1. Spirit Fanfics >
  2. À espera de Kathleen >
  3. Who loves, cares

História À espera de Kathleen - Who loves, cares


Escrita por: AnnaWrou

Notas do Autor


Helloo, amores! Tentei não demorar tanto dessa vez!
ONTEM foi o aniversário de 1 ano da fic e eu estou MUITO FELIZ, devo tudo a VOCÊS!! MUITO OBRIGADA MESMO <33
→ Caso desperte curiosidade, essa moça do GiF de hoje é a Alyssa, mãe do Andy.
→ O capítulo de hoje está sobrecarregado de emoções, por isso, preparem-se!


💠💠Título do capítulo: Quem ama, cuida.💠💠

Boa leitura <3

Capítulo 19 - Who loves, cares


Fanfic / Fanfiction À espera de Kathleen - Who loves, cares

 


Agora que sei o que me falta
Você não pode simplesmente me deixar...

Harry

 

 

 

- Boa noite, meu amor… — Sussurrei, arrancando-lhe outro sorrisinho doce.

- ...boa noite, minha esposa linda e apaixonada… — Toquei seu rosto e fiz carinho nas laterais dele, baixando totalmente a guarda.

Eram raros os momentos em que Harry e eu éramos carinhosos um com o outro, mas aquele momento… conseguia ser melhor do que todo o resto.

E não adianta tentar disfarçar; tá na cara, tá no olhar.

Tá estampado na testa esse amor descontrolado, esse sentimento que me rouba de todos os modos...

Ninguém consegue fugir do coração...

Pois é inútil fugir daquilo que desejamos com amor.

 


 

Kathleen

 

- Hey! Vocês dois estão bem?! Estão machucados??

- Será que estão vivos...?!

Acordei ao som de vozes arfantes, e vigorosas pancadas nos vidros, ao perturbar-me, a ponto do meu corpo enrijecer, atormentado.

- Hey! Estão nos ouvindo?! Moça?? Rapaz??

Descerrei calmamente as pálpebras e fui abrindo-as placidamente, sentindo os raios do sol irritarem minha retina.

- Ela está viva!

Notei muitas pessoas ao redor do carro, algumas debruçadas sobre as janelas, curiosas, graças as circunstâncias.

Girei levemente a cabeça, e então, para a minha surpresa, lá estava Harry. Abraçado a mim, de conchinha.

Naquele momento eu não sabia se estava sonhando ou se de fato aquilo estava acontecendo…

Prendi a respiração bruscamente.

Eu não queria me mexer, não queria sequer respirar, para não atrapalhar aquele momento amoroso... ele tinha que durar para sempre!

- Moça! Moça! Está machucada??

Fiz que não com a cabeça e apenas gesticulei que todos se acalmassem.

Harry ainda ressonava em meu pescoço, em um sono profundamente pesado. Eu queria ficar ali para sempre, sim, mas tínhamos que ir embora. Já havíamos ficado a noite inteira fora, deviam estar preocupados.

Virei calmamente para ele e sorri beijando a pontinha de seu nariz.

- Harry… — Chamei-o baixinho, iniciando leves carícias em seu rosto. — Hey… acorde… — Ouvi-o murmurar, encolhendo os ombros. — ...hey… precisamos ir, dorminhoco...

Ele abriu lentamente os olhos, e piscou várias vezes, afim que eles se acostumassem com a luz incandescente do sol.

- ...quem... são... essas pessoas…? — Ele foi despertando aos poucos.

- Ele também está vivo!

- Oh, sim! Graças a Deus!

- Os nossos socorristas. — Ele apenas bocejou e recostou-se em meu peito, deitando-se novamente. — ...tudo bem...? Vamos pra casa…? — Ele fez que sim com a cabeça, concordando.

Afundei delicadamente meus dedos em seus fios, em um rápido carinho, e beijei o topo de sua cabeça.

Ainda sonolento, ele ergueu-se no banco e pegou sua mochila, saindo do carro, segurando a minha mão.

- Por Deus! Vocês dois estão bem??

- Vocês sofreram um acidente??

- Quem são vocês??

- O que aconteceu??

Fomos bombardeados de perguntas do lado de fora.

Tentei me cobrir melhor com o moletom, afinal só estava usando uma calcinha por baixo, mas Harry impediu-me, endireitando o meu corpo e me abraçando pela cintura, preservando-me de todos.

Ele me envolveu em seus braços de uma forma tão acolhedora e autêntica, que meus olhos molharam rapidamente...

Eu sentia uma proteção inexplicável… e encantadoramente amorosa...

- Já chamamos o reboque, há uns quarenta minutos, já devem está chegando — Disse um dos homens a quem Harry explicara o que havia acontecido.

- ...tudo bem…? — Ele sussurrou em meu ouvido e eu apenas assenti com a cabeça, sendo sincera.

Senti-o inclinar-se sobre minhas costas e beijar meu pescoço em uma pressão macia.

Percorreu por minha nuca um arrepio, causando um reboliço em meu ventre, acendendo-me um sinal de alerta gritante.

