História A Essência - Um só coração - Freedom

Leiam as notas iniciais, obrigada! ;)

Sete anos antes...

Yoongi - parado com os braços cruzados - observava ______ através de um vidro, andando de um lado para o outro de modo impaciente na sala de interrogatório. Jimin e Regina Callany entraram na pequena salinha onde Yoongi se encontrava de pé.

Ele ia dizer alguma coisa mais se conteve ao ver a mão de Regina levantada para que ele não falasse nada.

- Estou sabendo do seu passeio agente Min. – disse ela rude.

- Estamos trás dos Kim há tanto tempo. - começou Yoongi apontando para o vidro. - Que quando ela me disse o nome dela. Não pude resistir. - deixou o braço cair pela lateral do corpo.

- Mesmo assim. – disse ela. – Agir por impulso. Colocar toda a operação em risco. Não nos deu alternativa a não ser trazê-la aqui. Acha mesmo que ela não sabe quem você é? Está suspenso do caso, até segunda ordem.

- O quê? Ela não sabe quem eu sou. Ela não sabe de nada. Eu não disse nada. – disse Yoongi se exaltando apontando para o vidro. - Não pode fazer isso!

- Você é meu subordinado. – disse ela. - Vai descobrir que eu posso.

Yoongi deu de ombros e voltou a olhar pelo vidro, Kim ______ ainda andava de um lado para o outro impaciente.

- Quer que eu... - começou Jimin e Regina se voltou para ele.

- Sim, vá falar com ela. – disse ela entregando uns papeis que tinha em mãos para ele. – Tire algumas informações e me mantenha informada. – completou deixando a sala.

Jimin olhou da porta para Yoongi que estava frustado por estar fora do caso. Seu primeiro caso de verdade como um agente federal.

- Não esquenta, eu resolvo isso. Vou falar com a Callany. Você é novo aqui. – disse Jimin. – Callany é sempre durona com todos. Com o tempo você pega o jeito. – disse ele saindo da sala. E entrando na outra porta que dava na sala onde _______ estava.

Ela parou de andar e encarou Park Jimin com fúria. Jimin fechou a porta e colocou os papeis que tinha sobre a mesa que estava no centro da sala.

- Okay! - _____ abriu os braços brevemente. - Eu estou presa?

Ele a encarou com seus olhos negros.

- Bom,... não. - disse sem muito revelar.

- Então não vou responder a nenhuma pergunta até você me dizer quem é, e o que eu estou fazendo aqui. - ______ disparou. - E pode falar para seu amiguinho, o tal de Yoongi, que eu reconheço um policial a quilômetros de distância. 

- Mas como ela sabia? – disse Yoongi para si mesmo, observado os dois através do espelho. – Eu estava de folga.

- Eu sou o agente federal Park. Park Jimin.

- Ah, agente federal? - disse a com escárnio o olhando de cima a baixo. - Príncipe encantado uma ova. – deu de ombros.

- Não deixe que meus belos olhos, meu charme e a minha forma culta de falar confunda você. - começou Jimin com autoridade. - Vivemos na selva. Você é a caça ou o caçador. Vou te dizer como funciona. - ______ engoliu em seco. Ninguém nunca falara com ela daquele jeito. - Você me diz o que eu preciso saber e eu farei o que eu puder para protegê-la. - Jimin fez uma pausa dramática. - Você não me diz o que eu quero saber e vou ser seu pior inimigo.

______ engoliu em seco e passou a língua pelos lábios, umedecendo-os. Em seguida elevou as duas sobrancelhas e limpou a garganta.

- Gostei. – disse ela se sentando na cadeira de forma arrogante. Ela não iria se curvar a um agente bonitão. – Pergunte o que quer saber então. - ele empurrou os papeis para que ela desse uma olhada. – O que é isso?

- Um acidente de carro que aconteceu há quase um ano. - Jimin cruzou os braços ao suspirar. - Esse casal na foto morreu. E esses dois são filhos deles. Você reconhece essas pessoas?

_______ olhava atentamente para as fotos e congelou o olhar encarando a filha do casal.

- Não. – disse ela simplesmente. 

- Tem certeza? – disse ele falando com paciência ao perceber o tempo a mais que ela encarara a foto da garota.   

- Eu acho que tenho sim. – disse ela encostando-se à cadeira. – Essa garota... ela me lembra alguém. Mas pela pouca idade, não é quem eu estou pensando. O que isso tem haver comigo, hem?

- Não foi um acidente. – Jimin puxou a cadeira fazendo o barulho agudo na sala sem móveis além da mesa e duas cadeiras. Ele se sentou na cadeira de frente para _____. Os dois estavam separados apenas pela mesa. – Você deve conhecer alguém que sabota, fazendo todos acreditarem que foi um acidente. Em nossas investigações o nome de Kim Namjoon e outros apareceram.

