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História A estranha sensação de amar o desconhecido - Capítulo único


Escrita por: 2GETHERtown e vickpatricia

Notas do Autor


Olha eu aqui gente, minha estreia nesse projeto maravigood!!

Não tenho muito o que dizer, leiam e se deliciem dessa baby

Capítulo 1 - Capítulo único


Fanfic / Fanfiction A estranha sensação de amar o desconhecido - Capítulo único

Mais um dia começava e o sol era extremamente incômodo para seus olhos. Levantar daquela cama era a única coisa que tinha a fazer. O despertador tocou e Sarawat sabia de seus compromissos e cumpria cada um a risca, sem falta.

—  Bom dia, Wat! —  Man e Boss entraram sem aviso. —  Viemos te fazer um convite.

—  Man, por favor, não venha… —  Sarawat mexia em seu closet, procurando um ótimo terno. —  Vocês dois, mais do que ninguém, sabem que eu vou negar. Eu tenho trabalho hoje.

—  Você tem trabalho todos os dias! —  Boss reclamou.  — Você não descansa, nem sequer deve saber ainda como é o gosto de uma bebida.

 — Isso não é necessário.  — Sarawat respondeu e logo em seguida entrou no banheiro.

 — Esse cara…!  — Boss pressionou as temporâneas e suspirou.

A verdade era que Sarawat era obcecado por trabalho. Era quase impossível alguém conseguir tirá-lo dessa rotina monótona. Ele sempre foi bastante desejado por muitos, tantos mulheres, como homens. Todavia, ninguém conseguia tirá-lo dessa rotina que ele mesmo se prendeu.

Man e Boss haviam perdido a conta de quantas vezes tinham convidado o moreno e, sempre, todas as tentativas eram em vão.

— Se você não vir conosco, você irá se arrepender. — Man falou, no momento que viu Sarawat atravessar a porta do banheiro. — Vamos!

— Vocês dois não tem trabalho? — Os dois a sua frente reviram os olhos e suspiraram. — Estou muito ocupado para perder meu tempo com vocês, bebidas e todo o resto.

— Você não sabe o que está perdendo. — Boss provocou.

— Sei, estou perdendo uma noite de horas perdidas, uma ressaca no dia seguinte… Querem que eu continue? 

Mesmo com os dois insistindo até a morte, Sarawat simplesmente deu as costas e saiu do quarto, pronto para mais um dia cansativo no trabalho. Mas ele não reclamava, já havia acostumado-se com a vida que levava. Por isso, a insistência dos amigos não fazia efeito.

— Bom dia. — Trajando um belíssimo terno azul e com o ar de uma pessoa poderosa, Sarawat saudava algumas pessoas na sala de reuniões. Todos levantaram e o saudaram. — Vamos começar? — E mais um dia seguiu. 

A normalidade de um dia bem sucedido e finalmente finalizado era extremamente gratificante para Sarawat, havia conseguido fechar um bom negócio e não passou por momentos frustrantes, pelo menos, era isso que pensava até sair do elevador.

— O que fazem aqui? — Os sorrisos sapecas dos dois a sua frente levou sua paciência para longe.

— Viemos buscar você! Não podemos nos divertir e deixar nosso irmão do peito sozinho, não é? — Man bateu levemente com o cotovelo em Sarawat. — Você vai adorar!

— Cara, sabe o que você iria adorar? — Sarawat olhava com um semblante quase que assassino, fechando logo em seguida os olhos quando recebeu um menear negativo de Man em relação a pergunta. — O meu pé na sua bunda, te jogando para o mais longe possível! Além disso, meu motorista vem me buscar.

Man deu de ombros e tanto ele, quanto Boss, não ligaram para os protestos do amigo e o arrastaram para o carro e sem esperar, entraram no veículo.

— Não se preocupe, eu disse à ele que você iria chegar tarde. Essa noite será inesquecível! — Boss gritou, no banco de trás. — E não nos olhe com essa cara de psicopata. Hoje você esquecerá a papelada, o escritório, os acordos e contratos enfiando sua cara na bebida e diversão. Você esquecerá de todo esse peso que carrega nos ombros, amiguinho. — As mãos de Boss em seu ombro resultou em uma veia pulsando em sua testa. — Veja, veja só isso! Seus ombros estão iguais a rochas! 

— Me larga! 

— Não adianta reclamar, Wat. Hoje você irá se divertir e esquecer essa vida entediante que você anda levando. — Man estava satisfeito em poder tirar o amigo do trabalho, nem que fosse por uma simples noite. 

— Eu tenho trabalho amanhã, sabia?

— Amanhã é domingo! — Tanto Boss quanto Man falaram e Sarawat viu que não tinha saída. — Além disso, você é dono da empresa, o que custa curtir a vida? Cara, nós só vivemos uma vez, que tal viver essa única vez com intensidade?

— Vocês dois são loucos.

Wat desistiu e deixou-se ser guiado pelos os melhores amigos que já tivera. Sinceramente, Sarawat se contorcia internamente por não ter recusado com mais ferocidade o pedido. Quando chegaram, seus olhos dobraram de tamanho ao ver a movimentação, luzes para todos os lados e música alta.

— Que lugar é esse? — Sarawat olhava com raiva para os amigos, que sorriam em contentamento. 

— Meu caro amigo, seja muito bem vindo ao Moonlight, uma das melhores boates da Tailândia. A melhor parte são os dançarinos! — Man olhava tudo com o seu melhor sorriso. 

— Dançarinos?

— Ah, para, já faz muito tempo que você deixou de correr atrás de saias e esta noite, meu amigo… Você irá se divertir como nunca. — Man e Boss puxaram Sarawat, já que o moreno negava-se a entrar. — Vamos! E não precisam se preocupar, o dono é um amiguinho…

— Amiguinho que faz você se divertir a noite toda, não é? — Wat falou, ironicamente. 

— Aí, nem me fale. — Man fez uma leve careta. — Você não sabe como foi difícil conquistar o Type, cada fora que eu levava era uma facada no peito. Porém, quando ele finalmente me deu uma chance… Cara, só uma noite não foi o suficiente.

— Me poupe dos detalhes. 

Eles chegaram na entrada, mas foram parados por seguranças. Porém, não se demoraram ali, já que Man tinha seus meios e após mostrar um cartão para os seguranças, eles entraram. 

— Eu disse, olha como seus olhos estão brilhando! — A empolgação na voz de Man era contagiante. — A atração principal ainda não começou, então vem, vamos achar um lugar bem legal.

