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História A Esperança de uma Família Melhor (Bakudeku-Katsudeku - ABO) - Um Voto de Confiança


Escrita por: Loba_16

Notas do Autor


Olá pessoal
Desculpe por estar mandando a essa horas mas os outros dias até segunda a tarde vai ser difícil postar algo, vou viajar então é aquilo né
Internet falta ^^)"
Bem eu tenho um motivo para ter atraso todos os planos que tinha até o dia 20 desse mês e ferrar um pouco do meu calendário, talvez não tenha um especial de natal/ano novo dessa vez de novo mas a one fica pra eu terminar em janeiro qualquer coisa
Como sei que se eu começar a me explicar aqui vai vir um texto enorme então vou deixar vocês lerem a nas notas finais eu conto, então para quem quiser saber o motivo do meu atraso leia lá, que não bem eu não posso fazer nada além de dizer
Boa leitura ^-^ e boa madrugada
Feliz véspera de Natal a todos e feliz Natal também a vocês 🎄🧡💚🎄

Capítulo 25 - Um Voto de Confiança


Izuku estava respirando com dificuldade e sentia as lágrimas escorrendo por suas bochechas enquanto soltava sua bicicleta rapidamente no pequeno estacionamento que tinha lá para elas não se preocupado de acorrentar ela somente focado em correr até a sala da direção, o suor e as lágrimas escorriam demais por sua pele e seu cheiro deveria ser um caos porque uma moça com cabelos negros ostentando um grande rabo de cavalo arregalou os olhos para ele quando viu ele correndo até os corredores da escola 


A mulher se aproximou de Izuku esticando os braços para ficar na frente dele como uma prevenção para que ele não fosse cair quando ele pareceu tão vacilante e choroso e ao ver ele ficando sem ar de tanto correr ela realmente ficou preocupada com a situação, o esverdeado estava tão preocupado e nervoso que nem percebeu que a mulher à sua frente era uma alfa 


– Enfermaria... a diretora Melissa... ela ligou... preciso ir! 


Tentava explicar Izuku a cada baforada de ar mas a mulher de cabelos negros arregalou os olhos em realização com o pouco que entendeu da fala do ômega a sua frente 


– Você deve ser parente daquele garoto então! 


Comentou a morena e enquanto Izuku tentava respirar fundo olhando em volta procurando alguma placa com o nome “Diretoria” mas estava sem sorte e metade dessa falta de sorte devia ser pelo seu raciocínio estar bem baixo pelo desespero atual que estava passando por querer saber o estado de seu filho 


– Eu posso te levar até lá, me chamo Momo Yaoyorozu e sou uma das professoras daqui me acompanhe por favor! 


Se apresentou Momo e esticou o braço direito em direção ao corredor e Izuku concordou acenando com a cabeça caminhando ao lado da morena, pondo a mão na mochila que estava com a alça em seu ombro ele começou a torcer a alça pelo nervoso que sentia 


Momo escolheu ficar calada já que viu o quão nervoso o ômega estava, ela tinha sido chamada por Katsuki para pegar as bolsas de Eri, a bolsa dele e as coisas do garoto que foi levado às pressas para a enfermaria enquanto Melissa perguntava a ela ou Kirishima qual dos dois poderia ficar sendo o professor substituto de hoje e mesmo que a morena quisesse dar aula para sua filha em aula hoje ela preferiu deixar esse papel para o ruivo já que ela tinha algumas atividades que queria terminar de arrumar para passar mais tempo essa semana com sua filha antes que o pai dela a fosse buscar para trocarem as semanas novamente 


Ela estava indo para casa quando sentiu o forte cheiro de ômega repleto de angustia e preocupação então ela decidiu ir rapidamente o deixar na sala de Melissa para que pudesse ir embora fazer o prato favorito dela 


– É essa sala aqui senhor! 


Apontou Momo ao chegarem na porta da sala, o esverdeado respirou tentando se acalmar passando as mãos nas bochechas para afastar as lágrimas enquanto respirava fundo 


– Obrigado senhora! 


Agradeceu Izuku olhando para a morena vendo ela acenar e depois ele bateu na porta ouvindo um pequeno “entre” de dentro da sala sendo assim Izuku respirou fundo uma última vez antes de abrir a porta e entrar 


Lá sentada na cadeira grande atrás da mesa estava Melissa, ele reconheceu o professor Katsuki sentado em uma das cadeiras próximas à mesa enquanto ao lado dele numa cadeira de rodas estava um garoto com cabelos espetados escuros com a expressão fechada mas não parecia ser de raiva e do lado do loiro estava sentada uma senhorinha de cabelos brancos com rosto levemente enrugado e ao entrar ele foi surpreendido com fortes bracinhos agarrando sua perna e ao olhar para baixo ele viu um cabelo branco bem conhecido 


– Tio Izuku você chegou! 


Falou Eri olhando para cima com o rosto meio vermelho indicando que ela devia ter chorado a um tempo e Izuku sentiu seu lábio tremer ao ver sua sobrinha tristonha o deixando ainda mais angustiado já que ele sabia o quão apegada a Fuyuki ela era 


– Ei pequena! 


