, pra se lembrar da sua ausência, de qualquer forma.

– Você sabe que data é hoje?!

– O aniversário dela, obviamente.

Eu não podia ver o rosto da Ginny, mas sabia que, assim como eu, ela também estava surpresa.

– Na verdade, faltam exatos 53 minutos para o aniversário dela. – Malfoy completou – Minha mãe sempre disse que dar azar comemorar antes da data.

– Não sabia que você tinha conhecimento da data. – a ruiva comentou, aproveitando a deixa.

– É, eu sou um homem misterioso.

Houve um breve momento de silêncio. Outra cliente passou pelo corredor, entrando no banheiro ao lado. Ao se distanciar, a mulher franziu a testa, provavelmente a estranhar a minha posição perante a porta.

– Bom, tenho que ir. – Ginny falou, por fim – Nos vemos na segunda.

– Ok, Weasley.

– Mais uma vez, obrigada...

Não permaneci muito mais tempo a porta do lavabo. Voltei para a mesa rapidamente, como se nunca tivesse saído de lá. Hermione e Luna me encararam, em busca de resposta, contudo, nenhuma das duas teve tempo de indagar nada. Ginny se aproximava , andando pelo corredor entre as mesas. A ruiva se sentou ao meu lado e sorriu, pondo a bolsa de mão no colo.

– Desculpem a demora. Eu estava retocando a maquiagem.

– Eu queria ter ido junto... – Hermione reclamou, fazendo beicinho.

– Que isso amiga, você tá ótima. – a ruiva elogiou, sincera.

– Eu já disse isso a ela... – Ron comentou, deixando de lado a conversa que estava tendo com Neville.

– Então...

Ginny sorriu mais uma vez. Ela parecia tensa. A observei cuidadosamente, em silêncio.

– Ah, as sobremesas já chegaram! – ela observou a louça disposta à mesa – Ótimo, estou ansiando por um docinho.

O pessoal na mesa riu da expressão e voltou-se aos pratos. Ron, que já havia comido a sua sobremesa, futucava o pedaço de torta de Hermione, que parecia não ligar. Luna, como de costume, comia o seu pedaço generoso de pudim e Neville, assim como eu, optara por não comer sobremesa.

Vendo o vazio a minha frente, a ruiva inclinou a cabeça na minha direção e erguei uma sobrancelha.

– Quer um pouco? – ela perguntou.

– Não... Obrigado. – recusei – Não estou ansiando por nenhum doce. Pelo menos não tanto quanto você.

Ginny franziu a testa levemente e desviou o olhar, voltando a se concentrar no seu petit-gateau.

Assim que todos terminaram de comer a conta foi pedida. Neville como sempre, se ofereceu para deixar Luna em casa. Os dois partiram na frente, conversando algo que provavelmente somente eles dois entendiam. Como Ron havia estacionado no pavimento inferior, Ginny e eu o esperamos voltar, a porta do restaurante, em companhia a Hermione.

– Está frio aqui fora... – a ruiva comentou, passando as mãos pelos braços arrepiados.

– Você acha? – Hermione indagou, a observando – Eu estou achando o clima agradável.

Ginny desviou o olhar.

– Acho que é o vento...

– É... deve ser...

Mione acordou com a cabeça. Ela me fitou de rabo de olho antes de se virar na direção da SUV que apontava os faróis brilhantes em cima de nós. Hermione se despediu de mim e de Ginny com abraços acalorados e agradeceu a nossa presença. Quando ela entrou no automóvel, Ron buzinou brevemente, em cumprimento, e partiu em direção a saída.

Eu e a ruiva andamos até o meu carro, em silêncio. Permanecemos durante todo o percurso até o apartamento, embora eu pudesse perceber os olhares curiosos, até mesmo perdidos, que ela me lançava de tempos em tempos. Ainda sim, continuei calado.

No hall do prédio, o porteiro que até aquele momento eu não tinha conseguido lembrar o nome sorriu para nós, empolgado. Era sua noite de plantão.

– Boa noite, Harry. – ele me cumprimentou. – E boa noite, Srta. Ginny.

–Boa noite, Rid. – Ginny respondeu, sorridente.

    Rid...?

Ah, era esse o nome?!

Engraçado, me parecia familiar.

– Tudo bom?

– Tudo sim, Srta. E com vocês?

– Vou bem também. – a ruiva disse, amável.

Eu apenas acordei com a cabeça, com as mãos nos bolsos, e segui em direção ao elevador. Senti que Ginny me seguia, no encalço. Assim que eu apertei o botão do 18º andar, antes que a porta se fechasse, o porteiro acenou para nós, em despedida. Acabei sorrindo. Ele era um sujeito legal.

– Rid é muito simpático. Eu gosto dele.

Apesar de partilhar da mesma opinião da ruiva, optei por continuar calado. Muitas coisas passavam pela minha cabeça naquele momento. A maioria delas não era nada agradável. Ficar em silêncio por mais algum tempo ainda era a minha melhor opção.

Após alguns minutos, nós dois saímos do elevador. Tateei a chave no meu bolso rapidamente antes de encaixa-la na fechadura. Uma vez que a porta fora aberta, liberei passagem para que Ginny entrasse. Ela passou como um foguete. Eu  transpus o batente logo depois.

Andei até o quarto e entrei. Eu retirei os sapatos, o sobretudo e o cinto, de olhos fechados e respirando lentamente. Uma brisa irrompeu o cômodo, pela janela que eu esqueci aberta. Fios de cabelos desgrenhados se mexeram sobre a minha testa.

– Você vai me dizer o que tá acontecendo ou eu vou ter que te pedir pra fazer um desenho?

Me virei e dei de cara com Ginny apoiada na cômoda. O par de olhos cor de âmbar estavam fixos nos meus. As mãos da ruiva, apoiadas na cintura, deixavam bem claro que ela estava pronta para um combate, que, neste caso, era para saber o que estava se passando pela minha cabeça.

– Vamos, Harry?! – ela insistiu, veemente – Você pode me dizer que porra é que está acontecendo?!

– Não, não posso... – me manifestei pela primeira vez depois de quase uma hora – Mas talvez você possa...

Ginny franziu a testa, sem entender. Me aproximei até ficar a menos de um metro de distância dela.

– O que você e o Draco estavam fazendo dentro do banheiro masculino hoje, no restaurante?

Vi que o rosto da ruiva perdera totalmente a cor.


Notas Finais


Então, meus amores. O que vocês acharam do capítulo?
Deixem aqui embaixo os lindos comentários de vocês. Pode até não parecer, mas eu preciso muito do review de vocês.


Beijos!


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