A música alta e o cheiro de álcool parou de o incomodar assim que Sarawat sentou-se junto dos amigos. Ele tinha que admitir, de fato, ter ido ali não foi uma péssima ideia, distrair de vez em quando era bom.

— Man? — Wat olhou na direção da voz e viu um baixinho aproximar-se, com um singelo sorriso e deixar um beijo logo em seguida no canto da boca de Man. — Não sabia que vinha hoje.

— Eu vim trazer um amigo. — Man puxou Type para seu colo e apontou para Wat. — Ele é obcecado por trabalho, por isso resolvi trazer ele.

— Que bom. — Type sorriu. — Muito prazer, eu sou Type, dono daqui.

— Sarawat, muito prazer.

— Bom, eu preciso ir, logo nosso coelhinho irá se apresentar e preciso fazer algumas coisas. — Type selou com vontade os lábios de Man. — Se divirtam.

— Eu queria me divertir com você.

— Sério? Você sabe que eu posso te divertir muito, não sabe?

— Sei, oh se sei.

O flerte dos dois arrancou uma risada de Boss e logo em seguida, um pigarreio de Wat.

— Eu vou indo, Man. Antes de ir embora, você pode passar na minha sala, o que acha?

— Será ótimo.

— Isso porque vocês são apenas "amiguinhos", não é? — Sarawat comentou, depois que ele saiu dali.

— Wat… Ele me deixa louco. 

— Imagino.

A conversa entre os três amigos seguiu tranquilamente. As apresentações não prendiam a atenção de Wat como deveriam, ele estava começando a ficar entediado.

— Muito bem, meus queridos. — Type apareceu no palco e estava com outras roupas: calças extremamente coladas, botas pretas e blazer. — Espero que ainda não estejam bêbados, pois é agora que a nossa noite começa! Como sabem, todo final de semana temos a apresentação de nosso amado coelhinho. — Alguns gritos satisfeitos eram ouvidos. — E como aguardaram tanto, hoje ele fará sua apresentação e escolherá alguém da platéia para o acompanhar na coreografia. Espero que todos tenham sorte.

Type sumiu no meio das cortinas e logo em seguida, as luzes apagaram minimamente. Alguns feixes enfeitavam o palco, dando um ar sensual junto a fumaça rosa e a música.

— Quem é esse coelhinho? — A curiosidade de Sarawat estava cada vez mais atiçada. 

— Ele é um dos melhores dançarinos. Claro, afinal é irmão do Type.

— Irmão?

— Sim. Ao que parece, depois de tanto insistir, ele conseguiu dobrar o Type e dançar.

— Como assim?

— Type detestava a ideia de ver o irmão dançando, por isso, negou até não poder mais. Mas, Tine é muito mais insistente do que parece. — Man tomou um gole de vinho. — Ele faz faculdade, por isso dança apenas nos fins de semana. Mas, claro, ele usa máscara, seria desagradável se descobrissem que ele dança aqui.

— Você já o conhece?

— Sim, quando eu dormi na casa do Type, estava lá. Ele é uma ótima pessoa.

— Hm…

Foi apenas isso que Sarawat falou e logo em seguida as cortinas abriram. Uma bela silhueta surgia no meio da fumaça, em sua cabeça havia duas orelhas longas e brancas que chamavam a atenção;  seu rosto estava coberto por uma máscara preta, que lhe dava um ar sensual, seu torso estava lindamente sendo moldado por um pequeno blazer e suas pernas cobertas por meia calça e um pequeno short com um felpudo rabo de coelho. Todo seu look era finalizado por uma simples bota. Os homens praticamente gritaram em eufórica, assim que o tal coelhinho aproximou-se do meio do palco. Seu corpo se movia conforme a batida da música, apenas uma simples melodia sensual. 

Sarawat queria se enterrar. Apenas ver o tal Tine rebolar, subir e descer daquele jeito, seu corpo todo esquentou. Eles não estavam distante do palco, o que lhe resultava em uma bela visão do corpo do rapaz. Ele sentia o tesão naquele lugar e não era só ele que estava prestes a babar pelo branquinho, os outros assobiavam e gritavam satisfeitos. Mas, logo em seguida, assim que Tine andou até às escadas do palco, os gritos e agitação cessaram um pouco.

— Ele está vindo pra cá! — O sussurro de Man despertou Sarawat de seus devaneios. 

O olhar sensual que era direcionado para si foi o suficiente para que seu corpo travasse. Ele estava bem ali na sua frente, olhava-o com curiosidade.

— Wow, olha só quem é o sortudo. — Boss cutucou Man.

— Você pode me acompanhar? — A voz suave quase arrebenta com o coração de Wat, acelerando cada vez mais. — Venha.

A mão estendida era quase como um convite para o infinito e além, ele não sabia como reagir àquilo. Boss e Man roíam as unhas, achando que o amigo negaria, mas, para a surpresa de ambos, Tine segurou Sarawat pela gravata e o puxou, não com muita força, para o palco.

Após sentar na poltrona que havia sido posta no fim do palco, ele pode finalmente se deslumbrar com o corpo a sua frente. Alguns homens começaram assoviar de pura excitação, quando Tine iniciou uma dança na frente de Wat. Suas mãos tocavam e apertavam as pernas do moreno, a leveza de seus passos era capaz de levar Wat ao céu e logo em seguida, ao inferno. A mão boba tirava toda sanidade que um dia já teve, o desejo de tocar e sentir o calor daquele corpo frente ao seu estava grande.

— Me toque. — O sussurro em seu ouvido despertou seus instintos. Ele não queria apenas tocar, queria acabar com aquele corpo de pele alva. — Mas, não abuse.

Sarawat sorriu ladinho e resolveu acabar com sua curiosidade tocando na pele do pescoço de Tine. A música foi trocada e simplesmente, Tine jogou-se sobre Wat, se mexendo conforme a música. Sua cintura movia de um lado para o outro, suas mãos tocando o pescoço de Sarawat… aquilo definitivamente, era uma tortura. 

Logo a música se encerrou e, com isso, os passos de Tine também. As cortinas fecharam-se.

— Nossa… — Tine afastou-se um pouco e sorriu. — Você está bem?

— Eu… — Sarawat não conseguia formular palavras concretas. — Eu…

— Sim, você. — Tine olhou para os olhos do maior. Aqueles olhos negros e curiosos eram lindos demais e capazes de tirar Sarawat do eixo. — Ah, entendi. — Tine sentou sobre o colo de Wat e pode comprovar sua suspeita. — Entendo o motivo de não ter levantado... — A respiração tão próxima ao seu rosto não facilitava. — Você precisa de ajuda, não é? Eu poderia ajudar você… Seria bom, não acha? Você é tão lindo.