Minha intimidade pulsou e eu percebi que estava ficando excitada. Só arregalei os olhos, pasma comigo mesma. Droga…

- Tiveram sorte de estarem vivos, jovens… — Mencionou um velho senhor, de baixa estatura e um sotaque engraçado.

Harry e eu nos olhamos de lado.

- Por que o senhor diz isso...? — Ele o perguntou.

- A lenda do lobisomem...

Harry deu uma risada.

- Lobisomem…? — Ele pareceu não entender. — Essa lenda existe mesmo por aqui...? — Perguntou-o, fingindo um gentil interesse na história.

- Oh, sim, meu jovem… — O senhor assentiu veemente. — Meu filho mais novo até o viu uma vez, aqui mesmo, nessa estrada

- Obrigado por nos avisar... — Harry o agradeceu graciosamente. — Agora teremos que ter mais cuidado ao andar por essa estrada durante a noite, amor... — Me disse e o meu coração palpitou loucamente.

- Si-sim… — Gaguejei nervosa, diante do seu chamado.

Ali não havia ninguém para quem ele precisasse fingir. Foi espontâneo!

- É verdade! — Disse um outro senhor. — Houveram diversos ataques por essas áreas, pessoas até morreram!

- E não pode ter sido um outro animal...? — Harry questionou, alheio aos efeitos que causava em mim. Eu sentia seus dedos subirem e descerem por minha barriga, acariciando-a lentamente.

Não havia malícia naquele ato, apenas um carinho amoroso, causando-me efeitos imediatos, turvando meu autocontrole por alguns lapsos de segundos, enviando labaredas de fogo por todo o meu corpo…

- A polícia local acha que se trata de algum urso ou onça, mas não há animais assim em nossa região

- Ou pelo menos não deveria — Disse outro senhor.

- É, e nunca os corpos foram encontrados, apenas pedaços deles

Harry inspirou calado e se tornou repentinamente muito curioso sobre o assunto.

Eu deveria sentir medo daquele tema... afinal, cansei de andar sozinha por aquela estrada durante a noite e também durante o dia. Seria eu uma afortunada sobrevivente ou somente a prova viva de que tudo isso não passava de uma grande lenda …?

- Olhem! O reboque chegou! — Apontou um dos homens.

Logo o carro começou a ser puxado pelos cabos de aço do caminhão e Harry começou a se despedir de todos, causando certo alvoroço. Era adorável ver como ele fazia amizade tão facilmente. Como cativantemente se tornava querido por todos. Eu mesma fui uma de suas vítimas… e não sabia qual era o segredo.

Talvez fosse o seu sorriso… era fácil ver sinceridade nele...

Ou talvez fosse sua simpatia e humildade… a pureza de seu coração sempre ficava evidente.

Com o veículo já estabilizado na plataforma, Harry me ajudou a subir na mesma e assim que entramos no carro, ele deitou no banco, colocando a cabeça no meu colo, esticando as pernas o máximo que o banco permitia.

Comecei a afagar seus fios castanhos e vi seus olhos fechando-se aos poucos. Ele parecia tão fraco e preguiçoso, que iniciei leves carícias em suas costas para que ele pudesse dormir confortavelmente.

- ...Tesouro… — Ele me chamou de forma carinhosa.

Baixei o olhar e o vi de olhos fechados deitado em meu colo.

- Diga…

- Quero que sempre seja carinhosa comigo… — Seu tom era suave, arrancando-me um sorriso.

- Ah quer…? — Ele inspirou o ar lentamente, assentindo silenciosamente.

Sorrindo, fiquei mexendo em seu cabelo, olhando para o seu lindo rosto sereno.

Eu conheço um anjo sem asas...

É um anjo estonteante, de pele branquinha, olhos verdes e cabelos castanhos, puramente cacheados. Meu anjo se chama Harry... um anjo tão deslumbrante como qualquer outro que esteja no céu...

- ...não ficou pensando no que contaram para a gente…? — Perguntou ele, depois de um tempo em silêncio. E eu que achei que ele já havia adormecido...

- Sobre o lobisomem que vive aqui...? — Ponderei calmamente.

- É… sei lá… — Ele deu de ombros e fez uma pausa, pensativo. — O que nos aconteceu ontem foi... estranho.

- O que aconteceu ontem foi um acidente… — Atestei e seu olhar subiu até o meu. — E lembra que você disse que tinha atropelado um animal pequeno...? — Ele assentiu. — Então, os lobisomens geralmente têm um porte muito, muito grande… — Ele não parecia convencido ainda.

- Quem sabe tenhamos atropelado um animal já morto por ele...? — Considerou inerte.

- ...você acreditou mesmo nisso, não é…? — Perguntei-o suavemente, mexendo em seus cabelos.

- Quem? Eu?? — Fazendo uma careta, ele negou. — É claro que não! — Sorri de canto, mas ele permaneceu carrancudo.

- Tudo bem… — Roubei-lhe um selinho, desarmando-o. — Podemos esquecer isso…?

