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História A Few Miles From The Sun - Catradora - Capítulo 23


Escrita por: naluoliveira

Notas do Autor


oooi to aqui

Capítulo 23 - Capítulo 23


Catra  

Aquela tinha sido a melhor mensagem que eu podia receber em toda a minha vida. Segurar a ansiedade até dar a hora de encontrá-los – e principalmente, encontrar Adora – foi uma das missões mais impossíveis que já tive que realizar.

Acordei super tarde naquele dia, e só vi a mensagem de Bow bem depois que ele tinha enviado. DT estava em seu quarto quando respondi a mensagem. Fui falar com elu, eu sabia que apesar de tudo, as coisas aconteceram por vontade só minha.  

– DT – disse, me apoiando no batente da porta – eu vou na casa da Adora depois.   

Elu deu um sorriso.  

– Que bom, queridinha! Seu plano de sentir na pele o que a do topete sentiu funcionou então?  

Ri com o comentário.  

– Deu certo. E valeu por emprestar mais daquele líquido que faz estragos com as gargantas alheias!  

– Disponha, queridinha! Caso queira acabar com a voz de mais alguém, só me dizer!  

– Valeu DT, mas acho que minha cota de anestésico de garganta acabou por aqui.   

Eu também tivera que reunir toda a coragem dentro de mim pra gravar a minha música pra Adora. E depois pra falar tudo aquilo... Só esperava que ela não pensasse que eu estava brincando ou algo assim.    

Eu não me vesti super bem, nada diferente de como eu iria pras aulas. Meu estômago chegava a doer com a espera.   

Exatamente dez minutos antes do horário combinado, fui me despedir de DT.  

Elu falou, com o olhar mais sincero que eu já tinha visto vindo delu:  

– Boa sorte!  

Aquelas duas breves palavras me fizeram muito bem.  

No caminho, fiquei ensaiando algumas frases, mas eu sempre me perdia quando lembrava que eu estava indo na casa da Adora. Que eu a veria. E que ela queria falar comigo, mesmo depois de tudo.    

Respirei bem fundo quando percebi que estava chegando ao meu destino, tomando coragem e tentando acalmar meus nervos.   

Toquei a campainha. O portão de abriu quase imediatamente. Logo antes de fechá-lo, ouvi uma moto. Era Huntara. Ela estacionou e eu esperei que ela chegasse até mim pra entrarmos juntas.  

– E aí, Catra? – cumprimentou ela – vamos reunir todo mundo, então eu falo o que eu preciso te falar.  

Em outras situações, essa frase poderia parecer intimidadora, mas ela foi dita em um tom acolhedor e calmo. Eu apenas sorri de volta e entramos.  

Eu já conhecia a casa da Adora, mas parecia que eu estava chegando lá pela primeira vez. Tudo parecia mais bonito. Acho que era meu humor mesmo.  

A porta estava aberta. Bow, Glimmer e Adora estavam parados na entrada. Todos eles sorriam. Chegando perto, eu já quis começar a falar.  

– Gente, eu preciso...  

– Espera, Catra – Bow disse, enquanto eu entrava propriamente na casa – a gente quer falar primeiro.  

Adora estava sorrindo pra mim, com um brilho nos olhos. Todos sentamos no sofá, como da última vez, mas o clima estava leve, convidativo. Bow que começou.  

– Catra – ele suspirou, e sua voz estava trêmula – a gente fez uma merda muito grande quando decidimos simplesmente substituir você. Aquilo foi injusto, insensível, e nada poderia justificar a nossa atitude. Mas pode justificar a sua. Entendemos que o que aconteceu no festival foi um jeito de você dizer pra gente que não aguentava mais a situação que a gente criou. Não você, a gente. Nós não te escutamos, simplesmente calamos você, e isso foi horrível. Você não precisava passar o que passou no Salineas, a gente que não se importou e não deu a atenção que você merecia – ele começou a chorar – desculpa.   

Eu levantei e o abracei. Ao sair do abraço, eu também tinha lágrimas nos olhos. Aquilo estava ficando extremamente dramático, mas eu não me importava.  

– Eu não tinha o direito de acabar com a apresentação daquele jeito também – acrescentei.  

Huntara se aproximou de mim e começou a falar, meio sem graça.  