Sarawat queria tanto achar sua sanidade que se perdeu no meio daqueles olhos. 

— Seu trabalho não é esse. — Com um fio de voz, ele respondeu.

— Não, mas poderia abrir uma exceção para você.

— E você abre essa exceção para todos que sobem no palco com você? — A pergunta, embora tenha sido feita apenas por curiosidade, ofendeu o mascarado. — Hm?

Tine permaneceu quieto. De fato, ele nunca havia feito isso antes. Sempre quando convidava alguém para o palco, ele dançava, as cortinas se fechavam e logo ia embora, sem ao menos olhar para trás. Mas, assim que seus olhos caíram sobre Sarawat, sua vontade de ir embora sumiu.

— Não, ele não faz! — Tine e Sarawat olharam para o lado e um ser baixinho olhava para os dois, com uma sobrancelha erguida. Ao seu lado, estava Boss e Man. — Tine, o que você faz no colo dele?

— Type! — Tine se recompôs e sorriu envergonhado. — Desculpe.

— Está na hora de você se trocar e ir 'pra casa. — Definitivamente, Type não havia gostado nenhum pouquinho daquela aproximação repentina. — E você, senhor Sarawat, deveria procurar outra pessoa para brincar.

— Meu bem, se acalme. — Man, com todo o carinho do mundo, tentou amansar o pequeno ao seu lado. 

— Vamos Tine, vá logo. — Ele não pôde falar nada, abaixou a cabeça e saiu dali.

— Você é o tipo de irmão ciumento? — Após o sangue ter voltado para os lugares certos, Sarawat perguntou. — Acho que ele é bem crescidinho.

— Sim, mas isso não muda o fato dele ser meu irmão! 

— Não, não muda. — Ele levantou e olhou para Type. — Eu não iria fazer nenhum mal à ele. 

— Não? Desculpe, mas o pior erro que existe é confiar apenas em palavras. — Type suspirou. — E sinceramente, você não é o tipo de cara para o meu irmão.

— E que tipo de cara você acha que eu sou?

— O que pega qualquer um, o que não pensa duas vezes em dormir com alguém, o que tem várias e várias pessoas correndo atrás e que faz o que tem que fazer e deixa a pessoa para trás. — Type falava calmamente.

— Type, Você acha mesmo que ele, o Wat, seja assim? — Boss perguntou analisando cada "afirmação". — Acho que ele deve fazer isso com as várias pastas que ele tem no escritório de casa e na empresa. 

— De fato, eu não sou assim. — Ele ajeitou o terno. — Eu sou um homem muito ocupado e não tenho o tempo suficiente para fazer tudo isso que você diz. Não sou esse tipo de pessoa e não creio que serei tão cedo. — Type olhava seriamente para Sarawat.

— Que seja! — Type suspirou. — Eu não quero você perto do meu irmão. 

— Como queira. — Type saiu dali. — Cara… — Sarawat suspirou. 

— O que foi aquilo? — Boss perguntou, referindo-se ao acontecimento anterior. — Vocês estavam prestes a se comerem apenas com os olhos.

— Eu também não sei. Quando percebi, ele já estava no meu colo. — Man e Boss apenas deram de ombros. — Eu acho que já vou embora.

— Tem certeza? — Man perguntou, aproximando-se do amigo. — Mal aproveitamos a noite.

— Acho que já aproveitei o suficiente. Então, vou embora.

O moreno não disse mais nada, simplesmente procurou a saída. Ele poderia aproveitar a noite como qualquer pessoa, mas ele não conseguiria. Não com Tine em sua cabeça, com aquela boca que parecia extremamente deliciosa e pedindo para ser beijada. Ele andou com calma até a saída e quando finalmente estava fora, respirou fundo.

— Minha cabeça está doendo. — Reclamou. Ainda teria que revisar alguns documentos quando chegasse em casa, mas achava que a distração em sua cabeça talvez não deixaria que ele atingisse esse objetivo.

 

— Você é muito fraco para noitadas, não é? — Seus pensamentos foram interrompidos no momentos que escutou aquela voz. Os pêlos de seu corpo se arrepiaram. — Deveria sair mais vezes.

— Eu sou uma pessoa um pouco ocupada. — Não tinha como negar, mesmo com roupas simples, Tine tinha uma beleza que acabava com Sarawat. — Sabe, as orelhas e o rabinho de coelho fazem falta.

— Como assim? 

— Você fica muito sexy com aquela roupa. — O comentário sincero ruborizou as bochechas de Tine. — Não fique com vergonha, estou falando a verdade.

— Algumas verdades não precisam ser ditas! — Rebateu, sentindo o rosto queimar. — E bom, obrigado.

— Tine, não é? — Ele assentiu. — Ainda está cedo, você gostaria de me acompanhar em um jantar? 

— Jantar?

— Sim. Infelizmente, graças aos dois idiotas que eu tenho como amigos, não pude comer. Adoraria ter você como companhia, o que acha? — Sarawat sorria gentilmente. Embora parecesse, ele não tinha segundas intenções no convite. De fato, ele estava bastante faminto. — Então, o que me diz?

— Apenas jantar, não é? — Sarawat assentiu. — Está bem, vamos. Mas, se tentar algo que eu não goste, você pode ter certeza que irá se arrepender.

— Não fique tanto na defensiva, estou fazendo este convite pelo simples fato de querer comer e ter companhia. — Ele aproximou-se do rapaz. — Irei mandar uma mensagem para o motorista vim nos buscar.

Tine e Sarawat continuaram conversando e, aos poucos, iam se conhecendo. No decorrer do bate papo, Tine descobriu que Sarawat era solteiro e morava sozinho, fato que despertou a curiosidade do branquinho, visto que Sarawat possui uma beleza invejável e com toda certeza, muitos caíam aos seus pés por causa do dinheiro. Depois de dez minutos, o motorista de Sarawat finalmente apareceu e o moreno abriu a porta do carro para que Tine entrasse.

— Boa noite, senhor, irá para mais algum lugar? — Perguntou o motorista, estranhando a companhia, já que Sarawat não costumava andar com qualquer pessoa e ele conhecia todas as poucas pessoas que ele andava.

— Sim, nos leve no restaurante de sempre. — O motorista apenas assentiu. — Mas, e você Tine, tem algum namorado ou namorada?

— Não. Ainda não tive a oportunidade de conhecer alguém que despertasse algo em mim… — Sarawat assentiu e Tine virou o rosto para a janela. — Até agora. — A última frase não foi ouvida, ele havia falado tão baixo, quase como um sussurro. — Mas, e você? Digo, você é bonito… Deve ter várias pessoas aos seus pés. Por que ainda está solteiro?