- De jeito nenhum. Andy só sai de casa comigo agora e durante o dia. — Seus olhos se arregalaram e ele se sentou rapidamente no banco, logo levando as mãos à cabeça. — Zayn... — Ele deslizou a mão pelo cabelo, parando-a sobre o rosto. — Eu preciso ver meu filho… Droga! — Me aproximei de seu corpo.

- Calma… — Acalentei-o, enroscando meus dedos em seus fios castanhos. — Eu tenho certeza que ele está bem…

- E como pode ter certeza…? Eles passaram por essa mesma estrada ontem a noite! — Rebateu, sobrecarregado de rumores.

- Lobisomens não existem, meu amor… somente na ficção… — Ele sorriu com o canto da boca, me olhando com os olhos brilhando.

- Seu amor...?

Fiz um carinho em seu rosto e fechei os olhos para aproveitar sua carícia de volta em minha bochecha.

- ...você me acalma…sabia…? — Sussurrou-me baixinho e eu sorri quando encontrei seu olhar.

Ele beijou minha testa e deitou a cabeça em meu peito, deitando novamente no banco, abraçando minha cintura.

Encostei minha cabeça na sua e cobri nossos corpos com a manta que havia tirado da mochila.

Ouvi seus espirros e tentei agasalhá-lo melhor, enrolando-o adequadamente. Fiquei massageando sua nuca e pescoço, havia tensão em cada músculo dos seus ombros.

Desci o olhar receosa.

- ...você está doente…? — Seus espirros estavam tão frequentes.

- Não… alergia… — Ele disse, fungando em seguida. — Tenho alergia a poeira...

Aquilo me fez sentir uma culpa descomunal. Eu que havia tirado a coberta da bolsa.

- Me desculpe… eu não sabia… — Desculpei-me, puxando a manta de cima dele.

Ele sorriu de canto, negando levemente.

- Relaxa... apenas cuida de mim…

Suspirei em deleite.

- Não tem vergonha de se aproveitar disso, Styles…? — Perguntei com um sorriso.

- Nem um pouco...

Me curvei um pouco para ele e selei sua testa, acariciando sua bochecha.

Aquela estrada nunca pareceu tão interminável como naquela segunda... havia um intenso movimento de carros, um oceano de veículos. E a fome que estávamos após mais de dez horas sem olhar para comida, incitava ainda mais aquela demora.  

Após longos minutos, o caminhão de reboque cruzou os portões da mansão, me trazendo uma sensação de segurança e alívio.

Afobados, quase nem esperamos os cabos arrastarem o carro para fora da plataforma, e já descemos.

Vi Harry agradecer e pagar pelo serviço, antes de me acompanhar.

Abrimos a porta de entrada e encontramos Anne e o pequeno Dy parados na sala, diante de nós.

- Daddy! — Ele correu desesperadamente na direção do pai, que o segurou em seus braços e o apertou, plenamente aliviado.

A expressão no rosto de Anne foi de alívio também e ela se aproximou de mim conferindo se eu estava machucada e logo depois partiu para o filho. Ela acariciou o rosto dele e recomeçou a inspeção por todo o seu corpo.

- O que aconteceu?? — Ela o abraçou fortemente. — Eu liguei para vocês... liguei para o pai da Kath, para o Liam, para o Zayn, mas ninguém sabia de vocês! Nem nada de vocês aparecerem! Eu liguei até para a polícia, Harry!

- Nós...

- Me deixe terminar! — Engoli seco, abraçando Andy, que agarrou-se em meu pescoço, com saudades. — Eu tive tanto medo! Você tem ideia de como me deixou? Vocês foram embora do cartório às sete da noite! Já são nove horas da manhã!

- Mãezinha, me escuta… — Ele tentou acalmá-la, segurando as mãos dela entre as suas. — O pneu do carro estourou… o meu celular não tinha sinal, não havia uma pessoa passando na rua. Eu não pude fazer nada, me desculpa... — Ela o acariciou na bochecha. — Nós estamos bem... — Confirmei com a cabeça.

- Deus… — Ela passou a mão pelo rosto, respirando fundo. — Está bem… vocês devem estar cansados e com fome… vão comer alguma coisa…

Ele a beijou na testa e me pegou pela mão, indo até a cozinha.

- Por que Andy não foi para a escola...? — Ele cochichou para Anastacia, puxando a cadeira para que eu me sentasse.

- Ele estava muito preocupado com o senhor… quase não dormiu...

- Daddy! Daddy! — O pequeno apareceu eufórico na cozinha. — Eu posso ficar aqui também com vocês…?

- Claro, amor — Ele o chamou para o seu colo e assim Andy sentou em suas pernas, deitando a cabecinha em seu ombro.

Com toda a comida na mesa, Harry e eu começamos a nos servir em abundância. Ele dividia seu café com Andy, dando tudo em sua boca primeiro.

- Daddy… onde o senhor estava ontem a noite…? — Perguntou-o baixinho.

- Em uma aventura e tanto... — Ele piscou um dos olhos para mim, sorrindo de canto.

Só abaixei a cabeça, corando.

- E o que vocês fizeram…??

- Acampamos…

 

Foi quase isso mesmo…

 

- Teve fogueira, pai??