– Desde o começo eu fui muito dura com você, mesmo que não diretamente. A gente devia ter dado mais importância pra o que você sentia.   

Ela estendeu o braço pra me dar um aperto de mão. Eu a puxei pra um abraço. Ela pareceu constrangida, mas retribuiu.  

Por último, a pessoa que eu mais precisava conversar. Glimmer não tinha dito nada ainda, ela deve ter pensado que esse espaço dizia respeito a Prime. Quando eu me aproximei de Adora, os outros três saíram da sala. Com toda sua discrição, Glimmer esbarrou na mesinha de centro e fez o maior barulho.  

– Foi mal, foi mal, desculpa – ela saiu falando.  

Adora revirou os olhos e riu, fazendo sinal pra eles “irem logo”.  

Ficamos só nós duas, frente a frente.  

– Catra...   

Sua feição estava completamente serena. Ela sorria, e era o sorriso mais bonito que eu já tinha visto em seu rosto. De repente, ele se desfez e ficou muito, muito séria.  

– QUEM ERA A MENINA DE TRANÇAS QUE VOCÊ ENCONTROU NA SAÍDA DA EAME?  

Eu não me segurei, comecei a gargalhar incansavelmente. Ela não conseguiu manter a cara de brava e riu junto comigo, por alguns segundos. Quando consegui parar, comecei:  

– Ela é minha...   

– Irmã, eu sei – ela me interrompeu – Bow me falou depois. Mas sério, Catra, você podia ter mencionado a existência dela, eu fiquei sofrendo achando que você tava namorando outra pessoa.  

Levantei uma sobrancelha.  

– Hum, sério? Por quê? Ficou com ciúmes?  

– Você é uma idiota – um breve silêncio se seguiu – Catra... – ela continuou – eu devia ter prestado mais atenção ao que você tinha a me dizer.   

– Eu que tinha que deixar tudo claro pra você, e não simplesmente agir como se nada tivesse acontecido entre nós. E todo o lance da banda, aquilo me deixou confusa em relação a você. Foi só quando eu te perdi que eu percebi...  

A expressão dela se tornou pretensiosa.  

– Que você me ama?  

Revirei os olhos.  

– Sim, oh, Adora, deusa de todas as deusas, poderosa senhora a qual eu não resisti aos encantos – ela riu um pouco, se aproximou de mim e me abraçou pela cintura. Até o momento, não tínhamos nos tocado – eu te amo.  

O sorriso que ela me lançou foi absolutamente lindo. Ela tinha o tipo de sorriso que deixava seus olhos azuis pequenininhos e suas pálpebras franzidas. Eu passei meus braços ao redor de seu pescoço.  

– Eu também te amo.  

Quando nos beijamos, o meu mundo pareceu fazer sentido de novo. As sensações foram muito intensas, os lábios macios dela fizeram meu corpo todo reagir. O beijo se aprofundou, e agora nossas línguas se tocavam gentilmente. Eu podia sentir o carinho que ela sentia por mim.   

– CARALHO, FINALMENTE! – a voz estridente de Glimmer tomou conta do cômodo. Nós paramos o beijo e demos um selinho rápido conforme ouvíamos passos se aproximarem – VOCÊS FICARAM LONGE UMA DA OUTRA POR MINUTOS!  

Eu e Adora encostamos as testas, e sorrimos uma pra outra. Bow e Huntara riam da Glimmer, o que fez com que eu e Adora começássemos a rir também.    

– Então, quando vai ser o próximo ensaio? – Huntara perguntou.  

– Não sei – Bow respondeu – só sei que eu quero esse lindo casal na minha frente cantando juntas. Sem desculpas.   

– Sim, senhor – Adora respondeu, olhando pra mim e sorrindo.  

Dormi na casa dela aquele dia. Conheci a mãe dela, Mara, que chegou um pouco depois. Ela fez jantar pra todo mundo. Foi constrangedor a princípio, e ela provavelmente sabia de tudo o que tinha acontecido entre mim, Adora e o resto do pessoal. Mas parecia não se importar.  

Um pouco antes de adormecer, olhei pra Adora. Aquela loirassa era minha, finalmente. Só minha.


Notas Finais


tem mais um cap depois desse mores
até terça ;*


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