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História A Escolhida - Capítulo Dezessete


Escrita por: MaduCristelli

Notas do Autor


EU gosto muito desse capítulo, vocês não tem noção.

Quero agradecer imensamente a todos os comentários e favoritos! Vocês são incríveis.

Boa Leitura!

Capítulo 17 - Capítulo Dezessete


Fanfic / Fanfiction A Escolhida - Capítulo Dezessete

Point Of Views Annelise Rose Deutch

Quando o nosso momento precioso na biblioteca acabou, Justin me levou gentilmente para o meu quarto, claro que o fiz uma proposta de ficar mais um pouco comigo e ele, beijando-me cautelosamente na testa, recusou. Pegar no sono naquela noite foi a tarefa mais fácil, embora eu ainda pensasse no seu beijo, no seu toque e nas carícias de suas mãos bobas.

Quando a manhã chegou, eu não enrolei muito para levantar, sentia-me renovada, elétrica e pronta para ver Justin. Tomei o meu banho mais rápido do que o de costume, troquei de roupa também muito rápido e quando cruzei a porta do meu quarto, saindo no corredor eu encontrei Bieber e Butler em uma conversa animada, mas se calaram assim que me viram.

Me vi tendo um lapso de preocupação por não saber como reagir diante o guardião, não sabia se ele entraria em seu modo babaca e arrogante ou seria o homem pelo qual o meu coração bate tão forte toda vez que me faz bem. Torcia para a segunda opção.

Mordi os meus lábios com força, demonstrando o meu nervosismo e esperei que ele se aproximasse.

— Como está se sentindo hoje? — A voz de Bieber soou calma, acelerando o meu coração.

— Bem. — Eu desviei os olhos e coloquei as mãos para trás. — Eu… — Me calei quando o senti perto demais.

— Que bom! — Alisou o meu rosto e se inclinou um pouco em minha direção. — Eu poderia beijá-la agora mesmo. — Sussurrou e alisou minha bochecha com a ponta do nariz, eu suspirei quando gentilmente o guardião selou minha bochecha.

Eu o responderia, pediria para que esse beijo fosse em outro lugar, talvez um pouco mais para frente, pediria para ele me encaixar em seus braços e me apertar da forma que somente ele sabe fazer. Justin talvez compartilhasse dos mesmos pensamentos, pois quando seus olhos se encontraram com os meus algo incandesceu de dentro dele. Mas antes que eu se quer cogitasse uma maneira de pegá-lo somente para mim, uma voz nos separou.

— Gente... — Era Lizz. Justin se afastou nervoso. Encarei a morena. — O que está acontecendo aqui? — Sua voz tinha um tom divertido e quando seus olhos se encontraram com os meus, sua gargalhada cortou o lugar. — Infelizmente, né? — Pegou em minha mão e saiu me puxando para longe dos guardiões. — Você quer dizer felizmente, sua garota sortuda do caralho.

— Lizz! — A repreendi. — Você está fora de si. — Sorri e passei o braço pelo seu. — Mas realmente, uma garota sortuda do caralho. — Eu sorri.

— Agora me conta. — Ela disse animada e eu a encarei. Depositei um tapa em mão.

— Isso é por mentir pra mim. — A vampira sussurrou um pedido de desculpas.

— Seu pai ameaçou a minha família, Anne. — Lizz disse com a voz um pouco baixa. — Sinto muito, eu era quem mais queria te contar.

— Eu sei o quão persuasivo meu pai pode ser quando quer demonstrar o seu poder. — Alisei a mão da vampira para reconforta-la. — Então não se preocupe.

— O que importa é que já passou. — Sussurrou. — Agora me conte tudo.

— Está de castigo, Lissandra. — Brinquei e ela abriu a boca em indignação.

— Você é uma pilantra, deveria me agradecer por ter sido eu e não o seu pai que pegou vocês dois no maior clima. — Resmungou.

— Obrigada! — Eu disse sincera e ela sorriu.

— Anne! — Uma voz masculina e conhecida chamou por mim. — Você está bem? O que aconteceu com você ontem? — Dylan gritou correndo até mim e pegou em minha mão quando chegou perto. — Fiquei preocupado quando perguntei de quem era o sangue no chão e me falaram que era seu.

— Estou bem, Boom. — Garanti. — Relaxa, meus pais dizem que está tudo sob controle e se eles dizem... — Deixei a frase no ar e ele sorriu. Dylan passou seu braço pelo meu, mostrou o dedo para Lizz e voltamos a andar.

Eu, Justin, Ryan e agora Zayn, sabíamos que não tinha nada sob controle, sabíamos que tudo estava desmoronando aos pouquinhos e meus pais estavam sendo mentirosos em todos os sentidos possíveis. Todos os guardiões perceberam as mentiras soar hesitantes de minha boca, mas de jeito nenhum que eu apavoraria o lobisomem e a vampira, não quando eles já presenciaram absurdos demais.