Ela deu um leve sorriso.

- É claro que há. – disse ela dando de ombros. – Mas eu não sei quem é... ou... o nome. Nunca precisei. - deu de ombros. - E não tenho a menor ideia a relação que Namjoon tem com essas pessoas. - ______ mordeu a ponta se sua língua rapidamente. - Então... o que quer de mim?

- Pode começar contando onde Kim Namjoon está.

- Entra na fila, querido. Ele deve estar famoso, já que têm tantos atrás dele. – disse dando de ombros. - Namjoon aparece e some. Não dá satisfações. É um idiota e traidor. Acha mesmo que ele se importa com alguém além dele? Há outros bem piores. Ele é só um peixinho num grande lago.

- Você parece muito zangada. – disse Jimin com um sorriso preso em seus lábios. – Sabemos de um carregamento de haxixe e armas que você vai receber em dois dias na Bulgária. E sabemos que não é para seu pai. Ai eu fico me perguntando: será que ele sabe que você o traiu? - Jimin virou a cabeça de lado com uma sobrancelha arqueada. - Que tal fazermos um acordo e pegar o peixe grande de uma vez? - propôs.

- Está indo bem até agora. – disse ______ dando de ombros. – Por que precisaria da minha ajuda?

- Tudo o que eu tenho do caso é o M.O. – disse ele categórico. – Modus Operandi. Esse é um jargão policial...

- Eu sei o que quer dizer. – disse ela o interrompendo. – E não é jargão policial. É latim.

- Tanto faz! – disse ele se exaltando e deixando de lado a discussão.

______ uniu as sobrancelhas.

- Quanta coragem. Ou talvez seja burrice. – disse ela estreitando os olhos. - Apesar de tudo, não sou uma traidora. Vai me oferecer liberdade, senhor agente?

- É notável como essas características se confundem. Eu sei que não é uma traidora. – disse ele encarando-a com seus olhos cada vez de um negro mais escuros. – Liberdade pode ser tirada. Ofereço uma vida... uma vida longe da prisão.

- Para mim e para meu irmão?

Uma linha fina se formou nos lábios de Jimin.

- Eu só posso proteger um dos dois. – disse Jimin com cautela. – Eu sinto muito. 

- Que pena! – disse ela se levantando da cadeira. Se não pode proteger meu irmão, então também não pode proteger a mim. Pensou ela. – Posso ir embora?

Jimin a encarava segurando um riso sem graça que tentava escapar.

- Você é inacreditável, moça. - disse ele. - Assenta-se. - ordenou. - Temos muito o que conversar ainda.

______ inclinou seu corpo para frente apoiando suas mãos sobre a mesa.

- Não estou interessada.

(...)

Hoje em dia...

Quatro copos de Soju bateram no meio da mesa em um 'tim'. Em um momento de happy hour entre quatro amigos.

- Abraham... - começou Jeon Ruby. - por que seu nome é tão...?

- Americanizado? - completou o moreno e Ruby afirmou com a cabeça.

- Eu também sempre quis saber. - disse Kim Anne apoiando sua cabeça sobre a mão direita.

- Meus pais assistiram aquele filme do Abraham Lincoln... Sabe? Aquele presidente que era caçador de vampiros. - disse ele. - Gostaram do nome e então... - deu de ombros. - Mas apesar disso... - fez uma breve pausa bebendo um gole do Soju. - O sangue fervoroso da família Park corre em minhas veias.

- O que quer dizer com isso? - indagou Ho James.

- Meu pai era policial. Eu sempre quis ser policial e meu irmão também. - disse Abraham. - O que muda são as posições. - suspirou. - Meu pai viveu e morreu como um policial de rua, assim como Anne. - os três olharam para a morena que sorriu.

- Ei, gente! - colocou o copo sobre a mesa. - Eu não vou morrer.

- A parte investigativa como você... - ele apontou para Ruby. - e você - e apontou para o moreno, James. - deve ser legal. Não vou mentir, amo a parte burocrática. - ele sorriu docemente. - Já meu irmão, é um agente. - suspirou pesadamente.

- Tem que ter muito sangue frio para assumir outra identidade. - disse James pegando o copo com Soju sobre a mesa. - Eu não conseguiria fingir ser outra pessoa e trabalhar disfarçado. - meneou a cabeça brevemente e bebeu de sua bebida.

- Eu também não. - admitiu Abraham. - A parte pior é ficar sem saber notícias.

- O lado bom de não receber notícias do Jimin... - começou Ruby. - É que você sabe que ele está bem.

- Sim. - disse Anne. - Se ele está em uma missão, você não ia querer estragar o disfarce dele.