Disse Izuku se agachando para ficar na altura dela vendo o rostinho tristonho dela, ele a abraçou sentindo ela apertar fortemente seu pescoço e ele pegou esse tempinho para receber e ao mesmo tempo dar um pouco de conforto para Eri 


Esse tempinho foi interrompido com o som de um arrastar de cadeira atraiu a atenção de Izuku novamente para Melissa, a expressão dela parecia um pouco abalada ela olhava com um pequeno sorriso tentando passar algum tipo de conforto para ele 


– Bom dia de novo senhor Midoriya! 


Disse a loira soando meio despreocupada como se eles só estivessem falando sobre uma situação casual de seu filho mas essa calmaria não atingiu Izuku de maneira alguma enquanto o esverdeado se sentia mais e mais preocupado 


O lugar tinha um cheiro neutro demais e o cheiro persistente de álcool, que nem um hospital, não o deixava se concentrar o bastante para que procurasse sentir o leve aroma de Fuyuki o deixando assim meio paranoico sobre onde seu filho estaria 


Notando a postura preocupada do esverdeado Melissa tentou melhorar sua abordagem 


– Eu queria que tivéssemos uma conversa em particular, mas Chio é a enfermeira escolar que precisa conversar conosco e o senhor Katsuki é o professor do próprio Fuyuki e precisa ficar aqui para saber o que aconteceu com o aluno, Kota e Eri não precisam estar aqui dentro em especifico então se você quiser eles podem sair daqui, os pais de Eri mesmo estão vindo busca-la logo e Kota é o filho do Katsuki então eles podem esperar na enfermaria sem problemas! 


Explicou a loira esticando uma das mãos para cada pessoa que ela citava e Izuku lançava um olhar rápido para cada pessoa citada, ele não queria muitas pessoas na sala e imaginou que só estaria falando com Melissa e a enfermeira no máximo e fez o possível para se acalmar com o alfa loiro na sala se lembrando que ele se mostrou bem próximo de seu filho nesses míseros dois dias de aula, entendendo que ele poderia querer saber do problema 


Engolindo em seco ele se voltou para Melissa novamente, agora se levantando com a mão nos cabelos brancos de Eri como um leve cafune para a tranquilizar do melhor jeito que conseguia 


– Eu acho melhor as crianças esperarem na enfermaria! 


Falou o esverdeado com receio olhando para o rostinho meio angustiado de Eri, antes que Melissa falasse algo algumas batidas na porta foram ouvidas 


– Entre! 


Liberou Melissa e a mesma mulher morena que guiou Izuku aqui apareceu olhando com receio para dentro 


– O senhor Tamaki está na secretaria, disse que veio buscar a Eri! 


Explicou ela com a voz baixa e cansada, Izuku suspirou meio aliviado com a chegada de Tamaki mas entendeu que para Mirio não estar junto ele devia estar no trabalho agora e o outro estaria meio nervoso de entrar na escola atrás da filha 


Eri deu a Izuku um olhar triste e magoado mas ele podia ver ela menos tensa que antes com a menção de seu pai ômega, então se abaixando de novo trocando um abraço rápido e simples com Eri ele viu ela pegar sua mochila com Katsuki se despedindo do loiro e de Kota antes de sair para enfim a porta se fechar novamente 


Katsuki aproveitou o momento se levantando e abrindo a porta ao lado que Izuku pode ver que dava para a sala de Chio fazendo com que o aroma de álcool ficasse mais forte, Kota olhou levemente para Izuku e depois começou a direcionar sua cadeira para a sala com a expressão meio tenta ele ouviu um cochicho rápido entre Katsuki e o garoto para então Katsuki fechar a porta se direcionando novamente para a cadeira e se sentar, pelo pouco tempo que a porta ficou aberta ele pode sentir o leve aroma que Fuyuki exalava quando dormia mesmo não tendo algo característico dele mesmo tinha um pouco do aroma de Izuku nele então não foi difícil sentir


– Pronto, agora se o senhor puder se sentar nós podemos conversar sei que quer ver seu filho o quanto antes mas Chio me deu garantia que ele este bem e achamos melhor o senhor esperar para que possamos conversar antes que acabe ainda mais preocupado com ele! 


Disse Melissa e Izuku quase que a ignorou para ir para a enfermaria mas sabia que se fosse agora ele poderia simplesmente travar ali e não se concentrar em nada da conversa com a diretora, aceitando isso por hora ele finalmente se mexeu mais na sala se sentando na cadeira de frente para a mesa da loira optando por sentar na cadeira mais distante de Chio e Katsuki e puxando ela um pouco para conseguir olhar para ambos por sua visão periférica, ele poderia estar meio nervoso com o alfa na sala mas ele preferia avistar o alfa do que correr risco de o deixar em seu ponto cego mesmo sabendo que ele não faria nada consigo ali, era uma sensação que ele não poderia evitar 


– Primeiro de tudo obrigada por vir com tanta pressa, fiquei preocupada quando não vi muitos números de emergência na fixa do Fuyuki além do seu como o responsável! 


Falou Melissa vendo Izuku parecer mais focado e abalado com a fala dela 


– É... os avos dele estão quase sempre viajando então não tinha porque colocar eles como número de emergência e os tios dele já tem muito a se preocupar com o trabalho e com a Eri, então achei melhor e mais prático o meu contato ser o único emergencial e do lugar que eu trabalho caso eu não esteja com o celular! 