— Tine… — O olhar profundo de Sarawat era capaz de acabar com o pobre coração de Tine, seus batimentos aceleraram mais do que ele pôde imaginar.  — Eu não quero alguém aos meus pés, quero alguém ao meu lado. — Ele se aproximou. Os poucos centímetros eram tentadores para não serem mais nada e acabar com a distância. — Quero alguém que desperte em mim desejo, paixão e acima de tudo… Amor.

— Entendo… E nunca teve alguém que despertasse esses sentimentos em você? — Ele queria saber, queria ter certeza se teve alguém ou não. 

— Você quer saber? — O menear em concordância arrancou um sorriso lindo dos lábios de Sarawat. — Levante o vidro. — Sarawat direcionou seu olhar para o motorista e logo o mesmo apertou um botão, revelando o vidro que impedia o motorista de ver os dois. — Até hoje, antes de vir para essa boate, não tinha ninguém capaz de despertar esses sentimentos em mim. 

As respirações se encontravam. Os lábios de Wat quase pinicavam com a vontade de acabar com aquela mínima distância. 

— E agora? — Tine, curioso e sedento por uma resposta, aproximou um pouco mais. — Teve alguém?

Sarawat não respondeu, erguendo uma das mãos e alcançou a nuca de Tine, fazendo um leve carinho logo em seguida.

— Você quer mesmo saber a resposta? 

— Quero… Eu quero.

A distância acabou quando Sarawat puxou Tine em sua direção. Antes que Tine percebesse, Sarawat invadiu a boca dele com a língua, pedindo espaço. O beijo havia começado intenso e continuou na mesma intensidade, as mãos bobas faziam seu trabalho. Era quase impossível se manter são com Tine suspirando com seus toques. Sarawat queria mais e precisava de mais. 

— Tine… — Sarawat puxou Tine para seu colo, seus corpos imploravam  por mais contato, mas Sarawat não tinha certeza se o rapaz em seu colo iria querer o que ele queria. 

— Senhor, chegamos. — Assim que ambos escutaram a voz do motorista eles se afastaram. 

— Certo, obrigado. — Sarawat tocou o rosto de pele macia e levemente avermelhada de Tine. — Isso foi ótimo.

Tine sorriu timidamente e saiu do colo do moreno. Ele estava contente, não poderia negar que o beijo de Sarawat quase o fez esquecer do mundo exterior e pensar apenas no momento que nunca havia vivido, como se seu corpo fosse entrar em combustão. 

— Vamos? — Tine assentiu e logo o motorista abriu a porta. Mas, de vez de sair, a única coisa que Tine fez foi esbugalhar os olhos e sentir seu queixo cair. Nunca havia visto um lugar assim antes.

— Tem certeza que viemos apenas para comer? — Sarawat sorria com a carinha fofa que Tine fazia. — Esse lugar parece um daquele restaurantes cinco estrelas que passa em filmes.

— Não exagere, é apenas um restaurante comum. — Sarawat segurou a mão de Tine e o guiou para a entrada do restaurante.

— Boa noite, senhor Sarawat. — A recepcionista tinha um sorriso que poderia ser capaz de rasgar seu rosto. — Que surpresa vê-lo aqui! — Mas, o sorriso desapareceu no momento que seus olhos caíram nas mãos juntas e no rosto de Tine. — Mesa para dois? — Perguntou seriamente.

— Sim e por favor, em um lugar um pouco mais reservado. 

Ela assentiu e depois de um minuto e meio, ela guiou os dois para a mesa. Infelizmente, Tine não estava sentindo-se muito à vontade, devido aos vários olhares em sua direção. Afinal, muitos sabiam quem era Sarawat e tinham a certeza de que ele não ia com ninguém aquele restaurante.

— O que você irá pedir? — Tine olhava o cardápio com calma, mas não sabia o que escolher.

— Pode ser o mesmo que o seu. — Respondeu rapidamente. 

Sarawat chamou o garçom, fez os pedidos e também pediu vinho e sobremesa. O moreno estava satisfeito como nunca antes, a companhia de Tine revelava seus melhores sorrisos e olhares. Era tão estranho estar ao lado de alguém que acabou de conhecer e, mesmo assim, apenas a presença de Tine era o suficiente para deixar o moreno feliz.

— Você costuma vir muito aqui, não é? — Tine perguntou, incomodado com os olhares nada discretos na direção deles.

— Na verdade sim, mas você é a primeira pessoa que trago aqui. — Tine sentiu seu corpo todo ficar tenso no momento que a mão se Sarawat pousou sobre a sua em cima da mesa. — Não costumo sair muito, só sai hoje porquê Man e Boss praticamente me arrastaram para aquele lugar. Porém, devo admitir que agradeço internamente por isso. Se não fosse pela insistência deles, eu não tinha conhecido você.

Um sorriso discreto brincou nos lábios de Tine. Também estava feliz por ter conhecido Sarawat, mais do que ele imaginava.

— Com licença. — Uma moça aproximou-se com os pedidos em uma mesinha. — Aqui está seus pedidos, senhor. — Ela fez questão de abaixar o torso e mostrar mais seu decote.

Esse ato incomodou Tine. A moça descaradamente encostava-se em Sarawat, alegando logo em seguida ser um acidente e pedindo desculpas com um sorriso provocante. Ela terminou de colocar tudo sobre a mesa e pegou um cartão do bolso.

— Se algum dia quiser companhia, basta me ligar. — No momento que ela estendeu o papel para Sarawat, Tine pegou.

— Desculpe, mas ele já está muito bem acompanhado. Então, entregue esse número para alguém que mereça alguém como você: sem vergonha. — Ele amassou o papel com toda sua força. — Agora que você entregou os nossos pedidos, pode ir e muito obrigado.

Sem ação a isso, Sarawat permaneceu calado, olhando profundamente para o rapaz a sua frente. Ele sabia que aquela moça estava se insinuando e como sempre, estava pronto para despachar, mas Tine foi muito mais rápido. 

— Desculpe por isso. — Com as bochechas coradas e o olhar fixo em qualquer canto que não fossem os olhos de Wat, Tine se desculpou. — Eu não deveria ter feito isso.

— Não se preocupe, você me poupou de gastar saliva com ela. — O sorriso de Wat foi o suficiente para Tine sentir-se aliviado. — E você falou certo, eu já estou muito bem acompanhado.

Depois disso, os dois continuaram com o jantar. O clima agradável fez Tine soltar-se e sentir-se mais à vontade.

