História A Falsidade vem das sapatilhas - Bughead - O meu sorriso é tão verdadeiro quanto o de uma boneca

Elizabeth Cooper

Depois de respirar fundo eu entro com o meu melhor sorriso... Seria lindo... Se não fosse falso.

Vou direto para o vestiário, troco a minha roupa, pego minha garrafa e vou para sala.

Quando estou quase na porta, vejo Mia e o Sr. Jones, quando ela me vê ela vem correndo puxando-o.

- Betty! - Ela fala um pouco mais alto chamando a atenção de alguns dançarinos no corredor, ela parece feliz...

- Oi - Digo e já puxando a mesma para um abraço.

Talvez eu precisasse de um abraço... O abraço de Mia era ótimo... Porém não era o certo.

Ok agora eu estou ficando louca, não existe abraço certo... 

- Jones - O cumprimento só com um aceno de cabeça.

- Cooper - Diz o mesmo devolvendo o aceno.

- Então eu e Jug queríamos saber se você quer ir a uma cafeteria aqui perto na hora do intervalo? – Sua alegria é palpável.

Ela realmente queria que eu fosse.

Eu sei que parece estranho, mas eu queria saber se ela estava falando a verdade quando disse que ela e o Jones queriam que eu fosse ou se só ela queria mesmo.

Por que eu estou pensando nisso? Não faz diferença.

- Tem certeza... É que eu não quero atrapa...- Eu não consigo acabar a frase

- Você não vai segurar vela - Diz Jughead me cortando - Não fazemos isso em público - Ele diz olhando nos meus olhos...

- Se eu não for atrapalhar.

 Eu deveria sair mais... Por que não hoje?

- Que isso Betty, você nunca atrapalha - Mia diz com uma voz fofa.

- Ok, então eu já vou indo tenho que entrevistar umas garotas - Diz o Sr. Jones.

Quando ele faz menção de sair, Mia rouba um selinho, e o mesmo fez uma cara de bronca...

Depois disso eu e Mia fomos para a aula.

Jughead Jones

As vezes a Mia me irrita...Eu sempre deixei claro que não gosto de demostrar carinho em público...

Eu não me importo em só dar um selinho, porém eu a conheço e sei que ela só para mostrar para as garotas do corredor que eu sou comprometido...que idiotice.

Quando conheci a Mia ela era um anjo, gentil, simpática, fofa... Porém depois de um tempo ela começou a querer mostrar para todo mundo que estava comigo... Me apresentando como se eu fosse um troféu de ouro.

Odeio isso... Sabe antes valia a pena porque mesmo me tratando como um troféu, pelo menos ela era muito amigável comigo.

Hoje... Sei lá, sinto que ela não é a mesma garota que conheci nas férias...

O engraçado é que nunca teve um pedido de namoro, ela só começou a me apresentar como namorado e pronto...é estranho.

Bom agora eu estou na sala dos professores, eu pedi ontem para algumas alunas me esperarem do lado de fora da sala para uma entrevista.

São cinco garotas no total, eu as vejo na porta da sala, as cumprimento e chamo uma de cada vez para a entrevista.

É uma entrevista simples, seriam a penas algumas perguntas como:

"Você concorda com o padrão de beleza do balé clássico? "

"O que o balé é para você?"

"Qual a melhor parte do balé? "

"Porque começou a dançar?"

"Descreva o balé em uma palavra"

O que mais me irritou é que as reposta de todas foram praticamente iguais só que contadas de formas diferente... Como se fossem programadas para isso.

As respostas eram sempre:

"Claro, precisa de um corpo bonito para a dança ser bonita"

"Meu futuro"

"Acertar um passo complicado"

"Porque sempre achei bonito"

"Perfeito"

Todas as respostas eram vagas sabe, sem fundamento, por que um corpo bonito é só o corpo magro e com curvas? A sério padrão de beleza me irrita.

Depois de aceitar o meu tempo perdido, eu ouço o sinal do intervalo e vou direto para a porta para encontrar as garotas.