- Teve sim… — Disse assentindo, limpando a boca com um guardanapo logo depois. — Agora vamos — O pequeno ganhou um apertão no nariz. — Quem sabe ainda dê tempo de te levar para a escola

- Ahh… a escola, daddy…? — Choramingou ele.

- A escola sim… — Andy armou um enorme bico em seus lábios. — Agradeço ter se preocupado comigo… mas agora que você viu que eu estou bem não há mais razões para não ir

- Mas eu queria ficar com o senhor e a Kath… — Lamuriou, deixando que seus dedinhos se embrenhassem nos cachos do pai, que apenas sorria.

- Mais tarde nós dois seremos só seu, meu amor... — Me mantive fora da discussão ou sobraria para mim. — Vamos…? — Ele abaixou-se para beijar a testinha dele. — Por favor...? — Suspirei em silêncio, e quando desviei meu olhar para Harry, o vi com o mesmo bico que Andy.

Apesar de insatisfeito e desgostoso, logo o pequeno se rendeu ao pedido.

- Tá bem… eu vou pegar a minha mochila… — Ele saiu da cozinha, consumido por tais palavras.

Inspirei fundo, buscando o domínio das minhas emoções.

- Como você consegue…? — Minha voz soou um tanto abafada. — Com aquela carinha eu não conseguiria dizer um não para ele — Confessei-o.

- Isso que me preocupa…

Acabei rindo, ao revirar os olhos.

- Ah, cala a boca, Styles — Ele sorriu e então suspirou fundo.

- Também é difícil pra mim… sabe...? Mas eu tenho que ser firme com ele... — Assenti, compreendendo-o. — Ele já é mimado por todas as pessoas que o cercam, por causa da ausência da mãe, e acabou sobrando pra mim assumir o papel do carrasco… — Lamentou-se.

- Não diga isso… ele te venera... — Rebati calmamente. — Ele te ama muito...

- É… — Ele deu de ombros. — Mas as vezes eu queria, sabe? Dizer que ele pode comer biscoito de chocolate antes do jantar…

- Então diga uma vez na vida… — Ele me olhou, pressionando o lábio inferior entre os dentes. — Você não deixará de ser o pai respeitado que é se fizer isso… as vezes, mesmo como pai, é preciso ser flexível, tolerante…

- Acha que sou muito duro com ele…? — Quis saber minha opinião.

- Não… — Neguei veemente, arrancando-o um sorriso de canto. — Acho que você é perfeito… — Qualquer um poderia ver que as suas bochechas coraram. — Como pai — Acrescentei rapidamente, desviando o olhar dos seus intensos olhos verdes.

- Hey… — Sua voz macia chamou a minha atenção e eu calmamente levantei a cabeça. — Obrigado… — Sorrimos um para o outro ternamente e de repente ele teve um sobressalto, me olhando com os olhos arregalados e atentos.

- Caralho, o casamento é hoje!

Não consegui nem engasgar com a saliva.

Ele levantou-se em um salto, parecendo desconcertado com algo.

- Você está bem…? — Perguntei confusa, vendo-o andar de um lado para o outro na cozinha.

- Você tem que ter o seu dia de noiva… — Ergui da cadeira, me aproximando dele. Ele estava pirando. — Spa, massagem, a prova do vestido, a organização da — Me inclinei para frente e grudei nossos lábios.

Suas mãos rodearam minha cintura, mas ele impediu que eu aprofundasse o selinho.

Soltei seus lábios, confusa, e sua testa grudou-se a minha.

- Eu quero muito isso... mas não quero que o nosso primeiro beijo seja com o meu bafo matinal

Eu apenas ri da sua preocupação.

- Para de ser bobo…

- Não… — Ele afastou-se realmente encucado com isso. — Eu vou subir agora, tomar um banho, escovar os dentes, ficar perfumado, e depois… se você quiser mais beijos… eu te dou, tá...? — Ele sorriu lascivamente, presunçoso como nascera.

- Larga de ser convencido, Styles…! — Tentei tapeá-lo nos ombros.

Ele apenas me puxou para mais perto e tirou o meu cabelo do rosto.

- Vou torcer que você queira me beijar… — Ele sussurrou no meu ouvido e eu senti meu rosto esquentar de vergonha.

Ele beijou a minha bochecha corada e desceu até minha boca me dando mais um gracioso selinho.

- Estou atrapalhando alguma coisa aqui...?

Viramos prontamente na direção da voz, era Alyssa. E ela não parecia nada feliz.

- O que raios você está fazendo aqui…?! — Rosnou ele, assumindo uma expressão totalmente fechada.

- Eu vim ver Andy. — O respondeu pacífica.

Harry soltou uma risada maldosa.

- Não sabe que ele estuda de manhã...? — Ela não respondeu. Pareceu perder a fala. — Ah, é claro que não lembra... — Soou irônico. — Você não dá a mínima para ele! — Pus minha mão em seu peito para detê-lo, já pressentindo uma briga.

- Como se atreve a colocar à prova o meu amor e preocupação por Andy...? — Não soube identificar se seu tom fora de dissimulação ou um descontentamento sincero.