Explicou Izuku do melhor jeito que podia, ele sabia que poderia ter posto o contato de Ochaco ou de Mirio nesse caso mas ela era a chefe do próprio trabalho e seria meio injusto com ela já que mesmo que ela o avisasse isso poderia interferir a concentração do trabalho e Mirio já tinha suas preocupações com seu trabalho como policial e imaginar ele recebendo ligações da escola poderiam fazer ele surtar pensando que seria sobre Eri, não queria essas preocupações em seus amigos e familiares afinal ele não via problema em ser o único contato para as situações de seu filho 


– Entendo, fico feliz do senhor estar bem disponível para isso mas vamos ao motivo de eu ter chamado o senhor hoje! 


Disse Melissa abrindo a paste que tinha deixado em sua mesa, sendo essa as fichas das crianças, pegando a ficha de Fuyuki que tinha lido para Chio e Katsuki a um tempo atrás e fechando novamente a pasta 


– Senhor Midoriya pela carta que o senhor enviou junto a matricula do Fuyuki e também graças a esse atestado médico o senhor já deve entender porque o chamei aqui certo!? 


Falou a loira e Izuku suspirou abaixando os ombros, ele queria poder negar a meia afirmação dela mas ele mesmo já estava esperando um desses encontros cedo ou tarde graças à condição de Fuyuki mas ele seriamente esperava que pelo menos a primeira semana de aula fosse passada sem tantos problemas para seu pequeno 


Nenhum dos médicos da cidade sabiam explicar o porquê Fuyuki conseguia sentir os aromas tão fortes sendo que ele era só uma criança jovem, Izuku entendia que bebês eram afetados pelos cheiros das pessoas ao seu redor chegando a reagir abertamente sobre eles mas ainda sim todos garantiram a ele que crianças não apresentadas não iriam sentir fortemente o cheiro de outras pessoas além de seus pais, por essa lógica Fuyuki deveria ser mais afetado por seu cheiro e pessoas que ficassem extremamente perto dele mas por incrível que parecesse seu filho se sentia dolorido e cansado só de estar com um alfa na mesma sala, mesmo se esse alfa controlasse bastante seu cheiro se tornando até mesmo inexistente para Izuku Fuyuki iria conseguir sentir e passar mal por isso 


Toda vez que iam no hospital metade da equipe medica e grande parte dos enfermeiros o conheciam e o mandavam para uma sala esterilizada mais afastada das áreas cheias do hospital não querendo piorar o estado de Fuyuki em suas consultas, teve uma época que até cogitaram fazer uma máscara especial para seu filho mas ele não se sentia confortável com nenhuma, algumas fazendo um peso desnecessário em seu rosto e outras sendo muito fechadas para ele sendo assim sua voz era tão baixa que ele tinha que quase gritar para conversar com Izuku, os médicos quiseram continuar tentando mas aquele tipo de máscara trazia a Izuku lembranças ruins sobre o que ele lia das instituições para alfas e ômegas descontrolados que precisavam de focinheira em casos extremos, ele não queria isso para seu filho e não queria que outras pessoas encarassem ele por pensar que ele poderia ser uma criança descontrolada que tinha que manter distância de outras, seu filho podia não ter amigos por agora mas ele não queria pensar em seu filho sofrendo por um tipo de imagem assim quando começasse a ir para a escola então foi relativamente fácil deixar a ideia de lado 


Balançando a cabeça de maneira afirmativa pela fala de Melissa, Izuku decidiu ignorar esses pensamentos momentâneos e focar na situação de agora 


– Entendo, eu mesmo já esperava que isso acontecesse mas não tão cedo! 


Falou o esverdeado e Melissa pode ver que seus olhos transmitiam um certo cansaço e ela se sentiu triste por ele, ela mesma tinha um grande fraco para as crianças e ver aqueles que tinham mais dificuldades sofrendo junto a seus pais a deixava desconcertada por eles 


– Admito que eu não esperava precisar ligar para algum responsável das crianças tão cedo assim mas aqui estamos e se puder poderia nos explicar um pouco mais da situação do pequeno Fuyuki? Isso ajudaria muito nas suposições de Chio e poderia contribuir para o que o professor Katsuki poderia fazer para ajudar o seu filho em sala de aula! 


Melissa explicou após perguntar não querendo soar evasiva demais, já que Midoriya não tinha posto muitas informações na carta seria obvio que ele não gostaria de ter muito de sua vida ou de seu filho compartilhada mas ela precisava tentar esclarecer as pequenas coisas que poderia nessa situação, Izuku torceu um pouco da alça da bolsa em seus dedos meio nervoso entendendo que Fuyuki deveria estar bem por hora e que ele poderia tentar ajudar como Melissa sugeriu então ele concordou acenando a cabeça, a loira respirou fundo meio aliviada da resposta olhando para os outros dois antes de prosseguir 


– Ótimo, eu queria saber se o Fuyuki apresenta essa condição desde que nasceu ou se foi algo que ele desenvolveu com o tempo e se pudesse me explicar como foi descoberto, se você se sentir seguro para falar isso é claro! 