— Eu posso ajudar você a pagar. — Tine não havia percebido os preços e seus olhos dobraram de tamanho quando chegou a conta.

— E por que você faria isso? — Sarawat entregou um cartão para o garçom. — Eu o convidei, não precisa se preocupar.

— Mas…

— É sério. — Ele interrompeu Tine. — Não se preocupe.

Sarawat seguiu o garçom para resolver as últimas contas. Tine o seguiu com os olhos, como ele era bonito. Seu corpo naquele terno era quase um pecado para o menor, ele queria tocar mais naquele corpo. “Mas sem o maldito terno”, pensou, com as bochechas ruborizadas.

Tine parou de secar Sarawat quando viu seu celular vibrar e já sabia quem era.

— Onde você está? — A voz raivosa do outro lado da linha fez Tine levar uma das mãos aos olhos e cobri-los. — Tine, me diga onde você está!

— Eu estou em um restaurante. — Respondeu baixinho.

— Restaurante? Como assim? Com quem você está? — Tine revirou os olhos, às vezes a superproteção de seu irmão mais velho era sufocante.

— Eu estou bem, não precisa se preocupar.

— Como não? Com quem você está? — Tine sabia que Type não iria gostar nenhum pouco de saber que ele estava com Sarawat. Ele ficou calado por alguns segundos e escutou ao fundo a voz de Man dizendo para Type se acalmar.

— Eu estou com um amigo.

— Qual deles? — Type às vezes ultrapassa qualquer limite de paciência. 

 

Tine iria responder, mas seu celular foi pego e quando olhou para o lado, viu Sarawat colocando o celular no ouvido.

— Alô. — Sarawat escutou o silêncio e também, a voz baixa de seu amigo.

O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM O MEU IRMÃO? — Por um momento, o moreno achou que seus tímpanos fossem estourar.

— Calma, não precisa ficar assim, ele está bem. — Sarawat segurou a mão de Tine e o arrastou para fora. — Amanhã ele estará aí, não precisa se preocupar.

— Amanhã? Nada disso, pode trazer meu irmão de volta se não eu acabo com você! — Sarawat tentava imaginar a cara de Type.

— Ele ficará bem. Pode confiar.

— Confiar em você? Não, eu não sou louco.

— Type, pergunte ao Man que tipo de pessoa eu sou… Tine ficará bem e se quiser, Man tem meu endereço. — Sarawat abriu a porta para Tine. — Ele ficará bem.

— Não sei porque, mas não consigo confiar em você. — Um suspiro foi ouvido. — Sarawat, se fizer mal ao meu irmão, eu acabo com você!

— Eu nunca faria nada que acabasse com o sorriso maravilhoso que ele tem. — Tine queria achar o buraco mais fundo para se enterrar, ele estava muito envergonhado. — Ele estará na sua casa amanhã.

— Merda… Está bem, mas passe o celular pra ele. 

Assim Sarawat fez. 

— Tine… Você tem certeza? — Tine sabia sobre o que o mais velho falava.

— Sim. — A firmeza em sua palavra foi suficiente para fazer Type suspirar novamente. — Eu vou pra casa amanhã de manhã, não se preocupe. Eu também estou com algumas roupas… — Tine segurou a pequena mochila que havia levado e vasculhou algumas coisas. — Estou com roupas, dinheiro… Eu não sou uma criança, eu sei me cuidar.

— Mas… Está bem, como quiser. Amanhã eu vejo você, não é? 

— Sim.

— Tine, eu me preocupo porque te amo, você sabe.

— Sim, eu sei. Eu também amo você. — Tine despediu-se e olhou para Sarawat. — Nossa… Não sei como, mas ele não veio atrás de mim. Talvez seu amigo seja bom em convencer as pessoas.

— Você não faz ideia.

A ida até a casa de Sarawat foi calma, além de ser cercada com risos maravilhosos de Tine. Sarawat estava amando. Era incrível como conseguia ver até os pequenos detalhes em Tine e cada um deles eram maravilhosos.

— Chegamos. — A voz do motorista acabou com a conversa e Sarawat saiu do carro, dando espaço para Tine passar. — Senhor, ainda precisará dos meus serviços? — Sarawat negou. — Então, vejo o senhor amanhã.

Eles se despediram do motorista e andaram até o elevador. Sarawat morava no último andar por gostar de ver a beleza da cidade toda noite, foi conveniente comprar.

— Pode entrar. — Quando Tine entrou, ficou admirado com tudo. A decoração não era extravagante, era bastante acolhedora e agradável. Além disso, a sala de estar era imensa. — Você quer beber algo? 

— Na verdade, eu gostaria de tomar um banho. 

— Tem um banheiro no corredor, um no quarto de hóspedes e um no meu… Venha.

Sarawat puxou Tine para o corredor, eles andaram um pouco até chegar no quarto do moreno. Tine não pode deixar de ficar encantado, o quarto era imenso.

— Não sei como consegue morar aqui sozinho. — Tine olhava tudo com calma.

— Depois de hoje, acho que não vou mais conseguir. — Tine sentiu os pelos de sua nuca arrepiarem, quando sentiu a respiração do maior tão perto de sua nuca. — Tine… Eu não sei como, mas você conseguiu me arrancar da minha vida e querer uma nova. — O beijo molhado na pele alva, resultou em Tine ter suas pernas bambas. Sarawat agarrou-o pela cintura. — Me fazendo querer mudar o mais rápido possível… Sabe, quando eu te vi naquele palco, com aquela fantasia, confesso que algo em mim mudou.

— E… E o que seria? — Os beijos em seu pescoço eram incríveis e faziam com que ele quisesse mais. 

— Você quer descobrir? — Sarawat subiu suas mãos, tocando com certa possessividade o corpo do rapaz.

— Quero… 

— Você tem certeza? 

Ambos sabiam o que estava acontecendo ali e não queriam se negar a esse momento. Seus corpos já imploravam para que eles retirassem as roupas.

— Wat… — Tine virou-se de frente para o moreno e tocou seu rosto. — Você gostou quando eu dancei no palco.

— Você não tem noção de quanto.

— Está bem. — Tine se afastou. — Pode me dar uma toalha? 

Sarawat não entendeu o motivo de Tine ter se afastado tão repentinamente mas, fez o que foi pedido e entregou a toalha para Tine.

— Não tem problema eu tomar banho aqui, não é? — Sarawat negou. — Então, vá tomar banho e depois volte para cá.

— O que você vai fazer?

— Surpresa! Agora vá.

 

Sarawat saiu do quarto e, no mesmo momento, Tine andou até sua pequena mochila, tirando de lá um pequeno short com um rabinho felpudo atrás, retirou uma tiara com grandes orelhas e uma meia calça preta…

Ele queria… Queria tanto.