- Você mesma faz isso todos os dias, pelo amor de Deus! Você não liga pro seu filho! — Esbravejou ele, ficando ainda mais irritado.

- Parem com isso — Preocupei-me subitamente. — Ele pode ouvir...!

- Você não sabe o quanto ele é importante para mim, Harry! Ele é o meu único filho!

- ENTÃO MOSTRA, CARALHO! — Gritou ele.

- Harry — O chamei. — Já chega...

- Não — Ele se voltou para mim. — Não chega, porra! — Suspirei inquieta. — Quantas vezes Andy foi até a minha cama chorando perguntar onde ela estava e se ela o amava?! Quantas vezes ela não esteve no aniversário dele ou em nossos natais porque o trocou por testes idiotas de filmes que ela nunca participou?!

Lágrimas ameaçaram cair dos olhos dela, mas ela se manteve firme.

- Você só ama a si mesma, Alyssa, e só se importa consigo! Eu quero que fique longe do meu filho mesmo que no começo ele sofra com isso — Ele não estava mais raciocinando direito. Como ele poderia pedir isso...? — Você pode recuperar as coisas que perdeu, mas nunca as que abandonou!

- Eu nunca vou me afastar dele… você não vai conseguir isso! — Ele deu um passo a frente, deixando seu rosto bem próximo ao dela.

- Você destruiu o nosso lar, a base que estávamos construindo a nossa família, os nossos sonhos, e não vou permitir que destrua a razão do meu sorriso, entendeu?!

- Eu já disse que não vou me afastar dele! — Ela o disse com mais força, esmurrando seus ombros, berrando que o odiava.

Decidi intervir antes que fosse tarde demais.

- JÁ CHEGA VOCÊS!

E finalmente os dois se calaram.

Harry permaneceu com o maxilar travado e uma veia tremia em sua têmpora.

Quis chorar, mas me segurei...

Odeio o quanto o amo... e não suporto o quanto ele a ama ainda...

- Sabe qual é o seu problema, Styles…? — Ela o disse, desafiante, mas com menos intensidade — Você nunca me esqueceu e me odeia por ter ido embora. — Senti meu estômago embrulhar, o meu coração ficou apertado. Ela poderia está certa... — Você me odeia não por ter abandonado Andy... e sim por ter abandonado você!

Ele sustentou o olhar irado nela.

- Cala a boca… — Rosnou-lhe ao dizer.

- Acha mesmo que toda essa farsa de casamento vai fazer com que se esqueça de mim...? — Engoli seco, ao baixar os olhos.

- Eu não estou com ela por sua causa! — Sua voz nunca me pareceu tão profunda.

- Você não está realmente com ela e nós dois sabemos disso — O olhei em silêncio.

- Estou, e é com ela que eu quero ficar! — Ouvi o palpitar do meu coração em meus ouvidos de tão forte que ele bateu. — Eu não quero mais nada com você, Alyssa, ENTENDE ISSO DE UMA VEZ!

- Daddy…? Mamãe…? — Ouvimos Andy chegar na cozinha.

- Andy… — Alyssa sorriu levemente para ele.

Harry respirou fundo e afastou-se quando os dois se abraçaram. Parecia que ele estava a ponto de explodir, sem saber se sentia agonia ou alívio por vê-los juntos.

- Mãe, sabia que a Kath agora é minha segunda mamãe...? — Sorri apaixonada por ele. — Eu estou muito animado!

- É… eu já sabia, Andy… — Ela sorriu suavemente para ele e me olhou com o mesmo sorriso de canto.

- Você não disse que tinha um compromisso importante, Alyssa...? — Harry soou descortês, quase trincando os dentes.

O clima pesado e sufocante pareceu sumcumbir a moça, que o encarou, sabendo que não era bem-vinda por ele.

- Bom, só vim te dar um beijo — Ela disse beijando o rosto do filho. — Preciso ir — O pequeno assentiu e deu um beijo estalado em seu rosto junto a um abraço.

Me torturava internamente, não era justo que Andy pagasse por uma briga que sempre seria entre os pais.

-  Até mais, Harry. — Ela disse com o olhar indiferente, como se mal o conhecesse.

- Adeus. — Ele disse seco, abraçando Andy que aproximou-se deles.

Ela moveu os olhos para mim e eu engoli em seco.

- Me perdoe toda essa confusão. O meu problema não é com você, é com ele. — Sussurrou-me antes de virar as costas e ir.

É difícil descrever os sentimentos que tive… de alguma forma, algo dentro do meu coração me dizia que talvez ela não fosse a melhor mãe desse mundo, mas era uma boa pessoa. Talvez egoísta, fria e distante, mas até pessoas de bem têm defeitos assim.

Senti os fios macios do cabelo de Harry encostarem na minha bochecha, enquanto ele deitava a cabeça no meu ombro.

- Preciso do seu beijo agora… — Ele sussurrou baixinho.

Reuni toda a força de vontade que tinha e o empurrei levemente, olhando em seus olhos, me tornando firme.

-  Não posso ser o seu step — Só estávamos eu e ele na cozinha. — Você ainda a ama, eu vi isso hoje — Ele me olhou sem conseguir acreditar.