Perguntou e esclareceu Melissa vendo Chio com uma pequena agenda esperando para anotar o que precisasse, ele tinha dado um pequeno papel com algumas perguntas que Melissa poderia fazer enquanto Chio tentava assimilar tudo e chegar a uma conclusão mais rápida e a loira concordou sendo assim somente Katsuki estava ali para ouvir e sem nenhum papel em especifico, ele queria poder estar vendo o garotinho na outra sala mas precisava saber o que pudesse para que essa situação não se repetisse mais em sua sala ou com aquela criança presente na escola 


– Ele nasceu assim, descobrimos depois que ele tinha pelo menos quatro meses quando meu irmão veio nos visitar junto a nossa família, ele é o único alfa que temos contato então eu realmente não sabia de nada até que o Fuyuki começou a ficar muito agitado chorando muito e parecendo com dor, acabando sem ar e todo vermelho eu entrei em desespero e corremos para o hospital na mesma hora, os médicos não souberam explicar o que era porque ele parecia estar perfeitamente saudável e quando meu irmão ainda não tinha entrado no quarto perceberam que meu filho parecia estar melhorando daí em diante foram feitos alguns testes ao decorrer dos meses dele e quando ele tinha pouco mais de um ano ele foi diagnosticado com essa condição com problemas de aromas do fator alfa! 


Explicou Izuku olhando de relance para o lado vendo alguns fios de cabelo espetado do professor depois mas ele voltou a olhar para Melissa vendo a expressão dela meio abalada 


– Devem ter sido momentos difíceis, tão jovem e com tantas dificuldades assim! 


Comentou Melissa e Izuku viu quando ela parecia se distanciar um pouco mas ela voltou rapidamente balançando minimamente a cabeça, Izuku disse tudo aquilo de forma automática já que ele quase sempre tinha que explicar a mesma situação para enfermeiras novas do hospital que o atendiam até que algum médico familiar fosse até eles, sem contar a vez que explicou isso a seus parentes ou sua terapeuta a algum tempo sendo assim não era mais tão desafiador explicar essa situação mais uma vez 


– Bem o senhor disse na carta que seu filho tem essa situação por alguns problemas na gravidez, o senhor se importa de dizer qual foi esse problema? 


Perguntou Melissa e ela viu quando Izuku pareceu tremer e entendeu que sua pergunta pode ter tocado em uma área sensível mas antes que ela pudesse se corrigir Izuku falou 


– Eu tive um problema com alfas durante minha gestação, acabei não me aproximando de nenhum desde o começo da minha gravidez e por não ter nenhum parente alfa na família isso pode ter influenciado nele, é a teoria que os médicos mais seguem! 


Disse Izuku rápido e com os olhos fixos nos próprios joelhos, ele poderia ter se acostumado com isso mas ainda não dizia para qualquer um sobre o problema que teve e mesmo se falasse ele ainda não se sentia confortável de conversar isso com qualquer pessoa, Uraraka só descobriu por conta de um colapso dele durante seu quinto mês quando ele não aguentou mais e largou a faculdade, sem isso ele não saberia quando e nem se teria dito algo a ela sobre o que aconteceu 


Melissa lançou um olhar preocupado e cauteloso para Chio e Katsuki, o loiro olhava surpreso para o esverdeado enquanto Chio lançava um olhar meio entristecido mas quando olhou para a loira acenou com a cabeça soltando suas anotações e pegando sua bengala para se levantar 


– Eu entendo senhor Midoriya, no momento eu não tenho mais nenhuma pergunta então me permita levar o senhor para seu filho na enfermaria sim? 


Falou a loira se levantando de sua cadeira atraindo a atenção do esverdeado e com isso Katsuki e Chio levantaram também para irem junto 


– A senhora Chio ira explicar ao senhor tudo que puder sobre o estado do Fuyuki de hoje e o senhor Katsuki vai entrar conosco para que possa ouvir a explicação junto, vamos! 


Disse a loira caminhando para a porta da enfermaria, a primeira a passar foi Chio quando se virou viu Izuku meio receoso olhando para Katsuki de relance antes de continuar, o loiro ficou parado olhando levemente para Izuku e depois mantendo o olhar em Melissa não querendo deixar o esverdeado mais desconfortável do que parecia e pelo olhar do loiro ele poderia sentir algo no aroma do qual ela mesma poderia não ter percebido já que ele era o único alfa nessa sala com um nariz potente 


Depois de alguns poucos segundos Izuku caminhou até adentrar na sala, Melissa passou e logo em seguida Katsuki para no fim fechar a porta atrás dele 


Izuku ao adentrar na sala viu seu filho deitado em uma maca não muito distante dali, ele não pensou muito já caminhando mais rápido para ficar ao lado dele esticando sua mão para tocar a bochecha do pequeno 


– Meu filhote! 


Murmurou Izuku passando o polegar abaixo dos olhos do pequeno passando pelas sardas pouco aparentes que ele tinha em seu rosto, Fuyuki pareceu aproximar seu rosto do calor da mão de Izuku levemente em seu sono e mesmo preocupado o esverdeado sorriu levemente para ele 


– A quanto tempo ele está dormindo? 


Perguntou o esverdeado sem tirar os olhos de seu filho, Chio se aproximou para que pudesse responder e falar tudo que precisasse 


– Não tem muito tempo, eu diria que pouco mais de quarenta e cinco minutos levando em conta que assim que ele desmaiou o senhor Katsuki o trouxe aqui e junto ao tempo que o senhor demorou para chegar! 