 

(...)

 

Depois de quase dez minutos no banho, Tine finalmente havia terminado. Ele enxugou o corpo e tratou de vestir-se.

— Tine? — Sarawat entrou no quarto com cautela, não sabia se o outro já tinha se vestido.  Mas, para sua surpresa, Tine ainda não havia saído do banheiro, as luzes estavam apagadas e a única luminosidade no quarto era ocasionado pelo brilho da lua. Sarawat andou até a grande varanda para admirar as luzes lá embaixo e viu que estava uma linda noite.

— Sarawat… — Wat escutou a voz de Tine e virou-se para olhar na direção que o menor o chamava. 

— Tine… — Ele não sabia o que dizer, seu corpo estava rijo e o incômodo repentino no meio de suas pernas o foi o suficiente para o deixar sem palavras.

— Gosta do que ver, Wat? — A voz melodiosa de Tine brincou com a sanidade de Sarawat. — Diga algo… O coelho comeu sua língua? 

“O que eu quero é comer o coelho”. Os pensamentos de Sarawat estavam bastante agitados e o imaginar submisso foi uma linda visão.

Ele respirou fundo e andou até o rapaz fantasiado. Suas mãos coçaram para tocar aquele corpo. 

— Você… Você é lindo, sabia? — Sarawat tocou com calma o rosto de Tine.

— Venha. — Ele puxou Sarawat até uma cadeira e o sentou ali.  — Fique aí e não se mexa, toque ou reclame. 

— O que você vai fazer? 

— Dançar para você. — Tine se afastou e ligou a caixinha de música, que sempre levava para onde fosse.  — Espero que goste.

A melodia da música iniciou, Sarawat sabia que música era aquela: Earned it, do The Weeknd. Tine virou de costas para o moreno e desceu lentamente, sua mão tocando com calma o próprio corpo. Suas pernas alongando-se no chão.

 

Ele aproximou-se e tocou os ombros de Wat.

 

“Você faz isso parecer mágica

Pois eu não vejo ninguém, ninguém

Além de você

Eu nunca estou confuso

Eu estou tão acostumado a ser usado”

 

Ele cantou ao pé do ouvido do maior, com sua mão passeando tranquilamente pelo torso, logo chegando no pescoço. 

 

“Então, eu amo quando você liga de surpresa

Porque eu odeio quando os momentos são esperados

Então, eu vou cuidar de você

Eu vou cuidar de você, você, você”

 

Sarawat pousou as mãos nos braços a cadeira, segurando-se para não atacar aquele corpo que brincava com sua mente. A música e a sensualidade de Tine acabava com sua sanidade que, desde que conheceu Tine, o deu essa vacilada.

 — Tine… — Arfou sentindo as mãos de Tine passearem próximo a sua virilha. 

Tine sorriu e afastou-se, ficando de costas novamente. Seu corpo desceu e subiu, sua bunda sendo empinada a cada segundo, sua respiração ficou pesada e seu corpo esquentando.

Suas mãos passeavam por suas nádegas e as apertava propositalmente, a música continuava aumentando a tensão sexual do local. A lua era testemunha da luta interna que Sarawat estava tendo por não poder tocar naquele corpo, de poder passar suas mãos com força e deixando sua marca. 

 

“Você sabe que nosso amor seria trágico

Então você não se importa, não se importa

Não importa

Vivemos sem mentiras

Você é meu tipo favorito de noite”

 

Tine girou, tocando em seus mamilos e suspirou ao sentir os dois rijos e pedindo atenção, mas deixou de lado e continuou movimentando seu corpo conforme a música. De um lado para o outro, tocando-se de uma maneira provocante.

Ele aproximou-se novamente da cadeira onde Sarawat praticamente babava. Tocou o rosto do moreno, passou o dedo indicador nos lábios e aproximou os rostos, logo sua língua brincava com os lábios, porém ele não tinha intenção de beijar Sarawat.

 — Tine, isso é tortura.  — Gemeu no momento que sentiu Tine tocar o volume no meio da calça que vestia.  — Por favor…

 — Calado.  — Tine apertou o volume e sorriu.  — Eu vou cuidar de você.  — Ele repetiu junto a música.  — Mantenha suas mãos longe do meu corpo. — Sarawat apertou os braços da cadeira, assim que Tine ficou de costas e sentou em seu colo.  — Você sempre vale a pena.  — Cantou rebolando no colo de Sarawat. Suas pernas se abriram quando tocou uma batida e fecharam-se novamente. Sua cabeça rodou e ele esticou as pernas para frente. 

 

“Naquela noite solitária

Nós dissemos que não seria amor

Mas sentimos a adrenalina…”

 

Tine jogou o corpo para trás e apoiou a cabeça no ombro de Sarawat, ainda rebolando no colo do moreno. Não conseguia parar, era a primeira vez dançando para alguém e mesmo que tentasse, seu corpo ainda queria fazer mais e mais. Suas mãos passearam por seu corpo, cada movimento sendo observado por Wat, ele tocou seus mamilos e apertou. 

— Tine… Você vai me deixar louco. — Sarawat arfava a cada segundo, sentindo seu membro inchar. — Por favor.

Você sempre vale a pena. — Tine cantou e levantou, a música estava chegando ao fim e sua apresentação também. Seu corpo moveu-se mais alguns segundos e a última batida anunciou o final da música. Tine segurou a caixinha, pronto para desligar.

— Não. — Sarawat levantou e andou até ele. — Coloque-a de novo. 

— Por que? — Tine sentiu as mãos de Wat tocarem suas costas e descerem até sua cintura.

— Eu quero ouvi-la enquanto eu estou comendo você. — A resposta só fez o coração de Tine acelerar. — Eu quero que cada batida dessa música se mescle aos seus gemidos. 

Tine não sabia o que dizer, apenas apertou o botão da caixinha e a música iniciou. 

Sarawat colou seu corpo ao de Tine e respirou fundo, ao sentir as nádegas do rapaz baterem de encontro ao seu pênis.

— Quero que chame pelo meu nome. — Ele andou com Tine até a cama. — Quero que solte seus gemidos e não pare.

Tine arfou quando foi virado de frente e jogado na cama com certa força, mas nada que o machucasse. Sarawat tirou a camisa que estava vestido, admirando o corpo sobre a cama.

A voz do cantor espalhou-se pelo quarto, agitando cada célula de ambos os corpos. A adrenalina passeando por suas veias, fazendo os corações baterem como nunca.