- Que loucura está dizendo…?

- Para de negar isso a si mesmo… — Eu sentia uma dor agonizante ao dizer. — Você precisa admitir para que isso possa finalmente ir…

- Você não pode estar falando sério…! — Ele disse com um olhar profundamente sentido. — Eu odeio aquela garota! Não a suporto por perto!

- O amor está mais perto do ódio do que a gente geralmente supõe… — Meus lábios tremiam ao prender o choro. Era duro perceber seus reais sentimentos...

- Mas o ódio tem melhor memória do que o amor. — Rebateu, sustentando o olhar no meu. — Nada do que vivi de bom com ela vale o que de mal ela causou ao Andy… — Meu coração doeu mais ainda. — Eu sempre estive lá, ao lado dela, crescemos juntos, amadurecemos juntos, eu sempre estive lá secando suas lágrimas e apagando da minha mente todos os seus deslizes. Não havia nada que eu não fosse capaz de fazer para vê-la feliz. Eu a amava, mas ela só precisava de mim. Ela me encheu de promessas, me fez feliz, ela me deu tudo aquilo de melhor e tudo aquilo de ruim que alguém poderia dar, mas todas as suas promessas foram farsas, com ela eu sofri as piores traições que alguém poderia sofrer. Ela transformou nosso conto de fadas em um conto de terror cheio de mágoas e um poço de decepções e intermináveis ressentimentos. A única coisa que restou entre a gente foi Andy e cinco anos de desentendimentos. — Suas mãos envolveram a minha cintura, me trazendo para junto dele. — Tudo tem um limite, Kathleen, e no meu com Alyssa, as coisas já chegaram a gota d’água. Mas se você casar comigo acreditando que eu amo outra, eu desisto desse casamento agora.

Meu coração nunca acelerou tanto dentro do peito.

Havia muitas razões para duvidar e uma só para crer:

Seus olhos... submersos em verdade e sentimentos.


 


 

Harry

 

Eu precisava fazer urgentemente com que ela acreditasse em mim.

Em um momento em que eu não estava procurando nada, muito menos alguém, encontrei-a, que me fez sentir um desejo de amar e ser amado novamente. Como já disse um poeta, ‘’o amor tem razões que a própria razão desconhece’’, quis o destino nos colocar juntos no mesmo tempo e espaço, e com um toc toc abrimos a porta do nosso coração um para o outro.

Mas é sempre assim… quando eu começo a gostar da pessoa, ela se afasta.

- Eu acredito em você...

Adoraria dizer que me senti aliviado, mas não, eu só senti mais medo. Isso significava que estávamos nos comprometendo um com o outro emocionalmente...?

- O que isso quer dizer…? — Perguntei-a, sentindo algo esquentando meu coração.

Ela ficou sem palavras, mas vi seu sorriso abrindo lentamente, envergonhado.

Seu olhar revelava todos os segredos que sua alma queria expressar...

- ...quer me dizer alguma coisa agora…? — Acariciei seu rosto, olhando em seus olhos ao incitá-la.

Ela me olhou sorrindo, também acariciando o meu rosto, me causando arrepios bons.

- Você primeiro…? — Sorri de volta.

- Eu…? — Me fingi de desentendido. — E por acaso tenho alguma coisa a dizer…? — Eu disse só para provocá-la.

- Harry! — Ela apertou meu nariz e eu ri enfraquecidamente.

- Okay! Os dois ao mesmo tempo...? — Ela me soltou rapidinho. — Assim não corre o risco de nenhum dizer primeiro... Somos orgulhosos — Ela apenas assentiu com a cabeça. — Então no três… — Abri um sorriso aproximando meu rosto do seu. — 1… — Continuei aproximando nossos rostos, encarando seus lábios. — 2…

Fomos interrompidos pelos chamados da minha mãe pela casa.

- Daddy, Daddy, a vovó Anne tem uma surpresa pra Kath! — Andy entrou eufórico pela cozinha em seguida.

- Ah, desculpa. Eu atrapalhei alguma coisa...? — Minha mãe perguntou ao ver que estávamos comprometedoramente próximos.

- Não, nada... — Respondi coçando a nuca. — Mas e aí, que surpresa é essa... mãe?

- Providenciei o dia de noiva perfeito para a minha nora querida! — Ergui uma sobrancelha para ela, enquanto absorvia a notícia.

- Já quer levá-la para longe de mim...?

- É só o dia da noiva, meu bem, terão a vida inteira pela frente juntos…!

Kathleen abraçou minha cintura e me deu um selinho amoroso, derretendo-me por dentro.

Muito melhor que um beijo dado e esperado, é um beijo roubado de repente...

- Que foi…? — Ela perguntou em sussurro e eu só sentia as minhas bochechas em chamas.

- Nada… — Droga, estou me apaixonando por ela…

 

Droga, droga, droga!

 

- Vamos, querida?

 

Já…?

 

Kathleen assentiu para minha mãe.

- Até mais tarde... — Ela se inclinou para me dar mais um selinho, saindo logo em seguida, me deixando com o coração arrebatado e alvoroçado.