Explicou Chio ficando ao lado do esverdeado vendo ele olhar para si, Melissa estava ao lado de Katsuki e Kota mais próximos a porta já que o garoto decidiu ficar ali aproveitando para manter distância do outro garoto depois do que aconteceu 


– Senhor Midoriya eu entendo que o senhor já pode estar acostumado com esse tipo de situação mas acho que tenho uma pequena explicação do que pode ter desencadeado o desmaio de hoje e temo que não será o último! 


Falou a grisalha ganhando ainda mais da atenção de Izuku, coçando a garganta e arrumando o apoio de sua bengala ela continuou 


– Pelo que o professor Katsuki e o filho dele me explicaram ele deu ao Fuyuki o remédio dele quando perceberam que ele apresentava algumas dores de cabeça antes de se alimentar no lanche e eu vejo que sem aquele remédio o pequeno poderia estar em um caso mais sério agora, porém antes de continuar com as minhas deduções poderia me dizer quando é o aniversário de quatro anos dele? 


Perguntou a grisalha soando o mais calma o possível não querendo dar nenhum alarde a Izuku 


– Dia vinte e oito de junho! 


Falou Izuku brevemente olhando novamente para seu filho e de relance ele viu o garoto cadeirante, Kota, ao lado do professor Katsuki olhando não para ele mas si para seu filho com uma expressão fechada mas levemente preocupada 


– Entendo, apenas quatro meses então! 


Comentou Chio começando a pensar que sua teoria tinha grandes chances de estar certa, o que só a preocupava porque isso poderia trazer grandes dores para os dois Midoriya’s ali presentes  


– Bem antes de mais nada devo lembrar ao senhor que tudo que tenho são somente suposições de tudo que entendi e que me foi apresentado até agora, aconselho que vá o quanto antes em um médico de confiança e conversar com o ele sobre o que irei falar agora! 


Garantiu Chio vendo o esverdeado acenar com a cabeça em concordância, ele já planejava levar seu filho no hospital assim que saíssem daqui para um revisão e atualização mas queria ouvir a opinião da especialista escolar 


– Eu suponho que pela proximidade do quarto aniversário de seu filho o subgênero dele está começando a entrar em um conflito com a condição especial dele por feromônios, como por exemplo caso o subgênero dele seja de um ômega seus instintos estão se tornando mais propensos a conseguir sentir cheiros mais fortemente e acabe piorando ainda mais suas dores pela sensibilidade que pode adquirir com tantos aromas por perto! 


Explicou a grisalha subindo em um banco atrás da maca para que pudesse chegar a cabeça do esverdeado menor ali 


– Mas se ele for um alfa seu próprio aroma pode estar afetando ele, sendo assim é algo similar a uma auto sabotagem com ele podendo tanto melhorar quanto piorar por conta de seu próprio cheiro e de outros alfas que podem estar próximos a ele, sem contar que a proximidade rápida do Fuyuki para com o professor Katsuki e seu filho Kota mostra que os instintos dele estão começando a aflorar e para um ômega ou alfa não apresentado é sempre comum se refugiar em cheiros de ambos os gêneros para que possam entender e buscar um apoio biológico mesmo que esse apoio seja de alguém de fora mas que tenha uma forte presença, já que seu irmão tem os aromas de seu companheiro e sua filha ainda deixando seu cheiro menos intenso acaba que Katsuki e Kota podem ser os dois alfas com o aroma mais seguro que ele sentiu, Katsuki por ser um professor que está cuidando de seus alunos e Kota por ter um pouco do aroma de Katsuki nele mesmo! 


Continuou sua explicação vendo os olhos de Izuku se arregalarem cada vez mais, ela pode ver a realização batendo e chocando o ômega ali mas não podia dar ao luxo de amacia a situação para ele, principalmente se suas suspeitas estivessem certas e ele acabasse por descobrir isso mais tarde 


– Como assim apoio biológico? 


Perguntou o Izuku com a voz baixa olhando confuso para a senhora ali 


– Pense nisso como um ensinamento de animais em bandos, os filhotes ficam próximos de suas mães e seus pais mas quando precisam aprender a caçar ou a sobreviver sempre varia quem os está ensinando, acabando por ser as vezes os machos que ensinam os filhotes a caçar e lutar e outras vezes são as fêmeas que desempenham essa função, a mesma coisa é com as crianças mesmo que inconscientes de suas ações eles ficam mais próximos de parentes alfas quando tem chances de se apresentarem alfas para que seus cheiros sintonizem o deixando confortáveis, seguros e mais à vontade com as mudanças em seu corpo, já crianças que podem ser ômegas tendem a ficar mais próximas de seus parentes ômegas pela mesma sensação de conforto e companhia que os ômegas buscam em momentos de calores não acasaláveis entende? 


Voltou a perguntar Chio vendo Izuku concordar com sua fala 


Ele sabia bem o que eram esses calores já que normalmente as crianças começavam a passar quando atingem oito anos para cima, era sempre algo como aconchegos com seus pais ou somente os cheiros deles em seus projetos de ninhos que aprendiam a fazer com o tempo 


– Sendo assim o máximo que posso dizer é que pelo que vejo seu filho tem grandes chances de ser um desses dois subgêneros pelas circunstâncias que vejo e que infelizmente a condição dele pode se agravar muito daqui para frente! 


