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História A Escolhida - Capítulo Dezoito


Escrita por: MaduCristelli

Notas do Autor


AI AI AI
Deixo com vocês quaisquer tipos de comentários sobre o capitulo.

Boa Leitura!!

Capítulo 18 - Capítulo Dezoito


 Point Of Views Justin Bieber

Talvez o meu coração fosse saltar e sair pulando pela academia, dizendo a todos o quão bom é beijar a pessoa que ama. Entregando a todos os corações desacreditados um pouco de esperança no amor. Annelise estava linda, tão linda que quando a vi sair de seu quarto acanhada e talvez envergonhada, tive que prender a respiração e controlar os meus instintos. Queria beijá-la, beijá-la tanto que meus lábios inchariam e mesmo assim pediria por mais. Eu a observa, conversando com seus amigos, sorrindo para seus amigos e feliz. Ela feliz, eu feliz, tudo maravilhosamente bem.

Quando chegamos a sala de treinamento Annelise Ryan começaria a fazer suas piadinhas terríveis em relação ao meu estado de guardião apaixonado, mas se conteve.

De repente, Annelise ficou estática, seus olhos ficaram brancos e sua pele pálida, seu corpo rígido, sem comando.

— Ryan, chame o rei. — Eu gritei a ordem para o guardião.

O guardião não tardou a obedecer e correu para chamar o rei e assim que ele saiu eu comecei a tentar trazer Annelise de volta, chamando-a sutilmente, suplicando. Meu coração correndo.

— ANNE! — Eu supliquei ao gritar o seu nome pela milésima vez.

Finalmente ela acordou.

Seus olhos olharam-me com tanto arrependimento, com tanto amor, mas ao mesmo tempo com tanta dor que eu soube que alguma coisa tinha mudado. Lágrimas escorriam pelo rosto da garota, um momento de dor, mas quando o rei chegou, chamando pela filha, dor virou raiva que incandesceu ódio e desprezo.

Eu não soube definir os momentos seguintes, muito menos as ordens cronológicas dos fatos, só percebi quando a garota explodiu em uma luz esbranquiçada jogando todo mundo longe, bati a minha cabeça com força na parede ficando tonteado com a queda, a estrutura da sala começou a se balançar, o teto começando a ceder. A magia, o poder que exalava dela não ficou apenas nessa sala, a academia inteira foi atingida, um tremor abalou os chãos da academia. Escutei o grito de alguns alunos desesperados.

Annelise não parava, cada vez mais e mais poder exalava, cada vez mais o teto cedia. Consegui me colocar de pé minutos depois, outra onda como se fosse o próprio vento atingiu nossos corpos, conseguir me manter em pé, ajudei o rei a levantar e os guardas que o acompanhava fizeram uma barreira envolta dele. O rei começou a tentar chegar perto da filha, mas toda vez que chegava perto, ela se limitava a manda-lo longe, atingindo apenas a ele.

Annelise estava lúcida. Sabia o que estava fazendo. Engoli em seco.

— Eu... — O rei se calou e riu irônico, talvez pensando que suas próximas palavras fossem uma piada. — Vai lá. É só você!

Eu assenti, não hesitaria, pois sabia que onde ela estivesse, me escutaria, não importa o quão longe estava. Eu tinha que acreditar nisso, tinha que acreditar que ela me escutaria e voltaria para mim.

O tempo estava correndo e os objetos começavam a se movimentar junto as ondas que saiam de Annelie. Eu não consegui chegar perto também, não conseguia tocá-la, um tipo de escudo protegia o corpo dela. A minha única chance era fazê-la me escutar.

— ANNE! — Eu gritei o seu nome. — Por favor, você precisa parar. — Diminuir o tom de voz. — Precisa escutar a minha voz.

Mas ela não parou, tudo continuava do mesmo jeito, a corrente, o poder, a camada grosa de poder... ela.

— Por favor, Anne, está assustando a todos. — Porém a escolha de palavras foram erradas, pois no mesmo instante a intensidade da camada de magia que a rodeava aumentou de proporção. O lugar estremeceu e o lugar começou a se deteriorar. — Querida, deixa eu tocar em você? Precisa voltar para mim.