Passei a mão por meu cabelo levando alguns fios para trás...

 

Mas que enrascada você se meteu, Styles…

 

Um sorriso surgiu involuntariamente em meus lábios...

Ah, se o coração tivesse mãos para dar uns tapas na cara da gente… eu estaria levando uma surra gigantesca…

Não saberia explicar o que passava dentro de mim, mas era bom demais. Extremamente bom...

Senti uma cutucada na perna e percebi que era Andy.

- Daddy…?

- Hm…? — Olhei-o repentinamente.

- Por que o senhor está com essa cara engraçada…? — Murmurou-me em câmera lenta.

- Que cara, amor?

- De bobo… — Disse receoso, encarando os próprios pés.

Ri em resposta.

- Não é nada, seu sapequinho... — Peguei-o no colo, ele riu. — O que acha de desenhar um pouco já que escapou tão sorrateiramente da escola hoje...? — Ele riu de novo.

- Mas eu não sei o que é sorrateilomente, papai — Ele acaba comigo.

Mordi suas bochechas, apertando-o cada vez mais em meus braços.

- Daaaddy eu tô sufocaando! — Ele me empurrava para trás, mas sua cabeça estava presa em minha mão.

- Não consigo... — Murmurei entre os beijos. — Não quero...

- NANA, SOCOORRO! — Ele gritou, mas estava gostando.

Anastacia veio correndo, mas suspirou de alívio quando chegou à cozinha.

Ele pulou dos meus braços para o dela, soltando o ar ruidosamente pelo nariz.

Inspirei, tentando recompor-me, me sentindo tão ofegante quanto ele. Dei um beijo em sua testa e depois saí da cozinha indo para o andar de cima.

Sorri comigo mesmo ao lembrar dos últimos acontecimentos com ela… como a sua mudança carinhosa comigo… a nossa noite juntos no meu carro… ela com ciúmes da Alyssa…

Não era para eu estar feliz com isso, mas eu estava sim... eu estava radiante...! 

Não devia me sentir dessa forma, eu tinha me envolvido demais com ela. Nosso relacionamento deveria ser apenas uma fachada e jamais passar disso.

- Raios… — Resmunguei sozinho.

Girei a válvula da torneira e joguei um pouco de água fria no rosto.

- Eu preciso retomar o meu eixo e rápido... — Murmurei baixo, caçoando da minha situação.

Entrei no box do banheiro e tomei um banho longo e quente para em seguida me jogar sobre a cama, em cima de alguns travesseiros.

Deitado com as costas no colchão, eu me perdia no teto branco do quarto.

Como que fui dormir ontem totalmente seguro de mim e amanheci hoje totalmente na dela…?

Parecia haver uma overdose de sua essência em mim, que me destroçava e me colocava inteiramente aos seus pés…

Porém, ainda que esteja nessas condições... não via motivos para me desesperar...

Eu podia impedir meus sentimentos.

Fechei os olhos por alguns instantes e pegar no sono foi fácil… difícil foi parar de pensar nela mesmo assim.



 

                                                       Algumas horas depois...



 

 

Todo o céu de Carlisle estava em tons de rosa e laranja, pois era fim de tarde.

Eu já estava em pé no altar de mão dada com Andy, e assistia muitos convidados chegando, inclusive minha mãe, que até então estava com a Kathleen desde o período da manhã.

Senti meu corpo formigar com tamanho nervosismo. Meus olhos sobressaiam quase saltando da face esperando que Kathleen cruzasse também os portões da igreja.

Minha mãe se aproximou de mim prontamente e anunciou-me sorridente:  

- Ela chegou!

- Então por que ela não está entrando…? — Cocei a testa, impaciente.

- Ora, acalme-se, querido, ela só precisou ir ao banheiro — Respirei fundo e continuei alisando os dedos de Andy com meu polegar, freneticamente. — Está nervoso…?

- Estou tremendo… — Confessei ao morder os lábios, meu peito parecia estar sufocando.

- Ela está do mesmo jeito... — Disse sorrindo. Isso me confortou muito... — Vou falar com os seus tios — Assenti, mordendo o lábio inferior.

Vi que a igreja já estava superlotada e ainda faltavam convidados a chegar.

De repente senti uma gélida sensação de arrepio subindo pela minha espinha. Eu estava com um pressentimento ruim...

- Pai, olha!

Olhei na direção que ele apontou e vi uma bola avermelhada se abrindo atrás do altar da igreja.

 

Kathleen…

 

Peguei Andy nos braços e corri para fora da igreja pedindo que todos saíssem imediatamente pois havia fogo!

- Saiam rápido daqui!

Como ninguém pareceu enxergar que por cima do altar uma sinistra névoa estava se alastrando?!

A maioria tentou fugir pelo mesmo ponto onde entrara, em uma reação instintiva, o que logo tornou-se um caos. Muitos amontoaram-se uns sobre os outros, outros escalaram os bancos de madeira e caíram, sendo atropelados pelos que vinham atrás.

Parecia um efeito dominó ou o estouro de uma boiada, eu mesmo quase fui derrubado pelas pessoas, mas tive a sorte de ser arrastado para fora pela multidão.