— Wat… — A voz de Tine saiu em um sussurro, seus mamilos estavam sendo acariciados pelos dedos de Sarawat. Ele arfava a todo momento, sentindo seus mamilos serem torturados sem piedade pelo maior. 

A língua de Sarawat tocou com força e ousadia o mamilo direito. Tine levantou o torso, buscando por mais contato com o músculo.

— Wat…

— Me diga o que você quer. — Sarawat passeou suas mãos nas pernas e coxas fartas de Tine. Queria arrancar aquela meia calça. — Eu só farei se você me falar o que quer.

— Wat, por favor. Eu acabei de dançar para você… 

— Sim e você não sabe como amei esse show. — Sarawat passou a língua na parte interna das coxas de Tine. De repente, a curiosidade atiçou. — Tine, você já dançou assim para alguém?

— Por que? — O sorriso travesso de Tine não agradou Sarawat e ele pegou na beirada da meia calça e a puxou. — Sarawat! Essa meia calça foi cara, sabia?!

— Você não respondeu minha pergunta.

— Você… — Tine sorriu ladinho e rodeou suas pernas na cintura do maior, trazendo-o para si. — É o primeiro. É a primeira vez que faço isso para alguém, meu irmão sempre foi bastante protetor e, também, não havia aparecido alguém que conseguisse me incentivar para fazer isso.

— Devo acreditar?

— Deve. Sabe por quê? — Sarawat negou. — Porque eu não sou uma puta que deita com qualquer um. — Tine apertou mais suas pernas ao redor do corpo do moreno. — Eu não deixo qualquer um passar as mãos no meu corpo. Por incrível que pareça, eu quero você. — Tine tocou o rosto de Sarawat e sorriu gentilmente. — Eu quero que você toque meu corpo, beije minha boca, aperte minha pele contra sua e que esteja dentro de mim, indo cada vez mais fundo.

As palavras de Tine conseguiram acabar com qualquer razão que o moreno tinha. Sarawat não esperou mais tempo e puxou a meia calça, rasgando-a por completo.

— Wat! — Ele reclamou.

— Eu posso comprar quantas você quiser, essa não fará falta. — Sarawat juntou seus lábios aos de Tine, não esperando resposta ou reclamações sobre o tecido rasgado.

Sua língua invadiu sem aviso a cavidade bucal de Tine. O barulho e sucções e arfares se espalharam no quarto, os lábios sendo maltratados em meio a um bruto beijo, mas cheio de sentimentos. Tine apertou mais Sarawat contra seu corpo, buscando sentir o calor que Wat tinha.

— Wat… — Os gemidos de Tine eram como uma melodia para o moreno. Os lábios vermelhos, assim como as bochechas, era uma ótima visão. — Por favor.

— O que você quer? 

Sarawat retirou o pequeno short que Tine vestia e sorriu, ao se deparar com o menor totalmente a sua mercê e respirando pesadamente. 

— Essa é uma das melhores visões da minha vida. — Sarawat comentou, tocando com possessividade a pele de Tine. — Veja, você está tão sedento assim? — Sarawat tocou o membro que expelia um pouco de pré gozo e sorriu quando Tine se contorceu sobre o colchão. 

Os movimentos de vai e vem iniciaram no membro rosado de Tine. A cada movimento, este suspirava e gemia o nome de Wat.

— Me diga o que quer. — Tine continuou gemendo. — Se não me falar, eu não vou saber o que fazer. 

— Por favor… — Quase que em súplica, Tine falou. — Eu…

— Sim? — Ele incentivou.

— Eu preciso de você dentro de mim. — Sarawat sentiu seu membro dar uma certa “pulada” assim que ouviu essas palavras. 

— Como desejar.

Sarawat levantou retirou as últimas peças de seu corpo, cada movimento seu sendo visto por Tine. Assim que sua cueca caiu, o alívio o atingiu.

— É isso que você causa em mim. — Sarawat afastou-se e andou até uma pequena cômoda. 

— Não sabia que você tinha essas coisas… Acho que muito já deitaram na sua cama. — Tine apoiou a cabeça sobre a mão, vendo Sarawat se aproximar com um pote de lubrificante e uma camisinha. 

— Na verdade, para minha cama, você é o primeiro. — Sarawat puxou Tine pelas pernas, tendo a maravilhosa visão dele. — Eu não trago ninguém para a minha cama ou minha casa, você é o primeiro. — Tine sentiu quando os dedos melados e gelados tocaram sua entrada. — Eu não sou o homem que sai comendo qualquer um.

— Eu devo acreditar? — Sarawat lembrou-se dele fazendo a mesma pergunta para Tine minutos atrás. 

— Deve. Sabe por quê? — Tine negou e nesse momento, ele arqueou o corpo ao sentir um dedo invadir seu corpo. O incômodo era claro, mas logo passaria. — Eu não sou um safado que sai com qualquer um e também sou o tipo de homem que prefere um compromisso sério do que brincar de casal.

— E você já sa-sabe com quem? — Não tinha como negar, Tine queria uma resposta, essa que fosse ao seu favor. Ele sentiu mais um dedo dentro de si e suspirou pesadamente.

— Alguém já disse que você é curioso demais? — Tine assentiu. — Muito bem.

Sarawat enfiou mais um dedo na entrada de Tine e movimentou-os com certa avidez, buscando alargar mais o branquinho, para que ele não se machucasse ou se incomodasse. 

— Acho que você já está pronto. — Sarawat colocou a camisinha, jogou mais um pouco de lubrificante em sua mão e passou em seu membro. — Posso?

Tine assentiu, abrindo mais as pernas para que Wat se acomodasse no meio delas. Seu membro pulsava na sua mão.

— Relaxe. — Pediu e, com calma, foi entrando em Tine. As paredes internas apertavam com força seu membro, o calor interno que sentia era extremamente delicioso, os gemidos de manhosos de Tine também não facilitava sua situação. Assim que conseguiu colocar todo seu membro em Tine, Sarawat esperou, daria o tempo que o menor precisasse para se acostumar consigo dentro de si.

— Wat… Se mova. 

As estocadas lentas e torturantes iniciaram e Sarawat queria aproveitar cada segundo, indo fundo e voltando. 

— Mais rápido.

Tine pediu e logo foi atendido. O som das coxas de Wat batendo contra as nádegas de Tine espalhou-se pelo quarto, assim como os gemidos do branquinho.

Sarawat ergueu uma das pernas de Tine, buscando ir mais fundo, cada vez mais. 

— Wat… Eu…! — Tine sentia seu ápice aproximando-se. 

Sarawat saiu de dentro de Tine e recebeu um olhar de reprovação.