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Izuku caminhava meio aéreo pelos corredores da escola saindo depois de terminar de conversar com Chio e Melissa, ele ainda estava assimilando tudo que ouviu lá, ele passou na sala de aula de seu filho para pegar tudo dele agradecendo pôr as coisas estarem arrumadas nos armários infantis então não teve muitas preocupações depois 


Fuyuki estava em seus braços com o rosto apoiando em seu ombro não tendo acordado desde aquela hora o deixando preocupado, mas ele já tinha ligado para seu médico assim que saiu da sala de Melissa para checar os horários de hoje e por sorte tinha a agenda mais livre para que eles fossem atendidos hoje o único problema seria que não poderia levar seu filho lá em sua bicicleta 


– Talvez eu tenha dinheiro o bastante para pagar um táxi até lá o centro não é longe para conseguirmos pegar um por lá! 


Murmurou Izuku para seu filho, embora fosse mais para ele mesmo já que Fuyuki ainda estava dormindo em seu ombro eles estavam quase chegando onde tinha deixado sua bicicleta mais cedo


– Ei Midoriya espere! 


Uma voz meio distante chamou tirando Izuku de sua mente e quando ele se virou para trás arregalou brevemente os olhos ao ver o professor correndo até ele com sua mochila nas costas e o filho cadeirante na frente dele sendo empurrado rapidamente, o garoto parecia assustado segurando fortemente os apoios da cadeira 


Izuku piscou os olhos rapidamente desacreditado no que viu e ele até poderia estar achando a cena engraçada se não estivesse preocupado pelo motivo do loiro estar vindo para si 


– Ufa, te achei a tempo desculpa pela correria filho! 


Falou o loiro olhando para Kota vendo o olhar surpreso e abismado do garoto enquanto soltava os apoios da cadeira e cruzava os braços 


– Da próxima vez avisa antes! 


Reclamou o moreno baixo e então Katsuki voltou o olhar para Izuku vendo o esverdeado ainda surpreso pela aparição repentina 


– Desculpe por isso! 


Falou o loiro tentando soar despreocupado mas até ele mesmo estava tenso, depois que Izuku saiu da sala de Melissa o loiro foi rápido em conversar com ela e quando saiu esperava ainda achar o esverdeado na sala de aula pegando as coisas do filho mas ao ver que ele não estava lá e nem as coisas foi rápido até a entrada da escola onde ficava o estacionamento para tentar o achar 


– Está tudo bem eu acho! 


Murmurou o esverdeado dando de ombros pondo a mão na cabeça de Fuyuki o mantendo parado, ele preferiu ficar mais afastado e aproveitou a aproximação do braço para olhar seu relógio de pulso vendo que daqui a pouco ficaria com o tempo mais apertado para o hospital, Katsuki percebeu isso e decidiu que seria melhor o deixar ir 


– Eu queria poder conversar sobre algum jeito de poder equilibrar as coisas com o Fuyuki em sala mas imagino que deva estar com pressa para ir embora! 


Comentou o loiro meio cauteloso com medo de deixar o esverdeado mais desconfortável do que ele estava na sala, decidindo tentar o ajudar ele olhou em volta vendo alguns poucos carros ainda no estacionamento ali 


– Qual é o seu carro talvez eu possa te ajudar a colocar as coisas do Fuyuki no carro! 


Sugeriu o loiro vendo Izuku morder o lábio levemente e olhar para trás meio receoso 


– Bem é que... é que eu não tenho um carro só a minha bicicleta ali atrás! 


Falou o esverdeado apontando para a bicicleta mais atrás alheio ao olhar chocado de Katsuki com sua descoberta, se voltando para o loiro Izuku pode perceber o olhar espantado dele para sua bicicleta


— Você vai para casa com ele assim e o material dele todo dia?


Perguntou Katsuki tentando se livrar a expressão surpresa de seu rosto, até mesmo Kota que estava somente ouvido tudo pareceu surpreso com isso


Izuku olhou confuso para ele e mesmo que não percebesse decidiu esclarecer a fala do loiro


— Bem mais ou menos, acontece que quando estamos andando juntos ele está acordado sentando no próprio banco e as coisas dele vão na caixa da frente da bicicleta sem muitos problemas!


Explicou o esverdeado dando de ombros olhando para Katsuki novamente


— Mas hoje eu estava pensando em ir até o centro e ir pegar um táxi para nós dois!


Disse o esverdeado por fim vendo Katsuki assimilar tudo e ao descer um pouco o olhar viu a expressão confusa do garoto moreno também direcionada a si


— Eu sei que vai parecer muito estranho e talvez você até queira recusar mas eu realmente agradeceria se deixasse eu levar vocês dois onde precisam ir! 


Falou Katsuki vendo Izuku arregalar os olhos e dar um passo automaticamente para trás e isso foi nesse momento que Katsuki realmente percebeu o que tinha dito e Kota quase riu mas decidiu fingir tossir tampando a boca sem nenhum pudor


— Olha eu juro que só quero ajudar é que você parece cansado e pelo que foi falado com a Chio você pretende ir no hospital com ele então pelo menos deixe eu tentar ajudar, eu não tenho mais aulas de tarde e não tenho atividades para corrigir e meu filho está bem aqui então não tenho com o que me preocupar!