— E a bruxa? — Quando Lizz perguntou, o corpo de Dylan estremeceu.

— Não apareceu mais. — Murmurei. — Mas meus pais estão cuidando, foi uma grande falha e não vai acontecer mais.

— Uma falha que quase te custou. — Dylan grunhiu. — Seu corpo ensanguentado, sua respiração e... — Eu o cortei.

— Já passou. Estou bem, é o que importa. — O lobisomem tentou sorrir. — E o namoro? — O cutuquei, mudando de assunto para amenizar o clima, mas a expressão do moreno me entristeceu. — Poxa Dylan, eu sinto muito.

— Esse foi o namoro mais rápido da história. — A voz de Lizz soou perigosamente brincalhona e eu a olhei de rabo de olho. — O que?

— Não seja má, Lissandra. — Ela rosnou e eu sorri, voltando minha atenção a Dylan. — O que aconteceu?

— Ela ficou com ciúmes, — Dylan respondeu. — veio com uma história de que eu preferia vocês a ela. — Sua voz soou calma.

— Mas ela não está errada. — O lobisomem fuzilou a vampira com o olhar. — Se você quiser eu posso ir lá e dar uma surra nela. — Lissa disse e Dylan riu.

— Não, obrigado. — A voz soou dura. Lizz deu de ombros e eu apenas encarava-os. — Posso resolver meus problemas. — Ah, Dylan, por favor termine sua frase aqui. Gritei em pensamentos, mas o lobisomem continuou. — E eu não preciso de uma garota para resolvê-los por mim.

Por que eu acho que o rumo dessa conversa não vai terminar bem?

— Sério? — Ela parou subitamente e o encarou. — Sinceramente? Que bom que ela caiu fora de você.

— Lizz... — Tentei argumentar, mas ela me calou quando continuou a falar e se aproximou de Dylan.

— Você não a merece, na verdade não merece garota nenhuma. É nojento. — Rosnou. — E eu acho que você é gay, Stilinsky.

Dylan rosnou em resposta e eu me afastei. A discussão seria longa.

Senti a presença dos três guardiões atrás de mim e a voz rouca de Justin me fez sorrir internamente.

— O que está acontecendo ali?

— Lizz chamou Dylan de gay e provavelmente vai ser uma confusão degenerada. Podemos ir? — Perguntei e ele riu assentindo.

— Se bem que ele te um jeitinho afeminado, mesmo. — Eu o repreendi com o olhar.

— Justin, não seja. — Eu me calei quando a figura furiosa do moreno me puxou para perto e Lizz gritou para ele parar.

— Dylan, foi só uma brincadeira. — Ela tentou uma controvérsia, mas Dylan não a escutou. — Você não pode beijá-la. — O garoto parecia possuído e determinado. Murmurei. — Não vai querer fazer isso.

— Dylan… — Eu tentei argumentar, mas ele se aproximou perigosamente no mesmo momento em que eu me afastava.

Porém, antes que o moreno tivesse êxito em sua ação, ele foi puxado para longe de mim.

— Ela não! — A voz grossa de Justin me tirou do transe e Dylan apenas resmungou.

Suas ações seguintes chocaram a todos, Lizz foi parar em seus braços, em um ato inesperado do moreno, que a puxou para um beijo e o mais impressionante foi que a morena retribuiu, sem hesitar, como se esperasse aquele momento a muito tempo.

— Isso explica muito! — Eu sussurrei  chocada e me virei para os três guardiões. — Todo o ódio e o amor dos dois. — Ri de leve. — Boa sorte com isso, Malik.

 

Justin e Ryan me levaram para a ala de treinamento antes que Lizz tivesse um surto de consciência e quebrasse tudo e todos pela frente. Assim que chegamos Ryan nos encarou de uma forma estranha e Justin apenas negou para qualquer piadinha que o outro fosse soltar. Eu sorrir para a situação, mas antes que eu pudesse falar alguma coisa, me expor para Ryan, uma luz forte invadiu o meu campo de vista, cegando-me. Eu não escutava nada, muito menos conseguia ver alguma coisa, até a imagem de Margot aparecer e eu cambalear para trás.

— Oi, querida! — Ela se aproximou, eu me afastei. — Eu não vou te fazer mal, não precisa ficar com medo.

— Então saia da minha cabeça. — Rosnei e bati em sua mão quando ela fez menção de tocar em meu rosto.

— Eu vou sair, não tenha pressa. — Sua voz soava calma e ecoava pelo recinto. — Mas antes eu quero te mostrar uma coisa. — No momento seguinte a suas palavras, estávamos na sala do trono.

