História A ESTRANGEIRA... Why me? - Pastel de 'Flango'

Só tem uma coisa ruim de estar  estudando em uma​ universidade federal… GREVES. Sei de todos os prós e contras dessas atitudes, na maioria das vezes sou até a favor mas, o calendário posteriormente fica uma bagunça e os períodos se tornam cada vez mais confusos.

    -Vai viajar nas férias? - perguntei   a Aline, uma das minhas colegas de república.

-Não. Só quero dormir, não vejo a hora de chegar na casa da minha mãe. - ela respondeu enquanto arrumava sua mala.

-E você Ísis? Só quer saber de dormir também? - gritei enquanto ia do meu quarto para cozinha.

-Vou pra praia no feriado, vê se pego um bronze - falou olhando para própria pele.

-O máximo que você​ vai pegar vai ser uma insolação sendo tão branca assim. - disse enquanto ria escandalosamente.

Somos 5 garotas em um apartamento (não imagina esse monte de mulher de TPM, sério não queira imaginar). Como sou filha única realmente gosto da sensação de casa cheia, barulho e risadas altas. Nós nos damos surpreendente bem...

E agora aqui estou eu, em setembro de férias.

Já é um costume meu visitar minha família em São Paulo, tenho tios e primos que vivem lá e pelo menos uma vez ao ano gosto de ir vê-los. Me sinto bem quando estou com eles, tirando a parte que minhas primas já estão casadas ou namorando.

-Alana, você não tá namorando ninguém? Tipo, nem tem um crush na faculdade? - perguntou minha prima com o filho nos braços no meio de um almoço de domingo em família.

-Bom, não! Não existem homens corajosos como antigamente. - respondi me sentindo uma velha.

-Concordo prima, o que é um leão raivoso perto de Alana Christina não é!?  - disse meu primo fazendo toda família cair na risada.

-Haha. - rio irônica. - Como você é hilário primo, você fala como se eu nunca tivesse namorado antes né… Me poupe!

Sim. Já namorei, por incrível que pareça, duas vezes para ser exata, no primeiro namoro eu tinha 14 anos, foi bom mas logo me cansei, eu era muito nova e ele era 7 anos mais velho que eu, acabou de maneira amigável e valeu a experiência.

O segundo namoro eu estava com 17 é ele tinha 31, sim eram 14 anos de diferença, não sei porque mas não gosto de homens da minha idade, sinto que eles não dão conta do recado, se é que me entende. Com esse foi diferente, ele foi o meu primeiro homem ( e único até hoje diga-se de passagem) na cama, ele era experiente no assunto, já tinha sido casado e tinha um filho e eu era a garota menor  de idade virgem dos sonhos mais impuros dele.

Flashback primeira vez on ~

Ele aflorou a essência masoquista que já tinha em mim… Mesmo eu não sabendo da sua existência.

-Agora que você não é mais virgem, temos que ver do que você realmente gosta na cama, tá nega? - disse ele enquanto me masturbava com seus dedos suavemente.

-Tá… - eu disse.

Eu estava totalmente nua, jogada no meio da cama, ainda insegura de ser observada daquele jeito, me sentindo estranha vendo meu próprio corpo nu sendo tocado daquelas formas.

-Ok! Faremos primeiro de uma maneira mais delicada. - ele disse já deitando sobre mim, depois de ver que eu estava devidamente molhada.

Não consegui responder, ainda pensava na dor da primeira vez (doeu pra caralho, chorei de um olho só enquanto o pau dele ia me adentrando) e junto com a insegura, só fechei os olhos e segui o meu namorado nos movimentos mais leves e delicados. De início foi bom, mas… EU NÃO SOU DELICADA PORRA… então depois de algumas penetrações tímidas, não tive como não me sentir ansiosa. Eu precisava de rapidez e de dor. DOR! Eu precisava gritar! Eu precisava ouvir ELE gritar!

-Mais… rápido… por... fa..vor! - eu implorava enquanto tentava cravar as unhas em seus braços na tentativa de puxá-lo para mais fundo dentro de mim.

-Não gosta de lento, amor? - perguntou me olhando nos olhos, e mordendo os lábios escondendo o sorriso sacana, afastando minhas mãos.

-NÃO. - grunhi alto.

Flashback primeira vez off ~

Depois disso vi que gosto de selvageria, de tapas, mordidas, unhadas, palavras de baixo escalão, puxadas de cabelo… Resumindo eu gosto de ser uma puta na cama. Não uma simples puta, mais uma puta que manda no seu macho.