Katsuki tentou se explicar esticando os braços para apontar a Kota que agora estava usando as duas mãos para tapas as risadas que queria soltar pela tentativa quase fracassada de seu pai para ser gentil, Izuku agora mais que antes parecia recluso e estava e estava mentalmente pensando no que fazer até que ouviu um bufo do loiro vendo ele abaixar a cabeça


— Eu só gostaria de poder me redimir pelo incidente que praticamente meu aroma causou no seu filho e querer poder ajudar, afinal sei que você só quer o melhor para ele e o meu carro está aqui na escola mesmo, não ia ser um incômodo algum e iria ajudar tanto você quanto ele para chegarem mais rápido entende, sei que é muito estranho eu estar oferecendo uma carona mas pense que é para o bem dele!


Falou Katsuki olhando para Fuyuki nos braços de Izuku e com isso foi que o esverdeado realmente começou a dar uma chance para entender mais as palavras do loiro


Ele realmente estava preocupado em como faria em relação ao transporte levando em conta que a essa hora deveria estar em casa terminando de fazer o almoço, lembrando que além de não poder usar sua bicicleta para evitar o trânsito ele ainda tinha um compromisso e não poderia simplesmente voltar pra casa fazer tudo e ir a tempo para o hospital, mesmo que o médico fosse flexível com eles sobre horários ele sabia que a agente do homem era cheia e seu atraso atrapalharia muito


Olhando para Fuyuki novamente ele começou a se sentir nervoso com a realização do que estaria escolhendo mas lembrou que seu pequeno confiava no professor, mesmo sabendo de sua condição e mesmo sentindo dor ele confiava até mesmo para estar no colo de Bakugou


Isso devia ser algo para Fuyuki e Izuku sabia que criou seu filho bem, se ele confiava no loiro então restava a Izuku tentar dar uma chance a única pessoa fora de sua família que Fuyuki aceitou de bom grado tão rápido, então com a decisão tomada ele espera que a confiança que colocou na escolha de seu filho fosse certa como ele estava esperando


Ele podia sentir seu corpo tremer um pouco e o suor se acumular atrás de seu pescoço pelo nervoso da situação, em sua terapia ele só teve progressos com Mirio e já não ficava tendo ataques em público mas ainda sim ele nunca tinha entrado num carro com um alfa sozinho, ele sabia que as crianças estavam junto mas ainda era uma sensação inevitável para si, ele podia imaginar que Katsuki e seu filho sentiram o cheiro dele meio aflito porque o moreno parou de rir assumindo um olhar confuso para si e o nervosismo de Katsuki pareceu sumir dando lugar para a cautela fazendo assim com que ele abrisse a boca para falar algo mas Izuku foi mais rápido


— Eu... ficaria muito grato se pudesse nos levar para o hospital mesmo!


Notas Finais


E aí? Gostaram?

Espero que sim, capítulo meio trabalhoso esse embora não avançou tanto quanto eu pensei que avançaria
Mas ainda gostei dele e espero que vocês gostem também... agora vamos ao motivo de eu ter atraso

⚠️Algumas Pequenas Menções de Sangue e Ossos Visíveis mas Não São Meus⚠️

Bem isso fez uma semana agora, ainda é difícil para mim não falar sem chorar e agora mesmo eu estou chorando pensando no que dizer aqui então perdoem se algo sair com erro de digitação

No mês de novembro minha mãe achou um filhote de um pássaro, chamado Rolinha Cinzenta comum aqui na cidade, ela o achou dentro de um carrinho de supermercado no estacionamento quando terminou as compras, como o teto era largo e vivia tendo ninho de pássaros ali ela supôs que ele caiu e a mãe não veio buscar ele, ela esperou um tempo e nada de algum pai vir atrás dele então o trouxe aqui para casa

Ela me deixou cuidar dele, ele já tinha quase todas as penas formadas e já ficava em pé mas estava muito assustado por não conseguir voar e por toda a mudança, levou um tempo mas consegui dar comida e água a ele para daí em diante eu sempre estar com ele perto

Seja para dar um calor para ele já que ele sentia muito frio ou alimentar, então em pouco menos de 3 dias ele já estava mais a vontade chegando até a piar o que eu achava muito lindo e tentava responder a ele para ter um tipo de conversa e dependendo do tom de voz eu acertava e ele piava de volta, foi tão lindo

Ele começou a ser mais confiante e a tentar voar mas sempre acaba dando só alguns pulos antes de vir para se aconchegar no meu pé, eu sempre o peagava para por no ombro ou no meu colo para ele não se sentir sozinho, não preciso dizer que depois de 1 semana e meia eu já adorava ele

Quando ele ficou cada vez mais confiante começou a dar pulos mais altos e constantes, não era um voo mas era o jeito dele de chegar perto de alguém, ele começou a quase conseguir voar para o sofá que ficava perto do ninho improvisado que fizemos para ele e eu estava tão feliz porque em breve ele poderia voar por aí e se quisesse voltar um dia eu ia ver ele lindo grande, poderia até ter sorte dele ser uma fêmea e por seus ovos no ninho que tem na janela da minha varanda um dia

Mas a uma semana atrás, na manhã de sexta eu peguei ele como sempre para fazer o café meu e dele, deixei ele na mesa para bicar as migalhas de pão enquanto eu fazia o resto, quando ele acabou tive que tirar ele da mesa para limpar tudo e o deixei em cima de um balde fechado meio distante da mesa, era para ser rápido mas acabei demorando um pouco, fiquei fazendo os barulhos que ele respondia para conversar e ouvia ele piando e balançando as asinhas como se respondesse e tentasse vir para mim

