Já passou mais de um mês desde que o Felipe me beijou e desde que sofri o assédio. Apesar de ele me ter defendido nada mudou entre nós dois pois desde esse dia que eu nunca mais falei com ele nem aqui em casa e nem na escola eu até troquei de lugar para lidar com ele o menor tempo possível. Mas há outras coisas que me deixam feliz, por exemplo: fiz amizade com o Bruno aquele garoto que falou comigo no primeiro dia e ele até me apresentou para umas garotas da turma dele bem legais e agora somos amigos.
Abro a porta de casa e a casa está sem ninguém parece que os patrões da minha mãe não estão e os filhos deles também não.
-Mãe, onde estão todos?
-Olha minha filha os patrões foram viajar de repente acho que vão ficar fora durante um mês, o Luccas vai dormir fora de casa e o menino Felipe está no quarto.-sorrio como forma de agradecimento pela informação e vou até ao meu quarto.
[...]
No dia a seguir de noite eu saio do banheiro após tomar meu duche e ouço o meu celular tocando.
Pego nele e vejo várias chamadas não atendidas do Luccas, eu ligo de volta e espero ele atender.
-Oi, Luccas porque me ligou tantas vezes?
-Oi, Bruna. Eu tenho uma coisa para te falar...
-O que aconteceu?
-É...Foi o pai do Felipe que teve um acidente e está internado no hospital.
-O quê? Como é que isso foi acontecer?
-Eu não sei, eu só sei que ele teve um acidente.
-Ele já sabe?
-Não, eu te liguei exatamente por isso para você falar com ele. Você faz isso por mim?
-Sim, eu falo com ele não se preocupa.-ele desliga e eu me deito na cama pensando em uma maneira para dar a notícia.
-Eu vou chegar lá e vou bater na porta, depois ele vai abrir e eu vou falar assim:Felipe, tenho uma notícia má para te contar é sobre o seu pai ele está no hospital em estado grave.-falo alto para treinar o que vou dizer e depois saio do meu quarto.
[...]
Eu respiro fundo mais de 3 vezes até entrar no quarto dele.
Eu sei que isto não vai correr bem eu sinto isso mas não posso fazer nada contra pois eu prometi ao Luccas contar para ele e agora não o posso deixar na mão.
-Feh!-bato na porta.-Felipe, pode abrir aqui?
-O que você quer?-interroga e mais uma vez é arrogante comigo.
Eu respiro fundo para continuar a falar. Eu juro que se não fosse este um assunto grave eu já teria ido embora, eu juro!
-Feh, eu preciso de te falar uma coisa muito importante.
-Fala, eu não tenho a vida toda!
Ele é mesmo idiota daqui a pouco vou desistir de contar!
-Posso entrar? Não é uma notícia fácil de dar para você...
-Entra de uma vez, mulher você é muito chata!
-Felipe, o seu... o seu pai... o seu pai teve um acidente e está internado no hospital em estado grave pronto é isto!
-O quê? Você não está falando sério!
-Felipe, infelizmente não é uma trolagem o Luccas ligou para mim a contar e a pedir-me para eu falar para você...-ele percebe que é verdade e o seu rosto começa a ficar molhado eu olho para os seus olhos e ele está chorando.
Eu não digo nada apenas o envolvo em meus braços e espero que ele fale alguma coisa.
[...]
Ele desfaz o meu abraço e volta a falar comigo.
-Como é que isso foi acontecer?-pergunta para mim.
-Eu não sei, o Luccas apenas me ligou a dizer que o seu pai teve um acidente e que está no hospital.
-Eu tenho a certeza que você sabe só não está querendo me contar!-ele resmunga comigo.
-Não, eu juro que não sei de nada se eu soubesse eu te contava!
-Eu não acredito em você e agora já pode ir eu não preciso do seu apoio!-aff, babaca!
-Eu também não ia ficar aqui e se por acaso um dia precisar não me chama!-respondo para ele e bato a porta.
Aff que babaca eu estava ali a tentar dar-lhe apoio e ele me trata assim quero ver se ele vai arranjar apoio nas piranhas com quem ele anda no colégio!
Duvido, eu duvido muito que alguma delas se importe com ele de verdade!
[...]
Já passou mais de uma hora e ele ainda não apareceu no meu quarto ele é bastante orgulhoso eu sei disso mas também sei que ele vai aparecer. Ele está muito preocupado com o pai dele que pelo o que eu soube ele já não o vê há mais de dois meses e saber do acidente agora deve ser complicado...
Eu ouço alguém bater na porta e me levanto para ver quem é e não me surpreendo minimamente.
-Oi, Felipe.
-Oi...Eu posso entrar?-ele pede.
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