Eu era uma criança, uma criança feliz e despreocupada, brincava com alguns brinquedos bem ao lados dos pés de minha mãe, que alisava o meu couro cabeludo com as pontas de seus dedos, meu pai apenas analisava a cena de sua esposa e filha, havia um brilho ali, um brilho orgulhoso. Eu estremeci. A porta foi aberta anunciando a chegada da família Bieber e também de Justin, um pequeno garoto sério.

— Para de fazer isso. — Eu gritei para Margot e ela riu. — Pare de projetar suas maluquices na minha cabeça.

— Querida, isso são lembranças que foram apagadas da sua mente. Lembranças que eu apaguei, todas elas tem o seu precioso guardião. Estou apenas devolvendo o que é seu por direito. — Então eu comecei a prestar atenção nas cenas.

Meus olhos curiosos de crianças encontraram com os de Justin e o que a garotinha sentiu em senti, os pequenos pelinhos arrepiados, o coração batendo acelerado, os olhos brilhantes, uma sensação de triunfo, mas antes que o pequeno ser louro pudesse prestar atenção na pequena hibrida, o rei o chamou.

O cenário mudou, agora estávamos em uma recepção, eu deveria ter no máximo 3 anos quando novamente o vi e, desse vez, ele também me olhou, todas as células dentro do meu corpo explodiram, era o que o meu eu garotinha sentiu, não era bem como é hoje, talvez por causa da inocência que pairava em nossos seres. Éramos apenas crianças e sentíamos o amor na forma mais pura.

Naquela mesma noite meus olhos brilharam e a minha primeira transformação aconteceu.

— Isso é mentira! — Eu rosnei e me virei para ela. — A minha primeira transformação foi aos quatorze, sua vadia mentirosa.

— Ah, pequena Anne. — Ela sorriu. — Acredita mesmo nisso? Um ser tão diferente como você não poderia ser igual aos outros... — Ela negou com a cabeça enquanto a voz saía acelerada. — Você foi a lobisomem que se transformou mais jovem, isso assustou os seus pais e foi aí que eles chamaram a mim. — Sua voz soava calma. — Eu acessei as suas lembranças, eu tirei sua primeira transformação, com o tempo tirei a alegria, tirei seus amigos guardiões e tirei seu primeiro beijo, tirei a sensação do primeiro amor. — A voz soava de forma cruel, um sorriso frio pairava nos lábios da bruxa. — Mas vou te devolver, querida.

E como das outras tudo mudou, os cenários vieram e se foram rápidos demais, porém a cada vez que mudava e os borrões apareciam, eu me lembrava. Me lembrava das brincadeiras, dos treinos, da primeira conversa sincera, me lembrava de cada momento com Justin e a última lembrança foi a mais dolorosa, o primeiro e último beijo.

— ANNE! — Justin gritou.

Eu estava de volta.

— Justin... — Parei de falar, pois o ar custava a chegar aos meus pulmões. Solucei. — Eu...

Eu queria falar que me lembrava do nosso beijo, que eu me lembrava da nossa conexão, lembrava de como eu o amava. Queria me desculpar, implorar o seu perdão pela forma que o tratei. Mas as lágrimas me impediram de falar. Chore feito uma garotinha e quando meu pai adentrou a sala uma súbita raiva tomou conta de mim. Era culpa dele.

Eu tentei me controlar, tentei apenas dizer a ele que suas ações destruíram muitos sonhos, amizades e o meu coração, que tudo poderia ter sido resolvido com uma simples conversa entre pai e filha e que ele não precisava, de forma alguma agir como rei diante a minha vida pessoal. Era só ter me contado, era só ter me poupado. Não havia necessidade de exercer sua soberania. Solucei e solucei, não era mais culpa que irradiava em mim, era ódio.

O rei tentou se aproximar, mas eu o impedi com um grito. Quando ele tentou de novo eu o encarei, todas as emoções irradiando os meus olhos.

— Não chega perto. — E para minha surpresa ele parou. — Você... — Eu não consegui terminar.

Eu explodi, em uma cor amarelada, meio azulada, ou talvez esbranquiçada, não soube definir. Os meus pés começaram a flutuar e todo o meu corpo pegava fogo. Eu gritei, liberando mais dessas cores que saia de mim. Era bom. Libertador.

Eu não conseguia parar, não conseguia me controlar, também não tinha certeza de que queria. Eu estava energizada, provavelmente com algum tipo de magia negra que a bruxa jogou em mim. Talvez eu morreria, não me importava, não quando era tão boa a sensação de liberdade, de leveza... Fechei meus olhos aproveitando a sensação.


Notas Finais


Me contem...


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