Eu então comecei a falar com minha mãe que estava na sala e não percebi quando ele parou de piar, foi tão rápido e até hoje eu me culpo por isso mesmo minha amiga dizendo que não foi minha culpa e eu entendendo isso, só que é difícil não pensar que ele poderia estar vivo se eu tivesse deixado ele na sala ou na mesa como sempre

Quando me virei e procurei ele eu não o achei, olhei ao redor do balde e nos bancos entre a mesa e o balde e foi quando eu vi, ele deve mesmo ter tentando chegar a mim mas ele acabou caindo direto no pequeno viveiro que eu tenho com minha coelha e três porquinhos da índia na cozinha, eles estavam lá porque estava chovendo e não podia os deixar no espaço maior porque não tem área coberta, acabou que eu achei ele em meio ao feno dos animais, a asa virada de um jeito errado e ele parecia meio "amassado" como se algo tivesse estado em cima dele e pra piorar tinha sangue nas penas dele

Eu entrei em pânico, minha mãe viu ele quando entrou na cozinha e tentou me acalmar enquanto eu pegava ele, na hora pensei que ele estava morto mas quando o segurei ele começou a se debater na minha mão, eu gritei e minha mãe veio me ajudar pegando ele e tirando de lá, quando olhei meus animais eu vi que tinha sangue no pelo e na boca da minha coelha

Foi aí que eu entendi que ela tinha atacado ele e para piorar quando eu me levantei com as mãos meladas de sangue e olhei pra minha mãe ela disse que a asa dele estava quebrada, minha coelha tinha roido a pele dele ao ponto que minha mãe pode ver o osso da asa dele

Eu surtei tanto que quase não consegui fazer nada mas ajudei minha mãe limpando a ferida e ajudando a enfaixar a asa dele, meu Deus eu chorei tanto naquela hora

Quando terminamos ele estava fraco e com sono, eu fui com ele para a sala e fiquei segurando ele e conversando com ele tentando fazer o melhor para manter ele ali comigo

Acabou que ele teve muito mais complicações que uma asa fraturada, minha mãe acha que minha coelha pode ter pisado ou subido nele porque algo aconteceu e ele acabou com alguma sequela neurológica e a língua dele ficou pulada para fora da boca mas só uma ponta, acabou que ele não conseguia comer e quando tentei dar água ele engasgava e espirrava a água que conseguia beber

Nessa hora eu entendi que ele iria morrer de fome ou morrer engasgado com qualquer coisa que eu tentasse dar a ele, naquele dia eu não comi direito, não dormi direito e quase não o larguei o dia todo já que quando eu soltava ele tentava se equilibrar e caía já que estava enfaixado e quando estava comigo ele piava e até ficava meio em pé como se realmente tentasse mostrar que estava lutando para viver e ficar ali para poder voar um dia e me mostrar que podia sim voar como eu disse que ele ia poder fazer logo logo

A única veterinária que achei na cidade para aves silvestres cobrava 180 reais por uma simples consulta para descobrir o problema e minha mãe disse que não tinhamos como pagar já que o dinheiro estava contato e que pelo tamanho dele ela achava que mesmo a gente pagando isso tudo ele ainda iria morrer talvez mais rápido e mais desconfortável do que se morresse em casa

Eu não queria acreditar nisso, eu não conseguia pensar direito nisso eu literalmente estava acordando com ele todas as manhãs, ele ficava comigo quase todas as horas do dia comigo assistindo tv ou tentando ensinar ele a voar e agora ele ia morrer só porque eu não prestei atenção como deveria ou só porque eu não o deixei no lugar de sempre...

Acontece que mesmo com tudo que eu pude fazer ele morreu no sábado passado, às 22:47 bem nas minhas mãos, eu fiquei conversando com ele até o fim e tentei fazer ele sentir menos medo do que poderia estar sentindo enquanto morria, eu simplesmente desabei foi estranho acordar e não ir no ninho ver ele todo alegre piando e mexendo as asas, foi estranho não ver ele correndo para comer a comida que eu dava a ele, foi estranho não ouvir ele piando ou pulando no sofá para chegar na minha barriga quando eu estava deitada

Tudo foi estranho e eu simplesmente parei de escrever ou pensar sobre qualquer coisa, eu me distanciei um pouco da minha coelha depois disso já que até agora não sei como ela pode fazer isso, ela nunca atacou nenhum animal nem mesmo os pequenos filhotes de porquinhos que ela conviveu, estou voltando a interagir com ela desde quinta feira e voltei a escrever mais na sexta (era pra ser hoje mas acabou que eu demorei muito pra vir postar então aconteceu que hoje já é sábado)

Acabou que eu escrevia para fugir da realidade, mas foi difícil fazer isso quando eu já tinha me acostumado a ver ele dormindo no meu teclado ou tentando se esconder debaixo da minha mão quando eu mexia ela para alguma tecla

Muita coisa foi difícil e dói, dói muito não estou falando isso só como um motivo de um sumiço repentino mas também como um desabafo... eu vou falar disso com a minha psicóloga na próxima semana e espero não desabar na sessão que nem eu fiz aqui agora

Bem bom dia a todos que estão lendo isso de manhã e é isso

Até 2023 galera que lê essa fic
Vou atualizar as outras em breve para entrar de férias em janeiro, obrigada se você leu até aqui ❤️‍🩹


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