Nosso namoro durou o suficiente para que ele me apresentasse ao mundo do sexo. Do mesmo jeito que ele está gravado de alguma maneira na minha história, tenho certeza que ele também foi marcado… principalmente nas costas.

        ____________________

Depois do almoço em família típico, fui convidada pela minha única prima solteira para irmos ao shopping logo mais a noite (fazer compras? Jamais o meu shopping se chama 25 de março) e eu aceitei. Seria bom andar e comer um pouco, ou muito.

Me arrumei, bem no meu estilo, CONFORTO me define, estava com uma calça jeans preta rasgada no joelho, uma blusa cinza ombro a ombro, tênis branco, um brinco de argola dourado e um boné preto. Apesar dos pesares gosto de me vestir bem, continuando confortável lógicamente né?

Amo maquiagem, mesmo tendo uma enorme preguiça de fazer, mais quando faço me transformo. Fico a maior parte do tempo sem nada, tipo nada mesmo, nem um BB Cream, nem um batom. Maquiagem leve, só para disfarçar as imperfeições? Sorry! Aqui não! Eu estava com um delineador de gatinho grosso, bastante rímel, um batom quase preto, base e iluminador para finalizar. Pronto, outra Alana nasceu!

-Aonde você vai assim hein!? - me perguntei olhando para o espelho. - foda-se. - disse a mim mesma batendo em minha própria bunda.

Chegamos ao shopping e já chamamos a atenção, lógico, duas garotas andando por aí rindo como hienas e conversando igual umas maritacas, quem não olharia para esse zoológico, né?

A melhor parte do passeio é? Comer! É isso que fomos fazer, sentamos na praça de alimentação, pensando no que iríamos pedir.

-Prima, e um x bacon egg e um refrigerante? - minha prima perguntou.

-Sim. - respondi.

Ela foi fazer os pedidos e eu esperei ela na mesa. Quando de repente… sabe aquela sensação de estar sendo observada? Aquele arrepio desconfortável que dá quando alguém tá te olhando, bom eu tava sentindo isso.

Olhei para todos os lados e me deparei com um homem, ele não tava simplesmente me olhando, ele estava me comendo com os olhos, e eu realmente não estava gostando de ser vista como um frango de padaria.

Ele tinha uma estatura normal, nem alto nem baixo, acho que era da minha altura, aparentava ter mais ou menos 40 anos e era oriental. Tinha os olhos puxados e o cabelo preto naquele corte convencional. Estava bem vestido, com óculos de grau, parecia ter uma boa renda mensal. Só o sapato dele pagava meu aluguel.

-Será que esse japonês tá com vontade de experimentar as delícias do Brasil e tá me confundindo com uma caipirinha? - falei ironicamente com a minha prima que tinha chegado com os lanches.

-Alana, fazendo sucesso internacional hein. - falou debochando.

-Olha bem pra mim, tenho cara de gostar de asiático? - disse apontando o indicador para o meu próprio rosto.

-Eu sei prima, sei que prefere os negão, mais cuidado, você pode acabar pagando língua, hein! Vai que existe um asiático por aí que te pega de jeito, aí eu quero ver. - disse jogando praga.

-Hahaha. Esse ainda não nasceu!  Tenho certeza! - disse a ela, ainda incomodada com o homem me olhando.

Continuamos andando pelo shopping e o homem parecia me seguir, tava quase chamando a segurança, quando o perdi de vista.

Amém...

Me sentei em um banco esperando minha prima que tinha entrado numa loja. Como sabia que ela iria demorar resolvi descansar.

Quando vi de canto de olho alguém sentar ao meu lado…

-Olá! - me disse o homem que me confundiu com um brigadeiro.

-… - não respondi, olhei brava franzindo a testa, já pensando na má resposta que daria quando ele dissesse algo indecente.

-Tive te olhando a um bom tempo, e acho que você percebeu… Desculpas eu realmente não queria lhe incomodar… - disse calmamente com aquele português meio chinês tipo pastel de ‘ Flango’.

-Mas incomodou bastante. - disse a ele ríspida encarando seus olhos.

-Desculpa, mais posso te fazer uma pergunta? - disse ele ignorando minha má educação.

-Não sei se vai ter resposta mais fique a vontade. - disse grosseiramente.

-Você já pensou em ser atriz?