- Daddy cadê a Kath…? — Lamuriou Andy, chorando em meu ombro.

- Vai dá tudo certo, meu amor… — Sussurrei-lhe ofegante, sentindo-o me abraçar mais forte.

A gente nunca imagina que coisas assim acontecem de verdade... não com a gente…

Todo o lugar se transformou em um palco de horrores… com sirenes soando, pessoas correndo e gritando, um empurra empurra insano e o meu desespero só aumentando ao pensar que a Kathleen ainda estava lá dentro. Uma vontade de chorar se instalou em mim, meu corpo inteiro tremia, mas só poderia fazer alguma coisa para resgatá-la quando deixasse Andy em um lugar seguro.

Vários bombeiros lançavam jatos d’água diretamente sobre o fogo, em três linhas para o alto, com esguichos regulados como duchas.

Com os olhos marejados, olhei para todos os lados, exasperado, procurando a minha mãe ou Anastacia por entre as pessoas transtornadas.

No caminho encontrei Liam, que disse ter visto minha mãe com Anastacia e os meus tios, perto da avenida.      

- Cuida dele pra mim, por favor...! — Pedi entregando-o Andy.

- Aonde você vai?? — Perguntou receoso.

- Vou atrás dela... ela ficou dentro da igreja…! — Proferi angustiado e os olhos dele se arregalaram.

 Cravei meu olhar no dele profundamente, sentindo o coração doer em antecedência.

- Se alguma coisa acontecer comigo, Liam… quero que você cuide do Andy — Ele me olhava com os olhos esbugalhados, como se não soubesse o que fazer. — Me promete! Me promete que você vai cuidar dele junto com a minha mãe...! — Ele assentia repetidamente.

Beijei a cabecinha de Andy, sentindo uma enorme queimação na garganta.

Comecei a correr o mais rápido que pude até os fundos da igreja e antes que pudesse adrentá-la de supetão, senti mãos segurarem meus ombros com força fazendo com que eu parasse de correr repentinamente.

- O senhor não pode ficar aqui. Afaste-se — Impediu-me um dos bombeiros.

- Eu preciso entrar agora! — Ele tentou novamente me barrar.

- Filho! — Olhei para a minha mãe, ela estava trêmula de um jeito que nunca vi antes. — O que está fazendo...? Por Deus!

- Eu não posso abandoná-la… — Eu não teria coragem, não iria conseguir…  

- Deixe que os profissionais façam isso por você… por favor...  — Ela disse tentando manter a calma e me acalmar de modo consequente.

- Não… — Neguei veemente.

Ela tinha os olhos esbugalhados, cheios de lágrimas e balançava a cabeça em negação, como se dissesse ‘’Não entre, por favor!’’

- Me perdoa, mãe... — Ela chorava sem conseguir conformar-se.

Vi Liam chegando com Andy junto a muitos curiosos, e vê-lo a salvo, só me deu mais força para resgatar Kath. Aquilo era todo o seu sonho indo embora... Uma família de verdade!

- Papai! — Andy estendeu-me os bracinhos, seus olhinhos verdes pareciam muito assustados.

- Eu volto logo, meu amor... — Abracei-o forte, enquanto ele mexia em meu cabelo, beijando a minha bochecha. — Eu te amo…

Meu coração quase quebrou com a visão do choro dele por mim...

A chance de sair bem e ileso daquelas chamas era só de 1%, mas já me era o bastante. Eu sou assim mesmo, se gosto, faço tudo para proteger. 

Um estrondo enorme anunciou a queda de parte do telhado da igreja, que arriou por completo.

Em questão de segundos, tentei ultrapassar mais uma vez a barreira de bombeiros, desesperado, mas novamente fui imobilizado pelos ombros e tentei inutilmente me soltar.

- O senhor precisa colaborar

- É A MINHA ESPOSA QUE TÁ LÁ DENTRO!!! — Me debati em seus braços.

- Eu sei disso, mas peço que acalme-se — Eu estava compreensivelmente fora de mim. — Alguns de nossos homens já entraram, já estamos providenciando o resgate — Disse o bombeiro chefe.

De repente, com a mesma rapidez das chamas se propagando pelo resto do telhado, me soltei de seus braços e corri bruscamente para o interior da igreja em chamas.

- FILHO/DADDY, NÃO!

Era a minha mãe, aos gritos, junto a Andy.

 


Notas Finais


→ Y como que a Kath ainda pode achar que ele não a ama…?

→ Será que vai ter final feliz…? Confesso que até eu estou tensa, ainda não pensei na continuação… x.x

→ Mas de uma coisa agora temos certeza: um noivo nunca deve ver a noiva usando o vestido antes do momento da cerimônia. Com Karry deu muito azar ╥﹏╥

→ Me contem tudo o que acharam ❤️

→ ❤️❤️❤️ Música tema do casal Karry: https://www.youtube.com/watch?v=mv47k0o9h9I❤️❤️❤️
Tradução: https://www.letras.mus.br/sin-bandera/3199/traducao.html


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...