— Calma. Vem aqui. — Sarawat sentou-se, encostando suas costas na cabeceira da cama. Tine se aproximou e sentou sobre o colo do moreno, sentindo o membro invadindo-o novamente. — Deixarei por sua conta.

Tine subia e descia no colo do maior, sua cintura era segurada com força.

— Ah… Wat. — Gemeu sentindo sua próstata ser acertada diversas vezes e mais uma vez, sentindo o ápice aproximando-se. — Eu… Eu vou gozar.

— Goze… — Sarawat sentia que já estava para alcançar seu clímax.

Com mais algumas estocadas, Tine gemeu alto e apertou seus dedos nos ombros de Wat. Seu gozo sujou ambos os corpos e, logo em seguida, Sarawat gozou dentro da camisinha, sentindo os espasmos em seu corpo. 

— Isso foi… — Tine apoiou a cabeça no ombro de Sarawat.

— Incrível. — Sarawat acrescentou. — A melhor transa da minha vida.

Tine riu satisfeito, para ele também havia sido incrível.

— Sim. — Ele falou baixinho e tirou o sorriso de seu rosto. — Wat… — Ele olhou para Sarawat com os olhos arregalados. — Você está… Você está ficando duro!

Sarawat sorriu.

— Que tal mais um rodada? — Sarawat deitou Tine novamente e saiu de dentro dele. — Não se preocupe, eu ainda tenho uma caixa cheia de camisinhas.

Tine quase engasgou com sua própria saliva ao ver Sarawat pegar uma caixinha. A noite com certeza seria bastante agitada.

 

(...)

 

O sol invadiu o quarto, o vento balançava as cortinas e o barulho de pássaros se espalhavam. Tine sentia seu corpo cansado e a vontade de sair do meio das cobertas era quase nula. Seus olhos ainda estavam fechados, virou para o outro lado e esticou os braços, mas ao sentir o lugar vazio, abriu os olhos.

Ele olhou para os lados e viu que estava sozinho naquele quarto.

— Wat. — Chamou, achando que o outro poderia estar no banheiro. Mas, como não teve resposta, preferiu se levantar e arrependeu-se assim que fez tal ato. — Droga!

Suas pernas estavam fracas e sua cintura doía um pouco. Rapidamente, as lembranças da noite passada invadiram sua mente, resultando em suas bochechas terrivelmente ruborizadas.

Depois de um longo e bom banho, saiu do quarto usando uma das blusas sociais de Sarawat.

— Bom dia. — Cumprimentou o outro, que estava concentrado no notebook a sua frente.

— Bom dia. — Sarawat respondeu com um sorriso. Ver Tine com sua roupa e a carinha de sono era ótimo para seu dia. — Como você está?

— Um pouco dolorido. — Ele se aproximou e Sarawat o puxou para seu colo. — Você acabou comigo.

— Não sei se devo me sentir bem ou não. — Tine sorriu, sentindo Wat massagear suas coxas. — Coma alguma coisa.

Tine não ligou para que o outro disse e repousou a cabeça no ombro dele. Sarawat lhe transmitia sensações agradáveis.

— Man me disse que está trazendo seu irmão aqui. — Tine assentiu, sentindo Sarawat cheirar seu pescoço. 

— Até que ele custou. — Tine suspirou, lembrando que Type iria falar até não poder mais. — Achei que assim que eu acordasse, estaria aqui com a mesma cara de sempre.

— Que tipo de cara, Tine? — Tine abriu os olhos, que nem havia percebido que tinha fechado. Type olhava calmo para os dois a sua frente. — Bom dia, Sarawat.

— Bom dia, cunhado. — Tine sentiu seu coração bater rápido ao escutar isso.

— Passou uma noite juntos e já se acha no direito de me chamar de cunhado? — Man e Type se aproximaram e sentaram-se junto aos dois. — Como você está, Tine?

— Eu estou bem.

— Que bom. — Type sorriu.

— Tine, o Wat não deve ter deixado você dormir, não é? — Man recebeu uma cotovelada de Type. — Aí! 

— Você já comeu alguma coisa? — Type perguntou, colocando um pouco de suco de uma jarra que estava sobre a mesa. — Tome.

— Ah, Wat, aqui está o que você me pediu. — Man pegou algumas sacolas e entregou para Sarawat. — Pode não acreditar, mas o Type me ajudou a escolher.

— Hm. — O moreno mexeu nas sacolas e estendeu algumas para Tine. — Veja se você gosta.

— O que é isso? — Tine arregalou os olhos ao ver o conteúdo dentro das diversas sacolas. 

— Eu escolhi conforme os gostos dele. — Type falou e sentou ao lado de Man. — Tine, foi Sarawat que pediu para comprarmos e bom, Man não é um expert nessas coisas, por isso ajudei. 

Tine revezava em olhar para o irmão — que deu de ombros ao espanto no rosto de Tine — e para Man. 

— Wat, por que você pediu para eles comprarem isso? — Tine retirou de uma das sacolas uma fantasia de colegial, alguns pequenos shorts com rabos e várias outras coisas. Tine olhou para Sarawat e o mesmo tinha o sorriso satisfeito nos lábios. 

— Eu sou o tipo de homem que prefere um compromisso sério do que brincar de casal. — Sarawat falou e Tine sentiu seu coração acelerar. Sem que os dois percebesse, Man e Type já haviam deixado os dois sozinhos. — Eu serei o único homem que poderá ver você dançando. — Sarawat tocou o rosto de Tine. — Mas, você pode negar agora se quiser. Todavia, se não fizer isso, investirei com tudo nessa relação.

— O que você quer dizer? — Tine precisava que ele fosse mais claro. 

— Eu quero dizer que o compromisso sério que eu quero é com você. Mas, se você negar, eu deixarei você ir e nã…

Sarawat foi interrompido pelos lábios de Tine nos seus.

— Então, isso é um sim? — Tine assentiu. — Eu pediria você em casamento, mas estarei sendo rápido demais.

— Sim, vamos nos conhecer.

— Claro. — Sarawat abrigou Tine em seus braços e sorriu. — Se lembre, eu sou o único homem que pode ver você dançando. — Tine sorriu e assentiu. — Acho que poderíamos começar a usar as fantasias, o que acha?

— Você é muito apressado, sabia?

— Na verdade, eu gosto de ser intenso e, com você, eu quero usar toda minha intensidade.

 


Notas Finais


É isso. Agradeço a capista (@changbin) e beta (@Proud), esses mozões que me ajudaram a fazer acontecer essa minha estreia tão esperada por minha pessoa 😘

Dêem amor ao projeto 😍


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