História A Filha De Apolo e Ártemis - Lutei Com Algo Das Sombras

Estava tudo escuro... Era um sonho diferente e relutante. Uma mulher estava balançando suavemente em seus braços uma criança que aparentava ter pelo menos uns 6 meses de vida. Ao seu lado, vinha um homem a abraçando carinhosamente. Eles olhavam para aquele bebê com tanta esperança e amor, que não dava pra ver maldade nos dois. Depois de alguns minutos, veio outra pessoa. Era impossível enxerga-lá para saber se foi alguém chegando ao lugar. A única coisa percebível foi os gritos e os choros. E enfim, acordei desesperadamente com vontade de gritar e soltar toda a minha angústia. 

Eu abro os olhos lentamente... Parecia que eles estavam agarrados aos cílios. Uma sensação que nunca senti antes. Tiro os lençóis de cima do meu corpo, e coloco os pés no chão do quarto. Por um momento, senti um grande frio, como se estivesse no Polo Norte, mas nada comparado ao que ouvi e vi em meu sonho. Quando levanto da cama, dou aquela espreguiçada que dá pra ouvir os estalos dos ossos. Ando até a direção do guarda-roupa e pego meu uniforme. Após isso, jogo tudo que irei usar em cima da minha escrivaninha e vou em meu banheiro para poder lavar o rosto e tomar um belo banho. 

Depois que terminei de me arrumar, saio do meu quarto e desço as escadas. Vejo minha mãe preparando o café da manhã, antes de eu ir pra escola. Cheguei a cozinha, dei um beijão em sua bochecha e um grande abraço. 

-Uau filha! Hoje você acordou disposta! Aconteceu alguma coisa para está nessa animação toda? -Perguntou minha mãe

-Nada demais! Só o nervosismo típico de primeiro dia de aula. 

-Tá bom! Então, já pode sentar-se a mesa que irei trazer seu lanche da escola e o café da manhã. -Disse minha mãe

-Mãe, posso lhe fazer uma pergunta? 

-Bom, você já começou fazendo uma, mas, claro que pode! 

-Por que nesse últimos dias, você anda diferente? Sabe com uma olhar distante... Às vezes com uma cara de preocupada? -Perguntei

-Ah, é só o meu jeito mesmo...Mas, aproveitando essa conversa entre mãe e filha, depois que você voltar da aula, eu queria ter uma conversa séria sobre seu pai. -Minha mãe disse firmemente

-Ok! Estou indo, até mais tarde! -Disse já indo abrir a porta de casa.

-Tchau meu amor, boa aula! -Disse minha mãe acenando pra mim.

Agora irei me apresentar, enquanto estou caminhando até o ponto de ônibus. Sim, eu moro um pouco longe da escola, e por causa disso, tenho que aguentar várias pessoas ao meu redor indo pegar transportes públicos. Mas, o assunto agora sou eu! Meu nome é Helena Acidália. Meu sobrenome é um pouco estranho, mas significa: "Aquela Que Cuida de Todos". Eu acho lindo! Tenho 13 anos e sou uma garota comum de Nova York. Possuo cabelos cacheados. Eles são da cor castanho claro. Meus olhos são marrons, mas às vezes mudam de cor, qual o motivo? Nem eu sei! O corpo que tenho? Sou esbelta. Não faço ideia do que falar mais sobre mim, mas acho que isso já é o básico.

Chego a escola muito cansada! É uma grande viagem da minha residência até aqui. Pelo meu humor, provavelmente você acha que tenho vários amigos?! Como posso dizer que está errado sem te magoar? Não se preocupem, eu ainda possuo esperanças que um dia irei ter alguns para fazerem companhia, mas enquanto isso não acontece, continuarei sozinha com a única pessoa que me entende: Crystal

-Olha só que tempo recorde! Conseguiu chegar meia hora antes de começar as aulas! -Disse Crystal animada

-Uau, que demais! Da próxima, eu consigo 40! -Disse

-Qual é a primeira aula de hoje? -Perguntou Crystal em dúvida 

-É história! Você leu o capítulo de mitologia que a professora pediu? -Perguntei

-Sim! Quer dizer... Mais ou menos! Eu só vi a parte dos Deuses e consegui decorar o nome de todos os Olimpianos e suas funções e o que cada um é. -Disse Crystal com um sorriso amarelo

-Já é um bom começo! Então me diz o nome de todos os Deuses na ordem alfabética! -Disse desafiando Crystal

-Aí você já quer demais! Olha só o sinal tocou! Vamos! -Disse Crystal me puxando pela escola

Chegamos a sala e como de costume, me sentei na 4ª carteira. Não sou de ficar no fundão, mas também as pessoas ficam me olhando o tempo todo com uma cara meio estranha, então evito entrar em confusões por motivos bestas. Crystal sempre senta atrás de mim para me dar alguns conselhos. Ela é tipo a minha emissária. Estava todo mundo conversando sobre uma professora substituta. Ninguém sabia quem era. Então, a porta foi aberta e entrou uma mulher de postura elegante, bem vestida e com um sorriso no rosto.