Então, a magia diminuiu, e assim eu tentei atravessar a camada de proteção que a cercava, consegui finalmente chegar perto de seu corpo. Perto o suficiente para tocá-la. Assim que toquei suas mãos, assim que senti o calor de seus dedos, assim que eu gentilmente fiz um carinho nela, a magia cessou e ela caiu em meus braços, desacordada e completamente vulnerável.

— Levem-na! — O rei ordenou aos guardas e eu neguei.

— Eu mesmo faço isso, meu senhor. — Falei com um pouco de petulância na voz.

— Guardião Bieber! — O rei rosnou, mas respirou fundo antes de vir até mim e tirar a filha dos meus braços. — Uma ordem é uma ordem. Venha, vamos ter uma conversa.

Engoli toda a vontade de manda-lo para o inferno e o acompanhei para fora da sala ou o que sobrou dela.

O caminho para a sala do trono foi rápido, algumas árvores que enfeitavam o jardim estavam destruídas, as raízes para fora estragaram o gramado, as flores sumiram. Janelas e muros trincados. Embora tenha feito um grande estrago e assustado muita gente, não tinha ninguém pelo gramado, provavelmente os alunos foram induzidos aos dormitórios.

Na sala do trono, o rei sumiu com a morena nos braços, logo a rainha foi cuidar da filha e quando ele voltou, ficamos somente nós dois a sós, então ele começou:

— Guardião Bieber, o que conversamos? — Ele se aproximou. Eu abaixei a cabeça. — Está surdo? Olhe para mim!

— Que me quer longe da sua filha, vossa majestade. — Eu respondi, levantando a cabeça e ele assentiu.

— Sei que é difícil, ainda mais você sendo guardião dela. — Rosnou, aparentemente arrependido por ter me colocado com ela. — Você foi designado a ela não por opção minha e uma vez escolhido não poderá ser substituído, e existe um sistema que devo seguir. Minha escolha foi há muito tempo, quando vocês eram crianças e, pode ter plena certeza, que se eu soubesse que seria desse jeito, te manteria longe do menor fio de cabelo dela. — Eu abaixei a minha cabeça em completa submissão e assenti. — Você sabe muito bem que eu o quero longe, longe do coração dela, longe de tudo que envolva sentimentos por ela, entendeu?

— Sim, senhor! — Disse baixo.

— Mas, não parece. — Ele se aproximou. — Insiste em chegar perto demais, insiste em ter relações que ultrapassam a linha de guardião e protegida. Acha que eu não sei sobre a biblioteca?

— Não vai mais acontecer, meu rei. — O olhei. Meu coração entalado na garganta.

— Isso é uma mentira. — Senhor, eu não poderia discordar menos. A minha mente gritou, porém como resposta, apenas continuei ereto, mãos para trás disposto a continuar escutando. — Vocês guardiões são leais aos lobisomens e vampiros é a natureza, como vocês foram criados, mas tudo está mudando. — Eu o olhei sem entender.

— Senhor, se está insinuando que minha lealdade não pertence a vocês e que de alguma maneira estou envolvido em tudo que está acontecendo, saiba que não deve se preocupar. — Minha voz soou meio incrédula e ele ficou calado, então prosseguir. — A minha lealdade e a lealdade de todos os outros é de quem sempre foi, não mudou e não mudará, pode ter certeza quanto a isso. Meu senhor! — Acrescentei.

— Fico feliz, guardião Bieber, você e seus amigos são bons, os últimos. Não quero ter que deixá-los presos ou exilados em algum lugar do mundo.

— Senhor, isso é uma ameaça? — O rei riu.

— Bieber, a minha filha vai se casar com alguém da nossa classe. — Sorriu ameaçador. — Ela vai dar um herdeiro, continuar a nossa linhagem. Não importa o que uma profecia idiota, uma bruxa maluca e um guardião apaixonado querem. Ela não é para você. — Se aproximou. — E se você pretende usar essa ligação que existe entre vocês, apenas para tê-la por perto, então sim, considere minhas palavras uma ameaça.

— Eu... — Eu iria responder, porém não sabia o que, muito menos se deveria dizer a ele o que passava pela minha cabeça nesse momento.