Elizabeth Cooper

Hoje a aula foi bem legal.

Fizemos alguns passos complicados, mas deu certo no final, depois do intervalo a aula será de casal, eu amo aula de casal eu sempre faço com o Kevin, nós temos uma química... Só na dança, porque ele é gay e também meu melhor amigo. 

Saio da sala acompanhada de Mia e vamos para a porta da frente.

Chegando lá, ela avista o namorado e corre até o mesmo lhe dando um beijo, como se não estivesse ninguém por perto.

- Sabe que não gosto disso Mia – Diz Jones claramente mais irritado...Porém finjo não ouvir.

Ela dá um sorriso falso direcionado a mim.

- Vamos? - Ela diz como se nada tivesse acontecido

- Claro - Digo Desconfortável

Jughead apenas faz um aceno de cabeça como sempre. 

Percebo que ele está levando uma bolsa para a cafeteria. 

No caminho conversamos bastante e descobri que Jones é de Nova York... Mas só isso, ele é muito reservado, porém eu fico conversando com a Mia.

Chegando na cafeteria nos sentamos, eu estava na frente do Sr Jones e Mia estava ao seu lado.

- O que vamos pedir? - Ela pergunta olhando para mim.

- Acho que só um suco de amora - Falo me lembrando que eu preciso fazer dieta depois da visita que fiz a minha vó

- Dieta? - Ela pergunta sorrindo.

- Sim.

- Eu também acho que preciso fazer, eu engordei um pouco nas férias, então eu quero, uma vitamina de morango, e você amor?

- Qualquer coisa que seja comida de verdade - Diz ele como se nós duas fossemos alienígena em pedir só suco e vitamina no almoço... Ele levanta o braço para chamar o garçom e logo diz - Um hambúrguer com coca, um suco de amora e uma vitamina de morango, por favor.

O garçom anota tudo e vai para a cozinha. 

Então o Jughead tira um notebook da bolsa e um fone e começa a mexer, nos ignorando por completo.

A cara de insatisfação da Mia é evidente, porém o namorado só ignora.

Eu e Mia começamos a falar sobre tudo que se liga a beleza... Ou seja a conversa não foi tão interessante.

Eu gosto de falar sobre isso, porém eu não gosto de só falar sobre isso

Então os lanches chegam e Mia puxa um fone do ouvido do namorado.

- Pelo menos na hora de comer você pode não ficar enfurnado aí? - Ela fala fazendo um biquinho.

Ele respira fundo e fecha o notebook.

- Ok, desculpa é que tem muita coisa para fazer.

Mia abre um sorriso, e todos nós começamos a comer e conversar até que Mia me faz uma pergunta.

- Betty você já namorou? - ela pergunta, mas não sendo rude apenas sendo curiosa.

Beleza eu tive que sorrir e fazer piadas o dia inteiro e eu ainda tenho que responder essa pergunta, não acho que tenho emocional o suficiente.

- Pare de ser evasiva Mia - Pronúncia Jughead, percebendo meu desconforto.

-Não é só que... - Então o telefone da mesma começa a tocar.

Ela atende e fala umas palavras vagas e quando desliga ela parece triste.

- O que foi Mia? - pergunto curiosa.

- Eu vou precisar ir embora agora para casa, vou perder as últimas aulas, minha mãe precisa de ajuda com o jantar, vai vir pessoas importantes do trabalho do meu pai.

- Ah... Sinto muito - parte de mim está chateada e a outra está aliviada.

Mia era uma pessoa complicada, conversando com ela eu percebi um lado preconceituoso, porém algumas pessoas são criadas de forma diferente.

A melhor parte era que eu pararia de fingir que estava tudo bem. 

- Amor depois você vai lá em casa - Diz ela se despedindo de nós e saindo da cafeteria.

Jughead pega o notebook de novo e antes dele colocar o fone eu pergunto.

- O que está fazendo? 

Ele olha para mim com uma certa surpresa nos olhos 

- Editando as filmagens. 