-Olá a todos! Meu nome é Claúdia e serei a professora substituta nessa semana. Em que assunto vocês pararam? -Perguntou Cláudia

-Nós paramos no capítulo que fala sobre os Deuses Gregos. -Disse um garoto do meu lado.

-Todos abram o livro na página 45. Há um texto sobre o nosso assunto com mais 3 questões sobre o mesmo. Conseguem responder em 30 minutos? -Perguntou Claúdia

-Sim! -Responderam todos os alunos

Vamos Helena, você consegue! É só um simples texto comprovando o que você leu antes. Calma, nada vai sair da sua cabeça. -Pensava enquanto tentava fazer a atividade.

1ª pergunta: Quantos Deuses Olimpianos existem? Quais são eles?

Resposta: 14 Deuses. Os três grandes: Zeus, Hades e Poseidon. Deusas: Hera, Deméter, Atena, Ártemis, Héstia e Afrodite.Deuses: Apolo, Hermes, Hefesto, Ares e Dionísio. 

Será que está certo? -Pensava

2ª Pergunta: Quais são as Deusas Virgens?

Resposta: Atena, Ártemis e Héstia

3ª Pergunta: Como se dá o nome da prole de um humano com um Deus?

Resposta: Semideus

Ufa, terminei todas! Isso cansa viu?! -pensava 

-Bom alunos, os 30 minutos já passaram! Por favor coloquem os livros em cima da minha mesa que depois do intervalo entrego a todos. -Disse a Professora Cláudia

Saindo de lá, fui com Crystal até o pátio da escola, onde a maioria dos estudantes fica para lanchar. Sentei em uma mesa e eu e minha única amiga começamos a desabafar como sempre.

-E então Helena? -Perguntou Crystal percebendo que eu não estava prestando atenção.

-O que? Não entendi! O que foi que você perguntou pra mim? -Falei

-O que você achou da professora substituta? -Perguntou Crystal sussurrando

-Eu achei ela normal como qualquer uma. Por que a pergunta? 

-Pressenti algo ruim, eu não sei explicar. Deixa pra lá! Vamos comer e depois falamos mais quando nós chegarmos na sua casa. -Disse Crystal

-Turma, eu mudei de ideia... A atividade que todos fizeram valeu a nota mensal de cada um. A única aluna que tirou a nota mais alta foi... Helena Acidália.-Disse a professora Cláudia apontando para mim.

Todos ficaram me olhando. Eu não sou a pessoa mais inteligente, mas também não sou burra. Como foi que tirei essa nota? Ficava olhando aquele 10 gigantesco no meu livro. Crystal ficou perplexa e surpresa. O problema é que ela fez uma cara negativa e começou a olhar pra mim como se algo de ruim fosse acontecer a qualquer momento. Esperamos a aula acabar para que fôssemos para minha casa.

Andando pelas ruas e calçadas, indo em direção ao meu lar, apareceu algo das sombras. Eu achei aquilo inexplicável... Estava vendo coisas ou ilusões? Esse ser possuía dentes afiados, garras pontiagudas e um corpo estranho. Crystal, de repente, tirou de sua bolsa uma espada toda reluzente, banhada a prata. E começou a lutar com o tal monstro. E eu? O que faço nesse momento? Se fosse qualquer pessoa, iria deixar o outro e provavelmente, correria pelas ruas pedindo socorro. No meu caso, fui correndo até minha residência para chamar minha mãe. 

-Mãe, mãe, mãe! -Gritava a sua procura

-Estou aqui na sala! O que houve? -Perguntou minha mãe eufórica 

-A Crystal pode morrer senão à ajudarmos.

-Já entendi tudo! -Disse minha mãe correndo rapidamente até o porão da casa

Ela pegou um arco e flecha e me deu uma adaga. Bom, não sei lutar, mas já pode ser um começo.

-Venha! Filha mire a adaga e jogue na benevolente e eu irei atirar flechas por trás. -Disse minha mãe me coordenando 

Quando eu comecei a me concentrar, minha cabeça fez com que enxergasse mais do que devia. Era como se fosse reflexos, o que me dava mais confiança de que iria acertar corretamente.

Mirei a pequena lança em forma de faca e joguei em suas costas. Ela soltou um grito tão forte que Crystal ficou apavorada. E por fim, ela se desmanchou em um pó dourado. 

-Filha, minha jóia, você está bem? Está machucada? A benevolente lhe machucou? -Disse minha mãe nervosa

-Não mãe... Só com um pouco de dor de cabeça e...

E então, eu apaguei total...