— Não seja mesquinho! — O grito de Annelise soou ao entrar na sala, interrompendo o silêncio que se instalara. Sua mãe, implorando calma a garota, vinha logo atrás. — Não o ameace, seu nojento! —  Eu arregalei os olhos, a rainha e todos ali prenderam a respiração. — Você mentiu para mim todo esse tempo e continua mentindo. E agora vem com ameaças sobre a porcaria do meu futuro?

— Roseline... — Ela o interrompeu.

— Não! — Gritou, como uma súplica entalada. — Você me fez esquecer dele, mentiu sobre a minha primeira transformação. — Se aproximou do pai. — Vem mentindo sobre tudo. — Sussurrou. — Mentiras, só mentiras.

— Como sabe da sua transformação? — Ele perguntou em um rosnado feroz e ela riu incrédula.

— Então é verdade. — Sua voz soou baixa e uma pontada de mágoa percorreu em seu tom. — Eu não tinha certeza se o que ela me mostrou é verdade, mas você acaba de me confirmar. — Ela o olhou, no exato momento que captou nos olhos do rei a raiva. — Tudo poderia ter sido tão mais fácil. — Se aproximou do corpo inerte do mais velho. — Eu não teria fugido, porque eu o amava. — Ela me olhou, talvez percebendo o que acabara de dizer. Deixando o rei de lado se aproximou de mim. — Eu lembro da sua promessa de que sempre seria meu amigo, lembro das risadas, do carinho... — Ela disse baixinho alisando o meu rosto. — Eu lembro do nosso primeiro beijo. Me perdoe, Justin! Eu nunca te trataria daquele jeito se me lembrasse.

— Está tudo bem, Anne! — Eu sorri para reconfortá-la. — Eu... — Eu diria que a amava, claro que diria. Naquele momento eu poderia beijá-la e não importaria o que rei faria na sequência, mas o tirano na sala nos atrapalhou, interrompendo qualquer que fosse a minha reação.

— Você está cansada das mentiras, querida? — Disse atraindo a atenção da filha. O rei se aproximou tão rápido que não vi quando as garras arrastaram pelo rosto da filha, só escutei a repreensão da rainha. — Então se prepare, porque tudo que fizemos desde o momento que você nasceu foi te proteger.

— Contando mentiras? — Ela perguntou, olhos marejados, um grunhido de dor.

As garras dela também aparecerem, mas junto um sensação de poder invadiu a sala. O corte em suas bochechas se curavam e ela encarava o rei de forma selvagem.

— Omitindo. — Ele disse frio. — Se falar comigo dessa maneira, eu te jogo em um lugar que seus ferimentos não terão a mesma proporção de cura. — A respiração da morena ficou descompensada diante a ameaça. Segurei-a pelas mãos, não era a hora de se rebelar, pois tenho certeza que as palavras dele eram sinceras. — Você, Roseline, não está pronta para tudo que envolve sua vida, mas tem razão, não podemos mais esconder isso de você.

— Então não vai me contar tudo? — Ela interrompeu o discurso do rei, deixando a princesa submissa entrar e cena.

— Filha, só escuta. — A rainha pediu.

— Você é tríbrida, querida. — O rei pegou no ombro da filha. A voz carregada em todos os sentimentos. — Feita de três criaturas: lobisomens, vampiros e bruxas. A magia que corre em seu sangue é diferente de tudo que vimos antes, ao ser liberta pode consumir você, por isso nunca te contamos, saber da existência dela só aguçaria a sua curiosidade e usá-la é perigoso. — Ele suspirou, se acalmando para continuar. — Mas ela está viva dentro de você e Margot quer que você a use, quer que você se liberte e você está no processo. Ela está cuidando disso muito bem.

— Pai! — Ela sussurrou, a voz amedrontada como a de uma criança.

— Eu sei, querida! — Ele a puxou para um abraço. Agora, finalmente, demonstrando o afeto de um pai. — Vamos dar um jeito nisso, precisamos. Só não temos muito tempo.

— Por que? — Eu perguntei e o rei me olhou.

Em um gesto inocente, ele levantou o cabelo da filha, deixando à mostra a carne da sua nuca que, por algum motivo, estava escura e feia, muito feia.


Notas Finais


Opiniões? Me contem.


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