- Posso olhar?

Sim, eu sou uma curiosa.

Ele sorri, e em dois segundos eu me perco nos seus lábios.

- Claro, porém já aviso, vai ser chato, o legal é quando está pronto. 

- Eu discordo, mas o.k.

Me levanto e me sento ao seu lado e ele me oferece um lado do fone.

Ele começa a fazer umas coisas estranhas no notebook, configura som, corta partes, uma loucura.

Eu deixo evidente a minha cara de que não estou entendendo nada.

Ele olha para mim e ri.

- Quer que eu te explique? - Ele pergunta com um enorme sorriso. 

- Por Favor - Digo fazendo de propósito uma cara de pânico engraçada.

Fazendo ele soltar uma risada alta, o que me faz rir também, talvez esse foi o meu primeiro sorriso verdadeiro hoje... 

Ele começou a me explicar e eu aprendi umas coisas legais, as vezes fazíamos algumas piadas e ríamos um pouco.

Até que eu percebo que é hora de voltar para a escola. 

 

Jughead Jones 

Já voltamos para a escola faz algum tempo, Betty foi para a sua sala e eu fui escrever e-mail para mandar para todas as alunas de balé a seguintes perguntas.

"Você concorda com o padrão de beleza do balé clássico? "

 

"O que o balé é para você?"

 

"Qual a melhor parte do balé? "

 

"porque começou a dançar?"

 

"Descreva o balé em uma palavra"

Sim as mesmas da entrevista, eu queria saber as respostas de todas as pessoas.

Depois de enviar lembro que tenho que ir para a casa da Mia... Mesmo eu estando irritado com a mesma.

Quando vou sair passo pela sala da Betty e vejo a mesma treinando. 

Eu me encosto na porta e fico fitando a mesma.

Ela percebe e para o que está fazendo na hora... Como está de noite e ela está treinando de luz apagada não consigo ver exatamente sua expressão. 

- A quanto tempo está aí? - Ela pergunta

- Acabei de chegar, e já percebi que você precisa de um pouco de apoio... Talvez eu pudesse te ajudar a dançar - Falo isso me aproximando.

- Como vai me ajudar a dançar se nem você sabe.

- Como você sabe se eu não sei dançar... Talvez eu tenha frequentado academias de dança - Digo dando um sorriso de lado.

-Verdade, me desculpa, você dança? - Ela diz com curiosidade...

Ela fica fofa assim.

- Não - Digo rindo.

Ela me olha séria e depois cai na risada também. 

- Porém posso ajudar, me explica - Quando falo isso lembro de quando eu expliquei para ela sobre a edição de filmagens, tenho certeza que ela também lembrou.

Ela sorri e fica de frente par o espelho. 

- Fica atrás de mim - Ela diz me olhando através do espelho. 

Caminho até lá.

- Você precisa ficar com a mão firme, pois vou segurar nela para me apoiar.

Eu faço um aceno que sim.

Ela joga as duas mãos para trás segurando as minha, ela dá um passo para frente esticando um pouco os braços...

Então ela começa a levantar a perna para trás, ficando com a perna reta para cima. 

Segurando firme a sua mão olho os olhos dela no reflexo do espelho e a mesma encara os meus

Ela quebra o contato quando inclina a coluna um pouco e jogando a cabeça para trás 

Ela fica poucos segundos nessa posição, depois ela volta a colocar o pé no chão com cuidado e se vira para mim.

Estamos bem perto.... 

- Obrigada... 

Eu não digo nada e só fito seus olhos azuis. 

Então ouvimos um barulho fazendo nós dois pularmos de susto. 

Era o meu celular e olho e vejo que é a Mia.

- Oi. - Falo sendo um pouco seco

- Oi, você ainda vem, está demorando... 

- Já estou indo.

- Tá bom, tchau. 

- Tchau.

Desligo e olho para Betty.

- Preciso ir.

- Eu também... Até amanhã. 

- Até. 

Pego minha bolsa e saio da sala indo direto para casa de Mia.